Demissões, elenco, treinador e receitas: Fábio Mota explica os planos do Vitória para Série C

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Passado o luto do rebaixamento para a Terceira Divisão, a diretoria do Vitória agora se prepara para a temporada de 2022. Em entrevista coletiva concedida por Fábio Mota na manhã desta sexta-feira, o presidente interino tocou em pontos importantes desse planejamento: demissões, elenco, treinador, receitas, e muito mais.

1 de 3 Presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota fala sobre planejamento para 2022 — Foto: Rafael Teles

Presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota fala sobre planejamento para 2022 — Foto: Rafael Teles

As primeiras declarações de Fábio Mota foram sobre dinheiro. O gestor rubro-negro confirmou que houve uma suplementação orçamentária aprovada na noite da última quinta-feira. A estimativa é de que o orçamento do clube seja de R$ 27 milhões em 2022. Para chegar lá, vai ser preciso cortar 50% das despesas na Toca do Leão.

“No ano passado [na verdade, em 2021], tivemos um orçamento de R$ 40 milhões. Com a suplementação aprovada ontem [quinta-feira], no próximo ano estimamos um orçamento de R$ 27 milhões”, disse Fábio Mota.

– De acordo com a redução do orçamento, vamos ter que fazer uma redução de custo. A estrutura do clube hoje é muito cara, custa cerca de R$ 3,5 milhões. A partir do próximo ano, não temos frente para montar a estrutura desse jeito. Daí o que nós fizemos dentro desse plano foi uma série de ações, inclusive demissão, o que nos deixa muito tristes, de pessoas que estão aqui há muito tempo prestando serviço ao clube, agradecemos, mas as circunstâncias fazem com que a gente faça um corte em nossa folha, de um clube como o todo, de 50% – completou o dirigente.

​A redução de receitas já causa impacto nos planos da próxima temporada. De acordo com Fábio Mota, o técnico Wagner Lopes não vai continuar na Toca do Leão, porque não está “dentro da realidade do clube”. Ele evitou falar em nomes na mira do Rubro-Negro, mas indicou que Ricardo Amadeu pode ser uma “solução caseira” para o comandar o time em 2022.

2 de 3 Ricardo Amadeu chegou a comandar o Vitória como interino em jogos da Série B de 2021 — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

Ricardo Amadeu chegou a comandar o Vitória como interino em jogos da Série B de 2021 — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

No que diz respeito ao elenco, o plano é usar a base e buscar contratações com experiência na Terceira Divisão. Dos jogadores que defenderam o Vitória em 2021 e estão em fim de contrato, só Dinei e João Pedro vão seguir na Toca. O volante já teve os direitos adquiridos, e o atacante, que se recupera de lesão, está em negociação com o clube.

"Esperamos, até o dia 17 [de dezembro], anunciar as primeiras contratações. Algumas estão bem encaminhadas, para que a gente possa começar o Campeonato Baiano da forma competitiva", contou o presidente interino.

– Nós estamos no mercado e estamos tentando contratar em cima dessas ações e dessa análise de desempenho. Temos um elenco muito jovem, que é do clube, prata da casa. O perfil de contratação do Vitória são jogadores experientes, que já têm experiência na Série C, que tenham relação, jogado, adaptado à Série C, para que a gente possa mesclar esses jogadores experientes com a nossa juventude, para, assim, sairmos da Série C rápido e voltarmos para a Série B – comentou Fábio.

​​Ao ser questionado sobre possíveis saídas de jogadores, o presidente interino disse ter recebido uma proposta por Samuel, mas o valor de R$ 2 milhões por 50% dos direitos do jogador não agradou ao clube. Fábio Mota disse ainda que outros atletas foram alvo de sondagens e que vender jogadores é o principal recurso para levantar dinheiro para 2022.

