Fator azul: com queda do Cruzeiro, clubes apostam em vaga a menos na luta pelo acesso à Série A

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Após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, pela última rodada do Brasileiro, o Cruzeiro terminou a temporada rebaixado pela primeira vez – com 36 pontos, em 17º lugar. Será, em 2020, o sétimo clube do G-12 a disputar a Série B no formato atual. Desde que passou a ser composta por 20 equipes, em 2006, oito edições do campeonato tiveram participação de um clube com maior receita, e um fator chama a atenção: todos eles subiram ao fim da temporada. Muitos apontam que os acessos são motivados por cotas financeiras mais altas, valorização de patrocinadores e maior número de sócios. No próximo ano, outras equipes tradicionais como América-MG, Chapecoense, Náutico e Vitória estarão na briga pelas quatro vagas que levam à elite do futebol brasileiro. Mas qual o impacto de ter um gigante, como a Raposa, na disputa?

Durante as 14 edições da Série B, como é disputada nos moldes atuais, participaram Atlético-MG, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Botafogo e Internacional. Todos foram campeões. Somente o Cruz-Maltino que, em duas das três vezes que disputou a Segunda Divisão, subiu como terceiro colocado. Vale ressaltar que, quando rebaixado, em 2011, o Athletico trabalhava com um orçamento inferior aos dos clubes de maior investimento.

A disputa pelo acesso a Série A com 20 clubes na Segunda Divisão

Campeonato Clube do G12 na disputa Colocação Quem subiu Quem ficou de fora
Série B 2006 Atlético-MG Campeão Sport, Náutico e América-RN Paulista-SP
Série B 2007 Sem times do G12
Série B 2008 Corinthians Campeão Santo André, Avaí e Barueri Ponte Preta
Série B 2009 Vasco Campeão Guarani, Ceará e Atlético-GO Portuguesa
Série B 2010 Sem times do G12
Série B 2011 Sem times do G12
Série B 2012 Sem times do G12
Série B 2013 Palmeiras Campeão Chapecoense, Sport e Figueirense Icasa
Série B 2014 Vasco 3º lugar Joinville, Ponte Preta e Avaí América-MG
Série B 2015 Botafogo Campeão Santa Cruz, Vitória e América-MG Náutico
Série B 2016 Vasco 3º lugar Atlético-GO, Avaí e Bahia Náutico
Série B 2017 Internacional Campeão América-MG, Ceará e Paraná Londrina
Série B 2018 Sem times do G12
Série B 2019 Sem times do G12

Em meio ao histórico desses clubes na briga da Série B, o jornalista e especialista em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, aponta o patamar técnico como um fator determinante no desempenho do Cruzeiro para o próximo ano.

"A gente tem um Cruzeiro que, mesmo com suas dificuldades financeiras, deve ter uma vida razoavelmente fácil na Série B. Porque mesmo caindo, devendo, ainda vai ter capacidade de contratar jogadores melhores e mais caros do que quem está na Série B. Isso não muda. Teria que estar num estado muito mais catastrófico para que isso fosse um problema."

Depois de disputar por seis anos a Série A e sofrer o primeiro rebaixamento da história do clube neste ano – ao terminar em 19º -, a Chapecoense pondera o cenário de 2020. Para o gerente de futebol, Michel Gazola, o desempenho do adversário também dependerá do quadro financeiro que vive. Apesar de, em teoria, enxergar uma vaga a menos entre os quatro primeiros colocados.

– É um impacto grande, porque esses clubes sempre gera expectativa de que tenha mais recursos para investir. A diferença é dentro de campo, mesmo. Tem um nível técnico que está fora do padrão da Série B. Apesar de que, dependendo do clube, pode vir com muitas dívidas. Então vai depender de como os dirigentes vão administrar. Mas vejo como uma vaga a menos, teoricamente, para acesso. A competitividade fica muito maior.

Michel Gazola (centro) gerencia o futebol da Chapecoense — Foto: Márcio Cunha/Chapecoense

O Cruzeiro, por sua vez, chega para a Série B com uma dívida na casa dos R$ 650 milhões. O clube está sendo investigado pelo Polícia Federal, Civil e Ministério Público pela suspeita de lavagem de dinheiro por parte dos dirigentes. E ainda não existe previsão de como essas dívidas serão sanadas. De acordo com o vice-presidente executivo do Cruzeiro, Marco Antônio Lage, o clube iniciou o ano com cerca de 50 mil sócios adimplentes. Mas termina a temporada com 26 mil, aponta o diretor Zezé Perrella – que se corrigiu após registrar apenas 6 mil no quadro.

