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O diretor jurídico do Vitória, Dilson Júnior, concedeu uma entrevista à equipe dos Galáticos na noite desta quinta-feira (9). O profissional falou sobre a situação salarial dos jogadores e esclareceu a relação da atual diretoria perante contas reprovadas das gestões anteriores.

"A palavra neste sentido no Vitória, chama-se diálogo. O Vitória dialoga com todas as partes para chegar a um consenso. Quando se deflagou a crise sanitaria com a necessidade de isolamento social, a comissão nacional de clubes começou um trabalho nacional para chegar um consenso relativo a redução de salários", disse Dilson.

"A consequência da crise foi a interrupção das competições esportivas e isso gera muitos prejuízos aos clubes. Patrocínios, direitos de TV, bonificação por passar de fase nas competições, tudo isso está travado. As grandes receitas dos clubes ficaram bloqueadas devido a crise. Passou-se a essa negociação nacional. Não deu certo e o Vitória, como integrante da Série B, está junto com as outras equipes da Série B discutindo uma solução para que todos os clubes adotem a mesma medida com relação a essa situação de redução de salários", continuou.

Apesar do clube ainda não ter anunciado uma medida de redução salarial, o diretor jurídico afirmou que existe a possibilidade e um dialogo informal com os jogadores sobre o assunto.

"A crise não foi provocada pelo Vitória, nem pelos atletas, mas é um fato externo que afeta diretamente a relação contratual e é um entendimento nosso que todos devem fazer o sacrifício para equilibrar a situação", declarou.

"O dialogo ainda não chegou aos atletas. Se chegou algo, foi algo muito superficial. Nosso entendimento é que em nível nacional os atletas hoje são interligados. Eles conversam entre si, já atuaram em vários clubes e os clubes vem tendo entendimento de que no início houve necessidade de redução salarial, nesse momento ideal, de 25%".

"Embora não se tenha um papo oficial com os atletas, já tem disseminado em âmbito informal, esse tipo de desconto. Então quando chegar o momento de conversar com os atletas, eu acho que esse assunto do desconto estará mais assimilado na situação", falou Dilson.

Processo contra as últimas gestões do Vitória

Questionado sobre as contas deixadas pelas gestões anteriores, Dilson afirmou que existe um movimento do clube para responsabilizar gestores que não tiveram as contas aprovadas.

"Quando nós chegamos no clube, encontramos uma situação que tivemos que fazer uma gestão de crise. Tinham ações em curso e novas demandas recorrentes a situações deixadas por antigas gestões, mais precisamente as duas últimas gestões, que resultaram num passivo milionário a ser pago de forma imediata", afirmou.

"O Vitória passou a negociar com os credores. Nós temos um acordo na justiça do trabalho e nós estamos fazendo mensalmente os depósitos com relação as demandas. É fazer os acordos necessários, normalmente muito parcelado para que o Vitória consiga cumprir com o que ele está procurando ajustar com o credor", destacou Dilson.

"O Vitória tem feito esse gerenciamento de crise, sobretudo diante do que encontrou. Um passivo muito grande e a quase totalidade das suas receitas antecipadas"

Dilson explicou os processos feitos pelo Vitória para punir os os últimos presidentes do Vitória.

"Essas situações já estão em andamento. Para punir os gestores por festão temerária, há um passo a passo. Esse passo a passo começa de uma providência interna do Vitória. As contas dos dois gestores citados (Ivã de Almeida e Ricardo David) foram reprovadas e está em fase, dentro do conselho deliberativo, de ofertar a esses gestores que eles exerçam seus direitos de defesa na situação que foi posta, para uma autorização para ingresso de medidas judiciais contra esses gestores", declarou.

Caso Pedrinho

Questionado sobre uma quantia que o Vitória teria direito por conta da transferência do Jogador Pedrinho ao Benfica, de Portugal, Dilson afirmou que o clube ainda não sabe o valor exato, no entanto é um valor objetivo de responsabilidade da equipe portuguesa.