– Precisamos captar, precisamos de recursos. Estamos trabalhando nisso. Tem várias sondagens por diversos jogadores do clube. Temos que lembrar que precisamos valorizar nossa base. Não é pelo fato de o Vitória estar passando por um momento difícil financeiro que pode sair vendendo por qualquer preço. Tem consequência disso. Oficialmente não tem nenhuma proposta por jogador. Várias sondagens, mas proposta não tem nenhuma – afirmou.

3 de 3 Samuel atuou pouco pelo Vitória na reta final da Série B — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Samuel atuou pouco pelo Vitória na reta final da Série B — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Confira outros trechos da entrevista de Fábio Mota

Pronunciamento
– Hoje tem 30 dias que assumimos interinamente o clube em função de estar na função de presidente do Conselho Deliberativo. Montamos, desde o início, um grupo gestor. Aqui do meu lado esquerdo está Tiago Noronha, conselheiro do clube, responsável pela base, do lado direito Djalma Abreu, que está responsável pelo patrimônio, diretor estatutário. Ontem na reunião do Conselho homologamos nossos três diretores estatutários e também o nosso grupo gestor. Evidente que não estamos felizes pelo momento que o clube está atravessando. Queríamos estar aqui em um outro momento, mas quis assim as circunstâncias. Estamos aqui para dizer que a realidade nos faz fazer algumas alterações. Precisamos adequar o clube, infelizmente, à situação que ele está hoje. Perdemos receitas financeiras, outros tipos de receitas. Por isso que começamos fazendo ações administrativas. Montamos um plano de ação de medidas administrativas de contenção de gastos. Estamos fazendo isso.

Contratações
– Isso não quer dizer que o clube está parado. Estamos com o nosso analista de desempenho há cerca de 60 dias fazendo toda a análise. Hoje temos o catálogo de todos os jogadores que jogaram a Série C, a Série D e a Série B. O trabalho tem sido muito dos analistas. O Vitória teve a suplementação aprovada ontem para o final do ano. […] Todos sabem que nossa próxima competição é o Baiano e, dentro dessa linha, as ações que estão sendo feitas, além dos analistas e do diretor que está no clube, estamos tendo a contribuição de dois grandes amigos, que foram treinadores experientes pelo Esporte Clube Vitória, que estão nos ajudando, independentemente de qualquer interesse de voltar a ser treinador ou não. Conversamos diariamente com essas duas pessoas, muito experientes, que passaram por aqui, têm amor ao clube, estão nos ajudando também.

Apoio da torcida
– Dentro dessa linha, contamos com o apoio da torcida. A torcida, no fim da Série B, abraçou o Vitória, mostrou que, quando é bem tratada, quando é valorizada, ela é nosso maior patrimônio. Precisamos, e fica aqui o desafio de ter 15 mil sócios no clube. Hoje os sócios que temos nos dão uma receita pequena. Para ter uma ideia, para a gente ter uma folha de R$ 600 mil, a gente precisa ter 15 mil sócios. Evidente que tem outras ações com patrocinadores para nos ajudar. Mas, nesse momento, é o ativo que o Vitória tem, que é sua própria torcida. Precisa resgatar o Vitória desse local de onde não deveria estar, mas que, infelizmente, está nesse momento.

Como lidar com a falta de verba?
– Veja bem, o Vitória não tem cota de TV. Na Série B, tinhamos R$ 9 milhões, que eram recebidos mensalmente. Infelizmente, quando assumimos, não vimos a cor, já tinham antecipado tudo. Isso não quer dizer que o Vitória não possa negociar, fazer uma boa negociação para fazer a transmissão de seus jogos. Quando você vê esse cenário de terra arrasada, não é bem assim. Vamos trabalhar muito para negociar. Somos um clube de tradição, centenário, temos o peso da camisa, já começamos inclusive a discutir a questão da transmissão dos jogos para a Série C. Evidentemente é um peso diferente, não estamos menosprezando os outros times da Série C. Nós não teremos uma cota fixa como na Série B, mas teremos uma cota de TV fruto de uma negociação do peso do Vitória com a TV que vai transmitir ou com a plataforma que vai transmitir os jogos. Com relação a esse momento, estamos planejando uma gestão de crise. E, dentro dessa gestão de crise, no nosso planejamento, ainda não chegamos na possibilidade de vender patrimônio do clube. Mas não é descartado para os próximos que aqui estejam façam essa discussão.

