Fábrica de Talentos parte 1: como o Vitória virou referência na base e formou campeões mundiais

Fábrica Talentos Vitória virou

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Nenhum clube formou mais jogadores campeões do mundo em 2002 que o Vitória. Dida, Júnior Nagata e Vampeta serviram como exemplos máximos do sucesso da Fábrica de Talentos que, duas décadas depois do auge, conheceu a decadência escancarada por uma forte declaração do técnico Thiago Carpini.

"Aquela base que revelou talentos para o mundo não existe mais", disse Carpini.

Na série "Fábrica de Talentos", divida em três partes, o ge explica como o Vitória virou uma potência no futebol de base durante os anos 90, o que aconteceu para o clube perder prestígio e o que o Rubro-Negro planeja para voltar a ser referência.

1 de 10 Fábrica de Talentos do Vitória formou três dos campeões do mundo com a Seleção em 2002 — Foto: Arte / ge
Fábrica de Talentos do Vitória formou três dos campeões do mundo com a Seleção em 2002 — Foto: Arte / ge

Parte 1: como o Vitória virou referência

Em um recorte dos últimos 35 anos, o Vitória levantou mais taças que nos 87 anteriores, além de vencer mais clássicos contra o Bahia. Os dois cenários passam por projetos que fizeram o Rubro-Negro mudar de patamar nos anos 90: a construção do Barradão, em 1986, e os investimentos na divisão de base. Quem explica é o jornalista e historiador Paulo Leandro.

"O Vitória investiu na base como uma forma de tentar assumir a hegemonia do futebol baiano, que era do Bahia desde sempre", afirma Paulo Leandro.

– Foi ali que o Vitória fez a ultrapassagem, o Bahia ficou muito acanhado. A revolução rubro-negra tinha dois pilares: colocar o Barradão para funcionar e investir na divisão de base. Naquela época não se fazia torneio de base importante sem o Vitória. A marca do Vitória estava no mundo todo – completa o historiador.

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O Vitória foi um dos pioneiros do futebol brasileiro ao olhar para a divisão de base e priorizar a formação do atleta. Para ter sucesso nesse projeto, Paulo Carneiro, então presidente rubro-negro, fez um movimento ousado em 1991 ao tirar Newton Mota do rival Bahia.

Mota trabalhava diretamente com o futebol de base e havia descoberto Zé Carlos e Charles, destaques na campanha do título do Campeonato do Brasileiro de 1988. Ao trocar o endereço de trabalho, o profissional mudou também a rota das principais descobertas do futebol baiano.

– Newton Mota saiu do Bahia e levou muitos jogadores. Eu fui um deles. Ele levou jogadores reservas na época: eu, Bebeto Campos, Giuliano… Depois dessas contratações, o Vitória teve crescente absurda, passou a ser modelo, fortaleceu o clube. Depois chegaram grandes jogadores – conta o ex-lateral e ex-treinador do Leão Rodrigo Chagas.

Paulo Carneiro afirma que 57 atletas que estavam no Bahia foram para o Vitória. Ele considera esse movimento o início da revolução nas categorias de base do clube.

– Dida fui eu que descobri em Alagoas, no jogo do Cruzeiro de Arapiraca, que era o time dele. Alex Alves, Paulo Isidoro também foram descobertos em Salvador. Vampeta também. Mas não era a base do Vitória ainda. Eles se engajaram no trabalho com a contratação de Mota. Ali nasceu a base do Vitória – recorda Paulo Carneiro.

Com o sucesso do grupo ex-Bahia, Newton Mota também ganhou a fama de "vilão" tricolor na história. Algo que ele se defende.

"O Bahia vivia momento de dificuldade financeira. O Bahia chegou a ter 80 jogadores na base e foi reduzindo. Os jogadores do Bahia iam para casa. Pegamos jogadores que o Bahia não quis. Depois que eu saí, o Bahia ganhou dois campeonatos sub-20. A maioria dos jogadores que saíram estavam em casa. E nós, quando fomos para o Vitória, começamos um novo trabalho", garante Newton Mota.

Newton Mota explica saída do Bahia e lembra sucesso na base do Vitória

Newton Mota conta que os pilares da revolução na base do Vitória vão muito além da chegada de jogadores que estavam no Bahia. Envolve, dentre outros pontos, o estabelecimento de uma maior quantidade de observadores espalhados pelo Brasil, além da criação de novas categorias.

– Nenhum clube tinha a quantidade de observadores que a gente tinha. O Vitória era sempre pioneiro nas suas ações. O Vitória chegou a ter oito categorias. A gente tinha jogadores a partir de oito anos de idade, lançava jogadores com coragem, com 17 anos, com 18 anos. Tudo isso, junto, fez do Vitória uma referência – resume Newton Mota.

"O treinador do Vitória tinha que saber que 30, 40% do seu elenco era da divisão de base", completa o ex-diretor de futebol de base do Leão.

2 de 10 Newton Mota (esquerda) e Paulo Carneiro fizeram dupla de sucesso na gestão da base do Vitória durante os anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro
Newton Mota (esquerda) e Paulo Carneiro fizeram dupla de sucesso na gestão da base do Vitória durante os anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro

Outra parte do plano do Vitória para aumentar o nível de desempenho e deixar os jogadores mais prontos para o cenário profissional era oferecer jogos aos atletas. E aí o Rubro-Negro passou a viajar o mundo com as categorias de base.

3 de 10 Revista do Vitória exibe países onde a base do clube disputou torneios no início dos anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro
Revista do Vitória exibe países onde a base do clube disputou torneios no início dos anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro

Antes da formação de atletas ser um projeto de Paulo Carneiro e Newton Mota, o Vitória já tinha revelado o maior jogador que passou pelas divisões de base do clube: Bebeto. Mas, com a Fábrica de Talentos em atividade, o Rubro-Negro transformou a exceção da década de 80 em regra nos anos 90. E a partir daquele momento a Toca do Leão virou referência no cenário nacional.

Jogadores revelados pelo Vitória na década de 1990:

Goleiros: Dida e Fábio Costa;
Zagueiro: Moisés;
Laterais: Rodrigo Chagas, Júnior Nagata e Leandro;
Meio-campistas: Vampeta, Paulo Isidoro e Fernando;
Atacante: Alex Alves.

4 de 10 Dida (no alto), Paulo Isidoro (esquerda) e Alex Alves (direita) estão entre as principais revelações do Vitória nos anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro
Dida (no alto), Paulo Isidoro (esquerda) e Alex Alves (direita) estão entre as principais revelações do Vitória nos anos 90 — Foto: Arquivo pessoal: Paulo Leandro

Sucesso transforma estrutura

Não demorou muito para o Vitória colher no profissional os frutos plantados na divisão de base. O clube que começou a década de 90 com 11 títulos estaduais, venceu mais cinco nos dez anos seguintes, ganhou duas Copas do Nordeste, além de chegar a duas semifinais e uma final de Campeonato Brasileiro.

Na final do Brasileiro de 1993, jogo mais importante da centenária história rubro-negra, estavam Dida, Rodrigo Chagas, Paulo Isidoro, Giuliano e Alex Alves. Cinco titulares eram produzidos pela Fábrica de Talentos. E o número subiu para sete na semifinal de 1999: Fábio Costa, Moisés, Pedro Paulo, Paulo Rodrigues, Tácio, Fernando e Cláudio Tauá.

5 de 10 Na fila do meio, Rodrigo Chagas é o segundo (da esquerda para a direita) em foto do elenco do Vitória de 1993 — Foto: Revista Placar
Na fila do meio, Rodrigo Chagas é o segundo (da esquerda para a direita) em foto do elenco do Vitória de 1993 — Foto: Revista Placar

A Fábrica de Talentos não rendeu ao Vitória uma taça nacional, mas junto aos outros importantes títulos conquistados durante os anos 90, o clube somou também muito dinheiro com os jogadores vendidos.

