Mazola desabafa sobre rejeição
O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.
A breve passagem de Mazola Júnior pelo Vitória ainda dá o que falar. Anunciado no dia sete de dezembro de 2020 e demitido 15 dias depois, com quatro jogos realizados e aproveitamento de 22%, o treinador ainda possui algumas pendências a resolver com o clube. A questão financeira é uma delas. Em entrevista ao ge, ele contou que não foi pago pelo período em que comandou a equipe.
O Vitória atravessa uma crise financeira e precisou antecipar R$ 3 milhões em receitas de 2021 para pagar vencimentos em atraso de 2020. Por meio da assessoria de comunicação, o clube informou que não irá se pronunciar sobre as declarações de Mazola.
Mazola Júnior comandou o Vitória em quatro partidas — Foto: Reprodução / SporTV
– Não recebi um centavo desde que cheguei no Vitória, rapaz. Não fiz questão de nada. Fui para ajudar o Vitória. Não fui para atrapalhar o Vitória. Eu não queria atrapalhar o Vitória. Até porque tenho uma consideração, uma amizade profissional muito grande com Alarcon Pacheco [gerente de futebol do Vitória]. Eu trabalhei quatro anos com Alarcon Pacheco – disse o treinador.
O estopim para Mazola Júnior decidir falar um mês após a demissão foi uma entrevista dada por Rodrigo Chagas na última quarta-feira. O atual treinador rubro-negro, que substituiu Mazola no comando da equipe, afirmou que precisou “refazer todo o trabalho” do período em que foi interino. A declaração não ficou muito tempo sem resposta.
– Então não fiz questão de nada. Apenas assinei o contrato da CBF. Eu fui para o Vitória para ajudar. Mas não posso sair do Vitória como eu saí, calado, aguentando essas barbaridades, essas inverdades, e essas situações todas aí que foram colocadas, e que agora foram colocadas pelo Rodrigo. Até porque eu nunca abri mão, nunca prejudiquei o Rodrigo em nada. Nunca discordei… Até as substituições nós fizemos juntos, parceiro. Eu não desfiz trabalho de ninguém aí. O Vitória se safou na penúltima rodada não foi porque o Mazola atrapalhou o Vitória naqueles quatro jogos, não. Eu não mudei absolutamente nada do que estava sendo feito no clube. Nada. O que me veio a pulsar hoje, que eu sempre procurei ser, aí no Vitória, um cara para não prejudicar em nada. Não jogar mais gasolina na fogueira que estava aí. Mas agora chegou a um ponto em que passou dos limites. O condenado pelo Vitória não ter feito um segundo turno foram os 15 dias que eu passei aí, parceiro? – declarou Mazola Junior.
Além de pendências financeiras, o treinador ainda não digeriu a forma que foi recepcionado no Vitória. Logo no anúncio da contratação de Mazola Júnior, rubro-negros utilizaram as redes sociais para questionar e criticar a decisão de confiar ao técnico a missão de comandar o elenco na tentativa de fuga do rebaixamento para a Série C.
Antes mesmo da estreia de Mazola, os muros do Barradão foram pichados com inscrições que pediam a demissão do treinador. Tanto que o presidente Paulo Carneiro gravou um vídeo defendendo a contratação do técnico.
Muros do Barradão são pichados com protestos contra Mazola Júnior — Foto: Carlos Ruvenal / TV Bahia
– Eu fiquei muito chateado, porque… Aliás, desde que eu cheguei aí a Salvador, eu fui muito maltratado pela imprensa, pela torcida e não sei por quê. Eu até entendo que o Vitória tem grife de Série A, acostumados a treinadores com grife, mas, no momento, o Vitória está na Série B. E eu tenho, nada mais, nada menos, do que dez participações seguidas na Série B. E eu achei muito estranho grande parte da imprensa de Salvador falar que não me conhecia e que eu não tinha trabalhos significativos, principalmente se tratado do Nordeste, onde eu trabalhei por seis anos e meio. O jornalista que não conhece Mazola Junior no Nordeste é um ignorante futebolístico. Inclusive, joguei várias vezes contra Bahia e contra Vitória e sempre fiz grandes jogos.
– Eu me calei, e esse foi o meu grande erro. Eu não fui o Mazola Junior aí no Vitória. Sinceramente, não sei te dizer por quê. E as informações com meus números que foram passadas aí foram totalmente distorcidas. Eu não sei por quem. Disseram que eu fiz só dez jogos no Remo. É uma calúnia. Eu fiz 16 jogos no Remo. Apenas uma vitória. Esse time do Remo que subiu, quem montou fui eu.
Com jogos em sequência, Mazola Junior conta que realizou apenas dois treinos táticos em toda passagem no clube. Ele afirma que abriu mão de adotar medidas que considerava necessárias para a evolução do time, atitude da qual se arrepende.
