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Nas palavras do próprio jogador, se o time não voltar a vencer, nem Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, teria paz na Toca do Leão. Osvaldo explicou que essa é a cultura do futebol brasileiro, e garantiu que o time vai continuar lutando para encerrar o jejum.

"Futebol é movido por vitórias, pode chegar aqui o Ancelotti, se ele não vencer, o torcedor vai pedir a demissão dele", disse.

– Esse é o futebol brasileiro. Somos movidos por vitórias. Quando chegam as derrotas, começam os questionamentos como os que eu ouvi, sobre grupo rachado, sobre jogador sem compromisso. Aqui dentro a gente sabe que tem muito compromisso com essa camisa. Vamos continuar lutando, o que eu posso dizer é que aqui tem um grupo de homens. Eu me sinto orgulhoso de fazer parte do grupo do Vitória e vamos dar a volta por cima. Podem ter certeza que logo essa turbulência vai passar e vamos voltar a sorrir juntos – completou o camisa 11 em entrevista coletiva.

A fase ruim do Vitória começou junto com o Campeonato Brasileiro. Nesta sexta-feira, Osvaldo pontuou que a competição nacional está entre as mais difíceis do mundo. Ele também deixou um recado de apoio ao técnico Thiago Carpini, que em três jogos ainda não conseguiu vencer a primeira partida pelo novo clube.

– Acho que o futebol brasileiro está entre as ligas mais difíceis do mundo, um nível técnico muito alto. Mas assim, antes do Baiano, que a gente conseguiu o título, não tinha nenhum questionamento sobre nosso elenco. Lógico que quando vieram as derrotas, ninguém presta, desvalorizam as pessoas. Mas a gente sabe o potencial que a gente tem. O professor Carpini tem passado confiança para a gente. Tenho certeza que vamos nos fortalecer cada vez mais para conquistar as vitórias, e aí a gente volta a ser time de Série A, quem estava aqui do ano passado vai ser visto como jogador de Série A. Futebol é resultado, vitórias, vamos buscar elas – afirmou.

O melhor resultado de Carpini até agora foi o empate sem gols com o lanterna Cuiabá na última quarta-feira. Osvaldo usou a partida para apontar sinais de evolução no time e destacou o comportamento defensivo como algo positivo contra o Dourado.

– Difícil, né?! O professor chegou em um momento turbulento, que a gente não vem de vitórias. Então ele tem implantado a maneira que ele gosta de jogar, acho que nesse último jogo a gente conseguiu fazer muito bem, o time estava muito compactado. Se você pegar ali o jogo, a gente tomou poucas bolas entrelinhas. Fomos muito compactados dentro de campo, sabendo o que tinha que fazer taticamente. Agora é procurar evoluir tecnicamente cada um. A confiança é tudo no futebol, e só as vitórias vão trazer ela de volta – disse o camisa 11.

Osvaldo embarca com a delegação do Vitória para o Rio Grande do Sul na tarde desta sexta-feira. Nos próximos dias o time encerra a preparação para enfrentar o Juventude, em Caxias do Sul, às 19h da próxima terça-feira (horário de Brasília). O encontro é válido pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Clique aqui para ver a tabela completa.

Pressão e confiança para os mais jovens:
– Acho que já são 17 anos de profissional, a gente vive muitas coisas. Passar por essa situação em um grande clube é sempre uma pressão, mas ao mesmo tempo é um privilégio poder estar em um grande clube, em uma Série A. Claro que a gente não queria estar aqui falando de resultados negativos. Mas a gente tem saúde, nosso elenco é muito trabalhador e a gente tem tudo para dar a volta por cima. Temos tempo, jogos pela frente. A experiência que eu tenho para passar é ter tranquilidade no dia a dia. O trabalho está sendo feito. O professor Carpini chegou há pouco tempo, tem passado o que pensa para nossa equipe. A gente tem muito para crescer ainda na competição. Vamos conseguir dar a volta por cima, eu tenho certeza. Confio demais no nosso clube. Eu já disse que me sinto muito orgulhoso de fazer parte desta instituição, e o orgulho continua. Quando não vem o resultado, vem as críticas, mais coisas negativas, mas estamos aí firmes e fortes para reverter essa situação.

O que mais atrapalha?
– O futebol são as vitórias, né!? Quando não chegam as vitórias, chegam os questionamentos, começam a querer plantar muita coisa aqui dentro. Quando eu cheguei aqui ano passado a gente também vivia um momento turbulento, e eu falei que o que mudaria seriam as vitórias. Naquele momento a gente conseguiu as vitórias e retomou a confiança. A partir do momento que começar a vencer, as coisas voltam a dar certo. Quem não está com tanta confiança volta ter confiança e vamos seguir nosso caminho. É um caminho longo pela frente, mas eu confio totalmente no nosso grupo.

Pior momento no Vitória?
– Acho que a gente passou um momento muito turbulento ano passado, nas eliminações. Acho que foi o momento mais difícil desde que eu cheguei. O Vitória vinha subindo da Série C e a gente atravessou um período de eliminações. Tinham muitas dúvidas sobre como seria a Série B, mas deu tudo certo e a gente conseguiu a volta por cima. Na Série A temos passado um momento turbulento, mas se você pegar para ver, equipes como Fluminense e Corinthians também estão sofrendo na competição. E vai ser assim até o final. Jogos difíceis, mas aqui tem um grupo muito trabalhador, que quer reverter essa situação. Muitas vezes a gente nem consegue dormir com essas derrotas. Só o trabalho vai reverter tudo isso, para que a gente possa voltar aos caminhos das vitórias novamente.

Prefere jogar pela direita ou esquerda?
– Eu me adaptei bem jogando pelo lado direito, mas durante toda a minha carreira, onde fui destaque, onde cheguei à Seleção, foi jogando pelo lado esquerdo. Então também não tenho nenhuma dificuldade. Na direita ou na esquerda, vou estar pronto para desempenhar meu papel e ajudar o Vitória.

Sistema defensivo contra o Juventude:
– Acho que é um time compactado, uma equipe compacta sofre menos. Quem está lá na frente é que começa a pressão. Esse último jogo eu fiquei muito feliz porque nossa equipe jogou muito próximo um do outro e sofremos pouco. No futebol o erro faz parte, não vamos conseguir acertar sempre 100% da partida. Fiquei feliz com o que eu vi, agora é pegar esse jogo como referência para a parte tática, que a gente possa transferir para os próximos jogos. O trabalho está sendo feito, o Carpini está passando vídeos, eu tenho certeza que vamos continuar evoluindo para voltar a vencer.