Brasileirão 2020: conheça todos os 128 times que vão disputar as séries A, B, C e D no próximo ano

Brasileirão conheça todos times

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Com o encerramento do Campeonato Brasileiro – e a definição do Cruzeiro como último rebaixado para a Série B – já é possível traçar um panorama de como ficará a temporada 2020 do futebol nacional. Dos 128 times que vão jogar alguma série no ano que vem, apenas um não está conhecido – Maranhão e Juventude-MA decidem no próximo domingo a Copa FMF, que vale última vaga para a Série D.

Brasileirão 2020 – Série A (Times e Estados) — Foto: Arte/GloboEsporte.com

O estado com a maior representação é São Paulo, que tem 15 times disputando as quatro divisões do futebol brasileiro. Depois dele, aparecem Rio Grande do Sul (9 times), Rio de Janeiro (8), Minas Gerais (8), Paraná (8) e Santa Catarina (8). O GloboEsporte.com fez um levantamento de todas as divisões e traz agora todos os participantes do Campeonato Brasileiro de 2020.

Brasileirão 2020 – Série A — Foto: Arte / Cisco Nobre

A volta do Bragantino depois de 22 anos é a grande novidade para o próximo ano. Vice-campeão brasileiro em 1991, o Braga não disputava a primeira divisão do Campeonato Brasileiro desde 1998, quando acabou rebaixado. Depois disso, perambulou em várias séries, até iniciar o processo de retomada com o título da Série C de 2007.

Bragantino campeão brasileiro da Série B — Foto: Ari Ferreira/CA Bragantino

O futebol nordestino mantém a representatividade de quatro times. O rebaixamento do CSA foi compensado com o retorno do Sport, vice-campeão da Série B deste ano. Por outro lado, o futebol catarinense deixar de figurar no Brasileirão pela primeira vez desde a instituição dos pontos corridos, em 2003. Os dois times do estado, Chapecoense e Avaí, acabaram rebaixados.

Brasileirão 2020 – Série B — Foto: Arte / Cisco Nobre

O rebaixamento do Cruzeiro faz a Série B voltar a ter um time do G-12 em 2020. Mas as novidades não param por aí. Campeão da Terceirona, o Náutico volta a figurar entre os 40 principais times do país. Quem também retorna a esse grupo é o futebol sergipano. O Confiança recolocou o estado na Série B depois de 19 anos.

Cruzeiro vai disputar pela primeira vez na sua história a Série B do Campeonato Brasileiro — Foto: Divulgação/Mineirão

Para 2020, alguns clássicos estaduais prometem agitar a disputa: CRB x CSA, Guarani x Ponte Preta, Cruzeiro x América-MG, além dos jogos entre os três catarinenses – Avaí, Chape e o Figueirense, que conseguiu se manter na segunda divisão.

Brasileirão 2020 – Série C — Foto: Arte / Cisco Nobre

Não vai faltar tradição no Campeonato Brasileiro da Série C de 2020. A competição, que vai manter a mesma fórmula deste ano (veja aqui os prováveis grupos), vai reunir equipes de peso, como Santa Cruz, Vila Nova-GO e Criciúma. Assim como na Série B, os clássicos regionais prometem agitar a disputa, com destaque para Remo x Paysandu e Botafogo-PB x Treze.

Botafogo-PB e Treze voltam a fazer o clássico paraibano na Série C de 2020 — Foto: Paulo Cavalcanti / Botafogo-PB

Vice-campeão da Série D deste ano, o Manaus é o estreante da vez na Terceirona. É a volta do futebol amazonense à terceira divisão depois de 12 anos – a primeira no formato atual, com 20 clubes.

O destaque negativo ficou por conta da ausência do futebol potiguar, que já não tinha o América-RN, rebaixado para a Série D em 2016. Neste ano, outros dois representantes do estado caíram para a quarta divisão – ABC e Globo FC ficaram nas duas últimas colocações do Grupo A.

Brasileirão 2020 – Série D — Foto: Arte / Cisco Nobre

O Campeonato Brasileiro da Série D é o mais democrático de todos, reunindo 68 times dos 26 estados e mais o Distrito Federal. A CBF mudou a fórmula de disputa para 2020, acrescentando uma fase preliminar com oito times. Eles se enfrentam em quatro jogos eliminatórios, valendo vaga para a fase de grupos. A partir daí, são oito grupos de oito times, jogando entre si em turno e returno – o que dá um mínimo de 14 partidas para cada equipe. A mudança vai preencher o calendário dos clubes por mais tempo.

