Eleições do Vitória: Cacau Menezes reclama de batalha judicial nos bastidores

Candidato à vice-presidente do Conselho Deliberativo nas eleições presidenciais do Vitória, Cacau Menezes reclamou da batalha judicial nos bastidores do pleito. As votações para escolher os próximos presidentes do clube, dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, além de membros do colegiado e do órgão fiscalizador, estão acontecendo nesta quarta-feira (24), no Barradão. Integrante da chapa "Vitória Gigante, Unido e Forte", que tem como principais candidatos Paulo Carneiro para a presidência e Fábio Mota para comandar o Conselho Deliberativo, Caucau criticou representantes de dois grupos ao pleito que entraram na Justiça para cassar a candidatura de Carneiro.

"De fato a campanha foi uma luta árdua, está sendo aliás, já que ela só terminará ao final do processo de votação. Mas a gente precisa deixar claro aqui para que os associados não esqueçam que a nossa chapa, nesse espaço curto de tempo que todas tiveram para fazer campanha, tivemos que ter uma preocupação adicional, que foi vencer os obstáculos da imoralidade de tentar judicializar o processo. Tentar não, de judicialização, coisa que no discurso, muitos que estão nesse lado da judicialização, dizem que são contra, dizem que não concordam, dizem que isso só faz mal ao Vitória. Mas quando chegou a hora do vamos ver, a primeira coisa que fizeram foi ir à Justiça", criticou em entrevista ao Bahia Notícias. "As chapas oponentes, através de representantes de duas delas", completou.

O candidato à presidência Gilson Presídio, da chapa "Vitória Campeão Nacional 2020" entrou com pedido de impugnação da inscrição do grupo "Vitória Gigante, Unido e Forte". O argumento era de que o ex-presidente Paulo Carneiro não cumpria a exigência estatutária de ser sócio do clube há, no mínimo, 36 meses. Para Cacau, a tentativa fere o direito de escolha do sócio-torcedor votante nas eleições.

"Na verdade, isso é a tentativa de retirar do associado, do torcedor, o seu legítimo direito de escolher aquele que ele acha que é o melhor para o clube. Retirar do associado esse direito, retirar do associado essa legitimidade, significa fragilizar o movimento associativo. Enquanto o nosso rival estadual chegou a 30 mil associados, nós continuamos capengando com menos de 10 mil. Por quê? Por causa desse tipo de ações, desse tipo de postura. Repito, postura que na prática não condiz com o discurso. Então, por pura retórica daqueles que vem o tempo todo dizendo que não querem a judicialização, que querem o bem do Vitória, que querem um processo limpo e um processo honesto, não é verdade! Esta eleição, mais uma vez, serviu de exemplo que o que querem é manter-se no poder ou o poder pelo poder a qualquer preço", finalizou.

Para ganhar em primeiro turno a disputa à presidência do clube, o candidato precisa ter 50% dos votos válidos mais um. Para os demais cargos a escolha será feita em turno único.