"A situação do mecanismo de solidariedade é uma situação objetiva. É uma regra da Fifa para beneficiar os clubes formadores quando ocorrer uma transferência internacional", afirmou.

"Os formadores, clube que o atleta atuou dos 12 aos 23 anos, receberá uma fatia dos 5% da transação realizada de isenção onerosa do atleta. A Fifa decide a faixa de idade em que o atleta integrou o clube para que este seja indenizado", disse

"O Vitória vai pegar o histórico do atleta, verificar quais são os anos que constam nesse passaporte em que o atleta integrou o Vitória e vai calcular o valor que tem a receber. Com esse valor, o Vitória vai esperar que o Benfica faça o pagamento diretamente ao Vitória", falou.

Treinador Geninho

Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o treinador Geninho abriu mão dos direitos de imagem. Questionado sobre o assunto, Dilson explicou a situação que envolve o treinador do Vitória.

"Geninho tem contrato e é estabelecido um valor relativo ao direito trabalhista e um valor direcionado ao direito de imagem. Com a paralisação das atividades, Vitória e Geninho chegaram a um acordo de que nesse momento a imagem do treinador não está sendo utilizada. Ele foi muito solidário com a situação e resolveu de forma consensual com o clube de suspender o contrato de direitos de imagem", relatou Dilson.

Férias de 20 dias do Vitória

"Depende do calendário de competições. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), deu um comunicado recente dizendo que não tem a direção sobre a questão da crise sanitária", disse. Segundo o diretor, ainda não existe uma data para retorno e a CBF aguarda um direcionamento do governo federal.

"O Vitória vem trabalhando com a hipótese de prorrogar por mais 10 dias esse período de férias dado que ainda não temos qualquer perspectiva de retordo das competições nacionais. A gente tem ideia de que talvez elas recomecem em junho, mas é apenas uma ideia que a gente tem. Não tem nada oficial", finalizou. 
 

O diretor jurídico do Vitória, Dilson Júnior, concedeu uma entrevista à equipe dos Galáticos na noite desta quinta-feira (9). O profissional falou sobre a situação salarial dos jogadores e esclareceu a relação da atual diretoria perante contas reprovadas das gestões anteriores.

"A palavra neste sentido no Vitória, chama-se dialogo. O Vitória dialoga com todas as partes para chegar a um consenso. Quando se deflagou a crise sanitaria com a necessidade de isolamento social, a comissão nacional de clubes começou um trabalho nacional para chegar um consenso relativo a redução de salários", disse Dilson.

"A consequência da crise foi a interrupção das competições esportivas e isso gera muitos prejuízos aos clubes. Patrocínios, direitos de TV, bonificação por passar de fase nas competições, tudo isso está travado. As grandes receitas dos clubes ficaram bloqueadas devido a crise. Passou-se a essa negociação nacional. Não deu certo e o Vitória, como integrante da Série B, está junto com as outras equipes da Série B discutindo uma solução para que todos os clubes adotem a mesma medida com relação a essa situação de redução de salários", continuou.

Apesar do clube ainda não ter anunciado uma medida de redução salarial, o diretor jurídico afirmou que existe a possibilidade e um dialogo informal com os jogadores sobre o assunto.

"A crise não foi provocada pelo Vitória, nem pelos atletas, mas é um fato externo que afeta diretamente a relação contratual e é um entendimento nosso que todos devem fazer o sacrifício para equilibrar a situação", declarou.

"O dialogo ainda não chegou aos atletas. Se chegou algo, foi algo muito superficial. Nosso entendimento é que em nível nacional os atletas hoje são interligados. Eles conversam entre si, já atuaram em vários clubes e os clubes vem tendo entendimento de que no início houve necessidade de redução salarial, nesse momento ideal, de 25%".