– Perdemos para o Cruzeiro, do jeito que foi, um gol de bola parada, um jogador expulso aos 26 minutos do segundo tempo. Perdemos do Oeste, do jeito que foi. O Oeste ganhou de todo mundo, inclusive do Cruzeiro. O Oeste, no segundo turno, foi outro time. Perdeu do CSA. O CSA está para subir, diferente. O Rodrigo não tomou quatro do América-MG, depois do trabalho dele? Não empatou com o Operário-PR em casa? Não empatou com a Chapecoense em casa? A culpa é minha, que eu desfiz o trabalho que ele estava fazendo? Quer dizer, jogar mais bomba ainda em cima de mim? Sendo que eu só ajudei, só trouxe o pessoal do clube para o meu lado, não tive problema nenhum dentro do Vitória. Mas com ninguém. E não mudei absolutamente nada do que estava sendo feito. Nada! Absolutamente nada. Talvez este tenha sido o meu grande erro. E até mudei o jeito Mazola Júnior de ser. Senão eu já tinha esculhambado todo mundo aí na minha chegada. Naquela campanha ridícula antiprofissional, maldosa, que fizeram contra mim aí. Principalmente a imprensa de Salvador. Os caras estão achando que estão lidando com quem, cara? – questiona.
Mazola Júnior estreou pelo Vitória na derrota para o Cruzeiro — Foto: Pietro Carpi/ECV
Como ficou pouco mais de duas semanas na Toca do Leão, Mazola Junior conta que sequer teve tempo para reunir mais informações sobre o elenco. O treinador lembrou que a rotina da preparação do grupo previa atividades regenerativas nos dias após os jogos, o que reduziu o contato com os titulares.
– Aliás, tudo que estava de errado no Vitória deu a parecer que era por causa da minha contratação. Sendo que eu faço quatro jogos no Vitória, em que eu fiz dois treinos táticos apenas. O resto foi tudo treino regenerativo para quem jogou e treinamento técnico, de observação, para quem não estava jogando. E o Rodrigo [Chagas] meu auxiliar direto. Eu abri mão da participação do meu auxiliar para fazer o Rodrigo trabalhar junto comigo, para explorar o que ele tinha, o conhecimento que ele tinha. Então ficar muito chateado de ter que remontar tudo que estava construindo… Eu não mudei nada no Vitória. Tanto que, após o jogo do Cruzeiro, o Rodrigo queria sair do banco. Não queria mais fazer o jogo comigo no banco. A gente ganhou do Juventude, e não teve problema nenhum. Ninguém tocou nesse assunto. Nós perdemos do Oeste, do jeito que foi, e a culpa foi só do treinador? Nós sem nove jogadores, entre Covid, suspensões e lesões. E, depois do jogo do CSA, três dias depois, eu fiz apenas um trabalho tático, e nós tomamos gol do CSA com três minutos de jogo. Então eu não posso ser acusado de ter desmontado todo o trabalho que o Rodrigo estava fazendo aí.
– E outra coisa: eu fui muito passivo, muito quieto e muito legal com a turma. Eu nem tinha dado um treino no Vitória, e já teve aquela campanha toda ‘Fora, Mazola’.
Sobre a demissão relâmpago, o treinador confessa que foi pego de surpresa, principalmente pelo pouco tempo de trabalho. Ele reclama que deixou o clube sem sequer ter assinado um vínculo oficial.
– Eu não esperava [a demissão], até porque nem contrato eu tinha no Vitória. Nem contrato assinado eu tinha. Eu confiei nos caras, respeitei os caras. Eu saí daqui numa segunda-feira, fui para Cuiabá para resolver problema do meu contrato em Cuiabá, conversar com o Paulo Carneiro, conhecê-lo pessoalmente. E todo o trabalho que foi feito, foi feito em conjunto. Eu não mudei absolutamente nada, não mudei uma vírgula do que estava sendo feito no Vitória, rapaz. Eu ia mudar, sim, na paragem dos 10 dias. Ia mudar bastante coisa ou eu ia embora. Lógico que, após o resultado do jogo do CSA, aquela pressão gigantesca que estava tendo por parte da torcida, devido a tudo que foi falado de mim antes, quando distorceram uma porrada de números meus. Como eu não tenho assessoria de imprensa, não existo na imprensa, em marketing, eu achei muito estranho toda essa situação. Saí daí calado, até porque era um direito que cabia ao clube demitir o treinador ou achar que as minhas mudanças não estavam corretas, não iam funcionar. Isso é um direito que cabe ao clube. Agora eu ser acusado ou ser manifestada uma situação em que o Rodrigo fala que teve que refazer todo o trabalho que estava sendo feito… Isso eu não concordo e não posso admitir uma situação dessa.
– No meu modo de entender, era preciso mudar algumas coisas no modo de trabalho do clube. Só isso. O clube, não. Cada um tem o direito de achar o que é certo e o que é errado. Mas nem isso eu mudei, cara. Eu não mudei nesses 15 dias que fiquei aí, não mudei absolutamente nada. Nem a forma de o time jogar, nem as escalações… As mexidas que nós fizemos é porque os jogadores estavam à disposição naquele jogo, naquele momento… O Mazola não mudou nada naqueles 15 dias que ficou aí, parceiro. Nem no modelo de trabalho do clube, que tinha algumas coisas que eu discordo, e discordava, e falei que eu iria mudar na paragem. Mas eu não mudei absolutamente nada – concluiu.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/mazola-desabafa-sobre-rejeicao-e-revela-nao-recebi-um-centavo-desde-que-cheguei-no-vitoria.ghtml
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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.