Pode fazer um resumo do cenário político do Vitória?
– Estou presidente do Vitória em função de tudo o que aconteceu. Temos uma comissão processante no Conselho, que está dando sequência no processo de afastamento do presidente afastado. Essa comissão processante, nesse exato momento, está lidando com o prazo que o presidente afastado tem para fazer as razões finais. No final das razões finais, essa comissão levará esse processo, ainda esse ano, ao Conselho Deliberativo. O relatório será votado pelo Conselho Deliberativo. Quando concluir a votação do Conselho, teremos duas ações que podem ocorrer. Ou a Comissão entende que não houve motivo para o afastamento e o presidente volta em janeiro. Ou se a Comissão entender que houve motivo e o Conselho concordar, precisamos marcar uma AGE (assembleia geral extraordinária) para fazer uma destituição. Se for o caso, não estou aqui pre-julgando ou antecipando julgamento. Não faço parte da comissão processante. Teremos que ter uma AGE primeiro. É o rito estatutário do clube. Precisamos de uma AGE para que os sócios analisem esse relatório e se manifestem. Depois da conclusão da AGE, temos todos os prazos para fazer uma nova AGE para fazer uma nova eleição para o mandato que vai, vamos supor, do fim de fevereiro até setembro ou dezembro, que seria esse mantado. Lembrando que em setembro, obrigatoriamente, teremos as eleições gerais do clube para os próximos três anos, que assumirá em janeiro de 2023. É isso que está estabelecido. Só que, enquanto isso, nós que aqui estamos não podemos cruzar os braços e esperar que nada disso aconteça. Infelizemente estamos na Série C, temos que trabalhar para sair da Série C. Infelizmente ou felizmente, o Campeonato Baiano começa no dia 16. Temos que montar o elenco. Nosso planejamento, não é o planejamento de Fábio Mota, Djalma ou de Thiago. É o planejamento do Esporte Clube Vitória, discutindo com diversos outros conselheiros, que não estão aqui, mas estão nos ajudando dentro do grupo gestor, discutindo para que possamos deixar para quem aqui vier assumir o clube. Já disse 550 mil vezes que não sou candidato a presidente do Vitória, não serei candidato a presidente do Vitória. Estou aqui cumprindo minha missão, que me foi outorgada pelo estatuto, em sequência pelo Conselho Deliberativo, que se pronunciou. Não sou candidato a presidente do Vitória. Não existe chance de, em janeiro ou setembro, eu me candidatar a presidente do Vitória. Voltarei para o Conselho, para o qual fui eleito pelo sócio-torcedor, e continuarei presidente do Conselho Deliberativo até o final do meu mandato, que é dezembro do ano que vem. Mas candidato a presidente do Vitória eu não sou.

