Carleto revela rusga Enderson
O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.
Thiago Carleto fala sobre convivência difícil com Enderson Moreira no Ceará — Foto: Rafael Santana
Ao se explicar sobre uma declaração dada ao fim do jogo contra o Operário-PR, de que havia “perdido o amor de jogar futebol” no período em que passou no Ceará, Thiago Carleto afirmou que os torcedores não sabem o que se passa no dia a dia do clube. Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, ele contou com detalhes o que aconteceu. E o motivo do desgosto do lateral tem nome: Enderson Moreira.
De acordo com o jogador do Vitória, a relação foi difícil desde o momento em que o treinador assumiu o clube. Enderson foi contratado para comandar o Ceará em abril deste ano, dois meses depois da chegada de Thiago Carleto.
– Desde a saída do Lisca, a situação no Ceará se complicou um pouco. Ficou a indecisão de quem vinha. A gente nunca sabe o dia de amanhã, não podemos falar mal, e eu nunca tive problema com treinador nenhum. Mas a convivência com Enderson Moreira foi muito difícil. Eu sempre falo que o treinador assume um clube, já conhece até o menino da base que está subindo para treinar. Ele sabe de todo mundo. Só que nós, jogadores, hoje procuramos saber o perfil do treinador, a maneira que eles trabalham. Eu tinha descoberto que a personalidade do Enderson é muito forte. Tenho amigos no Bahia que me contaram isso – afirmou.
"No dia que ele assumiu o Ceará, o Juninho, que é um cara sensacional, no outro dia pediu para ir embora. Eu achei estranho. Fui conversar com o Juninho, que me disse: "Pô, cara, não consigo trabalhar com ele, não me encaixo. Já lá no Bahia tive problema", contou.
Pelo Ceará, Thiago Carleto fez apenas 12 partidas, até que pediu para se transferir para o Vitória no início de outubro. O lateral assumindo o protagonismo da equipe e foi fundamental para livrar o Rubro-Negro do rebaixamento. Foi de Carleto, inclusive, o gol que definiu a permanência do Vitória na Série B.
O que não se sabia, até o momento, é que o jogador esteve perto de defender as cores do maior rival do Vitória. Thiago Carleto contou que foi procurado pelo Bahia, mas Enderson Moreira vetou a contratação.
– Quando eu estava na Arábia, houve um contato do Bahia para eu vir. Eu falei: "Pô, legal, clube bom". Queria esse perfil de trabalho: Ceará, Bahia, Vitória, clubes de massa, que eu acho que me encaixo bem. O tempo passou, não deu certo, eles estavam precisando (o Bahia). O Claudinho {Cláudio Prates, auxiliar técnico do Bahia], com quem trabalhei no América-MG e era um dos auxiliares, e o Rogério, que é preparador de goleiros e começamos na base juntos, nos encontramos.
"Conversa vai, e eu descobri que o motivo de eu não ter dado certo foi o Enderson, que não quis a minha contratação, não me conhecia. Não sei por quê, eu estava bem no Atlético, tinha a aprovação de todo mundo. O mundo girou e a gente foi trabalhar no Ceará juntos", disse.
Apesar da convivência difícil, Thiago Carleto revela que não guarda mágoa de Enderson e até gostaria de encontrá-lo para conversar.
– Acho que, se o Enderson me encontrar, sei lá, a gente trabalhar juntos, quebrar essa barreira. Mágoa nenhuma. Um dia, sei lá, gostaria de encontrá-lo para poder conversar. A gente nunca sabe, amanhã posso ser treinador, diretor, trabalhar junto – afirmou.
