Pausa no futebol e recomeço com título no Vitória: Wellington Nem passa carreira a limpo

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O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Wellington Nem e o Vitória têm um ponto em comum nos últimos anos: a superação. Cria de Xerém, o atacante surgiu como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, em 2011, e, dois anos depois, foi vendido pelo Fluminense ao Shakhtar Donetsk por R$ 25 milhões. Por outro lado, assim como o Leão, o jogador teve seus momentos de baixa e de "sumiço" do cenário nacional. Mas, em 2023, tudo mudou para os dois, com a inédita conquista da Série B.

Crônica rubro-negra: do fundo do poço ao título da Série B

Após ser vendido para o Shakhtar, Nem retornou ao futebol brasileiro, em 2017, para defender o São Paulo, por empréstimo. Depois, voltou ao clube ucraniano, até rodar por outras equipes brasileiras: Fluminense, Fortaleza e Cruzeiro, e jogar novamente no velho continente, desta vez pelo Arouca, de Portugal.

E foi em Portugal, na temporada 2021/2022, que Wellington Nem teve o seu maior momento de baixa. Por lá, ele não teve sequência e fez só um jogo até decidir dar uma pausa na carreira para resolver questões pessoais. Somente oito meses depois, já defendendo o Vitória, que ele voltou a campo.

Quem sabe jogar não desaprende. Quando eu fiquei parado foi por opção minha, não foi por proposta ou nada do tipo. Eu fiquei seis meses resolvendo questões particulares”.
— Wellington Nem

– Quando eu cheguei no Vitória eu acho que quem estava ainda era o Edgard [Montemor, ex-diretor]. Quando eu cheguei eu estava seis meses parado e buscando manter a forma e o ritmo de jogo. Antes do Ítalo Rodrigues chegar, eu fiz quatro jogos e fui muito bem. Joguei como titular contra o Ceará, pela Copa do Nordeste, depois de muito tempo. Eu sabia que era questão de tempo, era só ter oportunidade para as coisas voltarem a fluir – disse Nem em entrevista ao ge.

Wellington Nem ergue a taça de campeão da Série B após jogo contra o Sport — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

E Wellington Nem conseguiu provar que não desaprendeu. O atacante foi importante para o Vitória, principalmente no primeiro turno da Série B. E mesmo quando ficou no banco de reservas, o jogador foi uma peça recorrente do técnico Léo Condé. Ao todo, ele fez 30 partidas pelo time (13 como titular), com dois gols e três assistências.

O resultado disso foi o título inédito da Série B, a primeira conquista nacional do Rubro-Negro em 124 anos de história. A taça agora se junta a outros tantas conquistados por Wellington Nem ao longo da carreira. Ele foi campeão da Série A em 2012, pelo Fluminense. Depois, no Shakhtar, foi multicampeão da Liga Ucraniana e da Taça Ucrânia.

– Todo troféu tem seu lugar. O título brasileiro pelo Fluminense foi especial, ainda mais pra mim, formado na base do clube. Ficou marcado na minha história. Em segundo lugar vem esse título com o Vitória. O primeiro título nacional, e eu pude participar dessa campanha e ficar na história do clube. Vai ficar no meu segundo lugar – revelou o jogador.

Por aí já dá pra perceber que Wellington Nem tem muita coisa para contar sobre sua jornada no mundo da bola. E foi exatamente isso que ele fez em entrevista ao ge. Ele, inclusive, pode ter feito o seu último jogo pelo Vitória na partida contra o Sport. Ele foi poupado e não está relacionado para o jogo contra a Chapecoense, neste sábado. Em fim de contrato, ainda não sabe se fica em 2024.

Wellington Nem em entrevista ao ge — Foto: Reprodução

Confira outros trechos da entrevista com Wellington Nem:

Em entrevista ao Segue o BAba, em julho, o diretor de futebol Ítalo Rodrigues citou seu envolvimento durante os treinos, mesmo quando não era relacionado para as partidas. Ele disse que você dava bronca, cobrava e tinha muita vontade. De onde tirou tanta motivação? Era a vontade de retornar ao gramados?
Wellington Nem
– Eu sou um cara muito trabalhador. Quando eu estou no clube eu dou meu máximo, para estar sempre bem. Quando eu sair, eu quero estar de cabeça tranquila, sabendo que eu fiz o melhor que eu pude. Quando eu chegava em casa, eu também trabalhava por fora com meu preparador físico, sempre esperando a oportunidade. Eu sabia que ia chegar a hora. Quando fui contratado, eu estava preparado para atuar e assumir a titularidade naquele momento do campeonato.