Wagner Lopes está fora do Vitória?
– Não. Isso ficou claro em função óbvia: nós temos que fazer uma redução de custo de 50%. Você tinha jogadores que ganhavam 70%, 80%. Nós não temos condição, estamos em outra realidade. Para a gente montar um time competitivo, estamos tendo que cortar 50% das nossas despesas. Quando a gente fala em 50% das nossas despesas, desde o futebol até o funcionário. O Wagner fez um excelente trabalho. Entendemos assim. É um amigo do clube e está nos ajudando, também, nessas ações e nessas conversas. Eu não posso dizer que o Wagner não será treinador do clube. Eu posso dizer que a gente vai ter que se adequar para ter um treinador dentro da nossa realidade. Hoje a gente tem aqui excelentes profissionais, que já são do clube, Ricardo Amadeu é funcionário do clube, Ricardo Silva… Que já transitaram por aqui e que estão nos ajudando dentro dessa linha. O que eu posso dizer para você é que, por exemplo, Ricardo Amadeu está nos planos do clube? Está. Ele hoje é o diretor da base. Ricardo Silva? Está dentro dos planos do clube. A aliança que a gente fez para levantar. O Wagner Lopes, a gente continua conversando com ele, mas dentro de uma nova realidade. Nós estamos bem adiantados com uns patrocinadores. Não é um só, não; alguns. Na hora que a gente fechar os patrocinadores, isto será determinante para a gente trazer a comissão técnica. E como eles estão ajudando a montar esse elenco mesmo não tendo contratado? Pela relação que se tem com o Esporte Clube Vitória. E vocês sabem que tem uma série de treinadores que têm o maior amor pelo Vitória. Experientes, que estão nos ajudando. Evidente também que existe uma relação com os presidentes de outros clubes. E isso a gente tem que usar, desses momentos, na situação por que o Vitória está passando, precisa ser ajudado por todo mundo. O clube está aberto para qualquer sócio torcedor, qualquer conselheiro que venha nos ajudar. Seja ele quem for. Independente dele pagar o plano Bronze, por R$ 30 ou dele não pagar, por ele ser um ex-presidente do clube. Nós estamos testando tudo neste momento. Estamos usando de influência de outros presidentes para ligar para presidentes de outros clubes, para tentar trazer um novo jogador por um custo mais baixo, mas que sirva. Mas em cima de que pressuposto? Nossos analistas de desempenho é que analisam nossos jogadores na Série B. Eles fazem um ranking do top 1 ao top 6, depois dessa análise técnica, e o que é selecionado é passado para um grupo técnico, que está ajudando. Aí é dado o sinal dele, e a gente começa a negociação. É assim que está sendo feito.

Dinei fica para 2022?
– Nós conversamos com Dinei, e ele nos interessa. Nós sabemos que Dinei passou por uma cirurgia, tudo vai depender da recuperação dele. Nós estamos conversando com ele. Ele tem contrato até dezembro, nós já fizemos o contato com ele para dizer que nos interessa. Se tudo ocorrer bem, nós vamos renovar com Dinei, também. Assim como João Pedro, mais um do elenco passado que ficará para o futuro.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/demissoes-elenco-treinador-e-receitas-fabio-mota-explica-os-planos-do-vitoria-para-serie-c.ghtml


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O jeitinho do Brasileirão: técnicos revelam demissões em "comum acordo" para driblar nova regra

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O termo “acordo”, em sua essência, dispensa o adjetivo “comum” para designar a vontade livre e convergente das partes. É acordo a "comunhão de ideias", o "entendimento recíproco", define o dicionário Houaiss. Há, contudo, mais do que uma simples redundância na expressão “comum acordo”, que passou a integrar o vocabulário do futebol brasileiro em 2021.

Há uma forma, cada vez mais comum, de driblar a regra que limita a troca de técnicos numa mesma competição.

Nas últimas semanas, o ge procurou todos os treinadores que deixaram os times que comandavam nas Séries A e B em “comum acordo”.

Brasileirão segue com muitas trocas de técnicos mesmo com nova regra

Doze concordaram em falar sobre os termos reais das suas saídas, a maioria em reserva. Cinco afirmaram que, na verdade, foram demitidos – incluindo Felipe Conceição, o primeiro a expor o problema. Revelaram que a formalização como "mútuo acordo" foi um pedido do clube, uma estratégia para fugir à limitação de substituições estabelecida pelo regulamento.

Uma história que começa na segunda rodada da Série B. A primeira demissão em comum acordo do Campeonato Brasileiro: de Rodrigo Chagas, do Vitória.