Paulo Isidoro, Alex Alves e Júnior Nagata foram para o Palmeiras; Dida, para o Cruzeiro; Rodrigo Chagas, para o Bayer Leverkusen; e Vampeta foi vendido para o PSV. Com os cofres cheios, o Vitória investiu na estrutura da base e manteve em funcionamento um projeto que rendeu jogadores e lucro até 2010.

– Nós disputamos o primeiro torneio na Holanda fruto da venda de jogadores Rodrigo [Chagas] e Ramon [Menezes] para o Bayern Leverkusen – lembra o ex-presidente Paulo Carneiro.

6 de 10 Vitória homenageia Bebeto com nome de campo na Toca do Leão — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
Vitória homenageia Bebeto com nome de campo na Toca do Leão — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Em 1997, já após importantes vendas que fizeram a Fábrica de Talentos funcionar com melhores engrenagens, Bebeto voltou a vestir as cores do Vitória. O atacante, que viveu a divisão de base no início dos anos 80, ficou impressionado com o que encontrou no retorno ao clube.

"Eu brincava em um campo que era horrível, não tinha nem grama. A gente mudava de roupa em um vestiário velho, as roupas todas sujas, rasgadas. Quando retornei foi totalmente diferente. A estrutura era outra. Eu fiquei tão feliz quando eu vi o Vitória com três ou quatro campos para treinamento, dando assistência para a base", recorda Bebeto, a maior revelação da história rubro-negra.

7 de 10 Bebeto na Toca do Leão — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
Bebeto na Toca do Leão — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O goleiro Felipe, revelado pelo Vitória e com importantes passagens por Flamengo e Corinthians, também viu de perto a evolução da estrutura de base do clube. Ele chegou ao Rubro-Negro em 1996, subiu para o time profissional e deixou a Toca do Leão em 2005.

Formado na Toca do Leão, Felipe lembra passagem pela base: “Sempre à frente”

– Sempre à frente das outras. Tinha o Barradão e o campo do Perônio onde revelava a galera. Eu saí do Vitória em 2005, e o clube já tinha uma estrutura boa na base. Eu morei de 1999 a 2001 no Barradão. Tinha concentração com quartos, ar condicionado, ônibus para levar para a escola – lembra o goleiro.

"O Vitória sempre foi muito à frente dos outros clubes, com muitos jogadores convocados. Eu fui para todas as seleções de base. Chegou a ter convocação para irem os dois goleiros: eu e Carlos Vitor, que era meu reserva. O Vitória, na base, era muito à frente", completa Felipe, ex-goleiro do Leão e com passagens de sucesso por Flamengo e Corinthians.

Quando Felipe estreou pelo profissional, no começo dos anos 2 mil, o Vitória viu o Brasil ser pentacampeão do mundo com três jogadores formados na Fábrica de Talentos. Responsável por 13% dos convocados, ficou ao lado do São Paulo entre os clubes que mais formaram jogadores para aquele título. Era o auge do projeto iniciado na década anterior.

Formação dos pentacampeões mundiais:

Vitória: Dida, Júnior Nagata e Vampeta;
São Paulo: Cafu, Denílson e Kaká;
Cruzeiro: Ronaldo e Belletti;
Grêmio: Ronaldinho Gaúcho e Anderson Polga.

8 de 10 Vampeta (o quinto, da direita para esquerda, em pé), Dida (12) e Junior (16) na Copa do Mundo de 2002 — Foto: Wilson Carvalho/CBF
Vampeta (o quinto, da direita para esquerda, em pé), Dida (12) e Junior (16) na Copa do Mundo de 2002 — Foto: Wilson Carvalho/CBF

Enquanto isso, na Toca do Leão, uma nova safra de jogadores fabricados recebeu missões mais ingratas. Durante boa parte dos anos 2000, a briga do Vitória não foi mais por grandes títulos, mas para tirar o clube do fundo do poço representado pelo rebaixamento para a Terceira Divisão do futebol brasileiro.

Foi entre rebaixamentos e acessos que o clube revelou Alex Silva, Obina, Hulk, Marcelo Moreno, David Luiz, Wallace Reis e outros nomes que construíram carreiras relevantes no cenário nacional e internacional.

Jogadores de destaque revelados pelo Vitória entre 2000 e 2010:

Goleiro: Felipe;
Zagueiros: David Luiz, Alex Silva, Victor Ramos, Anderson Martins, Wallace Reis e Gabriel Paulista;
Meio-campistas: Xavier e Dudu Cearense;
Atacantes: Nadson, Obina, Alecsandro, Marcelo Moreno, Hulk, Marquinhos e Elkeson.

A base do Vitória foi pilar para a reestruturação do clube, ajudou a recolocar o Rubro-Negro na Primeira Divisão e, com um último sopro do projeto construído quase 20 anos antes, conduziu o time para mais uma final nacional em 2010.

A decisão da Copa do Brasil, contra o Santos, no Barradão, teve Anderson Martins, Wallace Reis, Neto Coruja e Elkeson entre os titulares. No segundo tempo, Gabriel Paulista também foi a campo. Mais uma vez, o título nacional não veio, mas o carimbo da Fábrica de Talentos voltou a ganhar exposição e notoriedade.

9 de 10 Anderson Martins marca André na final da Copa do Brasil de 2010 — Foto: Felipe Oliveira / EC Vitória
Anderson Martins marca André na final da Copa do Brasil de 2010 — Foto: Felipe Oliveira / EC Vitória

Depois de revelar três jogadores campeões do mundo em 2002, o Vitória, na década seguinte, fabricou seus últimos selecionáveis: Hulk, David Luiz, Elkeson e Gabriel Paulista.

A Fábrica de Talentos não tem um atleta convocado desde Hulk, em 2021. E os últimos jogadores a defenderem a Seleção enquanto estavam na Toca do Leão foram Dudu Cearense e Nadson, em 2003. Uma dura realidade que escancara um declínio repleto de assinaturas.

10 de 10 Dudu Cearense foi artilheiro do Mundial Sub-20 em 2003. No mesmo ano, defendeu a Seleção principal na Copa das Confederações — Foto: Arquivo Pessoal
Dudu Cearense foi artilheiro do Mundial Sub-20 em 2003. No mesmo ano, defendeu a Seleção principal na Copa das Confederações — Foto: Arquivo Pessoal

O que aconteceu para o Vitória deixar de revelar jogadores e perder prestígio no cenário da formação de atletas é assunto para a segunda parte da série "Fábrica de Talentos", do ge, disponível aqui.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2025/07/02/fabrica-de-talentos-parte-1-como-o-vitoria-virou-referencia-na-base-e-formou-campeoes-mundiais.ghtml


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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.
 

Fábrica de Talentos parte 3: após auge e declínio, Vitória traça rota para voltar a ser referência na base

Fábrica Talentos Vitória planeja

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Fábrica de talentos: Vitória traça rota para voltar a ser referência na base

Mais de 20 anos depois de formar campeões mundiais, o Vitória planeja voltar a ser referência na formação de atletas. Em processo de reconstrução após "cenário de filme de terror", como avalia o presidente Fábio Mota, o clube afirma que trabalha para que, em um futuro próximo, tenha 50% do elenco profissional formado na Fábrica de Talentos, um número superior ao que conseguiu na sua década de ouro.

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"Sem sombra de dúvidas, daqui a dois, três anos a gente volta a ter aquela base forte com, pelo menos, 50% dos jogadores [do time principal] da base. Não dá para competir com outras equipes se não tiver base forte", garante Fábio Mota.