"Embora não se tenha um papo oficial com os atletas, já tem disseminado em âmbito informal, esse tipo de desconto. Então quando chegar o momento de conversar com os atletas, eu acho que esse assunto do desconto estará mais assimilado na situação", falou Dilson.

Processo contra as últimas gestões do Vitória

Questionado sobre as contas deixadas pelas gestões anteriores, Dilson afirmou que existe um movimento do clube para responsabilizar gestores que não tiveram as contas aprovadas.

"Quando nós chegamos no clube, encontramos uma situação que tivemos que fazer uma gestão de crise. Tinham ações em curso e novas demandas recorrentes a situações deixadas por antigas gestões, mais precisamente as duas últimas gestões, que resultaram num passivo milionário a ser pago de forma imediata", afirmou.

"O Vitória passou a negociar com os credores. Nós temos um acordo na justiça do trabalho e nós estamos fazendo mensalmente os depósitos com relação as demandas. É fazer os acordos necessários, normalmente muito parcelado para que o Vitória consiga cumprir com o que ele está procurando ajustar com o credor", destacou Dilson.

"O Vitória tem feito esse gerenciamento de crise, sobretudo diante do que encontrou. Um passivo muito grande e a quase totalidade das suas receitas antecipadas"

Dilson explicou os processos feitos pelo Vitória para punir os os últimos presidentes do Vitória.

"Essas situações já estão em andamento. Para punir os gestores por festão temerária, há um passo a passo. Esse passo a passo começa de uma providência interna do Vitória. As contas dos dois gestores citados (Ivã de Almeida e Ricardo David) foram reprovadas e está em fase, dentro do conselho deliberativo, de ofertar a esses gestores que eles exerçam seus direitos de defesa na situação que foi posta, para uma autorização para ingresso de medidas judiciais contra esses gestores", declarou.

Caso Pedrinho

Questionado sobre uma quantia que o Vitória teria direito por conta da transferência do Jogador Pedrinho ao Benfica, de Portugal, Dilson afirmou que o clube ainda não sabe o valor exato, no entanto é um valor objetivo de responsabilidade da equipe portuguesa.

"A situação do mecanismo de solidariedade é uma situação objetiva. É uma regra da Fifa para beneficiar os clubes formadores quando ocorrer uma transferência internacional", afirmou.

"Os formadores, clube que o atleta atuou dos 12 aos 23 anos, receberá uma fatia dos 5% da transação realizada de isenção onerosa do atleta. A Fifa decide a faixa de idade em que o atleta integrou o clube para que este seja indenizado", disse

"O Vitória vai pegar o histórico do atleta, verificar quais são os anos que constam nesse passaporte em que o atleta integrou o Vitória e vai calcular o valor que tem a receber. Com esse valor, o Vitória vai esperar que o Benfica faça o pagamento diretamente ao Vitória", falou.

Treinador Geninho

Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o treinador Geninho abriu mão dos direitos de imagem. Questionado sobre o assunto, Dilson explicou a situação que envolve o treinador do Vitória.

"Geninho tem contrato e é estabelecido um valor relativo ao direito trabalhista e um valor direcionado ao direito de imagem. Com a paralisação das atividades, Vitória e Geninho chegaram a um acordo de que nesse momento a imagem do treinador não está sendo utilizada. Ele foi muito solidário com a situação e resolveu de forma consensual com o clube de suspender o contrato de direitos de imagem", relatou Dilson.

Férias de 20 dias do Vitória

"Depende do calendário de competições. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), deu um comunicado recente dizendo que não tem a direção sobre a questão da crise sanitária", disse. Segundo o diretor, ainda não existe uma data para retorno e a CBF aguarda um direcionamento do governo federal.

"O Vitória vem trabalhando com a hipótese de prorrogar por mais 10 dias esse período de férias dado que ainda não temos qualquer perspectiva de retordo das competições nacionais. A gente tem ideia de que talvez elas recomecem em junho, mas é apenas uma ideia que a gente tem. Não tem nada oficial", finalizou.