Sem mágoa, Ronan lamenta afastamento e falta de chances no Vitória: "Saio de cabeça erguida"

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O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Artilheiro e um dos destaques do Campeonato Baiano 2021 pelo Atlético de Alagoinhas, o atacante Ronan chegou ao Vitória com expectativa de mostrar o seu potencial para o que considerou o maior desafio da carreira. Só que a grande oportunidade durou menos de cinco meses e, após ser afastado, decidiu rescindir o contrato com o clube e acertar o retorno ao Carcará.

Ao longo do período como jogador do Vitória, Ronan fez sete jogos, dois como titular, e não marcou gols. Com nenhum dos treinadores que passaram pelo Rubro-Negro (Rodrigo Chagas, Ramon Menezes e atualmente Wagner Lopes), o atacante conseguiu ter uma grande sequência em campo. Situação distinta da que viveu pelo Atlético de Alagoinhas, quando balançou as redes cinco vezes em 14 partidas, apenas duas como reserva.

A palavra não é arrepender porque realizei um sonho, estive lá e consegui desfrutar. Mas se eu pudesse voltar no tempo, hoje não sei se escolheria o Vitória por tudo que passei no clube. Acho que, em alguns momentos, fui injustiçado sim. Mas trabalhei bastante – afirmou Ronan.

No início de outubro, Ronan integrou uma lista com outros sete jogadores fora dos planos do Vitória para o restante da temporada. Na época, Wagner Lopes elogiou o jogador, mas explicou que deu prioridade aos atletas com respostas mais positivas.

Nesta sexta-feira, em entrevista ao ge, Ronan deu sua versão sobre o assunto. O atacante garantiu que não guarda mágoa do Vitória, mas afirmou que esperava mais oportunidades no clube ou "uma sequência de três, quatro jogos", para mostrar que tem qualidade. Sobre o retorno ao Carcará, o jogador de 26 anos afirma que um dos motivos pela escolha foi a possibilidade de rápida adaptação.

Veja abaixo a entrevista completa:

ge: como foi o afastamento no Vitória?

Ronan: foi um período bastante diferente do que eu vivi no primeiro semestre no Atlético. Mas eu sabia da dificuldade que ia ser, algumas coisas que ia encontrar. Não contava que fosse tão acima do esperado. Mas jogador tem que saber lidar com essas situações. Acho que deveria ter um pouco de oportunidade como com outras pessoas. Mas não aconteceu, é levantar a cabeça.

Pessoalmente, como se sentiu nesse período?

– Fiquei treinando normalmente, mas separado do elenco. Eu acho que foi experiência nova para mim, nunca tinha vivido algo parecido. O jogador se sente excluído sem saber que não vai fazer parte dos planos, ainda sabendo que pode somar. São escolhas que não cabe a nós, é fazer nosso trabalho.

2 de 3 Ronan foi artilheiro e um dos destaques do Campeonato Baiano — Foto: Divulgação

Ronan foi artilheiro e um dos destaques do Campeonato Baiano — Foto: Divulgação

Porque decidiu retornar para o Atlético de Alagoinhas?

– Tinham outros clubes atrás de mim. O Atlético, a gente pensou bastante, conversou com meus empresários, e resolveu ir porque foi onde eu vivi momento maravilhoso, a adaptação seria mais fácil, e eles têm calendário. Uma Copa do Nordeste vai ser importante para a minha carreira.

Wagner Lopes ou alguém da diretoria conversou contigo sobre o motivo do afastamento?

– Chegaram a comunicar. Mas explicações ou algo do tipo, não foram dadas. Não só foi explicação que estava sendo afastamento, não contaram mais a fundo.

Esperava mais chances no Vitória?

– Tinham outros clubes no começo do ano. Meu coração a todo momento pedia Vitória. E eu acabei escolhendo o Vitória. Vim com pensamento diferente de jogar, ser feliz no clube. Não tive oportunidade que deveria ter tido. Sempre brincava que precisava de três, quatro jogos seguidos para ter chance de dar alegria para a torcida. Não consegui, faz parte do futebol. Saí de cabeça erguida, fiz meu melhor, corri, lutei. Infelizmente, tem coisas que não cabem a nós.