Depois de contar o auge e a decadência nas categorias de base do Vitória, o ge encerra a série especial sobre a Fábrica de Talentos com o trabalho e os desafios do clube para voltar a ter protagonismo na formação de atletas.

Investimento

Fábio Mota abre os planos para a base do Vitória

Fábio Mota assumiu o comando do Vitória em outubro de 2021, inicialmente como interino após afastamento de Paulo Carneiro. Em setembro de 2022, ele foi eleito para o triênio até o fim de 2025.

Segundo o presidente, foram mais de R$ 100 milhões aplicados na base desde o início de sua gestão, a maior fatia em estrutura. Parte desse valor vem dos lucros com as vendas dos 20 camarotes no Barradão, além do que é arrecadado com a Academia do Leão, inaugurada em maio de 2024 e que oferece aulas para jovens dos 4 aos 16 anos com mensalidade a partir de R$ 159,90. O Vitória estima que conta com 600 garotos matriculados atualmente.

Valores orçados para o futebol de base:

2022: R$ 5.435.707,00;
2023: R$ 12.236.778,07;
2024: R$ 14.280.615,00;
2025: R$ 16.200.000,00;
Total: R$ 48.153.100,07.

Reformulamos a base como um todo. O principal investimento do Vitória é na base.
— Fábio Mota

Mas nem sempre houve um orçamento para a base, tampouco o mínimo, como lembra Carlos Anunciação, o Carlão, ex-gerente com cinco passagens pelo clube entre os anos de 2010 e 2022.

– Você não tinha noção de quanto é que o Vitória investia na base na nesse período. A nutricionista uma vez me ligou e falou: "Carlão, eu não tenho feijão nem arroz". Eu larguei o jogo, desci e comprei duas sacas. Não tinha bola. Eu cheguei, coloquei bolas para o sub-20 treinar – lembra o profissional, atualmente coordenador de captação do Cruzeiro.

Carlão aponta a necessidade de investimento para a formação de atletas e cita o caso de Lucas Arcanjo, que chegou para a base do Vitória em 2016, após se destacar no Galícia.

"Hoje, se não tiver bala na agulha para fazer investimento, você não vai formar jogadores. Você não vai mais pegar um Lucas Arcanjo ali no Galícia e fazer uma parceria. Sem dinheiro você não compra nem bola de qualidade. Dida hoje em dia estaria com 19 anos fechando com Palmeiras ou Flamengo".

Certificado e estrutura

1 de 8 No CT do clube, pintura de Gabriel Paulista, formado no Vitória, representa a Fábrica de Talentos — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
No CT do clube, pintura de Gabriel Paulista, formado no Vitória, representa a Fábrica de Talentos — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

A formação de atletas envolve um processo de continuidade que o Vitória, acostumado a rupturas, nem sempre teve. Um dos exemplos é o Certificado de Clube Formador (CCF) da CBF, que concede, entre outros benefícios, a possibilidade de assinatura de contrato com atletas, preferência na renovação e maior participação nos lucros com vendas.

Ao longo dos anos, o Vitória caminha entre idas e vindas com o certificado. Em fevereiro de 2025, voltou a ter o reconhecimento que havia perdido dois anos antes.

Além de retomar o certificado, o Vitória investiu na captação de novos atletas. O clube estima que conta, atualmente, com 320 jogadores nas divisões de base, iniciando do sub-7, categoria que não existia há três anos. Entre o fim de 2021 e o início de 2022, a formação rubro-negra começava no sub-14.

Desde 2021, o número de captadores do Vitória quintuplicou, ao saltar de dois para dez espalhados pelo Brasil. Além disso, em agosto de 2024, o clube criou uma estrutura para abrigar os jovens em teste, a "Casa do Atleta", que conta com até 40 vagas. Os familiares desses garotos também são hospedados em torno dos lugares de avaliação.

O Vitória investiu em equipes multidisciplinares para todas as categorias e na construção de novos campos de futebol – atualmente são oito dedicados às divisões de base.

– Nós temos um Departamento Médico, com fisioterapeuta, médicos, psicólogos. A estrutura da base é bem profissional. Nós tínhamos antes quatro campos; hoje temos oito com mais três sendo construídos. Logicamente a gente vê hoje um novo momento de crescimento e pujança dentro da base – relata Laelson Lopes, treinador do time sub-20 do Vitória desde 2023.

2 de 8 Casa do Atleta do Vitória conta com sete quartos climatizados, com beliches de ferro, colchões novos, armários individualizados, banheiros e sanitários. — Foto: EC Vitória / Divulgação
Casa do Atleta do Vitória conta com sete quartos climatizados, com beliches de ferro, colchões novos, armários individualizados, banheiros e sanitários. — Foto: EC Vitória / Divulgação

Metodologia

3 de 8 Vitória sub-20 antes da final da Série B contra o Avaí — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Vitória sub-20 antes da final da Série B contra o Avaí — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

A recuperação de uma categoria de base não se faz apenas com dinheiro e concreto. Por trás dos investimentos, das estruturas e dos profissionais envolvidos, há uma metodologia que norteia o Vitória, como garante Ricardo Amadeu, gerente das categorias de base do clube.

– Tem o jogo mais posicional aqui. Tem treinadores que praticam um jogo mais funcional, outros que fazem um misto de um funcional e de um posicional; outros que usam alguma plataforma, mas alteram dentro do jogo. Acho que isso tudo contribui para a formação desses meninos. Desde que a gente respeite e não fira alguns princípios do jogo que a gente coloca aqui no clube como diretriz – explica o dirigente.

O Vitória tem uma forma de pensar futebol como clube
— Ricardo Amadeu, gerente da base do Vitória

O Vitória dá aos treinadores das categorias de iniciação liberdade para variar o modelo de jogo e ajudar os jovens a ter uma visão completa dentro de campo. Contudo, na formação mais próxima do profissional, é utilizado um sistema semelhante ao da equipe principal comandada por Thiago Carpini.

4 de 8 Ricardo Amadeu é gerente das categorias de base do Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação
Ricardo Amadeu é gerente das categorias de base do Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

É o caso do time sub-20, que adota o modelo de jogo posicional que busca, dentre outras coisas, a ocupação equilibrada dos espaços do campo, com movimentos pré-determinados. Laelson Lopes, treinador do time sub-20 do Vitória, avalia que o modelo ajuda a lapidar fundamentos táticos e possibilita ao clube ter jogadores mais bem vistos pelo mercado.

– Você organiza a equipe, mas não engessa o atleta. Tem que ter uma estrutura organizacional, mas dentro da estrutura o jogador vai ter liberdade para criar. Isso é muito importante e faz com que o jogador brasileiro não perca sua essência, que é o drible, a capacidade de criação – opina o treinador.

5 de 8 Laelson Lopes, técnico do Vitória sub-20 — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Laelson Lopes, técnico do Vitória sub-20 — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Os resultados em campo

6 de 8 (Da esquerda para direita) José Breno, Lawan e Luís Miguel após serem integrados ao elenco do Vitória depois de defenderem o Itabuna em 2024 — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
(Da esquerda para direita) José Breno, Lawan e Luís Miguel após serem integrados ao elenco do Vitória depois de defenderem o Itabuna em 2024 — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Os primeiros anos da gestão Fábio Mota foram de resultados tímidos nas divisões de base. Na Copa São Paulo de Futebol Junior, competição de maior visibilidade no país, o time foi eliminado ainda na primeira fase em 2022 e 2023.

No Campeonato Baiano, a situação não é muito diferente. O Rubro-Negro amarga jejum de oito anos sem levantar o troféu da categoria sub-20, sequência em que o rival Bahia se tornou hexacampeão (torneio de 2020 não foi disputado por causa da pandemia de covid–19). Na edição de 2025, o Vitória está classificado após terminar a fase de grupos na terceira posição do Grupo 2.