ABC e América-RN, os grandes do Rio Grande do Norte, vão disputar juntos a Série D de 2020 — Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com

Entre os clubes que estarão na disputa, alguns que já viveram grandes momentos no futebol brasileiro, como o Bangu (vice-campeão brasileiro em 1985) e o São Caetano (vice da Copa João Havelange de 2000). Também é o ponto de partida para a retomada de outros clubes tradicionais, como ABC, América-RN, Campinense, Gama e Joinville, que nas décadas de 70 e 80 eram figurinhas carimbadas na primeira divisão.

Apenas um clube da Série D não é conhecido. Isso porque Maranhão e Juventude-MA decidem no próximo domingo a Copa FMF, que vale uma vaga para a competição nacional – o Juventude está na vantagem depois de vencer o jogo de ida, fora de casa, por 1 a 0. O outro representante maranhense já está definido, o Moto Club.

Juventude-MA venceu fora de casa o Maranhão e está perto de garantir vaga na Série D — Foto: Vagner Jr. / Coluna do Futebol

Apesar do número de participantes, vale ressaltar que muitos clubes históricos não conseguiram a classificação via estaduais, e vão terminar o ano de 2020 sem disputar o Campeonato Brasileiro. Entre eles estão Portuguesa, América-RJ, Americano, Sergipe, Flamengo-PI e Rio Negro-AM.

Ranking de estados x regiões

O estado de São Paulo segue com a maior representatividade no Campeonato Brasileiro de 2020. São 15 clubes entre as séries A e D. Veja o levantamento completo:

Brasileirão 2020 – Região Norte — Foto: Arte/GloboEsporte.com

  • AC (3): Atlético (D), Galvez (D), Rio Branco (D)
  • AM (3): Fast (D), Manaus (C), Nacional (D)
  • AP (2): Santos (D), Ypiranga (D)
  • PA (4): Bragantino (D), Independente (D), Paysandu (C), Remo (C)
  • RO (2): Ji-Paraná (D), Vilhenense (D)
  • RR (2): Roraima (D), São Raimundo (D)
  • TO (2): Palmas (D), Tocantinópolis (D)

Brasileirão 2020 – Região Nordeste — Foto: Arte/GloboEsporte.com

  • AL (4): Coruripe (D), CRB (B), CSA (B), Jacyobá (D)
  • BA (6): Atlético (D), Bahia (A), Bahia de Feira (D), Jacuipense (C), Vitória (B), Vitória da Conquista (D)
  • CE (5): Ceará, Ferroviário (C), Floresta (D), Fortaleza (A), Guarany de Sobral (D)
  • MA (4): Imperatriz (C), Moto Club (D), Sampaio Corrêa (B), Maranhão 2 (D) *
  • PB (4): Atlético de Cajazeiras (D), Botafogo (C), Campinense (D), Treze (C)
  • PE (6): Afogados (D), Central (D), Náutico (B), Salgueiro (D), Santa Cruz (C), Sport (A)
  • PI (2): Altos (D), River (D)
  • RN (4): ABC (D), América-RN (D), Globo FC (D), Potiguar de Mossoró (D)
  • SE (3): Confiança (B), Freipaulistano (D), Itabaiana (D)

* Juventude-MA e Maranhão disputam a última vaga para a Série D na Copa FPF

Brasileirão 2020 – Centro-Oeste — Foto: Arte/GloboEsporte.com

  • DF (2): Brasiliense (D), Gama (D)
  • GO (6): Atlético (A), Crac (D), Goianésia (D), Goiânia (D), Goiás (A), Vila Nova (C)
  • MS (2): Águia Negra (D), Aquidaunense (D)
  • MT (4): Cuiabá (B), Luverdense (D), Operário (D), União Rondonópolis (D)

Brasileirão 2020 – Sudeste — Foto: Arte/GloboEsporte.com

  • ES (2): Real Noroeste (D), Vitória (D)
  • MG (8): América (B), Atlético (A), Boa Esporte (C), Caldense (D), Cruzeiro, Patrocinense (D), Tombense (C), Tupynambás (D)
  • RJ (8): Bangu (D), Botafogo (A), Cabofriense (D), Flamengo (A), Fluminense (A), Portuguesa (D), Vasco (A), Volta Redonda (C)
  • SP (15): Botafogo (B), Bragantino (A), Corinthians (A), Ferroviária (D), Guarani (B), Ituano (C), Novorizontino (D), Oeste (B), Palmeiras (A), Ponte Preta (B), Red Bull (D), Santos (A), São Bento (C), São Caetano (D), São Paulo (A)

Brasileirão 2020 – Sul — Foto: Arte/GloboEsporte.com

  • PR (8): Athletico (A), Cascavel (D), Coritiba (A), Londrina (C), Nacional (D), Operário (B), Paraná (B), Toledo (D)
  • RS (9): Brasil (B), Caxias (D), Grêmio (A), Inter (A), Juventude (B), Pelotas (D), São Luiz (D), São José (C), Ypiranga (C)
  • SC (8): Avaí (B), Brusque (C), Chapecoense (B), Criciúma (C), Figueirense (B), Joinville (D), Marcílio Dias (D), Tubarão (D)

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pb/futebol/noticia/brasileirao-2020-times-serie-a-serie-b-serie-c-serie-d.ghtml


Brasileirão conheça todos times


Clique aqui para ler mais notícias do Vitória

Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.
 