– O Cruzeiro chega num cenário financeiro horroroso. No ano passado, passou do meio bilhão em dívidas, certamente perdeu receita e continuou gastando. Digo certamente, e não com certeza, porque a gente não tem balanços financeiros parciais dessa temporada. Mas vendo o que a gente viu em campo, é muito provável que ele tenha perdido receita – afirmou Rodrigo Capelo.

Após terminar a Série B 2019 em 12º colocado, o Vitória segue para mais um ano na Segunda Divisão. Para o gerente de futebol do clube, Alarcon Pacheco, outro fator que será determinante na disputa do campeonato é a mudança no sistema de cotas, implementada desde o início deste ano.

– Tem diversos ângulos a serem analisados. É um clube de tradição, de camisa. Mas tem uma coisa nova, que é por exemplo a cota financeira do clube cai, ela passa a ser igual. Então não é como funcionava antes. Isso deixa mais igualitário. O clube vai ter que se adequar para viver com aquela cota. Mas é uma equipe que naturalmente é dada como certa ao retorno à Série A.

Gerente Alarcon Pacheco e o presidente Paulo Carneiro, do Vitória — Foto: EC Vitória / Divulgação

A diferença para a qual o gerente de futebol do Vitória chama atenção é o fato de que, até o ano passado, os clubes da Série A, quando rebaixados, herdavam a cota financeira fixa da Primeira Divisão. O novo sistema de cotas adotado, que passou a valer em 2019, acabou com esta condição.

Portanto, de acordo com Rodrigo Capelo, o Cruzeiro pode optar por duas alternativas para 2020. Receber a cota igualitária da Série B que todos os clubes recebem, e neste ano ela será de R$ 8 milhões. Ou receber o pay-per-view, que é pago conforme pesquisa na base de assinantes. Este valor, no entanto, é variável.

– O que significa que o Cruzeiro pode receber mais que R$ 8 milhões, e dificilmente muito mais que isso. Ou menos que isso, ou nada. Então o risco aumenta. E certamente a receita vai cair ali uns R$ 40 milhões em relação a 2019 – afirma o jornalista.

Cruzeiro terminou a temporada de 2019 rebaixado para a Série B, em 17º lugar, com 36 pontos — Foto: Gabriel Duarte

Recém-promovido da Série C, ao conquistar o acesso e título da Terceira Divisão, o Náutico foi o clube que bateu na porta em dois dos oito anos que clubes do G-12 disputaram a Série B, ficando em 5º lugar nas edições de 2015 e 2016. Para o presidente do Timbu, Edno Melo, o cenário é de apenas três vagas na disputa. Mas mira contornar a dificuldade executando o planejamento do clube – que começa o ano com uma folha de R$ 500 mil e vê no acesso um meio de diminuir o passivo alvirrubro.

– Vai valorizar mais a Série B, ao mesmo tempo que a gente praticamente conta com uma vaga a menos. Porque um time estruturado como o Cruzeiro cair, sabemos que a realidade é totalmente diferente. Mas acredito que o futebol tem que ser dentro de campo. Uma pena, porque é um grande clube mineiro, mas para a gente acho que não vai mudar muito se fizermos as coisas bem feito.

Com a derrota para o São Bento por 1 a 0 na última rodada da Série B deste ano, sem clubes do G-12 na disputa, o América-MG bateu na porta do acesso. Terminou a temporada com 61 pontos – apenas um atrás do último classificado à Série A, o Atlético-GO. Procurado pela reportagem do GloboEsporte.com, o clube mineiro optou por não se manifestar sobre o rebaixamento. A diretoria está focada na montagem do elenco para o próximo ano e preferiu não falar da situação de outros clubes.

*Colaborou Isamara Fernandes

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/fator-azul-com-queda-do-cruzeiro-clubes-apostam-em-vaga-a-menos-na-luta-pelo-acesso-a-serie-a.ghtml


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