Condé reconhece jogo ruim do Vitória e pede "sabedoria" e "olhar para frente" por recuperação

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A atuação ruim foi a pior do Brasileirão, de acordo com o técnico Léo Condé. Além de reconhecer o desempenho abaixo da expectativa, o treinador aproveitou a entrevista coletiva para pedir "olhar para frente" e "sabedoria" em busca da recuperação.

"Realmente, um jogo muito abaixo da nossa equipe, principalmente pelo início do primeiro e segundo tempos".

– A gente já esperava uma pressão do Cruzeiro em nossa saída de bola, por isso fomos com jogadores rápidos na frente, para explorar isso. Mas acabamos sendo envolvidos ali. A gente melhorou um pouco com o Mateus mais puxado para o meio de campo, conseguimos algumas situações de contra-ataque, mas foram muitas decisões erradas para fazer os passes, os cruzamentos – detalhou.

O comandante rubro-negro tentou corrigir os erros nos vestiários, mas os gols do Cruzeiro prejudicaram qualquer tipo de melhora rubro-negra.

– Tentamos corrigir no intervalo, mas pecamos muito na marcação. Sofremos gol rápido, não encurtamos o cruzamento no segundo gol. Mudamos peças para tentar ter mais a bola, mas quando a gente estava se encontrando no jogo, sofremos o terceiro gol – lamentou Condé.

– Realmente, um jogo bem abaixo da nossa equipe. No Brasileiro, com certeza (foi o pior). Mas a gente sabe da nossa força, temos que olhar para frente. A gente sempre espera o resultado positivo, mas em alguns momentos tem que ter sabedoria para lidar com o resultado adverso – complementou.

Cheio de desfalques no meio-campo, Condé preferiu abrir mão de um terceiro volante e escalou o Vitória no 4-3-3, mas o Rubro-Negro perdeu o controle da zona central e foi dominado.

– A ideia nossa, depois de perder o Rodrigo e já sem Dudu, a ideia era abaixar as linhas e tentar explorar a velocidade do Osvaldo, do Mateus e do Matheusinho. No início a gente teve dificuldade, só no final do primeiro tempo conseguimos encaixar contra-ataques, mas errando nas escolhas. A estratégia não funcionou. Aí fizemos a mudança para colocar um quarto jogador de meio. Por isso não iniciamos com três volantes. Mas é uma situação, vamos pensar jogo a jogo. Às vezes dá certo. Hoje não deu.

A pressão por vitórias no Brasileirão precisa ficar de lado neste início de semana porque o Vitória estreia na Copa do Brasil contra o Botafogo, nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos, pelo jogo de ida da terceira fase.

No próximo domingo, aí sim, o compromisso será pela Série A, contra o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Barradão, pela quinta rodada.

Fora de casa não vai bem
– Eu penso que é um pouco de tudo. Hoje o Cruzeiro teve muita agressividade na saída de bola, eles foram muito agressivos, encurtaram muito nossos laterais. A ideia era ter velocistas pelo lado, mas a gente não conseguiu sair da marcação nem para achar esses contra-ataques. Depois, a gente errou muito nas escolhas. A ideia era tentar manter isso para o segundo tempo, mas sofremos os gols e atrapalhou nossos planos. Mas realmente fizemos um jogo muito abaixo, é algo que temos que corrigir.

Criação no meio de campo
– São possibilidades. A partir do momento que a equipe não consegue encaixar o melhor jogo, você tem que buscar alternativas. Às vezes são situações de estratégia de jogo, às vezes tem que mudar peças. Temos uma equipe muito vencedora, já provamos isso em vários momentos, com título ano passado, título esse ano, vitórias em clássicos, contra o Fortaleza fora de casa. Mas são momentos. Quando você fica três jogos sem vencer, é preciso buscar algumas alternativas no aspecto tático e de troca de peças se for necessário.

Pontuar fora de casa [2]
– Mais ou menos dentro do que eu falei. A gente sabe que os jogos fora de casa são mais difíceis. A gente tem que se adaptar. E agora fazer o dever de casa, vencer os jogos no Barradão. Mas a gente sabe que tem condições de fazer jogos melhores e pontuar fora.