Levantamento inédito: quase metade dos atletas negros das Séries A, B e C sofreu racismo no futebol

Levantamento inédito quase metade

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

O mês da Consciência Negra, escolhido para a publicação de um levantamento que ouve 163 jogadores e técnicos negros sobre racismo no futebol brasileiro, é por si só representativo. Ao mesmo tempo, limita em 30 dias o debate de um tema que não deveria ser restrito a um único mês. Ou uma única data. Assim como 13 de maio, data da abolição da escravatura legal, novembro atrai os olhares para uma causa que persegue as pessoas de pele escura no Brasil: serem invisíveis e, quando notadas, tratadas de forma inferior. Mas não é o suficiente. O problema não começa nem acaba nos estádios. A comoção causada após os insultos a Taíson, na Ucrânia, e a agressão verbal proferida contra um segurança no Mineirão, no último final de semana, expõem ainda mais uma ferida aberta há séculos na humanidade e, em particular, em nossa sociedade.

O GloboEsporte.com passou seis meses ouvindo atletas e treinadores negros de 60 clubes das Séries A, B e C. E o levantamento, feito sob a condição de anonimato por parte dos entrevistados, aponta: 48,1% afirmam terem sido vítimas de racismo no futebol. A histórica falta de punição das entidades que organizam as competições é um ponto a ser destacado. Afinal, somente nesta temporada Fifa e CBF criaram protocolos minimamente rígidos relacionados a casos discriminatórios.

Só que limitar a causa dessas agressões à falta de consequência é raso. É deixar de lado a história escravista que permeia nossa cultura. Porque o brasileiro foi ensinado a ser racista.

Entendendo as raízes

Um bom exemplo disso é que, há menos de 100 anos, a Constituição Federal de 1934 – documento redigido para assegurar liberdade, justiça e bem-estar social – pregava em seu Art. 138 “estimular a educação eugênica”. O movimento da eugenia, disseminado pelo antropólogo Francisco Galton, tentou usar o conceito da seleção natural – do livro A Origem das Espécies (1859), de Charles Darwin – para afirmar que a capacidade intelectual dos indivíduos era hereditária, por influência.

O pensamento foi importado para o Brasil em 1914, através do médico Miguel Couto – um dos responsáveis pelo artigo constitucional – e liderado pelo médico Renato Kehl, que apresentava como "soluções" para o país o branqueamento, o controle da imigração, a regulação de casamentos e da esterilização. É o que diz a mestra em história Pietra Diwan no livro "Raça Pura. Uma história da eugenia no Brasil e no Mundo".

"A gente tem que entender que o racismo não é algo que se limita ao futebol. Não podemos, nem devemos achar que o estádio de futebol é um apêndice da sociedade onde tudo é permitido e que as coisas que acontecem lá não trazem problemas históricos", explica Marcelo Carvalho, pesquisador e fundador do Observatório do Racismo.

Levantamento aponta que quase metade de atletas e treinadores negros sofreram com racismo — Foto: Infografia GloboEsporte.com

"Embranquecimento" nos campos

Esporte destinado às elites, até então, o futebol não era palco para negros nas primeiras décadas do século passado. Em 1914, Carlos Alberto, que trocou o America-RJ pelo Fluminense, tinha por hábito passar pó de arroz no corpo para disfarçar a pele parda. Dez anos depois, foi a vez do Vasco da Gama sentir o peso social ao se ver obrigado a recusar o convite da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (Amea) de ingressar no Campeonato Carioca de 1924, por insistir em manter em seu elenco 12 atletas negros. Em um país que escravizou cinco milhões de indivíduos, 40% do total que foi trazido às Américas, ser negro era visto como algo inferior.

No documento que ficou conhecido como Resposta Histórica, o Vasco se negou a aceitar o corte dos atletas. Veja trecho:

“Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram para que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de Foot-Ball da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores, jovens, quasi todos brasileiros, no começo de sua carreira, e o acto publico que os pode macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta galhardia cobriram de glorias.”