Confira outros trechos da entrevista de Carleto
Convivência com Enderson
– Cara, quando o Lisca estava como treinador e eu cheguei da Arábia, tinha possibilidade de dois clubes, da Série A. Quando eu vim, eu tinha duas opções de clubes que estão brigando por título hoje. Só que eu não sentia firmeza do que estava escutando, os dias iam passando e nada se resolvia. E quando me ligou o presidente do Ceará de manhã, na hora do jogo eu já estava acertado. Vi uma verdade. Quando fui para lá, achei que iria me reencontrar porque na Arábia foi difícil. Queria fazer chover. Não quero só passar, mas deixar meu nome marcado. É fazendo gol, jogando, se tornar um líder e assumir a responsabilidade. E o Lisca também me ligou, e a gente sentiu uma firmeza muito grande. Desde a saída do Lisca, a situação no Ceará se complicou um pouco. Ficou a indecisão de quem vinha. A gente nunca sabe o dia de amanhã, não podemos falar mal e eu nunca tive problema com treinador nenhum. Mas a convivência com Enderson Moreira foi muito difícil. Eu sempre falo que o treinador assume um clube, já conhece até o menino da base que está subindo para treinar. Ele sabe de todo mundo. Só que nós jogadores hoje procuramos saber o perfil do treinador, a maneira que eles trabalham. Eu tinha descoberto que a personalidade do Enderson é muito forte. Tenho amigos no Bahia que me contaram isso. E no dia que ele assumiu o Ceará, o Juninho, que é um cara sensacional, no outro dia pediu para ir embora. Eu achei estranho. Fui conversar com o Juninho, que me disse: "Pô, cara, não consigo trabalhar com ele, não me encaixo. Já lá no Bahia tive problema". Não sei nem se posso falar isso. Talvez, para vocês, seja um prato cheio. Mas, às vezes, a torcida não sabe o que acontece. E quando eu estava na Arábia houve um contato do Bahia para eu vir. Eu falei: "Pô, legal, clube bom". Queria esse perfil de trabalho: Ceará, Bahia, Vitória, clubes de massa, que eu acho que me encaixo bem. O tempo passou, não deu certo, eles estavam precisando (o Bahia). O Claudinho, que trabalhei com ele no América-MG e era um dos auxiliares, e o Rogério, que é preparador de goleiros e começamos na base juntos, nos encontramos. Conversa vai, e eu descobri que o motivo de eu não ter dado certo foi o Enderson, que não quis a minha contratação, não me conhecia. Não sei porquê, eu estava bem no Atlético, tinha a aprovação de todo mundo. O mundo girou e a gente foi trabalhar no Ceará juntos. Depois que Juninho saiu, conversei com ele…Talvez eu não encaixaria no perfil de jogo dele. Mas a forma que ele lidou. Eu me sentia a todo momento testado. Parecia assim: "Estou esperando você falar alguma coisa…" Porque a torcida do Ceará, todo jogo que eu estava no banco gritava o meu nome. Eles têm um carinho muito grande por mim e não entendeu o porquê de eu não jogar. Mas eu entendi o motivo de não jogar. Talvez porque o cara não ia com a minha cara e não falava. Eu falava que ia mostrar para ele dentro do campo, que era onde eu podia provar que tinha condição de jogar. Joguei os três primeiros jogos. Contra o CSA nós ganhamos, o Cruzeiro jogamos bem, Atlético-MG. Saí do time, não me falou nada, não conversou comigo. E depois não joguei mais. Antes de me tirar, ele falou: "Vou te ajudar, esse período que você passou na Arábia é difícil, Fernandão passou por um período difícil no Bahia também e é normal". Falei que iria me adaptar. Ele disse que gostava de mim. Mas durante esse percurso não foi o que ele fez. E aquilo me deixou muito triste. Eu fiz de tudo, treinava, ficava depois do treino. Se tem uma coisa que me deixa chateado…. Fala a verdade para mim: "Não conto contigo". A verdade dói de uma vez. A mentira ou inverdade, não sabe. E acabou que nesse período de três meses e meio, quatro, eu tive poucas oportunidades. Mas eu sabia que o motivo não era dentro de campo. Só que, assim, consequentemente, era treinador e jogar. Ele era uma pessoa legal, gente boa. Não condiz muito com o que ele falava. Às vezes ele falava, mas a maneira que ele lidava não condiz. Ele passou isso no Bahia, Fluminense, Santos. É o perfil dele. Não podemos mudar o perfil do treinador, mas respeitar e nos adaptar a ele. Mas muitas das vezes precisamos que o treinador entenda que estamos tentando. E a gente é um só. No contexto geral, vamos todos lutar por um ideal. E a gente saída do Juninho, Bueno, Roger, foi deixando estranha a situação. Só que eu continuei, eu tentei. Quando Paulo Carneiro ligou para mim, ele falou: "Carleto, vem para cá, você não vai jogar aí". Ele tinha razão, talvez soubesse de alguma coisa.