“O presidente foi sabido”

1 de 3 Rodrigo Chagas foi demitido do Vitória e procurado depois para firmar o "comum acordo" — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Rodrigo Chagas foi demitido do Vitória e procurado depois para firmar o "comum acordo" — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Rodrigo Chagas foi efetivado como técnico do time profissional do Vitória na reta final da Série B 2020 – só havia assumido de forma interina, até então. Era o quarto treinador a ocupar o posto no campeonato. Antes dele, estiveram no comando Bruno Pivetti (demitido), Eduardo Barroca (deixou o time para assumir o Botafogo na Série A) e Mazola Júnior (demitido).

Começava oficialmente a carreira de treinador profissional no mesmo clube que o revelou como lateral-direito, com o qual possuía uma forte identificação.

Começou bem, livrando o time do rebaixamento.

– Eu era funcionário do clube há quase cinco anos. Vinha fazendo um trabalho muito bom nas categorias de base, conseguindo títulos, revelando atletas, quando apareceu a oportunidade de assumir o clube. Primeiramente, fui chamado para substituir o treinador, falaram que era para contratar um novo. As coisas não andaram com ele (Mazola Júnior) e a torcida pediu a minha volta – lembra.

Voltei, e conseguimos livrar o clube da Série C. Fizemos um novo contrato, sendo de treinador profissional. Entendo que, naquele momento, o Vitória tinha que encerrar o meu vínculo como funcionário. Perguntei e disseram que não. Beleza.
— Rodrigo Chagas, ex-técnico do Vitória

Rodrigo Chagas iniciou a temporada 2021 como funcionário do clube e no cargo de treinador. Não durou muito no segundo. Foi demitido na segunda rodada da Série B, após a derrota para o Náutico, em casa, por 1 a 0. Ramon Menezes assumiu o comando do time em seu lugar.

Rodrigo Chagas deixou o Vitória.

Ocorre que, no início de agosto, quando a Série B estava na 15ª rodada, o clube baiano resolveu demitir Ramon. E surgiu o problema: com duas demissões na competição, não poderia contratar um terceiro treinador. O comando deveria ser exercido por um funcionário que estivesse há pelo menos seis meses no clube.

O Rubro-negro queria, contudo, contratar um substituto. Tinha conversas avançadas com Wagner Lopes, inclusive.

Um mês e meio, dois meses depois (da demissão), começaram a entrar em contato. Eles queriam mandar Ramon embora, mas precisavam fazer acordo comigo para trazer outro treinador. E eu disse: ‘Como vou fazer um acordo se vocês me mandaram embora?’
— Rodrigo Chagas, ex-técnico do Vitória

Chagas conta que a intenção do clube era registrar o rompimento do vínculo – dois meses depois – como sendo uma decisão por "mútuo acordo", o que permitiria a contratação de outro técnico.

Eles acharam uma brecha para esse acordo. O Vitória não me tirou do BID (como treinador) e nem como funcionário do clube porque sabia que poderia precisar de mim. O presidente foi sabido. ‘Se eu precisar de mais um treinador, tenho Rodrigo aqui. Eu não perco essa troca’. Pensaram assim.
— Rodrigo Chagas, ex-técnico do Vitória

Apesar da demonstração de surpresa e indignação, Chagas aceitou a proposta.

Aí entrou o amor que eu tenho pelo clube. Eu não podia ver o Vitória naquela situação. Eu não queria fazer o acordo. Se eu tivesse em qualquer outro clube, talvez não tivesse feito, mas como foi no Vitória, o clube que me colocou como atleta para o Brasil e para o mundo, que me deu oportunidade para ser treinador profissional, eu fiz.
— Rodrigo Chagas, ex-técnico do Vitória

O que diz o Vitória

Procurado pelo ge, o Vitória informou que não se pronuncia sobre casos internos. Limitou-se, além disso, a afirmar que possui acordo com o técnico Rodrigo Chagas e vai cumpri-lo.