Trecho da Resposta Histórica do Vasco — Foto: Reprodução site oficial do Vasco

Falta engajamento?

Nem mesmo o maior atleta do esporte, Edson Arantes do Nascimento, passou incólume. Antes de se tornar Pelé, o principal nome que encantou os gramados do mundo era chamado de Gasolina (derivado do petróleo), Alemão, Crioulo… alcunhas que tinham como intuito ironizar a cor da pele do atleta. A questão racial, deixada de lado pelo Rei do futebol, enquanto atleta, segundo consta na biografia “Pelé: estrela negra em campos verdes”, de Angélica Basthi, veio à tona quando maior o nome do desporto mundial virou Ministro Extraordinário dos Esportes, no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

Se com a bola nos pés Pelé colocou por terra qualquer ideia de inferioridade negra, afinal, que suposta supremacia não se curvou ao 10? Na posição de ministro, Edson Arantes do Nascimento direcionou os holofotes para a falta de representatividade política dos negros.

"É bem mais fácil você eleger um negro para discutir o problema do negro. Se o negro quer que se tenha uma melhora na sua posição social e uma melhora do Brasil de uma maneira geral, temos de botar a gente no Congresso, para defender a nossa raça. Onde o Pelé chega, está chegando um cidadão brasileiro de cor negra. A minha bandeira é a do exemplo, da coisa séria," disse o Rei, à Rádio CBN, após reunião com a Executiva do Movimento Marcha contra o Racismo

Vinte e quatro anos depois, o panorama segue alarmante: três das 81 cadeiras do Senado são ocupadas por negros. Governadores? Nenhum.

Pelé usou a posição de ministro para pedir mais espaço para os negros na política — Foto: Marcos Arcoverde/Ag. Estado

Vítima direta de racismo, em 2005, durante o jogo entre São Paulo e Quilmes, pela Libertadores, o ex-atacante Grafite diz entender os ex-companheiros de profissão e traz, consigo, um argumento que mostra mais um fator para a falta de engajamento em torno do tema: o reducionismo das vítimas.

"No Brasil, o engajamento é pequeno. Não só dos jogadores, mas também das pessoas que trabalham na mídia. Quando aconteceu o meu caso, em 2005, ninguém mais falava sobre o que eu representava para o futebol. Eu passei a ser o Grafite do caso do racismo. Ninguém falava sobre os gols que eu fazia, o fato de eu ser convocado para defender a Seleção, de ir bem no futebol alemão."

O comentarista do Grupo Globo ressalta que esse tipo de repercussão diminuiu sua vontade de ir além na denúncia. E que pode afetar outros jogadores.

– Isso me incomodou muito, e eu realmente não gostava. Tanto que não dei prosseguimento. Precisamos falar, mas não tratar as pessoas como se elas fossem só isso. Talvez por isso muitos atletas não gostem de falar sobre o tema.

Grafite acredita que falta de engajamento é um dos problemas no combate ao racismo — Foto: Eryck Gomes

Posicionamento e representatividade

Uma das vozes mais ativas contra o racismo no futebol nacional, o técnico do Bahia, Roger Machado, acredita que a naturalização do preconceito e a falta de oportunidades para que negros ascendam além das quatro linhas, assumindo cargos de liderança, são dois fatores que contribuem para o problema. A fala do treinador é um reflexo de um país em que 12,8% dos negros chegam ao ensino superior, segundo o IBGE. Número ainda mais alarmante quando vemos que apenas 6,3% dos cargos de gerência nas grandes empresas são ocupados por pessoas de pele escura, de acordo com o instituto Ethos – que aponta indicadores de Responsabilidade Social Empresarial. Panorama que, segundo Roger Machado, também tem reflexo no futebol.

"Nós nos posicionamos mais, muito mais do que em outros momentos. Mas isso gera enfrentamento. Quando você se posiciona, dizem que você está legislando em causa própria ou que você não pode falar, porque somos todos iguais. Somos todos humanos. Todos somos humanos, mas temos oportunidades bem diferentes. Quantos têm oportunidade que eu tenho de falar e ser falado?", questiona Roger Machado.

O treinador do Bahia também levanta a importância do seu papel, como comandante negro de um clube de futebol. Para dar voz e quebrar paradigmas.

– O meu lugar é um lugar de resistência e protesto, para que outros possam se ver treinadores de futebol, em posição de comando e liderança. Liderança que se denota que o atleta de futebol só tenha virtude na arte do futebol, e não tenha capacidade intelectual. Falaram que não sei gerir grupo. Isso é um preconceito estrutural, que vem há 300 anos, sendo colocados a conta-gotas. Temos que descolonizar o Brasil. Temos que ter educação formal. O maior preconceito é estrutural. Quando você não conhece a história através do estudo, é difícil de as pessoas entenderem e se sentirem parte disso tudo.

