Wagner Lopes promete poucas mudanças e explica missão no Vitória: “Buscar o equilíbrio”

Wagner Lopes promete poucas

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Depois de ser apresentado ao elenco e, em seguida, comandar o primeiro trabalho com os atletas, o técnico Vanger Lopes falou pela primeira vez como treinador do Vitória. Ele concedeu entrevista na tarde desta sexta-feira, na Toca do Leão.

A missão que aguarda o treinador é das mais duras: em má fase dentro de campo e com o extracampo conturbado, ele precisa tirar o Vitória da zona de rebaixamento da Série B o quanto antes, visto que o 1º turno está quase no fim.

Ao falar sobre o desafio que tem pela frente, ele destacou que o trabalho é coletivo e utilizou uma palavra para nortear o seu trabalho: equilíbrio.

– Não é missão só do Wagner. O Wagner, pela posição do treinador de futebol, que é muito importante, a palavra tem um peso muito grande, o Wagner vem buscar equilíbrio. Equilíbrio para defender, equilíbrio para atacar, temos vários problemas de assuntos internos que a gente não verbaliza, mas dentro a gente vai tentar organizar da melhor maneira possível. Ouvir todos, estamos chegando, então não é o clube que tem que se adaptar ao Wagner, é o contrário. A gente sabe da grandeza do clube, o passado de glórias, a revelação de grandes atletas aqui, então venho com muita vontade de trabalhar, muita determinação. Mas vejo que a minha missão, antes de mais nada, é voltar ao básico. Fazer com que cada jogador se sinta confiante, voltar a ter confiança, que nosso ambiente fique leve para que a gente possa potencializar a força de cada um dus jogadores. É um elenco jovem, com potencial, mas jovem, e ainda precisa passar por etapas dentro da competição. É organizar, ter disciplina tática, fazer com que cada jogador procure dar o seu melhor. Wagner é uma peça dessa engrenagem. O Wagner sozinho não consegue nada, não faz nada. A gente precisa não só da colaboração de todos, mas principalmente do comprometimento com o Vitória – afirmou.

1 de 1 Técnico Wagner Lopes e o auxiliar Sandro Rosa iniciam trabalho na Toca do Leão — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

Técnico Wagner Lopes e o auxiliar Sandro Rosa iniciam trabalho na Toca do Leão — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

Vagner Lopes só terá tempo de comandar dois treinos antes de comandar o time pela primeira vez. Neste domingo, o Vitória encara o CRB, em jogo válido pela 18ª rodada da Segundona.

Por causa do pouco tempo de preparação, ele promete não fazer grandes mudanças na equipe que enfrentou o Cruzeiro no meio de semana – o jogo terminou empatado em 2 a 2.

– Nós chegamos ontem à noite, fizemos primeiro treino hoje. Gostaria de responder essa pergunta, mas…Quanto menos mexer, melhor. É claro que não vou te dar a escalação. Nós estamos em uma transição, tenho conversado muito com Ricardo [Amadeu], Flávio [Tanajura]. São pessoas que estão aqui há mais tempo, conhecem o elenco como ninguém. A gente vai aproveitar essa oportunidade para conversar mais, tirar mais informações, aproveitar o treino que ainda falta. Mas a ideia é dar sequência ao que vem sendo feito. É claro que a gente tem nossas convicções, muitos anos no futebol. Muitas vezes chegou de chegar na véspera do jogo e mudar alguma coisa, às vezes de manter o que está sendo feito. Com bom senso, tranquilidade e, principalmente com as pessoas que estão aqui, vamos tomar a melhor decisão possível – disse.

Vagner Lopes será o terceiro técnico a comandar o Vitória na Série B. Antes dele, passaram pelo clube Rodrigo Chagas e Ramon Menezes, e ambos saíram de forma conturbada. Na gestão Paulo Carneiro, o Rubro-Negro vai para o seu 10º treinador.

A expectativa, para o torcedor rubro-negro, é que, com Vagner, seja diferente. E ele confia no seu trabalho.