Vitória em competições nacionais nos últimos cinco anos

Competição 2025 2024 2023 2022 2021
Copinha 2ª fase 3ª fase 1ª fase 1ª fase Não foi realizada
Brasileiro Sub-20 Não participou Não participou Não participou Não participou Não participou
Brasileiro Sub-20 Série B Vice-campeão Não existia Não existia Não existia Não existia
Brasileiro Sub-17 Não participou Não participou Não participou Não participou Não participou
Copa do Brasil Sub-20 Não participou Não participou Não participou Não participou Não participou
Copa do Brasil Sub-17 Não participou 1ª fase 1ª fase Não participou Não participou
Copa do Nordeste Sub-20 Não foi realizada Não foi realizada Não foi realizada Não foi realizada Campeão

Fonte: ge
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Lelson Lopes avalia que o rendimento tímido do Vitória dentro de campo ainda se deve ao rebaixamento do time profissional para a Série C, em 2022, o que impactou não apenas no investimento, como no nível das competições disputadas – atualmente, a classificação no Campeonato Brasileiro sub-20 é feita por acesso e rebaixamento e não mais por colocação no ranking da CBF.

Para elevar o nível das competições disputadas, em 2024, a diretoria rubro-negra fez uma parceria com o Itabuna. Na ocasião, elenco e comissão técnica do time sub-20 do Vitória disputaram a Série D do Campeonato Brasileiro profissional pela equipe do sul da Bahia.

A equipe se classificou para o mata-mata na terceira posição do Grupo A6, com 24 pontos em 14 rodadas. Na segunda fase, foi eliminado para o Anápolis depois de vencer o primeiro jogo por 1 a 0, mas perder a volta por 3 a 0.

– De imediato eu disse que sim (que jogar a Série D ajudaria na formação dos jogadores). Até aquele momento a gente não vinha tendo competição de nível nacional em função do ranking [da CBF]. O Vitória está formando atletas não só para o clube, mas também para o mercado, de uma forma muito mais competente e eficaz – analisou Lopes.

O melhor resultado do Vitória nas categorias de base na gestão Fábio Mota foi o acesso do sub-20 para a Série A do Brasileiro da categoria, em 2025. A campanha terminou com o vice-campeonato em derrota por 3 a 1 para o Avaí na final, e o Leão teve Lawan como vice-artilheiro do campeonato, com seis gols.

O time sub-17 também teve conquista importante nesta temporada. Os garotos do Vitória foram campeões da Série Prata do torneio Canteras de América, disputado na Argentina contra equipes de todo o continente.

Apesar dos resultados tímidos em campo, Fábio Mota afirma que o Vitória está entre as melhores bases do Nordeste e que o desempenho na próxima temporada vai balizar o patamar do clube.

– Do Nordeste, com certeza [o Vitória está entre as melhores bases]. Os resultados estão mostrando isso. Série A do sub-20, ano que vem, vai ser um bom referencial para isso – aponta o dirigente.

O Vitória voltou a ser um time competitivo, impositivo, que busca conquistas. É dessa forma que a gente está sendo visto.
— Laelson Lopes

Futuro para ajudar time e dar lucro

7 de 8 Lucas Arcanjo é o único jogador formado na base do Vitória titular no time profissional — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Lucas Arcanjo é o único jogador formado na base do Vitória titular no time profissional — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Diante do objetivo de ter 50% do elenco profissional formado na base, o Vitória quer fazer de Lucas Arcanjo uma rotina e não uma exceção. Ele não só é o único jogador formado na base titular do time profissional, como também o com rotação relevante.

Desde o início desta temporada, apenas oito crias da Toca além Arcanjo entraram em campo pelo time profissional, e nenhum completou sequer 180 minutos, o equivalente a duas partidas completas.

Os jogadores do time sub-20 atuaram apenas pelo Campeonato Baiano e pela Copa do Nordeste. Portanto, a última vez que um atleta da base entrou em campo pelo time A foi no dia 26 de março, no empate em 1 a 1 com o Moto Club, pelo Nordestão. Os oito jogadores das categorias de formação estão entre os 13 com menos minutos do time nesta temporada.

Crias da Toca pelo time profissional em 2025

Jogador Posição Minutos Jogos Titularidades Posição entre as minutagens do elenco
Lucas Arcanjo Goleiro 2880 32 32 1º
Kauan Zagueiro 158 2 2 36º
Emerson Buiú Lateral-direito 106 4 1 39º
Wanderson Papaterra Volante 90 1 1 41º
Edenilson Volante 79 2 1 42º
Lawan Centroavante 41 2 – 44º
Gean Lateral-direito 33 1 – 45º
Fau Ponta 23 1 – 46º
Marquinhos Ponta 13 2 – 48º e último

Fonte: Ogol
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Além de pouco aproveitamento no time profissional, o Vitória não fez grandes negócios com jogadores formados na base. A maior venda nos últimos quatro anos foi do atacante Alisson Santos, que se transferiu para o Sporting, de Portugal, por 1,5 milhão de euros (aproximadamente R$ 9 milhões na época).

8 de 8 Alisson Santos é maior venda de jogador da base na gestão Fábio Mota — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória
Alisson Santos é maior venda de jogador da base na gestão Fábio Mota — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

Para servir em maior e melhor quantidade ao time profissional e também elevar o seu número de vendas, o Vitória projeta aumentar a chegada e a subida de categoria de atletas nas divisões de base.

– Passar mais do que dez jogadores por categoria todos os anos. Nosso índice estava sendo baixo de subida de uma categoria para outra, e hoje a gente está buscando isso, fortalecer essa captação para cada vez mais jogadores chegarem no sub-20 formados com a gente desde cedo. Para municiar o profissional e para sustentar financeiramente a base através de negócios e de resultados – avalia Ricardo Amadeu.

É um processo, vai ser transformado, mas requer tempo.
— Ricardo Amadeu

Otimista quanto ao maior aproveitamento de mais jogadores formados na base no time profissional, Laelson Lopes aponta que o baixo aproveitamento no time profissional é causado pela necessidade do Vitória em se desfazer dos jovens talentos para cumprir metas financeiras.

– Pelos jogadores que estou vendo no sub-20, sub-17, em breve eles vão estar servindo a equipe profissional mesmo na Série A. É uma questão de momento. Citamos o Lucas Arcanjo porque é o que perdurou mais, os outros foram vendidos cedo. Ou seja, foram vários atletas que acabaram subindo e, pela necessidade do clube de buscar fundos, dinheiro e recursos, ficaram pouco tempo no clube. Aí fica essa sensação de que não tivemos, ou tivemos poucos [atletas no time profissional]. Vejo o clube caminhando para uma situação financeira mais equilibrada a nível orçamentário, que vai permitir que os jogadores fiquem mais tempo no clube.

Em breve teremos jogadores protagonistas como era antes, como é a história do Vitória.
— Laelson Lopes

Maiores vendas de jogadores da base nos últimos cinco anos:

Alisson Santos (22 anos) – atacante foi vendido por 1,5 milhão de euros (R$ 9 milhões) para o Sporting, em 2025;
David da Hora (21 anos) – atacante foi vendido por 1,2 milhão de euros (R$ 7,2 milhões) para o Metalist, da Ucrânia, em 2022. Clube europeu não fez o pagamento, e o Vitória negociou a dívida em 2024, reduzindo o valor para 200 mil euros (R$ 1,1 milhão);
Charlys (20 anos) – meia foi vendido para o Hellas Verona, da Itália, por 1 milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões), em 2024. Valor, contudo, envolve o cumprimento de metas;
Samuel Wanderlei (21 anos) – atacante foi vendido por R$ 500 mil dólares (R$ 2,7 milhões) para o Oita Trinita, do Japão, em 2021.