Roger Machado vê racismo estrutural como base do problema — Foto: DUDU MACEDO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ídolo do Wolfsburg-ALE, Grafite traça um paralelo entre Brasil e Alemanha, país marcado pelo Nazismo, que com base no pensamento eugênico pregava a supremacia da raça ariana entre os anos de 1933 a 1945. Com a expertise de quem atuou no clube por quatro temporadas, o ex-jogador acredita que o fato de os alemães reconhecerem o passado, além de aceitar o problema como algo não setorizado, faz com que o país tenha um debate mais aberto sobre o tema.

– Na Alemanha, que é um país marcado por isso, o debate sobre o racismo é o ano todo e vai além do futebol. A gente fala do futebol, mas imagina o que acontece todos os dias com pessoas anônimas… Aqui, as pessoas falam quando acontece um caso, no dia 20 de novembro e 13 de maio, que são datas simbólicas. Não existe um trabalho mostrado na mídia a esse respeito. É algo espalhado pelo país, mas que a gente não fala e não busca uma melhora efetiva.

Marcelo Carvalho acredita que punição ajudará a reduzir os casos — Foto: Reprodução TV GLOBO

Ouvindo os jogadores

Um olhar sobre o levantamento feito pelo GloboEsporte.com deixa claro que, assim como falado pelo ex-atleta, o problema não está restrito a casos isolados. Segundo o relato dos jogadores, há casos de injúrias raciais em 14 estados, espalhados pelas cinco regiões do país.

– Entender que o futebol tem o racismo estrutural muito grande e entender que isso é algo espalhado por todo país é fundamental para que possamos minimizar as questões raciais. É o caminho que precisamos seguir. A educação é importante, mas precisamos punir e entender que, no geral, o torcedor teme a punição. O medo de ver o seu clube punido inibe – disse o pesquisador Marcelo Carvalho.

Casos de racismo estão espalhados pelas cinco regiões do nordeste — Foto: Infografia GloboEsporte.com

“Ouvir aquilo trouxe uma dor na minha alma. Até hoje fecho os olhos e escuto eles me chamando de macaco. Eu sei que queriam me desestabilizar, mas isso mexe com muita coisa. Não fiz nada para merecer isso”.

A fala anônima de um dos atletas a responder o levantamento traz uma vertente dos atos racistas dentro dos estádios, onde 63% das ofensas partem da torcida adversária. Essas ofensas fazem com que 39% dos jogadores peçam punição aos agressores. Mas outro fator chama a atenção: 27,7% dos entrevistados acreditam que campanhas educativas, que mostrem a origem do problema, podem reduzir os casos.

– Eu não posso ser julgado pela minha cor, e sim pelo que aprendi e posso fazer. O futebol, como esporte de massa, pode ajudar nisso. A rede de apoio é muito falha para negros – ressalta Grafite.

Atletas e treinadores pedem punição, mas vêm educação como alternativa — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Torcidas adversárias são os principais agressores — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Pesquisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol registrou 44 ocorrências racistas contra brasileiros só em 2018. O número, aliado a uma ameaça de punição por parte da CBF – de multa a perda de pontos, de acordo com o Art. 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – fez com que os clubes intensificassem as ações educativas

O Vasco usou o histórico de luta contra o racismo como mote para lançamento de uniforme. O Bahia, que vem ampliando o engajamento nos debates sociais, aderiu à campanha contra o racismo junto ao Grêmio. E o Santos, que teve um torcedor acusado de injúrias racistas e xenofóbicas durante a partida contra o Ceará, pela 26ª rodada do Brasileiro, fez uma ação pedindo para que racistas deixem de torcer pelo clube – responsável pelo surgimento de Pelé.

O racismo nos estádios, que reflete uma sociedade em que a população foi conduzida a silenciar negros e pardos, precisa ampliar o debate para além da culpabilidade individual e das hashtags solidárias, tão comuns nas redes sociais a cada caso. É preciso entender e aceitar que, em um país onde 12,8% dos negros, entre 18 e 24 anos, estão no ensino superior – de acordo com dados do IBGE – e em que brancos recebem salários 72,5% mais altos que negros, a responsabilidade para uma mudança de paradigma é de todos. E, diante deste cenário, nada mais pertinente que o futebol, responsável por prender a atenção de milhões de brasileiros, use seu poder popular para combater um problema que vai muito além das quatro linhas e não se limita a uma data no ano.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/levantamento-inedito-quase-metade-dos-atletas-negros-das-series-a-b-e-c-sofreu-racismo-no-futebol.ghtml


Levantamento inédito quase metade


Clique aqui para ler mais notícias do Vitória

Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.
 