O que faltou para repetir o nível de atuação que você teve no Atlético de Alagoinhas no Vitória?

– Eu penso que faltou sequência. Sou jogador que sou forte no drible, no um contra um, velocista. Para decidir um jogo em 20, 15 minutos, é uma dificuldade enorme, ainda mais com o futebol bem evoluído. O que eu queria mesmo para mim era sequência, sempre pensei nisso. Falei para os meus empresários que com uma sequência de três, quatro jogos, eles iam ver que tenho qualidade.

Depois de tudo que passou, está arrependido de ter acertado contrato com o Vitória?

– Era um sonho de criança vestir uma camisa pesada e gigantesca com o Vitória. A palavra não é arrepender porque realizei um sonho, estive lá e consegui desfrutar. Mas se eu pudesse voltar no tempo, hoje não sei se escolheria o Vitória por tudo que passei no clube. Acho que, em alguns momentos, fui injustiçado sim. Mas trabalhei bastante. Se tivesse outra oportunidade, acho que voltaria novamente. É um clube gigante e merece meu respeito pela oportunidade que me deu, torcida é maravilhosa, não tenho palavras para agradecer. Me abraçaram de uma forma como se eu tivesse jogando, fazendo gols. Fico feliz, não me arrependo de nada. Até porque, como falei, é uma oportunidade gigante.

Apesar de você jogar pouco, a torcida cobrava nas suas redes sociais mais oportunidade. Como isso chegou a você?

– Me empolgava porque sabiam o quanto eu podia render e estava trabalhando muito para quando tivesse oportunidade. Não foi possível ter sequência, mas deixo meus agradecimentos. Agradeço a torcida do Vitória por todo apoio. Eu queria ter oportunidade de dar alegria a eles fazendo gols. Infelizmente não foi possível.

Os técnicos que passaram pelo Vitória ao longo do ano explicaram a falta de oportunidades dada a você?

– Não, nunca tive uma justificativa. Aconteceu naturalmente. Como falei para você, tem coisas que não cabem a nós atletas. Temos que nos esforçar, e o treinador observa para botar quem achar melhor.

Guarda alguma mágoa do Vitória?

– Acho que não. Não guardo mágoa. Fiquei triste por situações, falta de oportunidade. Se o jogador não fica chateado, sentir, tem que parar de jogar futebol. Se não tiver jogando, tem que continuar trabalhando, tem que ficar bolado mesmo. Não, acho que não. Saio com a cabeça erguida pela porta da frente. Mas eu não guardo mágoa.

3 de 3 Ronan fez sete jogos pelo Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Ronan fez sete jogos pelo Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Voltaria a jogar no Vitória?

– É uma pergunta difícil, mas quem sabe no futuro próximo eu possa vestir a camisa novamente

Neste seu final de passagem pelo Vitória, circulou um vídeo seu jogando na várzea. O que pode dizer sobre esse episódio?

– Não gostaria de comentar. A única coisa que gostaria de esclarecer que não foi decisão por outra atitude, mas uma rescisão amigável. Eu pedi, o clube acatou. Pedi a rescisão. Já tinha pedido antes. Estávamos no acordo. E só esclarecer, porque eu vi a imprensa colocando como se o Vitória tivesse rescindido por justa causa, algo que não existe. Foi amigável. Eu achei que não era o momento de eu ficar porque eu queria espairecer, voltar para casa já que não seria utilizado. Vitória acatou, foi muito respeitoso. Está tudo certo, não guardo mágoa. Tenho vários amigos e estou na torcida para que o time continue na Série B.

Qual recado você quer deixar para a torcida do Vitória?

– Recado é dizer que eu tenho muita gratidão por ter vestido e conseguido honrar um pouco o manto que vocês tanto amam. E dizer muito obrigado por todo apoio em todos os momentos. Estou orando e torcendo para que o clube volte a viver aqueles momentos de glórias que estão eternizados de acesso para Série A. Quem sabe no futuro próximo possa dar alegria. Alegria por falta de oportunidade que não pude dar agora.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/sem-magoa-ronan-lamenta-afastamento-e-falta-de-chances-no-vitoria-saio-de-cabeca-erguida.ghtml


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