Para atingir metas, no entanto, Amadeu apontou a importância da recuperação financeira do clube.

– Tem uma palavra na minha visão que move o futebol: dinheiro. Então a gente precisa ter recurso para conseguir colocar as ideias em prática. Jogar competição de alto nível, estruturar a base em termos de campo e estrutura física, sala para professor, para discussão, para reunião, auditório. Estamos ainda andando, caminhando. É como eu sempre brinco: a gente está trocando o pneu com o carro andando. Então vai requerer um pouquinho de tempo.

O Vitória tem um passado para se inspirar e outro para esquecer. Mas o futuro é somente de esperança. De voltar a ser lembrado não apenas pelo campeões que formou, pelas dificuldades que passou, mas pelo sucesso que vai colher. Se o planejamento dará certo ou se as metas serão cumpridas, ainda não se sabe. Mas é certo que há muito a ser trilhado daqui para frente.

*Sob supervisão de Ruan Melo

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2025/07/04/fabrica-de-talentos-parte-3-apos-auge-e-declinio-vitoria-traca-rota-para-voltar-a-ser-referencia-na-base.ghtml


Fábrica Talentos Vitória planeja


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Após rejeição, Matheusinho vira referência e xodó no Vitória ao lado de "versão marrenta": "Resiliente"

Após rejeição Matheusinho referência

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Há dois anos, Vitória e Matheusinho andavam em caminhos bem distantes do que imaginavam para as suas histórias. Enquanto o atleta disputava a Série D pelo Caxias, o Rubro-Negro tentava se reerguer na Série C. Contudo, tudo mudou em 2023, quando os dois se cruzaram e passaram a construir uma história de superação. Enquanto o clube baiano voltou à elite do futebol e atualmente tenta "sobreviver" a ela, o meia driblou o status de desconhecido ou promessa para se tornar uma das referências do time.

Filho de Matheusinho mostra paixão pelo Vitória e vira “amuleto” do meia rubro-negro

Mas, nesse meio tempo, muita coisa aconteceu. Matheusinho teve que se adaptar à nova realidade em clube de massa e se acostumar a jogar em várias posições antes de se encontrar como um verdadeiro camisa 10, ou melhor, camisa 30, número pelo qual ele realmente se identifica e passou a usar nesta temporada.

Quando eu paro para pensar nisso… Foi muito rápida na minha vida essa mudança. Tenho que ter muita cabeça para suportar a pressão que é hoje jogar no Vitória. Eu tento sempre estar junto com minha família, eles me ajudam muito nesse quesito”.
— Matheusinho

Matheusinho é um dos destaques do Vitória nesta Série A — Foto: Rafael Carmo / ge

– Foi natural. Eu joguei com a [camisa] 30 no Ypiranga-RS. Então, quando veio a oportunidade de escolher a camisa, eu falei que queria jogar com a 30. Me sinto bem com a 30 – reforçou o meia.

O xodó da torcida

Matheusinho, Rainara e João Pedro no Barradão — Foto: Rafael Carmo / ge

Nada disso, porém, foi tão importante quanto o nascimento de João Pedro, filho de Matheusinho com sua esposa Rainara Carvalho. Como toda criança, o pequeno João mudou a vida do casal, mas foi além. Com toda sua "marra" e irreverência na frente das câmeras, o garoto caiu nas graças da torcida e virou amuleto do Vitória com vídeos de comemorações e coreografias em jogos do clube.

"Tem que cantar todas as músicas. Às vezes nem dá bom dia, fala "Vitória". É muito engraçado. Ele é marrento. A gente torce para que ele seja jogador também porque a marra ele já tem".

João virou o xodó dos torcedores, enquanto Matheusinho passou a ser conhecido como "Pai do João", tamanha a admiração dos rubro-negros. E o menino realmente respira o Vitória. Antes e depois da entrevista exclusiva ao ge, João Pedro resmungava e parecia incomodado com todo o movimento da imprensa por ali. As únicas palavras vindas do pequeno eram um "não" e "Leão". Tudo bem, afinal de contas o espaço era todo dele.

João Pedro corre no Barradão — Foto: Rafael Carmo / ge

– Fico muito feliz, orgulhoso por isso. A gente sai na rua, os torcedores perguntam como ele está, quantas vezes ele cantou "Nêgo". Então, a gente fica muito feliz pelo reconhecimento da torcida – disse Matheusinho.

– Foi algo espontâneo dele, não foi nada ensinado. É uma luta, uma briga, tudo que ele faz tem que ser do Vitória. Para comer tem que dar copo do Vitória, para tomar banho tem que comprar o shampoo que tem o leão. A gente coloca música. Até para dormir é esse jeito. É "Leão", "Nêgo", "Vitória" – completa Rainara.

Matheusinho e João Pedro em entrevista ao ge no Barradão — Foto: Rafael Carmo / ge

De rejeitado a protagonista

Mas antes de João vir ao mundo, Matheusinho passou por dilemas muito comuns para a maioria dos atletas que estão fora do seleto grupo que disputa as primeiras divisões do futebol brasileiro. Quando jogava a Série D pelo Caxias, entre 2020 e 2022, o meia ganhava um salário mínimo e pensou até em desistir após se desiludir com a vida de jogador.

Matheusinho com a camisa do Ypiranga-RS — Foto: Reprodução / Redes sociais

– Em 2019 e 2020 foi um período muito difícil para mim. Quando veio a pandemia ali, foi um período que eu tinha operado o ombro e fiquei um tempo parado em casa. Juntamente com meu empresário eu comecei a procurar um clube e muitos disseram “não”. Ali eu pensei em desistir, pensei que não ia mais conseguir jogar bola porque já estava há muito tempo parado.

Pensei até em trabalhar na padaria da minha tia. Mas a gente teve resiliência e continuou. A í veio a oportunidade no Caxias, onde eu fui bem e fui para o Ypiranga-RS. Agora estou no Vitória. Foi muito difícil aquela época, por isso pensei em parar de jogar futebol. Mas, graças a Deus, eu fui resiliente. Eu estava no Figueirense quando operei o ombro, aí não renovei o contrato com o Figueirense e fiquei parado de 2019 até quase começo de 2021 sem jogar porque muitos clubes falaram “não” para mim – relembrou o jogador.

Não por acaso, apesar do Vitória se esforçar para pagar multa pela contratação, Matheusinho chegou ao clube como uma aposta, aos 25 anos. Era o 25º reforço do clube naquele ano. Aos poucos, então, o jogador precisou driblar a desconfiança em busca de um espaço na equipe à época treinada por Léo Condé. Não só conseguiu, como virou titular do time que seria campeão nacional pela primeira vez pelo clube.

Matheusinho ergue a taça da Série B pelo Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O melhor ainda por vir

Matheusinho comemora gol em Atlético-GO x Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Contudo, engana-se quem imaginava que o melhor de Matheusinho estava na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Mesmo titular, o meia não tinha o status que atualmente carrega no Vitória. Ele elevou o rendimento em 2024, diante de competições de nível técnico maior, e se tornou referência da equipe.

Matheusinho foi destaque na conquista do primeiro Campeonato Baiano do Vitória após seis temporadas e seguiu importante na Série A. Desta forma, já atingiu as melhores marcas da carreira em número de jogos, gols e assistências.

– Sigo nos treinamento tentando buscar esse equilíbrio entre marcação e atacar. Preciso ajudar minha equipe com gols e assistências, mas também preciso marcar, preciso correr pelos meus companheiros. É assim que eu ajudo. Posso ajudar em um jogo com gol e também marcando. Estamos todos no mesmo barco e juntos vamos conseguir os nossos objetivos.