Palmeiras e Sport são os que menos perderam das Séries A e B em 2019; veja lista

Palmeiras Sport menos perderam

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Flamengo e Bragantino lideram respectivamente as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. No entanto, outros dois clubes, cada um na sua divisão, dividem um feito relevante: Palmeiras e Sport são os clubes que menos perderam em 2019. Tanto o clube paulista, vice-líder da Série A, quanto o pernambucano, terceiro colocado da Série B, foram derrotados apenas seis vezes no ano.

Os números do Palmeiras são mais impressionantes que os do Sport pela quantidade de jogos. Enquanto os paulistas entraram em campo 50 vezes no ano, os pernambucanos jogaram apenas 36 vezes.

Mano Menezes comandou o Palmeiras em três partidas e venceu todas elas — Foto: Marcos Ribolli

No entanto, num recorte apenas do Campeonato Brasileiro, os números do Sport são melhores. O Leão já entrou em campo 23 vezes na Série B e só foi derrotado em duas partidas, enquanto o Palmeiras jogou 19 jogos na Série A e perdeu a mesma quantidade. As outras quatro derrotas do Sport foram no Campeonato Pernambucano (três) e uma na Copa do Brasil. Já o Palmeiras perdeu duas na Libertadores, uma na Copa do Brasil e uma no Campeonato Paulista.

Das seis derrotas do Sport, três foram com o técnico Guto Ferreira — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press

O Flamengo está próximo de Palmeiras e Sport. Com os mesmos 50 jogos do Porco, foi derrotado sete vezes, sendo três na Série A, três na Libertadores e uma na Copa do Brasil.

Lista de times com menos derrotas no Brasil em 2019

Time Número de derrotas Campeonatos disputados Número de jogos Série no Brasileiro
Palmeiras 6 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Paulista 50 A
Sport 6 Série B, Copa do Brasil e Pernambucano 36 B
Flamengo 7 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Carioca 50 A
Atlético-GO 7 Série B, Copa do Brasil e Goiano 44 B
Coritiba 8 Série B, Copa do Brasil e Paranaense 38 B
Cuiabá 8 Série B, Copa do Brasil e Mato-Grossense e Copa Verde 47 B
Grêmio 9 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Gaúcho 52 A
Operário-PR 10 Série B e Paranaense 35 B
Santos 11 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Paulista 45 A
Bahia 11 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Baiano e Copa do Nordeste 52 A
Bragantino 11 Série B e Paulista 36 B
Ponte Preta 11 Série B, Copa do Brasil e Paulista 41 B
América-MG 11 Série B, Copa do Brasil e Mineiro 38 B
Corinthians 12 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Paulista 54 A
São Paulo 12 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Paulista 41 A
Oeste-SP 12 Série B Copa do Brasil e Paulista 40 B
Figueirense 12 Série B, Copa do Brasil e Catarinense 43 B
Internacional 14 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Gaúcho 54 A
Cruzeiro 13 Libertadores, Série A, Copa do Brasil e Mineiro 49 A
Vasco 13 Série A, Copa do Brasil e Carioca 43 A
Ceará 13 Série A, Copa do Brasil e Cearense e Copa do Nordeste 48 A
Fortaleza 13 Série A, Copa do Brasil e Cearense e Copa do Nordeste 49 A
CSA 13 Série A, Copa do Brasil e Alagoano e Copa do Nordeste 40 A
CRB 13 Série B, Copa do Brasil e Copa do Nordeste e Alagoano 48 B
Paraná 13 Série B, Copa do Brasil e Paranaense 35 B
Londrina 14 Série B, Copa do Brasil e Paranaense 40 B
Vila Nova 14 Série B, Copa do Brasil e Goiano 45 B
Avaí 15 Série A, Copa do Brasil e Catarinense 46 B
Botafogo 15 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Carioca 40 A
Goiás 15 Série A, Copa do Brasil e Goiano e Copa Verde 43 A
Botafogo-SP 15 Série B e Paulista 37 B
Brasil-RS 15 Série B, Copa do Brasil e Gaúcho 35 B
Vitória 15 Série B, Copa do Brasil, Baiano e Copa do Nordeste 42 B
Atlético-MG 16 Libertadores, Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Mineiro 55 B
Chapecoense 16 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Catarinense 47 A
Fluminense 17 Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Carioca 50 A
Criciúma 18 Série B, Copa do Brasil e Catarinense 45 B
São Bento 19 Série B e Paulista 35 B
Athletico 20 Libertadores, Recopa Sul-Americana, Série A, Copa do Brasil e Paranaense 56 A
Guarani 20 Série B, Copa do Brasil e Paulista 37 B

O Palmeiras fechou também a temporada passada como o time brasileiro com menos derrotas. O time, que na época era comandado por Felipão, perdeu 11 vezes e terminou o ano conquistando a Série A do Campeonato Brasileiro. O Sport, por sua vez, viveu uma realidade completamente diferente. Não conquistou nenhum título e foi rebaixado para a Série B, acabando o ano com 20 derrotas.