“Fui pego de surpresa”

Segunda-feira, 30 de agosto de 2021. Na cabeça de Ney Franco, seria uma reunião de rotina com o presidente e a diretoria de futebol do CSA. Apesar da derrota dois dias antes para o Sampaio Corrêa, por 2 a 0, pela 21ª da Série B, não cogitava ser demitido no encontro que abria a semana.

2 de 3 Ney Franco não esperava ser demitido do CSA — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Ney Franco não esperava ser demitido do CSA — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

– Eu tinha um aproveitamento bom, com um trabalho bem realizado no CSA. A gente tinha feito quatro jogos seguidos com bons resultados. Depois, a gente teve dois resultados negativos dentro de casa, mas o planejamento era de continuar – destaca o técnico.

Planejamento dele. Na reunião, o técnico foi informado que estava fora dos planos do CSA. Comunicado seguido por um pedido: que a demissão fosse formalizada como uma rescisão em comum acordo, de modo a não impedir a contratação de outro técnico pelo clube no futuro.

Na realidade, eu fui até pego de surpresa. A demissão foi uma decisão do clube. Quando o diretor de futebol veio conversar comigo, ele me fez essa ponderação, a questão do comum acordo, porque o clube não poderia contratar outro treinador.
— Ney Franco, técnico

Antes de Ney Franco, o CSA havia realizado uma troca no comando, a saída de Bruno Pivetti – campeão estadual com a equipe, o treinador iniciou a Série B no Azulão e caiu após a derrota para o CRB, na nona rodada. Saída também formalizada como "mútuo acordo". A demissão de Ney, portanto, não inviabilizaria uma nova contratação. Contudo, deixaria o time com direito a fazer só mais uma mudança.

Assim como o técnico do Vitória, Ney Franco aceitou a proposta. Assim como Chagas, argumenta que aceitou porque não queria prejudicar o clube.

No meu caso, eu não queria prejudicar o CSA. Então, assinei o termo de comum acordo, mais para beneficiar o clube e para que não tivesse nenhum tipo de desgaste com eles.
— Ney Franco, ex-técnico do CSA

Não só isso. O treinador também destacou que enxergou uma forma de garantir o recebimento das verbas que tinha direito.

Talvez eu esteja até trabalhando contra a classe, mas no momento que você está ali, você também precisa fazer os seus ajustes financeiros. E quando você está na mesa você discute tudo isso. Você tem um valor a receber do clube e, em alguns momentos, esse comum acordo facilita você receber.
— Ney Franco, ex-técnico do CSA

Ney Franco comandou o CSA em 12 jogos – cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas.

O que diz o CSA

O clube alagoano se limitou a informar que a saída de Ney Franco ocorreu em comum acordo, assim como o acerto financeiro com o treinador.

"O problema maior está na regra"

A noite de quinta-feira foi marcada pelo reencontro dos protagonistas do caso que primeiro expôs a fragilidade da regra que tentava limitar a troca de técnicos no Campeonato Brasileiro. No Independência, em Belo Horizonte, o técnico Felipe Conceição, do Remo, enfrentou e venceu o Cruzeiro, clube que comandava no início desta Série B e que hoje tem como adversário também fora de campo.

3 de 3 Felipe Conceição, técnico do Remo — Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Felipe Conceição, técnico do Remo — Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

A confusão começou na mesma época da saída de Rodrigo Chagas do Vitória. Conceição deixou o comando celeste após a eliminação para a Juazeirense, na terceira fase da Copa do Brasil – duelo que aconteceu entre a segunda e terceira rodadas da Série B.

Uma saída em comum acordo, afirmou o clube. O técnico desmentiu.

O caso veio à tona justamente quando o treinador acertou com a equipe paraense e não pôde realizar o registro na CBF. Isso porque ainda estava vinculado do Cruzeiro. Era preciso formalizar a rescisão. Segundo o treinador, o clube mineiro condicionou o registro da saída à concordância dele em assinar a rescisão como sendo em "comum acordo".

