Demissões, elenco, treinador e receitas: Fábio Mota explica os planos do Vitória para Série C

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O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Passado o luto do rebaixamento para a Terceira Divisão, a diretoria do Vitória agora se prepara para a temporada de 2022. Em entrevista coletiva concedida por Fábio Mota na manhã desta sexta-feira, o presidente interino tocou em pontos importantes desse planejamento: demissões, elenco, treinador, receitas, e muito mais.

1 de 3 Presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota fala sobre planejamento para 2022 — Foto: Rafael Teles

Presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota fala sobre planejamento para 2022 — Foto: Rafael Teles

As primeiras declarações de Fábio Mota foram sobre dinheiro. O gestor rubro-negro confirmou que houve uma suplementação orçamentária aprovada na noite da última quinta-feira. A estimativa é de que o orçamento do clube seja de R$ 27 milhões em 2022. Para chegar lá, vai ser preciso cortar 50% das despesas na Toca do Leão.

“No ano passado [na verdade, em 2021], tivemos um orçamento de R$ 40 milhões. Com a suplementação aprovada ontem [quinta-feira], no próximo ano estimamos um orçamento de R$ 27 milhões”, disse Fábio Mota.

– De acordo com a redução do orçamento, vamos ter que fazer uma redução de custo. A estrutura do clube hoje é muito cara, custa cerca de R$ 3,5 milhões. A partir do próximo ano, não temos frente para montar a estrutura desse jeito. Daí o que nós fizemos dentro desse plano foi uma série de ações, inclusive demissão, o que nos deixa muito tristes, de pessoas que estão aqui há muito tempo prestando serviço ao clube, agradecemos, mas as circunstâncias fazem com que a gente faça um corte em nossa folha, de um clube como o todo, de 50% – completou o dirigente.

​A redução de receitas já causa impacto nos planos da próxima temporada. De acordo com Fábio Mota, o técnico Wagner Lopes não vai continuar na Toca do Leão, porque não está “dentro da realidade do clube”. Ele evitou falar em nomes na mira do Rubro-Negro, mas indicou que Ricardo Amadeu pode ser uma “solução caseira” para o comandar o time em 2022.

2 de 3 Ricardo Amadeu chegou a comandar o Vitória como interino em jogos da Série B de 2021 — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

Ricardo Amadeu chegou a comandar o Vitória como interino em jogos da Série B de 2021 — Foto: Divulgação/E.C. Vitória

No que diz respeito ao elenco, o plano é usar a base e buscar contratações com experiência na Terceira Divisão. Dos jogadores que defenderam o Vitória em 2021 e estão em fim de contrato, só Dinei e João Pedro vão seguir na Toca. O volante já teve os direitos adquiridos, e o atacante, que se recupera de lesão, está em negociação com o clube.

"Esperamos, até o dia 17 [de dezembro], anunciar as primeiras contratações. Algumas estão bem encaminhadas, para que a gente possa começar o Campeonato Baiano da forma competitiva", contou o presidente interino.

– Nós estamos no mercado e estamos tentando contratar em cima dessas ações e dessa análise de desempenho. Temos um elenco muito jovem, que é do clube, prata da casa. O perfil de contratação do Vitória são jogadores experientes, que já têm experiência na Série C, que tenham relação, jogado, adaptado à Série C, para que a gente possa mesclar esses jogadores experientes com a nossa juventude, para, assim, sairmos da Série C rápido e voltarmos para a Série B – comentou Fábio.

​​Ao ser questionado sobre possíveis saídas de jogadores, o presidente interino disse ter recebido uma proposta por Samuel, mas o valor de R$ 2 milhões por 50% dos direitos do jogador não agradou ao clube. Fábio Mota disse ainda que outros atletas foram alvo de sondagens e que vender jogadores é o principal recurso para levantar dinheiro para 2022.

– Precisamos captar, precisamos de recursos. Estamos trabalhando nisso. Tem várias sondagens por diversos jogadores do clube. Temos que lembrar que precisamos valorizar nossa base. Não é pelo fato de o Vitória estar passando por um momento difícil financeiro que pode sair vendendo por qualquer preço. Tem consequência disso. Oficialmente não tem nenhuma proposta por jogador. Várias sondagens, mas proposta não tem nenhuma – afirmou.