– Tenho muita convicção na minha maneira de conduzir, organizar, visão de jogo que tenho e, principalmente, leitura de jogo na partida. Não quero ser comparado com ex-treinadores que estiveram aqui, merecem nosso respeito. Tiveram grandes passagens, ora como atleta, ora como treinador também. Respeito muito a história dessas pessoas e sei que cada situação tem muitas maneiras de serem interpretadas. Quero fazer meu caminho com simplicidade, humildade, mas muita convicção no que estamos fazendo. Então, é claro que o treinador não tem prazo de validade. Muitas vezes, só o resultado que é importante. Não faço essa análise tão rasa. Prefiro entender que no dia a dia vamos construir identidade com jogadores e fazer com que cada jogador se sinta bem dentro da missão que a gente está falando, pedindo. É construir junto com jogadores um time equilibrado, forte, mas não tenha só o DNA do clube, mas, principalmente, que consiga os resultados positivos – disse.

O jogo de domingo, contra o CRB, é fundamental para o Rubro-Negro que abre a zona de rebaixamento da Segundona com 14 pontos. A distância para a Ponte Preta, primeira equipe fora do Z-4, é de dois pontos.

Confira outros trechos da entrevista de Vagner Lopes.

Ja trabalhou com alguém do elenco?
Já trabalhei com o Roberto no Bragantino em 2015, com o Sérgio Mota em 2014. São jogadores que a gente conhece bem, sabe o que podem render. Estou muito feliz de estar aqui, uma oportunidade ímpar

Tem filosofia oriental que pode ajudar o Vitória?
Trago muitas. Tenho muita coisa bacana da cultura japonesa. Posso citar a disciplina, a gente tenta ser o máximo disciplinado. Horário é para ser cumprido. Sou muito rígido em relação disciplinar. Respeito é um dos pilares da minha construção, a organização no trabalho também é um pilar. Muita coisa a gente pode usar da cultura japonesa mesmo sendo a nossa cultura completamente diferente. O respeito coletivo. Potencializano as individualidades. Sei que ninguém é igual ao outro, cada jogador é único e não merece ser comparado com ninguém. As individualidades sendo fortalecidas, faz com que o coletivo fique forte também. Essa são algumas características que a gente usa. Poderia ficar aqui horas falando sobre a influência que a cultura japonesa tem. De imediato, posso falar que a gente prima muito por isso: horário é para ser cumprido, disciplina tática, orientação com respeito, mas com firmeza. Postura. A coisa que mais pega, que julgo ser importante, é construir as coisas juntos. Todos se sentirem importantes dentro do processo que a gente está começando nesse momento

Média de idade baixa
Já vivenciei essa situação em vários clubes. Acredito muito na expertise das dez mil horas. Hoje a gente sabe que para você alcançar 10 mil horas de treinamento antes de o atleta estrear no profisisonal, é praticamente impossível. Muitas etapas são passadas superficialmente, não são puladas, ma hoje o jogador estreia no profissional e não tem, na maioria das vezes, os 100 jogos que deveria ter na categoria de base. Se o cara joga 33 jogos no sub-15, 33 no sub-17, 34 no sub-20, sem contar o sub-23, ele completa os 100 jogos antes de estrear no profissional. Isso seria o ideal. Só que isso não é possível hoje. Cada vez mais é difícil ter tantas oportunidades de partidas assim para que o jogador chegue pronto no profissional. Dito isso, eu sigo assim, é importante você mesclar. Se jogar só com os garotos, isso tem impacto em tomada de decisão, em pressão do adversário, se o jogo é fora ou é em casa. Então a gente tem que tomar cuidado para usar os meninos da melhor maneira, de forma coerente, com equilíbrio, e passando as orientações da melhor maneira. Preparando o jogador para todas a situações. A Série B é um campeonato duríssimo que a média de idade, invariavelmente é entre 28, 29 anos. Os últimos times que subiram para a Série A. Penso que o equilíbrio, ter uma mescla de jogadores experientes com jogadores jovens é o ideal

No Atlético-GO teve melhor campanha como treinador?
Fora a passagem longa que tive no Atlético-GO, também tive passagem muito boa no Paulista de Jundiaí. Mas acho que esses números [do Atlético-GO] são os melhores, sim. É claro que a gente quer repetir essa boa estatística no Vitória sabendo que vencer jogos é muito difícil. Não tem jogo fácil. É se concentrar, fazer o melhor que a gente pode, pedindo que cada atleta faça o seu melhor para que consiga grandes resultados aqui.