Isso vai ser resolvido na Justiça. Faz parte do futebol. Já me posicionei quanto a isso. O que eu torço é para que o futebol seja cada vez melhor, com equipes mais fortes, com manutenção de equipes, de treinadores, que a gente também consiga olhar e manter um trabalho a médio e longo prazo.
— Felipe Conceição, técnico do Remo

Para Conceição, episódios como esse acontecem justamente pelas brechas deixadas pela norma.

– Na prática, a brecha que tem nessa nova regra, o acordo mútuo de clube e treinador… A gente está vendo que não funciona como deveria. Acho que o problema maior está na regra – opina, acrescentando que a limitação, para ser efetiva, deveria existir independentemente de como ocorreu a saída.

O ajuste necessário (na regra) é não ter essa brecha para o comum acordo. Qualquer troca, independentemente de acordo financeiro, se é demissão ou se é por justa causa, deveria contar. Tanto para o clube como para o treinador. Assim, os clubes teriam mais responsabilidade na escolha dos treinadores, e os treinadores também teriam uma responsabilidade maior na condução do trabalho.
— Felipe Conceição, técnico do Remo

O que diz o Cruzeiro

Sobre as alegações de Felipe Conceição, o clube mineiro afirma que logo após o jogo com a Juazeirense, no dia 9 de junho, fez uma reunião com o treinador e, nessa reunião, a saída foi acertada em comum acordo.

Fonte: https://ge.globo.com/pe/futebol/noticia/o-jeitinho-do-brasileirao-tecnicos-revelam-demissoes-em-comum-acordo-para-driblar-nova-regra.ghtml


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Do "Ramonismo" a demissões: novo técnico do Vitória viveu euforia e saídas precoces

"Ramonismo" demissões técnico Vitória

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Com a confirmação de Ramon Menezes como novo técnico, o Vitória volta a apostar em um profissional com história marcante no clube para atender a suas ambições e fazer mais que lutar pela permanência na Série B. Para isso, vai ter que se provar menos instável para receber um treinador que teve início de carreira promissor, mas também demissões precoces.

O trabalho mais marcante de Ramon como treinador foi no Vasco, em 2020. Auxiliar da comissão técnica permanente do clube desde 2018, ele substituiu Abel Braga e ficou pouco mais de seis meses. À época, Ramon teve um início promissor, chegou a liderar o Campeonato Brasileiro e conseguiu manter o "Ramonismo em alta".

Só que o Vasco caiu de rendimento na Série A e foi eliminado na Copa do Brasil pelo Botafogo. Ramon não resistiu aos insucessos e foi demitido após 16 jogos, com 56% de aproveitamento.

Fred Gomes, setorista do Vasco, analisou a passagem do treinador.

"Foi muito bem aceito pelo grupo, que o adorava, e o bom futebol logo começou a aparecer. Meio-campista de grande técnica nos tempos de jogador, logo lançou mão de um estilo pautado na posse e no jogo apoiado. Qualificou a saída de bola e deu consistência defensiva ao transformar o lateral-esquerdo Henrique numa espécie de terceiro zagueiro.

Com um time limitado, chegou a liderar o Brasileiro, depois de vencer São Paulo, Sport e Ceará nas quatro primeiras rodadas. Fazia campanha segura na competição, lutando pelo G-4, e vinha de classificação contra o Goiás na Copa do Brasil. Sua demissão deu-se após sequência de resultados ruins – derrotas para Botafogo (0x1), Atlético-MG (1×4) e Bahia (0x3), e empate com o Bragantino (1×1).

A impressão é de que Alexandre Campello, à época em campanha pela reeleição, desistiu de Ramon, opção caseira, para investir numa aposta midiática, o português Ricardo Sá Pinto. Não teve sucesso, e o time teve queda impressionante após a mudança no comando".

Pouco mais de um mês após demissão do Vasco, Ramon foi contratado pelo CRB para disputar a Série B do Brasileiro. Só que ele ficou menos de 40 dias no clube e teve 29% de aproveitamento.