Dias difíceis no Ceará
– Eu machuquei, cara. Nunca tive uma lesão muscular. A primeira foi no Ceará. Ele [Enderson] dando um treino, ele jogou uma bola, eu fui correr e senti o adutor. Mas aí e fui pai de novo. Graças a Deus aconteceu isso, porque consegui focar no meu filho. Fez quatro meses agora. Comecei a concentrar as forças no meu filho. Minha mulher teve uma gravidez complicada quando veio da Arábia, descobriu que estava grávida há cinco meses e não sabia. Então, eu foquei nisso. Acabei largando de mão. Fui perdendo o gosto. Você chega em casa, chora, sua mulher pede calma. Não é o não jogar, porque o treinador tem a opção, temos que respeitar. Só que, acho assim, ele não precisa te vender sonho, não precisa ele falar uma coisa para você e você achar que está fazendo o que ele pediu, e na verdade ele já está decidido: “Você não vai jogar comigo”. Tudo bem, eu procuro um clube, porque clube teria para eu jogar. O Vitória era um. Eu fui perdendo contato. Fiquei três meses e fui perdendo. Eu estava na Arábia lá, difícil para caramba. Pô, o que é que eu fiz? Será que o problema sou eu. Eu não conseguia mais contato, não conseguia chegar muito perto. Machuquei, não consegui a voltar. Num jogo contra p Fortaleza, no primeiro turno, o João Lucas sentiu. Eu estava com dor. Tentava voltar, porque o João podia não ter condição, e eu fui, mesmo com toda carga negativa. Me botaram em um jogo contra o Cruzeiro, onde a situação estava… Tínhamos vindo de três derrotas difíceis. Jogamos quarta e sábado. Voltamos na quinta. Na sexta, me pegaram num canto, eu Ricardinho e Bergson, ficamos treinando falta, e disseram que eu ia jogar. Não tinham me passado nada. Eu pensei: “Não é isso que eu quero”. Eu entrei, joguei, empatamos em 0 a 0. Fui bem no jogo. Mas ali, se você entrar e for bem… Tipo assim, agora eu estou em uma situação ruim, então me ajuda. Se entrar, for bem, beleza. Se não ajudar, diz: “Tá vendo?”. Eu sentia isso, que não tinha mais condição de eu continuar. Eles estão esperando eu arrumar uma briga… Às vezes, por futebol ser emotivo, você pode estourar.
Gratidão à diretoria do Ceará
– Em todos os aspectos. O clube é maravilhoso, tem pessoas maravilhosas. O Robson, presidente, e o João Paulo, financeiro, são pessoas sensacionais. Não só de pagamento, mas de estrutura do clube. Eles ficaram muito tristes com a minha saída. Eu, por ética, e esse acontecimento junto com Enderson, que não tive oportunidade de conversar, criou um melindre. Nunca tive problema nenhum, nunca briguei, nunca desrespeitei. Mas também não conversamos. Respeito muito ele, porque é um cara que vai dar bons frutos em clube bom, porque ao padrão de jogo dele é interessante, se o cara faz, dá resultado. No Bahia, fez um bom trabalho. Ele pega os vídeos, é diferente, a forma de jogar espetado, e eu gosto desse jogo. É uma coisa que me doía, porque eu sabia que faria isso bem, iria mergulhar ali, no último terço do campo, onde gosto de estar.
A troca do Ceará pelo Vitória
– Eu cheguei no Robson e falei que não estava feliz, que não achava justo ficar ganhando às custas deles, só treinando, que eu sentia que era uma coisa pessoal. Contei essa história para ele. Ele não sabia; Pediu para eu não ir. Eu saí da sala dizendo que não sairia. Depois liguei de novo e falei que não queria. Ele disse que gostava de mim, que era difícil, que o Enderson continuava como treinador. Nesse mesmo dia, o Paulo ligou para o Samuca, que trabalha comigo, e perguntou se eu queria ir. Eu falei: “eu vou”. Não sei o que acontece, desde lá atrás, quatro, cinco meses, algo me dizia, algo estava me esperando aqui. Foi assim. Eu vim. Tudo isso aconteceu, volto a repetir, não tive uma briga. Foi uma decisão minha, porque eu senti que não ia ter mais espaço. Talvez, agora, o Adilson poderia me pôr para jogar. No dia que me apresentei, um dia antes. O Enderson pediu para ir embora. Mas ali eu senti que já não dava mais. Naquele momento, fui homem e falei para as pessoas que me contrataram. Eu contei que já não estava mais nem com vontade de jogar futebol. Minha intenção era ir para casa, descansar com minha família, minha mulher passou por um perrengue. Pensei em ir para Floripa, passar os dois meses, colocar os negócios que eu tenho.
Pior que na Arábia
– Foram três meses difíceis. Foi pior que na Arábia. Na Arábia estava tudo ruim, mas querendo ou não, era tudo novo. Não poderia falar que é ruim porque eu já passei. No Brasil, eu estava me culpando. Eu não culpava o Enderson. Eu pensava: “por que que ele pensa isso de mim?’. Eu não conseguia perguntar, chegar perto. Eu via uma coisa negativa. Sentia algo muito negativo. Uma pena, porque eu via ele lidar bem com todo mundo, mas, comigo, tinha essa barreira. E outras pessoas, eu perguntando, também tinha esse problema. O Edinho, por exemplo, teve um problema sério com ele no Fluminense. Sério. De discussão. E lá o Edinho se dava super bem com ele. Eu não conseguia. Edinho foi um dos caras que mais me segurava, era super amigo. Às vezes, o torcedor não sabe disso.
À procura da felicidade
– Eu sou um cara que, para exercer o futebol, tenho que estar feliz. Eu não preciso ter um milhão na conta, andar de Ferrari. Eu tenho que estar feliz comigo. No lado profissional. Claro que, no lado pessoal, minha mulher, meus filhos, são minha vida.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/carleto-revela-rusga-com-enderson-moreira-e-diz-que-tecnico-melou-acerto-com-o-bahia.ghtml
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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.