Thiago Carpini pede paciência e revela o Vitória em busca de reforços para zaga e ataque

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Com o resultado desta tarde, o Vitória chegou a cinco pontos, segue na liderança do Campeonato Baiano, mas também sem vencer no Barradão (dois empates em dois jogos). Após a partida, o técnico Thiago Carpini avaliou o rendimento do time e pediu paciência.

– A gente está fazendo jogo e pensando no próximo levando em conta os aspectos físicos. Até para treinar é muito pouco tempo. A gente conseguiu ajustar. A gente segue sem perder e também segue sem vencer no Barradão. Tem as duas medidas. Prefiro olhar as coisas boas. Enfrentamos uma equipe organizada, com bons atletas e boas capacidade. Nós sabemos que esse tipo de jogo é jogo da vida desses caras. Contra nós tudo é diferente. E quando toma um gol de bola parada praticamente não tem mais jogo, com muita cera. E uma equipe mais solta fisicamente, estão treinando desde novembro. Mas temos capacidade individual muito superior e temos que analisar todos os pontos.

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Carpini também comentou sobre quando acredita que vai ter o Vitória em forma ideal e o posicionamento de Wellington Rato, que jogou pelo meio na partida deste domingo.

– Se nós tivéssemos um período adequado de preparação física, talvez na sexta, sétima rodadas. Mas deve ser um pouco mais porque vamos variar mais. A gente vai ter que rodar muito o elenco. O Rato, por dentro, eu quis ver um pouco mais. Já conheço ele jogando por fora. Sei que ele faz essa função, que se destacou no Atlético-GO. Usar as primeiras rodadas para variar, ver. A gente está conseguindo rodar bastante. Estamos encontrando um caminho, e todos vão ser importantes. Acredito que é muito cedo para cobrar. Conseguir evoluindo pontuando, conquistando o objetivo, deixa as coisas mais leves.

O treinador rubro-negro também revelou que o clube busca ao menos mais dois reforços: um para o ataque e outro para a zaga.

O Vitória agora direciona as atenções para a Copa do Nordeste. O Rubro-Negro estreia na próxima quarta-feira, contra o CRB, no Rei Pelé, às 21h30 (horário de Brasília).

Maratona de jogos
– Vamos ter que nos adaptar ao calendário. Essa adaptação daqui a 20, 30, 40 dias, vai ser diferente. Vamos estar mais próximos do ápice físico dos atletas, ritmo de entrosamento. Vai ser uma maratona muito grande. Muito duro no início de temporada, com 18, 19 dias de trabalho para alguns. Estamos no terceiro jogo, quarta temos Copa do Nordeste. É um desafio grande. Esse grupo, daqui a um período, esperamos que esteja mais homogêneo. Chegamos de Juazeiro, viajamos a madrugada toda. Paralelo ao cansaço tivemos algumas estreias, que fugiram um pouco do nosso controle.

– Todas as mexidas que fizemos foi mais por questão física que técnica. O Raúl saiu um pouco do previsto, o próprio Neris, Rato, Mosquito e Fabrício. Não conseguimos dar o respiro para todos. Vamos precisar controlar bem essa carga. E o desafio de nos conhecermos melhor. Isso requer tempo. A entrega não falta para a nossa equipe. O torcedor nos acolheu. No final sofremos um pouco. A parte técnica, muitas coisas boas. Primeiro tempo muito abaixo, mas dentro do esperado quando levamos em consideração todos esses aspectos. Mostra um caminho, uma direção. Prefiro valorizar o compromisso dos atletas.

Avaliação do jogo
– Um jogo de detalhes. A primeira bola foi uma finalização do Willian Oliveira. Se faz seria um jogo diferente. Tivemos algumas boas oportunidades depois e não conseguimos ser efetivos. Entendo que vamos evoluir com o passar dos jogos. Eu já queria ver o Fabrício um pouco mais centralizado, para ver como seria. Nós temos jogadores que ainda não estrearam, jogadores que estão chegando. Precisamos de um pouco mais de tempo, jogos, para que eles se conheçam. Acredito muito na parte física. Difícil enfrentar um atleta que está treinando há três meses. E foi uma característica do nosso time no ano passado.

Falta de centroavante
– O 9, como tínhamos o Alerrandro… O Janderson faz as coisas diferentes. Teve uma bola hoje que não foi feliz na finalização, mas estava bem posicionado. Mas estamos trabalhando para ter esse nove. O Maneca [diretor d efutebol] está trabalhando com a diretoria. A gente está tendo cautela para ter característica diferente do Janderson e Fabrício. É um 9 com bola final, tendo em vista quando o Rato jogar de lado. Vai ser importante essa característica.

Atuação do sistema defensivo
– Programado que ele [Neris] e Wagner fariam 45 minutos cada um. O Zé e o Neris fizeram um primeiro tempo seguro. O Wagner e Neris também. O ritmo pesa um pouco. O cara voltando agora de temporada. Eu estou tranquilo e respaldado. Estamos trabalhando para a chegada de mais um atleta no sistema defensivo. O Edu deve treinar amanhã no campo, mas acho cedo para participar do jogo em Maceió. O Caio Vinícius acho que vai precisar de um tempo maior. É o início de trabalho onde temos o privilégio de condicionar e buscar o melhor. É um setor que não me preocupa tanto. Com Zé, Wagner, Neris, Edu e provável chegada de mais um atleta estamos respaldados. E também com Caio Vinícius, que talvez demore mais para retornar.

Variações táticas e atuação de Hugo
– Nós podemos ter outras variações quando tivermos o Matheusinho. O 4-4-2 que fizemos poucas vezes, com um losango, com caras de mobilidade. O Hugo tem profundidade. Não fez o melhor jogo, mas está dentro do processo. Não era nem para ele estar jogando. Os erros técnicos fazem parte. Ele precisaria de um tempo maior. Ele se dispôs para jogar em Juazeiro. Ele praticamente não fez pré-temporada. Precisamos ter calma para qualquer avaliação.

– O Hugo é um cara que a gente confia muito, que vai dar profundidade quando a gente fizer esse 4-4-2 como fizemos ano passado. Buscamos no mercado jogadores que nos dessem condição de variar.

Jogos em Salvador
– Um dia de treino que a gente possa ganhar para não ter viagem, o desgaste…Nos possibilidade cobrar do atleta intensidade. É ter um pouco de paciência. Hoje o torcedor compreendeu isso, nos apoiou. Seguir vendendo caro as derrotas. A última derrota do Vitória foi para o Corinthians. Ah, teve dezembro de férias. Teve. Tivemos jogos contra times com nível técnico inferior, a gente sabe que a obrigação é maior do Vitória. Enfrentamos o Flamengo no Maracanã. O Vitória se acostumou a competir. Não ganhou, não perde.