Condé aponta problemas a corrigir no Vitória, mas exalta postura contra o ABC: "Poder de reação"

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Na entrevista coletiva após a partida, Léo Condé, que tem menos de dez dias no clube, avaliou o seu início de trabalho. O treinador analisou o que precisa corrigir, mas também viu pontos positivos.

– Temos muita coisa para melhorar, e cabe a mim ajustar quando tivermos tempo para trabalhar. Vamos detectando algumas situações que precisamos aprimorar, principalmente saídas de bola e a bola parada defensiva, essa mais do que nunca. Hoje tomamos um gol assim. Mas de um modo geral estamos conseguindo fazer com que os jogadores entendam que eu quero uma equipe propositiva, uma equipe que busque o jogo, como foi nos 25, 30 minutos do primeiro tempo, com as chances de Zeca e Léo Gamalho. Nos 10 minutos finais, talvez pelo desgaste da maratona de jogos e o aspecto emocional, não terminamos bem o primeiro tempo. Fizemos alguns ajustes no intervalo. O Camutanga passou mal, Dibble tomou um pisão e colocamos Nem. No momento que estávamos encaixando o jogo, tomamos o gol.

Condé exaltou a postura do Vitória na partida desta noite.

– O que mais me deixou satisfeito hoje foi o poder de reação, não só pelo empate. Mostrou personalidade, buscou o empate e poderia ter virado. Estamos começando a encontrar um caminho. É claro que é um momento ruim do clube, mas tenho que olhar para frente, ver a equipe evoluir coletivamente e individualmente – completou.

Com três jogos à frente do Vitória, Léo Condé vai ter agora um pouco mais tempo para preparar a equipe até o próximo jogo. O Rubro-Negro só volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta o Náutico, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília).

– Expectativa é essa. No primeiro momento, temos que recuperar esses jogadores. É uma maratona muito grande. E no segundo momento trabalhar. Já observei algumas coisas para trabalhar. Não é o ideal, mas temos que otimizar esse pouco tempo para, na quinta-feira, tentar apresentar equipe um pouco mais organizada. A busca é por isso, com certeza – afirma o técnico.

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Ausência de Marco Antônio
– Acabei de chegar, tem sete dias, estamos conhecendo o elenco agora. É claro que sei o que Marco Antônio fez no ano passado, na Série C. A gente sabe que ele é um bom jogador. Assim como a gente sabe que João Victor fez um ótima Série B ano passado pelo Guarani. É um grande jogador, e temos que resgatar esse atleta que tem um bom potencial, assim como Marco Antônio. Não tem como fazer tudo ao mesmo tempo. A gente vai observando os atletas, e claro que vamos fazer escolhas daqueles que estão no melhor momento, no momento certo e, com certeza, Marco Antônio vai ser observado. A gente entende que ele merece oportunidade e vai ser dada.

Reapresentação só na última sexta-feira
– Não foi viagem tão curta. Foi uma viagem de seis horas para e seis horas para voltar. Se tivesse feito o treinamento na quinta-feira, possivelmente hoje estaríamos nos arrastando. Não foi por isso que empatamos hoje. É claro que não fizemos jogo brilhante, precisamos melhorar e vamos melhorar. O que iria fazer era correr risco de lesionar os jogadores. Já não atravessamos momento tão bom, estou procurando dar confiança para os jogadores, repetindo a equipe para buscar. Foi uma equipe toda remodelada em relação ao ano passado. Se eu mexer muito, a gente não vai conseguir achar uma base. A gente precisa recuperar eles. E algo que a gente detectava nos últimos jogos era que quando passavam 20, 25 minutos, a equipe estava sentindo. Talvez a ansiedade de querer dar treino demais acabou prejudicando nos jogos anteriores. Do ponto de vista físico, acho que a equipe terminou suportando bem a reta final.

Problema na tomada de decisão
– Cada jogador reage de uma forma, principalmente em um momento desse. A maioria já passou por um momento desse. O Cruzeiro, ano passado, nadou de braçada na Série B e esse ano está tendo dificuldade no Campeonato Mineiro. É algo que acontece quando uma equipe passa por reformulação grande. Os jogadores estão se conhecendo. Alguns atletas faziam parte do elenco do ano passado, mas outros chegaram. É no dia a dia resgatar a confiança de cada, tanto individual quanto coletivo.

Problemas nas transições
– É um conjunto de fatores. Tem que chegar com força. É fazer uma boa recuperação e chegar de forma organizada. Passa na construção na saída de bola. Estou achando jogadores um pouco espaçados. Vamos tentar. O ideal é ter semana cheia, duas, para ir repetindo. Vamos ter duas ou três atividades para fazer isso. Gosto da minha equipe organizada e vou buscar fazer isso aqui.