Acha que pode ser uma peça importante para o Vitória na Série A? Como estão as conversas por renovação?
– A gente ainda vai conversar. A diretoria e meu agente. Vamos ver o que vai ser melhor para as duas partes. Pensamento é ficar. Vamos ver o que acontece. Entregar na mão de Deus e ver o que é melhor para todas as partes.

Você já trabalhou com muitos técnicos de sucesso, como o Abel Braga e o Fernando Diniz. Para você, entre todos os treinadores, qual o diferencial de Léo Condé?
– A gestão de grupo foi muito boa nesse período que a gente conviveu. Não teve nenhum atrito ou confusão. A preparação física também foi excelente para mantermos a forma e o ritmo de jogo. Em todo jogo os atletas chegavam muito bem, voando. E o grupo todo trabalhava, focado em um só objetivo. Condé não nos deixava desviar desse objetivo em nenhum momento, para buscar o acesso e o título.

Você despontou como uma grande promessa no Fluminense e logo foi para o Shakhtar Donetsk. Quando voltou ao Brasil, em 2017, o desempenho não foi o mesmo e caiu de rendimento em passagens pelo Fluminense, Cruzeiro e Fortaleza. O que houve?
– Quando eu voltei em 2017, para o São Paulo, tive duas lesões no joelho que me atrapalharam bastante. Comecei bem a pré-temporada, mas, no início do Brasileiro, eu me lesionei. Isso me atrapalhou. Quando eu voltei para o Fluminense, agora em 2019, o time não era tão bom, estávamos brigando contra a zona de rebaixamento. Depois teve troca de comando. Quando eu cheguei era o Diniz, quando estava começando a jogar com ele, foi mandado embora. Aí veio o Osvaldo, que também não demorou muito para sair e foi substituído por Marcão. As trocas de comando atrapalharam bastante. A sequência de jogos também pesou. Voltei de férias do Shaktar Donetsk e já emendei alguns jogos. Mas as trocas de comando me atrapalharam muito. No Cruzeiro, o time estava brigando para não cair [para a Série C], mas logo quando Luxemburgo assumiu ele me deu oportunidade. Me deu moral e confiou em mim. Eu fiz bons jogos, mas não tive sequência.

– Agora no Vitória, eu tive tempo para me adaptar, para trabalhar. Não teve troca de comando, foi um técnico só. Isso tudo foi muito importante. A pré-temporada de 40 dias também foi fundamental. Foi um ano que não tive lesões. Acho que se eu perdi um treino esse ano foi muito. Quando eu estava agradecendo ao fisioterapeuta eu disse: “Desculpa por ter dado trabalho”. Mas ele avisou: “Não, você não deu trabalho nenhum. Não passou uma vez por lá, pô”. Isso tudo foi essencial, e terminar o ano desse jeito foi top!

Wellington Nem durante treino do Vitória — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Explica melhor como foi a preparação física do elenco para a Série B.
– Quando eu cheguei ao Vitória, eu já cheguei bem fisicamente. Eu estava trabalhando muito. Quando viesse a oportunidade queria estar preparado. Esse tempo de 40 dias foi muito importante para a caminhada. Trabalhamos na academia, parte física, parte técnica, com a fisiologia… Eu fazia trabalhos por fora também, com meu preparador físico. Mantive uma dieta boa também. Isso foi importante para manter todo mundo bem. Pra mim foi excelente esse tempo que tive para chegar bem na Série B.