3 de 3 Samuel atuou pouco pelo Vitória na reta final da Série B — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Samuel atuou pouco pelo Vitória na reta final da Série B — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Confira outros trechos da entrevista de Fábio Mota

Pronunciamento
– Hoje tem 30 dias que assumimos interinamente o clube em função de estar na função de presidente do Conselho Deliberativo. Montamos, desde o início, um grupo gestor. Aqui do meu lado esquerdo está Tiago Noronha, conselheiro do clube, responsável pela base, do lado direito Djalma Abreu, que está responsável pelo patrimônio, diretor estatutário. Ontem na reunião do Conselho homologamos nossos três diretores estatutários e também o nosso grupo gestor. Evidente que não estamos felizes pelo momento que o clube está atravessando. Queríamos estar aqui em um outro momento, mas quis assim as circunstâncias. Estamos aqui para dizer que a realidade nos faz fazer algumas alterações. Precisamos adequar o clube, infelizmente, à situação que ele está hoje. Perdemos receitas financeiras, outros tipos de receitas. Por isso que começamos fazendo ações administrativas. Montamos um plano de ação de medidas administrativas de contenção de gastos. Estamos fazendo isso.

Contratações
– Isso não quer dizer que o clube está parado. Estamos com o nosso analista de desempenho há cerca de 60 dias fazendo toda a análise. Hoje temos o catálogo de todos os jogadores que jogaram a Série C, a Série D e a Série B. O trabalho tem sido muito dos analistas. O Vitória teve a suplementação aprovada ontem para o final do ano. […] Todos sabem que nossa próxima competição é o Baiano e, dentro dessa linha, as ações que estão sendo feitas, além dos analistas e do diretor que está no clube, estamos tendo a contribuição de dois grandes amigos, que foram treinadores experientes pelo Esporte Clube Vitória, que estão nos ajudando, independentemente de qualquer interesse de voltar a ser treinador ou não. Conversamos diariamente com essas duas pessoas, muito experientes, que passaram por aqui, têm amor ao clube, estão nos ajudando também.

Apoio da torcida
– Dentro dessa linha, contamos com o apoio da torcida. A torcida, no fim da Série B, abraçou o Vitória, mostrou que, quando é bem tratada, quando é valorizada, ela é nosso maior patrimônio. Precisamos, e fica aqui o desafio de ter 15 mil sócios no clube. Hoje os sócios que temos nos dão uma receita pequena. Para ter uma ideia, para a gente ter uma folha de R$ 600 mil, a gente precisa ter 15 mil sócios. Evidente que tem outras ações com patrocinadores para nos ajudar. Mas, nesse momento, é o ativo que o Vitória tem, que é sua própria torcida. Precisa resgatar o Vitória desse local de onde não deveria estar, mas que, infelizmente, está nesse momento.

Como lidar com a falta de verba?
– Veja bem, o Vitória não tem cota de TV. Na Série B, tinhamos R$ 9 milhões, que eram recebidos mensalmente. Infelizmente, quando assumimos, não vimos a cor, já tinham antecipado tudo. Isso não quer dizer que o Vitória não possa negociar, fazer uma boa negociação para fazer a transmissão de seus jogos. Quando você vê esse cenário de terra arrasada, não é bem assim. Vamos trabalhar muito para negociar. Somos um clube de tradição, centenário, temos o peso da camisa, já começamos inclusive a discutir a questão da transmissão dos jogos para a Série C. Evidentemente é um peso diferente, não estamos menosprezando os outros times da Série C. Nós não teremos uma cota fixa como na Série B, mas teremos uma cota de TV fruto de uma negociação do peso do Vitória com a TV que vai transmitir ou com a plataforma que vai transmitir os jogos. Com relação a esse momento, estamos planejando uma gestão de crise. E, dentro dessa gestão de crise, no nosso planejamento, ainda não chegamos na possibilidade de vender patrimônio do clube. Mas não é descartado para os próximos que aqui estejam façam essa discussão.