Números de Matheusinho em 2024:

  • Jogos: 44;
  • Gols: 5;
  • Assistências: 8.

A importância de Matheusinho é tão grande que, por coincidência ou não, em todos os jogos que o meia foi desfalque nesta Série A o Vitória perdeu. Não à toa, o clube renovou contrato com o atleta até 2028.

E adivinha quem foi a estrela do anúncio nas redes sociais do clube? João Pedro. Os dois passaram a ser indissociáveis. Quando se fala em João Pedro, pensa-se Matheusinho, e quando o assunto é o meia do Vitória, é inevitável citar o filho.

E assim, ao lado do pequeno João, Matheusinho quer seguir sua caminhada pelo Rubro-Negro. Com dois títulos pelo Leão na galeria, o meia busca agora uma nova conquista, mas que não envolve taça: livrar o Vitória do rebaixamento.

– Primeira entrevista que eu fiz aqui eu falei que ia levar isso como oportunidade da minha vida. E eu sigo levando. Almejo muitas coisas grandes com o clube. A cada ano vamos tentar títulos e tentar se superar cada vez mais – finaliza.

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Após rejeição Matheusinho referência


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Referência do elenco, Osvaldo diz que Luan tem total apoio no Vitória: "Precisa ser abraçado"

Referência elenco Osvaldo total

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Contratado para ser uma das referências criativas do Vitória, Luan ainda não fez a sua estreia com a camisa rubro-negra. Fora das quatro linhas, no entanto, o meia tem total apoio do elenco para atingir um bom nível físico e estar apto a defender o Leão. Em entrevista coletiva na última sexta-feira, Osvaldo garantiu que o atleta está sendo abraçado por todos.

Maior vencedor da Copa do Nordeste, Vitória tenta recuperar hegemonia na região

– Nosso grupo abraça todo mundo que está chegando. Quando cheguei aqui fui muito abraçado pelo elenco que subiu da Série C. Procuro sempre fazer com as pessoas o que fazem comigo, acredito muito nisso. Pude ajudar as pessoas que chegaram aqui depois, o Zeca, o Wellington Nem. Com o Luan vai ser da mesma maneira, é um cara que precisa ser abraçado, vem passando por anos difíceis. Que ele possa sentir esse abraço e que possa desfrutar de cada momento aqui no Vitória. Vamos estar aqui para ajudar quando ele precisar.

Osvaldo e Luan no Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

A ausência de Luan acontece por questões físicas. O meia tem feito um trabalho especial desde que chegou ao Barradão, e só nos últimos dias começou a treinar com o elenco. Ainda assim, Léo Condé não projeta um prazo para relacionar o reforço pela primeira vez.

– Estamos fazendo um trabalho de recuperação física com ele [Luan]. Ele começou a participar das primeiras atividades com bola. Vai depender muito da resposta que ele vai nos entregar dentro de campo nos treinamentos. Não vou precisar uma data [para estreia] – apontou o técnico Léo Condé, em entrevista coletiva após derrota para o Jequié.

Trajetória vitoriosa

A experiência e a liderança de Osvaldo vão além dos quase 37 anos, que serão completados no dia 11 de abril.

O atacante foi um dos líderes do Vitória na conquista do título da Série B, no ano passado, e garçom da equipe, com onze assistências, nove durante a disputa da Segundona. Ele também foi o vice-artilheiro no ano, com oito gols marcados.

– Feliz de chegar nessa marca [um ano de Vitória], me sinto em casa, sou feliz por vestir essa camisa. A gente sabe que é difícil alcançar essas marcas. Ano passado tivemos muitas mudanças, foi uma equipe toda renovada e demoramos um pouco para entrosar também. Quando o professor Léo Condé chegou teve uma certa dificuldade, mas naquela parada a gente conseguiu trabalhar a parte física e tática para começar bem e alcançar um título inédito para o clube – detalhou Osvaldo.

– Esse ano a gente manteve a base muito forte, isso conta muito. Vejo que o entrosamento é muito importante no futebol. Então a gente começa bem esse ano. Tenho certeza que saímos na frente das outras equipes – complementou Osvaldo.

Osvaldo é um dos líderes do Vitória — Foto: Gabrielle Gomes

Chamado de "coroa" pelos colegas mais jovens, o atacante garante que sua mentalidade é de quem chegou agora na casa dos 30 anos, além de exaltar a sua condição física.

– Carrego comigo, vejo os meninos mais novos me chamando de "coroa", "veinho", mas fico por dentro pensando que tenho 30, 32 anos, até pelo meu biotipo. Fico um pouco assim [triste] porque está chegando perto do fim da carreira. Mas estou bem preparado, treinando e jogando em alto nível. Sou privilegiado na questão das lesões, nunca tive lesão séria, nem cirurgia. Espero completar 100 jogos no Vitória, uma marca muito importante para mim.

Osvaldo soma 54 partidas disputadas pelo Vitória. Em 2024, o atacante já balançou a rede uma vez em quatro jogos. Neste domingo, contra o Altos, na estreia pela Copa do Nordeste, o veterano terá a chance de mostrar serviço novamente. A partida está marcada para as 16h (de Brasília), no Lindolfo Monteiro.

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Yan Souto diz que David Luiz é uma referência e vê o Vitória como a maior oportunidade da carreira

Souto David referência Vitória

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O Vitória apresentou o terceiro reforço para a Série B, na tarde desta quarta-feira, no Barradão. Depois do goleiro Thiago Rodrigues e do volante Diego Fumaça, foi a vez de Yan Souto vestir a camisa do Rubro-Negro e falar sobre a preparação para a disputa da Segundona.

Durante a entrevista coletiva, o zagueiro citou David Luiz como referência, mas nega qualquer semelhança com o atleta do Flamengo. Além disso, enxerga a oportunidade no Leão como a maior de sua carreira.

– Todo mundo sabe a grandeza do Vitória, é um time que acompanho desde pequeno. Sei da história que ele tem, dos jogadores que passaram por aqui. Principalmente um zagueiro que eu gosto muito, que é David Luiz, cria da base. Então é uma honra estar aqui no Vitória neste momento. Garra e dedicação não vão faltar – explicou Yan.

1 de 2 Yan Souto, defensor do Vitória — Foto: Pietro Carpi/Divulgação

Yan Souto, defensor do Vitória — Foto: Pietro Carpi/Divulgação

Ao ser questionado se tem alguma semelhança com David Luiz, no entanto, o novo reforço do Vitória prefere evitar comparações e escrever a sua própria história.

– Comparação boa, né?! Eu gosto de dizer que eu sou Yan Souto. Não gosto de comparar muito. Todo mundo sabe da história dele. […] Então aqui é basicamente a Série A, né?!

"Eu quero fazer história aqui. Quero ser Yan Souto, conhecido como Yan Souto".

O zagueiro tem 21 anos e fez cinco jogos pelo Goiás em 2023, sendo três deles como titular. Agora no Vitória, Yan Souto quer levar o Rubro-Negro à elite do Brasileiro, competição que o clube não disputa há cinco temporadas.

Além disso, o atleta enxerga a oportunidade no Leão como única em sua curta carreira, construída diante de muitas dificuldades.

– Minha carreira é como a de muitos outros jogadores que tentam essa carreira de futebolista no Brasil. Eu tive uma infância meio pobre. Meu pai é pedreiro até hoje. Uma mãe que trabalha em escola como auxiliar de limpeza. Então tinha vezes que eu tinha que ir de bicicleta uma hora, uma hora e meia, para treinar. Tinha vezes que dava para ir de ônibus, tinha vezes que não – lembrou o atleta.

"Mas fui tendo essa honra aí de pegar um pouco dessa dificuldade e transformar em superação para chegar nesse grande clube que é o Vitória" – complementou Yan.