Você tem um filho pequeno torcedor do Fluminense. A escolha dele foi de forma espontânea ou teve um dedo do pai?
– Quando eu passei pelo São Paulo ele era muito novo. Ele tinha poucos meses. Quando eu voltei para o Fluminense ele estava maior, já sabia o que queria. Ia nos treinos comigo e foi no Maracanã também. Mas por todo time que eu passei, Cruzeiro, Fluminense, Vitória ele teve um carinho muito grande. Mas ele torce para o Fluminense, tricolor doente. Porém, o carinho que ele tem pelo Vitória e Cruzeiro é grande. Quando veio treinar na escolinha do Vitória, todo mundo gostou, os roupeiros, a diretoria, o Léo Condé, todo mundo tinha um carinho por ele. Antes do jogo contra o Criciúma, o Condé perguntou: “Cadê o Miguelzinho? Traz ele aqui”. Então acho que foi um momento que vai ficar marcado na vida dele.

Depois de ter passado por duas eliminações doloridas na Libertadores, em 2012 e 2013, você viu o Fluminense fechar as cicatrizes agora em 2023 com o título inédito. Você e seu filho acompanharam a final da Libertadores?
– A eliminação mais dolorida foi contra o Boca Juniors, em 2012. Fizemos a melhor campanha da primeira fase, tínhamos o melhor time. Contra o Boca a gente estava muito desfalcado. Eu entrei faltando dez minutos, estava voltando de lesão, o Deco estava machucado, o Fred machucado e o Carlinhos voltando de lesão. Acho que se a gente estivesse com o time completo a gente com certeza ia chegar na final contra o Corinthians com grandes chances de ser campeão, porque nosso time era muito bom. Em 2013, na eliminação para o Olimpia, foi uma exceção. Nosso time continuou muito bem. Com certeza assisti ao jogo da final este ano. Vi aqui em casa e tinha certeza que o Fluminense seria campeão. Tem um time muito bom. Estava torcendo pelo Diniz também, é um grande treinador e uma grande pessoa. Estava torcendo pelo Fluminense, por todo mundo que estava ali e também por ser um sonho do torcedor.

Vou te colocar em uma situação difícil agora. Se fosse para escolher um atacante, iria de Fred ou Germán Cano?
– Cara, como eu joguei com o Fred eu vou escolher o Fred. Mas é difícil a escolha, são dois grandes jogadores.

Já circularam fotos suas com cavalos nas redes sociais. Curte andar a cavalo? Pratica o hipismo? O que mais gosta de fazer no seu tempo livre?
– Eu gosto de viajar com minha esposa. Tenho muitos amigos no meio do cavalo mangalarga marchador, tenho muitos amigos no haras Porteira Azul, Fazenda do Sol e muitos outros. Tem vários haras onde eu criei amizade. Eu adoro andar a cavalo, traz paz, tranquilidade e contato com a natureza. Gosto muito de andar a cavalo. Esqueço todos os problemas do campo e da vida pessoal, e é uma coisa que eu gosto muito. Nessas férias eu vou aproveitar para viajar, andar de cavalo e depois voltar a treinar firme.

Wellington Nem demonstra sua paixão por cavalos nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Qual a diferença da sua prática para o hipismo? Faz só por lazer mesmo?
– Eu faço mais por lazer mesmo. Mas eu gosto de ver competições também. Quando tive uma folga fui a Belo Horizonte ver o nacional do cavalo, com mangalarga marchador. É um evento incrível para quem gosta de cavalo. É como se fosse uma copa do mundo dos cavalos.

O que será de Wellington Nem daqui pra frente? Tem algum título que pretende ganhar ainda?
– Quero ganhar qualquer campeonato que eu participar. Vou dar meu máximo para conquistar títulos. Não tem nada melhor do que ser campeão e ver seu trabalho ser glorificado com título é especial. É uma alegria imensa que a gente tem. Ver torcedores emocionados. Queria ser campeão da Série A de novo, ser campeão da Libertadores… Títulos que possam ficar marcados na história do clube e na minha história.

Acha que o Vitória pode chegar lá?
– Acho que sim. Se continuar caminhando do jeito que está. Chegar na Série A, manter os pés no chão e construir um grande elenco com a base do elenco que está, eu acho que a gente consegue chegar lá. Temos o exemplo de superação do Fortaleza, que saiu da Série C para a final da Sul-Americana. Temos que fazer as coisas certas. E a sinergia entre a torcida e o clube faz as coisas fluírem.

*Estagiário sob supervisão do editor Ruan Melo

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2023/11/24/pausa-no-futebol-e-recomeco-com-titulo-no-vitoria-wellington-nem-passa-carreira-a-limpo.ghtml


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