Prefere time propositivo ou reativo?
É muito legal uma pergunta assim porque tudo depende da qualidade técnica que você tem. A minha visão de jogo bonito é o jogo apoiado, que faz a circulação de bola trocando passes rápidos de pé em pé. Você tem movimentação inteligente, gera triangulações rápidas. E a única maneira que entendo de buscar o gol é ser vertical, ter profundidade. Você precisa de velocidade para quebrar a última linha do adversário, precisa de diagonais bem feitas, o facão que a gente passa, e sincronia. São situações que a gente treina muito. Você controla o jogo de duas maneiras: controlando a bola ou espaço. Para controlar o espaço, você corre muito atrás do adversário, fechando linha de passe, com marcação adiantada. Eu gosto do nosso time compactado nos 30 metros, fechando as diagonais, tirando linha de passe do adversário e, de preferência, tentando buscar o adversário no campo dele. E isso gera riscos você estando com a linha defensiva avançada. Você vai criar a oportunidade do adversário jogar a bola longa. Isso é risco muito grande porque os atacantes são mais rápidos que os zagueiros. Então, você ter uma dobra de marcação, uma cobertura bem feita é importantíssimo para marcar em bloco alto. Isso tudo gera em treinamento. Eu vejo que nesse último jogo contra o Cruzeiro, até parabenizar o Flávio, o Ricardo, houve uma compactação melhor, circulação melhor de bola. Os jogadores jogaram com muita raça, que é uma característica do clube. Para jogar aqui, tem que jogar com raça. A minha maneira de jogar é jogar para cima do adversário, buscar o gol a todo momento, não só pela minha formação como atleta de ter sido atacante, mas que o torcedor gosta, de ver gols, jogar para frente, fazer as inversões de jogo. Quanto mais troca de corredor, mais desestabiliza o adversário. É claro que tudo isso sem fazer gols não adianta nada. É caprichar nas finalizações, uma coisa que cobro muito do meu jogador. Acertar o gol. Eu gosto muita frase do Gentil Cardoso, uma frase antiga, que sintetiza o que penso: "Quem toca, passa; quem desloca, recebe; quem pede, tem preferência". É uma das maiores verdades. Uma frase com mais de 105 anos de idade e é atual. Se eu tenho a bola e meu companheiro cria linha de passe, consigo triangular. Se ele se movimenta de forma inteligente, consigo o passe. Se ele pedir, vai ter preferência. Os detalhes nos cinco momentos do jogo são muitos. Tudo isso, sem confiança, sem execução bem feita, não adianta nada. É na hora da pressão que o jogador cresce. Independente da idade, mas ter personalidade para aguentar e confiar no que pode fazer. Confiança só vem nos treinamentos com execução bem feita. Quem adquire confiança é o próprio jogador treinando bem. Então, a gente espera que os nosso jogadores readquiram a confiança e dar alegria para a torcida, que a gente espera conquistar no dia a dia.

Que caminhos pretende seguir nessa caminhada?
Eu acredito muito no nosso trabalho, que a gente possa desabrochar muitos jogadores que ainda não estão rendendo o que podem render. E é claro que o caminho das vitórias não tem receita e é construção coletiva. Não é coisa fácil. Mas a cada treino, a cada jogo e dia passado aqui, queremos influenciar positivamente as pessoas ao nosso redor. E a melhor forma para isso, é vitória. E a vitória não é fácil. É buscar soluções. Acredito muito na maneira como a gente trabalha, nos ensinamentos que tenho, cursos que fiz e tudo que venho trilhando nesses anos todos como ex-atletas, mas como membro de comissão técnica e comandante. Peço mutio que Deus não me deixe cometer injustiças. Trabalho com meritocracia, sem proteger ninguém. Treinou bem, vai jogar. É dessa maneira, com muito trabalho e dedicação e ajuda de todos que estão aqui, que a gente possa construir caminho de vitórias para fazer com que o Vitória brigue na parte de cima da tabela.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/wagner-lopes-promete-poucas-mudancas-e-explica-missao-no-vitoria-buscar-o-equilibrio.ghtml


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