Lista de derrotas das equipes das Séries A e B em 2018

Times Número de derrotas Série
Palmeiras 11 A
Internacional 12 A
Flamengo 13 A
Vila Nova 13 B
CSA 15 B
Avaí 16 B
Guarani 16 B
Atlético-GO 16 B
Oeste 16 B
Grêmio 17 A
São Paulo 17 A
Athletico 17 A
Ponte Preta 17 B
São Bento 17 B
Criciúma 17 B
Figueirense 17 B
Cruzeiro 18 A
Fortaleza 18 B
Brasil-RS 18 B
Londrina 18 B
Atlético-MG 19 A
Ceará 19 A
Coritiba 19 B
Sport 20 A
Goiás 20 B
CRB 20 B
Botafogo 21 A
Paysandu 21 B
Chapecoense 22 A
Juventude 22 B
América-MG 23 A
Bahia 23 A
Santos 24 A
Fluminense 24 A
Sampaio Corrêa 24 B
Vasco 26 A
Corinthians 27 A
Vitória 27 A
Paraná 27 A
Boa Esporte 28 B

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/palmeiras-e-sport-sao-os-que-menos-perderam-das-series-a-e-b-em-2019-veja-lista.ghtml


Palmeiras Sport menos perderam


Clique aqui para ler mais notícias do Vitória

Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.
 

Em busca do quinto técnico no ano, Vitória lidera trocas nas Séries A e B; veja números

busca quinto técnico Vitória

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Se tem uma coisa que a temporada 2019 mostrou é que o cargo de técnico do Vitória é uma profissão com grande rotatividade. Demitido na última quarta-feira, Carlos Amadeu se junta a Marcelo Chamusca, Cláudio Tencati e Osmar Loss na lista de ex-treinadores do Rubro-Negro, que agora busca o quinto treinador nesta temporada. Situação que faz o clube liderar a estatística de trocas de treinadores de times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Marcelo Chamusca foi o primeiro técnico do Vitória em 2019 — Foto: João Salvador

Na Série A, os clubes que mais se aproximam do Vitória em trocas de treinadores nesta temporada são Goiás e Chapecoense, que estão no terceiro técnico. Na Série B, Guarani e São Bento lideram as mudanças no comando, ambos com quatro treinadores nesta temporada.

Mas teria algum clube no Brasil com números que se igualam ou ultrapassam o Vitória em trocas de técnicos? Tem sim. O Atibaia, de São Paulo, que disputa a Série A2 e a Copa Paulista, está em seu quinto técnico no ano. E o Treze, da Paraíba, chegou ao sexto treinador no ano.

A rotatividade dos técnicos do Vitória:

06 de dezembro de 2018 – Marcelo Chamusca anunciado
18 de março de 2019 – Marcelo Chamusca demitido

19 de março – Cláudio Tencati anunciado
19 de maio – Cláudio Tencati demitido

21 de maio – Osmar Loss anunciado
04 de agosto – Osmar Loss demitido

05 de agosto – Carlos Amadeu anunciado
18 de setembro – Carlos Amadeu demitido

Do anúncio da contratação em agosto até a demissão na última quarta, Amadeu ficou no Vitória por 43 dias e comandou o time em nove jogos. Ele só fez mais partidas nesta temporada pelo Rubro-Negro que Cláudio Tencati, que dirigiu a equipe em sete. Marcelo Chamusca, com 14, é quem tem mais jogos pelo Vitória em 2019. Osmar Loss aparece em seguida com 10.

Osmar Loss assumiu na gestão Paulo Carneiro — Foto: João Salvador

Também vale lembrar que o Vitória está no segundo presidente no ano: Paulo Carneiro. O gestor, eleito em abril após o clube antecipar as eleições, decidiu manter Cláudio Tencati, depois optou pela demissão do gestor e foi responsável pelas contratações de Osmar Loss e Carlos Amadeu. Marcelo Chamusca chegou quando Ricardo David ainda era presidente do clube.