O diretor de futebol do Vitória, Ítalo Rodrigues, aproveitou a apresentação para desejar boa sorte ao zagueiro e afirmar que o clube está confiante no seu sucesso.

– Primeiro dar as boas-vindas para o Yan, jogador que já acompanho há muito tempo. Tenho certeza que é um atleta que vai somar demais, que não vai faltar transpiração e dedicação. Apesar da pouca idade, ele vem com a confiança de todos nós que estamos no Vitória. Te desejo sorte, e que a gente possa conquistar esse acesso.

2 de 2 Ítalo Rodrigues, diretor de futebol, e Yan Souto, zagueiro — Foto: Pietro Carpi/Divulgação

Ítalo Rodrigues, diretor de futebol, e Yan Souto, zagueiro — Foto: Pietro Carpi/Divulgação

Yan Souto já treina com os demais colegas de Vitória com foco na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro vai estrear no dia 14 ou 15 de abril, contra a Ponte Preta, no Barradão. A meta, de acordo com o zagueiro, não pode ser outra que não seja o acesso.

– Eu acho que, como todos dizem, o lugar do Vitória é na Série A. Então esse ano é nossa principal briga. Nosso objetivo é conseguir esse acesso. É um campeonato muito difícil, muito acirrado. Mas sabemos de nossa qualidade e de nosso potencial técnico. Temos aqui jogadores com bagagem, que já jogaram Série A.

"Temos muito potencial para chegar ao acesso".

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Yan Souto

Quais os planos para o Vitória?
– O mesmo que o de todos jogadores que estão aqui hoje, que é levar o clube ao topo. Colocar o Vitória em seu devido lugar, de onde nunca deveria ter saído, que é a Série A. Nosso objetivo todo mundo sabe, é voltar para a Série A, é a subida para a primeira divisão nacional. É algo que vamos buscar e se Deus quiser vamos conseguir.

Briga por posição
– Uma disputa saudável. Com muito respeito, muito companheirismo, com um ajudando o outro. E quando a oportunidade aparecer, o professor vai escalar quem estiver melhor. Todo mundo vai dar o sangue e a vida lá dentro.

Erros defensivos / O que esperar de você
– Podem esperar um centrado, focado, determinado em ganhar, com raça, com a gana de vencer todos os jogos. Sou um cara que não gosta de perder. Eu chego em casa estressado, fico a semana toda mal. Minha sede de vencer é enorme, quero trazer o prato de comida para casa.

Por que jogou pouco esse ano?
– Acho que falar do passado não é uma boa para esse momento. Meu foco é o Vitória. Meu presente é o Vitória. Então, o passado a gente deixa lá. Vamos focar somente no Vitória que é o mais importante.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2023/03/29/yan-souto-diz-que-david-luiz-e-uma-referencia-e-ve-no-vitoria-a-maior-oportunidade-da-carreira.ghtml


Souto David referência Vitória


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Referência do Vitória, Rafinha diz que é "cara família" e conta como ajudou a mãe a superar depressão

Referência Vitória Rafinha "cara

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Quando Rafinha entra em campo para vestir a camisa do Vitória, tem a família como inspiração. Casado e pai de três filhos, o atacante também joga para garantir um sorriso de sua mãe, dona Zeneide, de 50 anos, que recentemente passou por um momento difícil por causa da depressão.

– Depressão, a gente acha que não é nada. Mas só quem convive e quem passa vê que é uma coisa que você tem que dar mais atenção, porque é sério. Minha mãe teve um quadro… Deus permitiu, porque eu acabei ficando em casa também. Acabou ajudando. A gente ficou mais próximo, eu, meu filho, minhas filhas, minha esposa… Coincidiu de a gente poder ajudar e ficar mais próximo da minha mãe. Creio que foi muito importante a gente ter ficado em casa neste tempo. Graças a Deus, hoje ela está melhor. Às vezes, volta. Mas está sempre sorridente. O que vale para a gente é ver a nossa mãe bem. É mãe. Não tem alegria maior do que quando você a vê sorrindo de novo, vê ela alegre. Minha mãe é uma pessoa muito espontânea, que sempre brinca. Quando você a vê triste, chorando, machuca muito. Graças a Deus, ela está melhorando. Meu pai, meu irmão, minha esposa estão lá, dando atenção a ela. Hoje ela está bem melhor. A gente sofre com isso – conta o atacante, em entrevista exclusiva ao ge.

"Depressão, a gente sabe que não é brincadeira. Tem que procurar ajuda, porque é uma coisa muito delicada", diz.

1 de 2 Atacante Rafinha, do Vitória, e sua mãe, dona Zeneide — Foto: Arquivo pessoal

Atacante Rafinha, do Vitória, e sua mãe, dona Zeneide — Foto: Arquivo pessoal

Em campo, para além da meta de balançar as redes, Rafinha carrega a responsabilidade de jogar pela família. Em conversa com o ge, Rafinha se define como "um cara muito família" e "bem tranquilo" longe dos gramados. Durante as concentrações, joga videogame para manter a mente numa boa. Mas, quando a bola rola, faz o possível para ajudar o Vitória.

– Sempre joguei pela minha família e por mim também. Meu pai me ensinou uma coisa que a gente tem que carregar nosso nome, nosso legado. Meu pai me ensinou muita coisa. Tenho que agradecer muito a ele. Sempre joguei pela minha família, desde quando era pequeno. A gente sabe da nossa responsabilidade. Minhas crianças estão em casa, minha esposa, meus pais. Depende de muita coisa, então a gente tem que continuar trabalhando firme. E sempre por eles – garante.

A disposição tem dado certo. O atacante precisou de apenas cinco jogos para marcar quatro gols e se tornar a referência da equipe na Série C.

Rafael Diniz Alves e Silva, 29 anos, é o artilheiro do Vitória na competição com quatro gols.

Neste domingo, o atacante vai tentar liderar o Vitória em busca da reação na Série C. No Barradão, o Rubro-Negro receberá o Botafogo-SP, às 17h (de Brasília), em jogo válido pela 11ª rodada.

– A gente sabe que vai ser um jogo difícil. Todos os jogos estão sendo muito parelhos. A gente acabou não conseguindo o resultado em casa no último jogo. Mas a gente vem trabalhando firme, nesta semana, para que a gente consiga o resultado positivo. O professor já passou o que a gente tem que fazer, a gente também já sabe. Vamos nos unir bastante para que a gente consiga dar a vida e sair com os três pontos – diz.

2 de 2 Rafinha em Vitória x Confiança — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Rafinha em Vitória x Confiança — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Fé no acesso

O Vitória não está em uma situação confortável na Série C: é o 13º, com 11 pontos. A distância para o G-8, que garante vaga na próxima fase, é de cinco pontos; para a zona de rebaixamento, apenas um ponto. Mesmo assim, Rafinha acredita na classificação e no acesso para a Série B.

– Acredito. A camisa do Vitória é gigante. Infelizmente, vem passando por um tempo de sofrimento. A torcida não merece isso. Sempre acompanhei. Vem uns três anos sofrendo. A gente abraçou a causa. Quem está aqui abraçou a causa. A gente quer ajudar o Vitória. A gente quer se ajudar também, quer dar alegria para a torcida do Vitória, porque a gente merece. Então a gente tem que acreditar até o final. A camisa do Vitória é gigante. A gente tem que dar o sangue, dar a vida, para que a gente consiga voltar a dar alegria para a torcida e colocar o Vitória onde ele merece.

A nove rodadas para o final da primeira fase da Terceirona, o atacante pede o apoio da torcida para o jogo contra o Botafogo-SP, que tem ingressos à venda.