Victor Mélo, setorista do CRB, analisou a passagem do treinador.

"Ramon não foi bem no CRB. Teve também pouco tempo para desenvolver o trabalho. Chegou em 9 de novembro do ano passado e foi demitido no dia 18 de dezembro. Pesaram contra ele a sequência de sete jogos sem vencer e o fato de o time ter caído para as últimas colocações no Brasileiro.

Ramon tentou colocar sua assinatura na equipe e mexeu na estrutura montada pelo técnico Marcelo Cabo. Não deu certo. O time caiu muito de produção e, em nove partidas da Série B, venceu duas, empatou duas e perdeu cinco".

2 de 3 Ramon Menezes comandou o CRB em sete jogos — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Ramon Menezes comandou o CRB em sete jogos — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Outros trabalhos

Ramon começou a carreira como treinador em 2015. Era para ser no Anápolis, time da primeira divisão de Goiás, mas, em razão do calendário ocioso, o agora técnico foi emprestado ao ASEEV. E logo de cara foi campeão da terceira divisão do Campeonato Goiano, dando ao clube o primeiro título de sua história. Após a conquista, o profissional retornou ao Anápolis. Um dos casos curiosos da época é que ele mandou trocar colchões e roupas de cama para dar mais conforto aos jogadores.

3 de 3 Ramon Menezes treinou o Anápolis duas vezes — Foto: Reprodução / TV Anhanguera

Ramon Menezes treinou o Anápolis duas vezes — Foto: Reprodução / TV Anhanguera

Só que Ramon Menezes foi demitido após cinco jogos, com 53% de aproveitamento, momento em que o Anápolis ocupava a vice-liderança do seu grupo no Goiano. Em 2016, o técnico chegou ao Guarani de Divinópolis com a missão de tirar o time da lanterna do Campeonato Mineiro, mas não conseguiu evitar o rebaixamento para o Módulo II do Campeonato Mineiro. O profissional saiu após quatro jogos, com 58% de aproveitamento.

No Joinville, também em 2016, Ramon voltou a lutar contra o rebaixamento, desta vez para a Série C do Campeonato Brasileiro, e novamente não teve sucesso. Ele ainda retornou ao Anápolis em 2018, fez apenas quatro jogos com 25% de aproveitamento, até chegar ao Tombense. O treinador levou a equipe às quartas de final do Mineiro e fez 26 jogos, com 40% de aproveitamento até ser demitido.

Pouco tempo e muito trabalho

No Vitória, Ramon encontra um ambiente instável para trabalhar e vai ter que correr contra o tempo para alcançar resultados. Ele é o 9º treinador diferente da gestão Paulo Carneiro, iniciada em abril de 2019.

Treinadores na gestão Paulo Carneiro*

  • Tencati: 7 jogos e 23,8% de aproveitamento
  • Osmar Loss: 10 jogos e 26%
  • Carlos Amadeu: 9 jogos 48%
  • Geninho: 25 jogos e 50,6%
  • Bruno Pivetti: 19 jogos e 36,8%
  • Eduardo Barroca: 9 jogos e 29,6%
  • Mazola Júnior: 4 jogos e 25%
  • Rodrigo Chagas: 30 jogos e 51%

O primeiro desafio de Ramon está marcado já para esta quinta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio, pelo segundo jogo da 3ª fase da Copa do Brasil – Vitória foi batido na ida por 1 a 0. Até lá, o técnico vai ter apenas um treino para ajustar a equipe.

Depois, Ramon vai ter compromisso pela Série B, principal desafio do Vitória na temporada. O campeonato, no entanto, começou complicado para o Rubro-Negro, que tem um empate e uma derrota.

*Cláudio Tencati não foi contratado por Paulo Carneiro; Eduardo Barroca foi o único que pediu demissão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/do-ramonismo-a-demissoes-novo-tecnico-do-vitoria-viveu-euforia-e-saidas-precoces.ghtml


"Ramonismo" demissões técnico Vitória


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