Condé reconhece partida “abaixo” e avalia bola aérea defensiva do Vitória: "Algo para trabalhar"

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– Cada jogo tem sua particularidade. Nenhum jogo é igual ao outro. A gente fez o primeiro tempo muito abaixo. Nosso time jogou em um ritmo muito lento, talvez pelo desgaste físico e emocional do clássico. A gente teve pouco tempo de recuperação. Fato que a gente marcou de longe, demorou demais para tomar as decisões. Isso facilitou a marcação do adversário – disse Léo Condé.

– A gente ajustou no intervalo, buscou circular mais rápido a bola, só que sofremos o gol muito rápido no início do segundo tempo. E aí o adversário abaixou mais ainda as linhas de marcação. Ficou difícil achar espaço nas defesas dele. Praticamente estacionaram dois ônibus ali na frente da área. Mas a equipe mostrou personalidade e continuou lutando. Uma pena que a gente fez o gol tarde demais. Talvez se fosse um pouco antes, a gente conseguisse a virada – completou o treinador.

O Náutico abriu o placar com gol de cabeça marcado por Evandro. O lance foi parecido com o do Ba-Vi, quando Everton Ribeiro também balançou as redes do Barradão pelo alto. Léo Condé falou sobre a bola a aérea defensiva e pediu mais semanas livres de treinamento para corrigir o problema que se repetiu em duas partidas seguidas.

– É algo para trabalhar. Não é corriqueiro, principalmente com os dois. A gente sofre poucos gols, essa é a realidade, mas foram gols parecidos. Problema é que a gente não tem muito tempo para treinar de um jogo para outro. A gente vem de uma sequência de onze jogos em um mês e poucos dias. A gente precisa de semana aberta para fazer treinamentos específicos e esse é um tipo de situação, de fundamento, que a gente realmente vai precisar trabalhar – explicou Condé.

O Vitória tem novo compromisso já neste domingo, desta vez contra o Atlético de Alagoinhas, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Baiano. O confronto está marcado para as 18h30 (horário de Brasília), no Barradão.

Arbitragem
– Eu sou um cara bem ponderado e tento ser justo nas minhas análises. Eles vieram o tempo inteiro para matar as jogadas. O Mateusinho foi muito caçado. No segundo tempo quase que não teve jogo, sempre caia um jogador, pedia atendimento. Aí o critério de acréscimos não existe. Ele deu só sete minutos de acréscimos, e terminou com cinco. Uma arbitragem um pouco confusa. Mas não foi só isso. A gente realmente fez um jogo abaixo do que a gente pode jogar.

Vai poupar nos próximos jogos?
– Nesse momento a gente volta com o foco total para a disputa do estadual. São cinco anos que o Vitória não classifica e a gente vai buscar essa vaga, até porque tem a vaga na Copa do Brasil (do próximo ano). Então é muito importante buscar a classificação. Foco total. A partir do momento que classificar, vai depender muito do contexto e das datas dos próximos jogos. Não vai ter equipe mista e reserva. Podem ter mudanças pontuais, mas vamos sempre tentar mandar para campo o que a gente tem de melhor enquanto houver chances de classificação nas duas competições.

Trio de meias
– O Matheus foi um jogador que correu muito, como todos, no clássico. Fisicamente ele estava muito desgastado, e hoje ele foi caçado dentro de campo. O Matheus pegava na bola e já tinha dois para matar a jogada. Isso acabou dificultando muito o jogo dele, não conseguiu achar o espaço dentro de campo. Tanto que a gente colocou ele pela esquerda já no final, para trabalhar um pouco pelo lado. Foi quando ele conseguiu fazer as melhores jogadas. Daniel Jr. entrou bem, é um jogador jovem, de potencial, tem boa capacidade e qualidade técnica. O Luan foi o primeiro jogo, eu gostaria de colocar ele um pouco antes, mas o desenho do jogo, como a gente já tinha colocado o Daniel, a gente segurou um pouco. Mas é um jogador com qualidade. Quando ele entrar na melhor forma vai poder nos ajudar.