– Minha mensagem é para acreditar. A gente vai dar a vida. O Vitória é grande. A gente tem que procurar honrar a cada dia, cada jogo, cada treino, para que a gente consiga colocar o Vitória [na Série B]. Sem vocês, a gente fica mais fraco. Com vocês, a gente fica muito mais forte. Então vamos acreditar. Vamos estar juntos do começo até o final, para que a gente consiga nosso objetivo.

Para voltar a vencer na Série C, nada melhor que enfrentar um adversário em situação complicada. O Botafogo-SP não vence há quadro rodadas e perdeu os dois últimos jogos.

Além disso, será um duelo de "seis pontos". A equipe paulista também soma 11 pontos e está em 14° lugar, uma posição abaixo do Vitória, por causa do saldo de gols: -3 a 0.

Veja outros trechos da entrevista com Rafinha

Ambiente no vestiário do Vitória
– Quando eu cheguei aqui, estava meio… Um pessoal para um lado, um pessoal para o outro. Não sei se era porque era os mais velhos e os mais novo. Hoje está misturado, todo mundo se gosta, de estar no ambiente, brinca… Claro que, nos jogos, a gente está deixando afetar um pouco o sangue. A gente é ser humano. A gente dá a vida. A gente quer ganhar todas as bolas. Às vezes, isso acaba atrapalhando. A gente tem que ter um pouco mais de paciência, um pouco mais de sangue frio, para que a gente não se atrapalhe. Agora é ter cabeça fria e não deixar mais isso acontecer, para que a gente consiga os resultados positivos.

No que o Vitória está pecando
– É um pouco mais de ansiedade. Quando eu cheguei, vi que o pessoal estava cobrando muito gol. Foi até nas entrevistas, quando cheguei, não me perguntaram nem como eu estava, só me perguntaram se eu ia fazer gol. Acho que isso é mais ansiedade. A gente tem que trabalhar firme, deixar que os gols vão sair naturalmente. Se ajudar, ajudar o companheiro, ajudar o próximo. Creio que isso é fundamental para que a gente consiga engatar uma sequência de vitórias boa, para que a gente consiga encostar no pelotão de cima e entrar no G-8.

O que tem dado certo e o que tem dado errado
– Quando eu cheguei, a gente estava na zona de rebaixamento. A gente melhorou muito. Claro que a gente tem muito a melhorar ainda, a gente tem que continuar trabalhando. Creio que a gente vai melhorar. A gente não pode deixar baixar a guarda. Tem que continuar trabalhando firme para melhorar a cada jogo e poder voltar a vencer.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2022/06/16/referencia-do-vitoria-rafinha-diz-que-e-cara-familia-e-conta-como-ajudou-a-mae-a-superar-depressao.ghtml


Referência Vitória Rafinha "cara


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Contratado para ser a referência do Vitória, Jadson acerta rescisão de contrato após 12 jogos

Contratado referência Vitória Jadson

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Contratado em dezembro com status de principal reforço da temporada, Jadson não vestirá mais a camisa do Vitória. Em entrevista concedida nesta terça-feira, Rodrigo Pastana, novo diretor de futebol do clube, revelou que duas partes decidiram pela rescisão de contrato.

O Vitória não informou o motivo da rescisão de contrato. No último fim de semana, o meio-campista alegou problemas pessoais para deixar a delegação rubro-negra que estava em Erechim para a partida contra o Ypiranga-RS.

– Infelizmente não sei, não fiz parte da rescisão [de Jadson]. Quando cheguei já foi nos colocado sobre a rescisão – afirmou o novo diretor de futebol rubro-negro.

1 de 1 Jadson em treino do Vitória na Toca do Leão — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

Jadson em treino do Vitória na Toca do Leão — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

Jadson chegou ao Barradão cheio de moral, ganhou a camisa dez e também a faixa de capitão. O jogador de 38 anos, porém, teve passagem discreta. Ele disputou 12 partidas, marcou dois gols e ajudou ainda com uma assistência.

Além do rendimento abaixo do esperado, também facilitou a saída de Jadson o fato do jogador ser dono de um dos maiores vencimentos do elenco. De acordo com o Vitória, o fim do contrato acontece de forma amigável, sem custo para nenhuma das partes.

Em meio a mudanças no comando do futebol e também no elenco, o Vitória tem a semana livre de compromissos e volta a campo no sábado, contra o Manaus, pela 4ª rodada da Série C. A partida está marcada para o Barradão, às 19h.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2022/04/26/jadson-acerta-rescisao-de-contrato-com-o-vitoria.ghtml


Contratado referência Vitória Jadson


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Dado Cavalcanti vê Jadson como “referência técnica” para elenco do Vitória na Série C

Cavalcanti Jadson “referência técnica”

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Apresentado pelo Vitória como o comandante para a temporada 2022, Dado Cavalcanti vai contar com uma ajuda importante no elenco. O experiente Jadson, principal reforço do Leão para a temporada, é visto pelo treinador como uma peça fundamental para a temporada. Além do Campeonato Baiano, o Rubro-Negro vai disputar a Copa do Brasil e a Série C do Campeonato Brasileiro neste ano.

O primeiro contato de Dado com o elenco do Vitória foi na manhã desta segunda-feira. No entanto, sem Jadson. O meia não se apresentou com o restante do time, mas é esperado na Toca do Leão nesta tarde, assim como Alemão e Pablo.

– É inegável que é uma referência técnica para o elenco jovem. Deve se apresentar hoje à tarde, quais os níveis de condicionamento. Teremos 13 dias de intervalo entre hoje e nossa estreia. Sinceramente, são dias insuficientes para fazer preparação adequada – comentou o treinador.

1 de 1 Dado Cavalcanti é apresentado como novo treinador do Vitória — Foto: Ruan Melo

Dado Cavalcanti é apresentado como novo treinador do Vitória — Foto: Ruan Melo

Dado, inclusive, acredita que o começo de temporada do Leão será mais sofrido por conta do curto período de preparação. O treinador adiantou que o time da estreia pode não ser o considerado ideal por ele.

– Acho que vamos sofrer no início. Tenho perspectiva boa, mas sei que jogos vão ser difíceis nesse início. Vamos estreia contra o Juazeirense que tem elenco com jogadores remanescentes, estão treinando há mais tempo. Temos um elenco muito novo. É uma readaptação, os caras estão voltando de férias. Então, teremos uma dificuldade grande. E os jogadores que estão chegando, precisam estar em condição mínima de segurança. Talvez a escalação inicial da estreia não é que eu estou bolando na minha cabeça agora. Vai ser o que os caras me mostrarem no campo.

Diante das dificuldades do começo de temporada e também financeira do Vitória, Dado adiantou que vai utilizar algo forte em sua carreira: a oportunidade para os garotos.

– Existe características minha…O treinador, o ser humano, vai ser moldando a algumas estruturas. Mas ele carrega consigo um DNA. E o que eu carrego no meu DNA são os olhos voltados para os jovens atletas. Sou um ex-atleta que não tive uma carreira no profissional. Vivi muito ambiente de base, aprendi muito, principalmente com o que não se deve fazer. Os meus trabalhos são norteados por trabalhar com jovens atletas. E posso afirmar que é muito difícil trabalhar com jovens. O jovem está deslumbrado, precisa de direcionamento, atenção. É um dos pilares da minha execução do trabalho – adiantou o treinador.

Com a pré-temporada iniciada, o Vitória se prepara para a disputa do Campeonato Baiano. A estreia na competição estadual será contra o Juazeirense, no dia 16 de janeiro, às 16h (de Brasília), no Barradão.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/dado-cavalcanti-ve-jadson-como-referencia-tecnica-para-elenco-do-vitoria-na-serie-c.ghtml


Cavalcanti Jadson “referência técnica”


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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.