Geninho confirma bronca no intervalo e explica improvisação de Jean em “jogo decisivo”

Geninho confirma bronca intervalo

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Vitória goleou o River-PI por 4 a 1 na tarde deste domingo — Foto: Letícia Martins / Divulgação / EC Vitória

O Vitória goleou o River-PI neste domingo, no Barradão, pelo placar de 4 a 1, pela 7ª rodada da Copa do Nordeste. Porém, o placar dilatado não quer dizer que tudo saiu conforme os planos do técnico Geninho. Na primeira etapa, o time não teve atuação vistosa e saiu para o intervalo com a vantagem de apenas um gol. Foi preciso uma bronca do treinador para a equipe acordar e construir a goleada, que coloca o Rubro-Negro na 2ª colocação do Grupo B.

– Eu achei que nosso primeiro tempo foi muito abaixo do que o Vitória pode produzir. Sabíamos que era um jogo decisivo para nossas pretensões, precisávamos de uma vitória para ter chance de classificação que podia acontecer hoje ou que tivesse chance na próxima rodada. O time entrou abaixo do que pode jogar. Falei a eles que, num grupo de 11, sete ou oito jogadores estavam jogando muito abaixo do que normalmente jogam. Falei hoje que, se eu tivesse que trocar um ou dois, faria uma injustiça com vários, porque o time estava abaixo. Única coisa boa foi o gol, que evitou que o time saísse debaixo de vaia. A torcida começou a jogar junto, mesmo nos erros, a torcida entendia e vinha junto. No primeiro tempo, isso não aconteceu. Aquele gol no final deu uma acalmada. Aí conversamos, expus a eles algumas coisas. O time voltou com outra postura, outra forma de jogar, mesmo ainda errando um ou outro lance, erros normais de acontecer, ninguém é infalível, nós fizemos um placar tranquilo. Isso demonstrava que, se o time tivesse jogado o jogo todo bom, placar poderia ser maior. Não foi, porque fizemos primeiro tempo abaixo do que podemos. Segundo tempo foi melhor, outro jogo. Mesmo time e outro jogo. O importante é o resultado, que estamos vivos na competição, dependendo só das nossas forças. Vamos jogar.

A escalação de Geninho para a partida deste domingo gerou surpresa. Diante dos desfalques na defesa, o técnico decidiu improvisar o volante Jean como zagueiro. A medida já visava a partida contra o Ceará, que estava marcada para quarta-feira, pela Copa do Brasil, mas acabou suspensa por decisão da CBF, em resposta a pandemia de coronavírus.

– Porque eu não sabia da possibilidade do adiamento do jogo quando trabalhei com Jean. Hoje já se falava na possibilidade de não haver jogo. Porque, se tivesse jogo na quarta, não ia ter o João Victor. Minhas chances de Maurício (Ramos) eram muito pequenas. Muito temeroso jogar contra o Ceará com dois garotos na zaga. Ia ter o John e Carlos. Como Jean teve origem de zagueiro, ele foi mais zagueiro que volante, optei por dar rodagem de zagueiro para que, na quarta, jogasse Jean e John. Com mais tempo, de repente, a gente tenha a recuperação de alguém, Gabriel vindo. Pode passar a ter mais opções. Mas início de Jean de zagueiro foi pensando já na quarta-feira – disse o treinador.

Apesar da goleada, o Vitória não conseguiu a classificação antecipada para as quartas de final da Copa do Nordeste. Com 13 pontos, o Rubro-Negro ainda pode ser alcançado pelo Santa Cruz, primeiro time fora do G-4. Geninho considera que, embora a vaga não esteja garantida, a situação está “bem encaminhada”.

– Eu gostaria que o Sport tivesse empatado com o Ceará, aí as coisas estariam tranquilas. Mas estamos com boas chances. Dependemos nosso resultado, o que é muito bom. Não depender de ninguém é muito bom. Se fizermos bom jogo, temos totais condições de bom resultado em João Pessoa. E podemos ser beneficiados com resultado paralelo. Hoje era importante, nos daria chance de ter classificação definida, se houvesse resultado que nos favorecesse entre Ceará e Sport, ou encaminharmos a classificação. Acho que encaminhamos bem a classificação. Nós atingimos uma possibilidade. Temos agora um pouco mais de tranquilidade.

A equipe principal do Vitória ainda não sabe se atuará no próximo fim de semana, pela Copa do Nordeste. O Rubro-Negro tem partida marcada para sábado, às 16h, contra o Botafogo-PB, mas aguarda definição da Liga do Nordeste sobre a possibilidade de suspensão do jogo.