Pode fazer um resumo do cenário político do Vitória?
– Estou presidente do Vitória em função de tudo o que aconteceu. Temos uma comissão processante no Conselho, que está dando sequência no processo de afastamento do presidente afastado. Essa comissão processante, nesse exato momento, está lidando com o prazo que o presidente afastado tem para fazer as razões finais. No final das razões finais, essa comissão levará esse processo, ainda esse ano, ao Conselho Deliberativo. O relatório será votado pelo Conselho Deliberativo. Quando concluir a votação do Conselho, teremos duas ações que podem ocorrer. Ou a Comissão entende que não houve motivo para o afastamento e o presidente volta em janeiro. Ou se a Comissão entender que houve motivo e o Conselho concordar, precisamos marcar uma AGE (assembleia geral extraordinária) para fazer uma destituição. Se for o caso, não estou aqui pre-julgando ou antecipando julgamento. Não faço parte da comissão processante. Teremos que ter uma AGE primeiro. É o rito estatutário do clube. Precisamos de uma AGE para que os sócios analisem esse relatório e se manifestem. Depois da conclusão da AGE, temos todos os prazos para fazer uma nova AGE para fazer uma nova eleição para o mandato que vai, vamos supor, do fim de fevereiro até setembro ou dezembro, que seria esse mantado. Lembrando que em setembro, obrigatoriamente, teremos as eleições gerais do clube para os próximos três anos, que assumirá em janeiro de 2023. É isso que está estabelecido. Só que, enquanto isso, nós que aqui estamos não podemos cruzar os braços e esperar que nada disso aconteça. Infelizemente estamos na Série C, temos que trabalhar para sair da Série C. Infelizmente ou felizmente, o Campeonato Baiano começa no dia 16. Temos que montar o elenco. Nosso planejamento, não é o planejamento de Fábio Mota, Djalma ou de Thiago. É o planejamento do Esporte Clube Vitória, discutindo com diversos outros conselheiros, que não estão aqui, mas estão nos ajudando dentro do grupo gestor, discutindo para que possamos deixar para quem aqui vier assumir o clube. Já disse 550 mil vezes que não sou candidato a presidente do Vitória, não serei candidato a presidente do Vitória. Estou aqui cumprindo minha missão, que me foi outorgada pelo estatuto, em sequência pelo Conselho Deliberativo, que se pronunciou. Não sou candidato a presidente do Vitória. Não existe chance de, em janeiro ou setembro, eu me candidatar a presidente do Vitória. Voltarei para o Conselho, para o qual fui eleito pelo sócio-torcedor, e continuarei presidente do Conselho Deliberativo até o final do meu mandato, que é dezembro do ano que vem. Mas candidato a presidente do Vitória eu não sou.

Wagner Lopes está fora do Vitória?
– Não. Isso ficou claro em função óbvia: nós temos que fazer uma redução de custo de 50%. Você tinha jogadores que ganhavam 70%, 80%. Nós não temos condição, estamos em outra realidade. Para a gente montar um time competitivo, estamos tendo que cortar 50% das nossas despesas. Quando a gente fala em 50% das nossas despesas, desde o futebol até o funcionário. O Wagner fez um excelente trabalho. Entendemos assim. É um amigo do clube e está nos ajudando, também, nessas ações e nessas conversas. Eu não posso dizer que o Wagner não será treinador do clube. Eu posso dizer que a gente vai ter que se adequar para ter um treinador dentro da nossa realidade. Hoje a gente tem aqui excelentes profissionais, que já são do clube, Ricardo Amadeu é funcionário do clube, Ricardo Silva… Que já transitaram por aqui e que estão nos ajudando dentro dessa linha. O que eu posso dizer para você é que, por exemplo, Ricardo Amadeu está nos planos do clube? Está. Ele hoje é o diretor da base. Ricardo Silva? Está dentro dos planos do clube. A aliança que a gente fez para levantar. O Wagner Lopes, a gente continua conversando com ele, mas dentro de uma nova realidade. Nós estamos bem adiantados com uns patrocinadores. Não é um só, não; alguns. Na hora que a gente fechar os patrocinadores, isto será determinante para a gente trazer a comissão técnica. E como eles estão ajudando a montar esse elenco mesmo não tendo contratado? Pela relação que se tem com o Esporte Clube Vitória. E vocês sabem que tem uma série de treinadores que têm o maior amor pelo Vitória. Experientes, que estão nos ajudando. Evidente também que existe uma relação com os presidentes de outros clubes. E isso a gente tem que usar, desses momentos, na situação por que o Vitória está passando, precisa ser ajudado por todo mundo. O clube está aberto para qualquer sócio torcedor, qualquer conselheiro que venha nos ajudar. Seja ele quem for. Independente dele pagar o plano Bronze, por R$ 30 ou dele não pagar, por ele ser um ex-presidente do clube. Nós estamos testando tudo neste momento. Estamos usando de influência de outros presidentes para ligar para presidentes de outros clubes, para tentar trazer um novo jogador por um custo mais baixo, mas que sirva. Mas em cima de que pressuposto? Nossos analistas de desempenho é que analisam nossos jogadores na Série B. Eles fazem um ranking do top 1 ao top 6, depois dessa análise técnica, e o que é selecionado é passado para um grupo técnico, que está ajudando. Aí é dado o sinal dele, e a gente começa a negociação. É assim que está sendo feito.

Dinei fica para 2022?
– Nós conversamos com Dinei, e ele nos interessa. Nós sabemos que Dinei passou por uma cirurgia, tudo vai depender da recuperação dele. Nós estamos conversando com ele. Ele tem contrato até dezembro, nós já fizemos o contato com ele para dizer que nos interessa. Se tudo ocorrer bem, nós vamos renovar com Dinei, também. Assim como João Pedro, mais um do elenco passado que ficará para o futuro.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/demissoes-elenco-treinador-e-receitas-fabio-mota-explica-os-planos-do-vitoria-para-serie-c.ghtml


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