Amadeu também tem os melhores números como técnico do Vitória no ano. Ele conseguiu 48% de aproveitamento, contra 38% de Marcelo Chamusca, 26,6% de Osmar Loss e 23,8% de Cláudio Tencati. Contudo, todos acumulam vexames pelo clube em 2019: queda no Campeonato Baiano na primeira fase, assim como na Copa do Brasil, eliminação no Nordestão nas quartas de final com goleada por 4 a 0 sofrida diante do Fortaleza e luta contra o rebaixamento da Série B.

Mas os números superiores aos antecessores não foram suficientes para manter Carlos Amadeu, que sofria críticas pelas constantes mudanças no time titular do Vitória e por não conseguir fazer o time decolar na Série B: ocupa atualmente a 15ª posição, com 24 pontos, um a mais que São Bento, time que abre a zona de rebaixamento.

O Vitória ainda não definiu quando vai anunciar o próximo técnico. Especulado como possível treinador para o clube, Givanildo Oliveira garantiu que não foi procurado. O próximo jogo do time está marcado para terça-feira, contra o Atlético-GO, na Arena Fonte Nova.

* Colaborou Filipe Rodrigues Marques e Expedito Madruga

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/em-busca-do-quinto-tecnico-no-ano-vitoria-lidera-trocas-nas-series-a-e-b-veja-numeros.ghtml


busca quinto técnico Vitória


Clique aqui para ler mais notícias do Vitória

Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.
 

Com primeiro semestre desastroso, Vitória tem a defesa mais vazada das Séries A e B

Vitória tem a defesa mais vazada das Séries A e B — Foto: JL Rosa

Vitória tem a defesa mais vazada das Séries A e B — Foto: JL Rosa

Listar os culpados pelo primeiro semestre desastroso do Vitória seria um trabalho árduo. O roteiro do fracasso, que já contava com eliminações nas primeiras fases da Copa do Brasil e do Campeonato Baiano, foi incrementado com a queda nas quartas de final da Copa do Nordeste, com a goleada por 4 a 0 sofrida para o Fortaleza, na última segunda-feira. O placar elástico escancara o problema que será tratado neste texto: a fragilidade do sistema defensivo.

O Vitória tem a defesa mais vazada entre os 40 times que vão disputar as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, com 25 gols sofridos em 19 jogos – a pior média é do Bragantino, que sofreu 23 gols em 14 partidas. A segunda equipe que mais sofreu gols é a Chapecoense, com 24, seguida por Bragantino, Guarani e Oeste, estes três da Segundona, todos com 23 gols sofridos.

Série A – equipes mais vazadas

Chapecoense 24 (23 jogos)
Corinthians 20 (22 jogos)
Santos 18 (21 jogos)
Ceará 17 (21 jogos)
Bahia 17 (24 jogos)

Série B – equipes mais vazadas

Vitória 25 (19 jogos)
Bragantino 23 (14 jogos)
Guarani 23 (15 jogos)
Oeste 23 (18 jogos)
Brasil de Pelotas 21 (13 jogos)

A derrota mais elástica do Rubro-Negro aconteceu justamente diante do Fortaleza. Antes, a equipe havia levado mais de dois gols apenas contra o Botafogo-PB, também pelo Nordestão. O problema é que, das 19 partidas que realizou, a equipe só não foi vazada em quatro: Vitória da Conquista (1 a 0), Jequié (4 a 0), Bahia (0 a 0) e ABC (0 a 0).

Os dois primeiros jogos do ano, é sempre bom lembrar, foram disputados com a equipe sub-23. A dupla de zaga formada por Bruno Bispo e Gabriel levou dois gols nos empates em 1 a 1 diante de CSA e Sampaio Corrêa.

A partir daí, o Vitória teve cinco duplas de zaga diferentes – Bruno e Gabriel voltariam a jogar juntos –, sendo que Edcarlos foi, de longe, o que atuou com mais regularidade. Veja, abaixo, todos os zagueiros que a equipe utilizou em 2019.

A zaga do Vitória em 2019

Duplas de zaga Números de jogos
Edcarlos e Ramon 5
Edcarlos e Thales 5
Bruno Bispo e Gabriel Silva 4
Edcarlos e Victor Ramos 3
Thales e Ramon 1
Ramon e Victor Ramon 1

Depois de ser eliminado do Nordestão, o Vitória só volta a campo no dia 27 deste mês, na estreia da Série B, quando encara o Botafogo-SP, no estádio Santa Cruz.

*Reportagem produzida com a colaboração de Guilherme Marçal.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/com-primeiro-semestre-desastroso-vitoria-tem-a-defesa-mais-vazada-das-series-a-e-b.ghtml

Acesse a TVVIANET

Acesse Mais notícias aqui