Confira outras declarações de Geninho

Escalação com três volantes
– No primeiro tempo, o Guilherme não estava mais à frente. Apesar de ser quase um meia, ele vem fazendo quase um primeiro volante, vem no bico do triângulo invertido para o meu gol. Normalmente, era Rodrigo e Fernando, Magrão e Fernando, cada um por um lado. Mas hoje tivemos desacerto muito grande. Essas peças já jogaram juntas, produziram mais do que hoje. Não foi só o meio não. Tivemos vários outros jogadores que não jogaram. Falei de uns sete ou oito muito abaixo do que poderiam. Não teve muita gente que se salvou no primeiro tempo, talvez João Victor, o goleiro e eu teria que pensar um pouco para citar mais alguém. Segundo tempo foi melhor, todas as peças cresceram. Eu não mudei o posicionamento, mas o meio começou a jogar, bola parou de queimar. Houve aproximação de um com outro. Gols saíram como a gente trabalha. Primeiro tempo completamente diferente do que trabalhamos. Tivemos duas bolas de fundo cruzadas e ninguém entrou no primeiro pau. No segundo, Magrão cruzou, um entrou e fez o gol. Então quando você executa bem o que trabalha na semana, sua chance de fazer gol é maior. Quando você tenta fazer o que faz no dia a dia chance de resultado é maior. No primeiro tempo, muita coisa errada. Não foi só meio. Também meio-campo. Próprio Guilherme errou algumas coisas que normalmente não erra; não foi o pior jogo dele, porque melhorou no segundo tempo, mas foi o pior tempo dele desde que cheguei, com erros crassos, fáceis de não cometer. Quando acontece isso, você perde o jogo. A sorte é que acordamos no segundo tempo e tivemos condição suficiente de fazer o resultado. Se você faz um jogo todo bom, poderia ter jogo mais tranquilo e com placar até maior.

Equipe sem meia
– Estamos jogando assim desde que voltamos à atividade, a postura tem sido essa. Não temos meia de chegada, o jogador que mais fazia isso está fora do time, que é o Fernando [Neto]. Ele fazia um pouco o meia. Depois da saída dele, viemos com três homens de meio. Às vezes, alternamos o nome. Às vezes, Guilherme joga pelo meio, Magrão pelo lado esquerdo, Rodrigo pelo direto. Não temos ainda um meia que encoste no atacante, de organização, para que mude a maneira de jogar. Pode, de repente, mudar e jogar com dois volantes e um meia. Essa é a maneira de o time jogar. Fizemos alguns jogos muito bons assim. O que aconteceu hoje foi que cansamos de errar. Nenhum dos três homens de meio estavam bem. Hoje estávamos, no primeiro tempo, com três muito abaixo do que podem jogar. Quando acontece isso no setor mais importante do time, a tendência é que tenha queda muito grande. Erramos passe curto, bola enfiada, virada de jogo, lançamento. Tivemos erros em praticamente todos os fundamentos do meio do campo.

Saída de Rend
– Quem também ia entrar no jogo era Eduardo, se o Guilherme não sente joelho. Nós já estávamos conversando, ele ia entrar no meio. Quando estávamos conversando para chamar, Guilherme sentiu o joelho. Ideia é continuar dando chance a essa garotada sempre que possível, seguir a planificação que hoje o Vitória tem de continuar voltando às suas origens, revelar pessoal da base. Garotos têm que fazer o que Tenório fez. Teve chance? Aproveite, mostra a qualidade. Ele vai ganhando ponto para ser aproveitado outras vezes e, de repente, ganhar até a titularidade.

Calendário apertado
– Normalmente, não são lesões muito graves. São lesões pequenas. Às vezes, acontece por alguns motivos. Algum jogador que vem inativo e de repente… Treinar é uma coisa, jogar é outra. Esforço do jogo é completamente diferente do treinamento. Treinamento você controla. No jogo, ele tem que rodar 100%. Quem vem com paralisação grande de atividade, de repente começa a jogar uma, duas, na terceira sente alguma coisa. Outro motivo que temos que levar em conta é sequência de jogos com viagem. Se for ver, estamos jogando quarta e domingo com viagens malucas. Complicado. Só exemplo: se o campeonato não tivesse paralisado, estaríamos treinando amanhã para jogar quarta. Nem sempre você ainda dá a um jogador que vem jogando sequência grande, caso de Maurício, Fernando, esses que vêm jogando seguidamente, você dá o descanso que ele precisa. Mas todo mundo está atento. Não é minha área, mas a gente procura conversar e entender. Temos o departamento [médico] muito bem formado, orientado. Estamos tentando de tudo para minimizar esses acontecimentos, que acabam atrapalhando, mesmo que seja lesão de uma semana, 10 dias. Como estamos jogando três vezes na semana, você perde o jogador em três jogos. Então é muito ruim.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/geninho-confirma-bronca-no-intervalo-e-explica-improvisacao-de-jean-em-jogo-decisivo.ghtml


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