Osvaldo avalia função como falso 9 no Vitória, mostra alívio ao marcar e tranquiliza sobre substituição

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A importância de Osvaldo para o Vitória fica claro nos números. Ele é o jogador com mais participações em gols do Leão na Série B, com nove, e o maior garçom da competição, com seis assistências até aqui. Escolhido para conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira, o atacante mostrou alívio em voltar a balançar as redes.

– Sempre importante estar fazendo gol, ainda mais para um atacante. Realmente, foi um jogo muito truncado. Léo Condé acabou treinando durante a semana espelhando o que o Novorizontino iria propor no jogo, e, graças a Deus, treinamos bem essas arrancadas, esses facões rápidos. Tivemos chances de ampliar logo após meu gol, com Wellington Nem. Depois a gente teve outra escapada com Mateus Gonçalves. Acho que a gente ficou uma equipe muito rápida. Lógico que é a primeira vez que a gente joga nesse sistema, com três caras rápidos na frente, de velocidade. Aliviado por estar voltando a marcar, sempre uma satisfação muito grande, ainda mais diante do nosso torcedor.

Para voltar a marcar pelo Leão, Osvaldo atuou de uma forma diferente pelo Vitória, como falso 9. Contra o Novorizontino, o técnico Léo Condé mandou a campo um time com três zagueiros e sem centroavante de ofício.

– Proposta diferente que o professor Léo Condé trabalhou com a gente durante a semana. Me chamou. Atuei bastante como segundo atacante, mas não de 9. Mas foi um falso 9, saindo da área, trocando de posição com o Wellington Nem e com o Mateus. Nossa movimentação foi interessante, e me senti bem por estar mais perto do gol. Consigo finalizar com a esquerda e com a direita. Ponto positivo é que vou estar mais perto do gol. Jogando de ponta, não estarei tão perto do gol. Nos meus últimos dois jogos de ponta, nem finalizei em gol, não lembro. Mas de falso 9 se aproxima mais do gol, isso é um ponto positivo.

O atacante ainda deu um susto na torcida ao ser substituído na última partida com dores na panturrilha. Osvaldo explicou que a saída foi por precaução e espera estar em campo nesta quarta-feira, contra o Sport.

– Então, com a sequência de jogos, treinamentos, a gente acaba tendo um desgaste muito grande, e ontem acabei sentindo no final do primeiro tempo. A panturrilha esquerda deu uma pesada. Precaução. Como já tinha machucado uma vez, se não me engano em 2019, falei para a comissão que era melhor segurar para não ter risco de lesão mais grave. Mas creio que na quarta-feira estarei bem, já acordei bem, conseguindo andar sem dor. Espero que possa estar à disposição para ajudar o Vitória nesse jogo que vai ser muito difícil.

"Saí sentindo a panturrilha no último jogo, hoje me deu resposta positiva, acordei melhor. Amanhã me apresento e vou ver se consigo treinar sem dor. E se treinar sem dor vou estar à disposição".

O jogo contra do Leão da Ilha é mais um do Vitória diante de rivais diretos na luta pelo acesso. O Sport aparece na 3ª posição na tabela de classificação, com 32 pontos, um a mais que o time baiano, 4º colocado.

– Jogo difícil. Sport é uma equipe muito forte jogando diante do seu torcedor, assim como a gente é muito forte aqui. A equipe que tiver mais concentrada e mostrar mais disposição nos duelos vai ter grande vantagem para sair com o resultado positivo. Creio que a gente vai conseguir impor nosso jogo lá e conseguir sair de lá com um bom resultado. Jogo de seis pontos, fora de casa é difícil, mas temos totais condições de fazer um grande jogo – avalia Osvaldo.

As duas equipes medem forças às 21h30 (horário de Brasília), na Ilha do Retiro.

Queda de rendimento
– Isso é normal, não são em todos os jogos que vamos dar uma resposta positiva tecnicamente. Oscilações vão acontecer. Tenho procurado sempre me cuidar, desempenhar meu papel nos treinamentos, no dia a dia. Como falei, lógico que tem desgaste físico, mental, isso também conta muito. Estou me sentindo bem. Não são em todos os jogos que vou chegar, fazer gol e dar assistência, vão ter jogos que não vou conseguir, mas nunca vou deixar de tentar e vou estar sempre lutando para melhorar cada vez mais.

Volta ao G-4
– Quando você vem com a campanha de nove jogos mantendo liderança, de repente se vê fora do G-4, lógico que a cobrança é grande. Você jogar numa equipe como o Vitória, torcedor quer sempre ver o Vitória na ponta da tabela, brigando por liderança. Lógico que, quando não vem a vitória, confiança perde um pouco, mas não perdemos internamente que cada um é importante, todo mundo aqui acredita um no outro. Na comissão técnica, e vice-versa, e assim, graças a Deus fizemos os gols, gols trabalhados durante a semana, movimentações a gente fez bastante no treino de quinta e sexta-feira, facões curtos, bola para trás, tudo bem trabalhado. Cobrança do Wellington Nem, na cabeça [de Camutanga], jogada trabalhada. Às vezes não dá certo, equipe adversária dificulta, mas não vão vai faltar nunca trabalho e dedicação.

Equilíbrio na briga pelo acesso
– Com certeza, Série B sempre muito equilibrada. Esse ano o sarrafo de pontuação tem sido muito alta. Pegando a Série A, estaríamos na vice-liderança e distantes do sexto colocado. Vai se decidir faltando entre cinco e dez rodadas, o importante é a gente estar no bolo e, faltando dez rodadas, dar o sprint final. Corrida que precisa ter tranquilidade, mental forte e, acima de tudo, grupo competitivo e qualidificado, e é isso que vejo aqui no Vitória. Jogadores chegando que têm demonstrado que vão ajudar bastante. E espero que a gente possa brigar até o final, e o torcedor pode continuar acreditando que vamos conseguir esse acesso para carimbar com chave de ouro esse ano que começou difícil e vai terminar feliz.