Condé faz mistério sobre escalação do Vitória, mas garante time em "boas condições" para a estreia

Durante entrevista coletiva na Toca do Leão, antes do treinamento desta sexta-feira, o técnico Léo Condé avaliou o período de trabalho com os jogadores rubro-negros e afirmou que o grupo chega em "boas condições" para a partida de domingo.

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– Realmente foi um período que a gente não gostaria de ter, gostaríamos de estar jogando, disputando competições. Mas dentro da realidade a gente aproveitou bastante. Primeiro a parte física, depois aspectos técnicos e táticos. Acredito que chegamos bem para a estreia. Vamos precisar de ritmo de jogos, foram muitos jogadores novos, mas acredito que chegamos em boas condições sim – disse Léo Condé.

Como citado pelo treinador, o Vitória teve um longo período sem jogos porque foi eliminado de forma precoce das três competições que disputou no primeiro semestre: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Desde então, o elenco passou por uma reformulação e Condé recebeu 12 novos jogadores.

As caras novas estão todas regularizadas e ficam como opções para a estreia. As exceções são o goleiro Thiago Rodrigues e o meio-campista Fumaça, vetados pelo departamento médico. Condé confirmou que a dupla está fora de ação, mas evitou entregar o time titular. O máximo que o treinador revelou é que o onze inicial deve ter pelo menos cinco reforços.

– A equipe está praticamente definida. Neste momento vamos segurar um pouco, é uma oportunidade que a gente tem. Vamos guardar. Vai ser uma equipe mesclada, com jogadores que estavam e jogadores que chegaram agora. Praticamente meio a meio – afirmou Condé.

– Quem está fora é o Thiago Rodrigues e o Fumaça. Eles não jogam essa partida. Vamos para a estreia com praticamente todos os jogadores à disposição. Rafinha e Gegê retornaram essa semana e estamos avaliando se é importante levar eles para o jogo ou não nesse momento – concluiu o treinador.

As novas peças no elenco podem fazer o time jogar de maneiras diferentes do que foi visto até agora. Ao ser questionado sobre o assunto, Léo Condé preferiu seguir com a linha do mistério e não entregou os planos que tem para o time. O treinador limitou-se a projetar que a equipe faça diferente exibições a depender do adversários e condições de jogo.

– É um pouco de tudo. Uma coisa é ter a ideia, outra coisa é ter jogadores para executar. A Série B tem uma particularidade de jogos com características diferentes. Nos treinamentos tentamos passar esse entendimento, de jogar em alguns momentos com linhas altas e outros com linhas baixas. Claro que dentro de casa o objetivo é fazer uma maior pressão. Assim também como fora de casa, se a gente entender que o jogo pede uma pressão mais alta, vamos fazer. Tudo vai passar pelo que o jogo pedir.

Léo Condé revisitou as últimas semanas de treino na Toca do Leão e trouxe alguns detalhes de como o Vitória planejou o período livre para trabalhar. O Treinador explicou que, de início, as atividades tiveram como foco o aspecto físico. Em um segundo momento ele assumiu o comando para exercitar a parte tática.

O treinador informou que o planejamento foi traçado a partir do diagnóstico de que o time sofria muitos gols de bola parada, e também na reta final das partidas.

– Penso que a gente tinha que atacar todos os pontos que a equipe tinha dificuldade. O aspecto físico é um dos fatores que a gente trabalhou e conseguiu dar uma base boa. No aspecto tático também, principalmente nas jogadas de bola parada. Sofremos muitos gols de bola parada, gols no final dos jogos. Então trabalhamos todos os fatores. A partir de domingo vamos ver o que a equipe vai dar de resposta – explicou o técnico do Vitória.

A "resposta" esperada por Léo Condé vai ser conferida às 18h deste domingo (horário de Brasília), quando o Vitória recebe a Ponte Preta, no Barradão, pela estreia da Série B do Brasileiro.

Ponte Preta
– É um bom adversário. Uma equipe tradicional do futebol brasileiro, com um treinador muito experiente. E um time que vem de uma conquista, vem com ritmo de jogo, algo que nós não temos. Mas vamos precisar passar por cima disso. Eles têm jogadores interessantes. É uma boa equipe, uma equipe que a gente sabe que vamos ter que fazer um trabalho muito bem feito para ter um resultado positivo.

Três atacantes
– De um modo geral, mais que a plataforma de jogo, hoje o futebol é muito em cima do modelo de jogo. Então eu posso ter três atacantes, mas que executam funções diferentes. Posso ter três zagueiros na teoria, mas na prática um deles joga como volante ou lateral. Posso começar com um atacante só, mas os meias fazendo papel de atacante. Vai depender muito das características de cada jogo e adversários.

Centroavante
– Acrescento mais um. O Welder que se destacou no Baiano. Na Jacuipense ele jogava um pouco pelo lado porque tinha o Jeam, mas a posição de origem dele é como centroavante. Então são três opções. Vai depender da característica do jogo. Um jogo em que vamos pressionar mais, ou que vamos esperar pelo outro time. Talvez até jogar com dois centroavantes. Claro que sempre respeitando quem estiver no melhor momento.

Preparação pessoal
– Preparado como sempre me preparei para todas as competições. A gente tem que estar sempre preparado para esses desafios e não é diferente agora. Vamos fazer com responsabilidade o trabalho do dia a dia. Uma competição importante para o Vitória e para mim também, como treinador. Me preparei da melhor forma possível. Em relação à pressão, no futebol ela sempre vai existir, em qualquer competição. Todo jogo tem que ser encarado como uma final. Pensar rodada a rodada. Primeiro a Ponte Preta. Vamos estudar e analisar cada adversário. Aproveitar cada treinamento.

O que pode prometer?
– Normal. O torcedor fica chateado pelas campanhas pífias do início do ano. Mas a gente sabe também a força do Vitória, quando a torcida abraça. Tenho certeza que domingo a torcida vai vir em bom número e cabe a nós convencer o torcedor de que ele tem que voltar. Mostrar trabalho dentro de campo para convencer o torcedor. Qualquer outra coisa que eu falar aqui não vai adiantar.

Parte psicológica
– Eu penso que nós temos um grupo bastante experiente. Alguns jogadores que aqui já estavam, os jogadores já criados na casa. Entre os que chegaram, tem o Giovanni Augusto, que já jogou no Vasco, Corinthians, não vai se assustar. Thiago Rodrigues jogou no Vasco, Wagner Leonardo no Cruzeiro. O Fumaça jogou jogos decisivos contra o Atlético-MG. São jogadores que não vão se assustar. Pelo contrário. Estão muito felizes. Tenho convicção de que eles vão entrar muito confiantes.

Wellington Nem
– Um jogador experiente, com história bonita no futebol. No primeiro momento ele veio manter a forma aqui no clube e o Vitória oportunizou a chegada dele. O Vitória encorpou para o lado de campo, temos outras opções que chegaram. Ficamos bem servidos com características diferentes. Agora é tentar explorar o que cada um pode oferecer nas partidas.