Com boa impressão sobre elenco do Vitória, Ramon celebra retorno: "Representa muito"

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O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Sem vencer há cinco jogos, o Vitória mudou de treinador e aposta novamente em um velho conhecido para ter uma segunda parte de temporada mais tranquila. Ídolo do clube como jogador, Ramon Menezes assume o Rubro-Negro com a missão de também ter conquistas como treinador.

1 de 3 Ramon Menezes encontrae jogadores do Vitória no aeroporto de Porto Alegre — Foto: Divulgação/EC Vitória

Ramon Menezes encontrae jogadores do Vitória no aeroporto de Porto Alegre — Foto: Divulgação/EC Vitória

Ramon defendeu o Vitória em duas ocasiões: entre 1994 e 1995 e, depois, de 2008 a 2010. Pelo clube, ele conquistou a Copa do Nordeste de 2010, além de cinco títulos do Campeonato Baiano. Nesta quarta-feira, na primeira entrevista como treinador rubro-negro, Ramon avaliou o que representa o retorno a um lugar em que tanto brilhou.

– Representa muito, todo mundo sabe do carinho, respeito e gratidão que tenho por esse clube. Cheguei muito jovem, tive uma segunda oportunidade mais experiente. O que marcou a história de uma pessoa dentro do clube foram as minhas atuações como jogador, as conquistas que tivemos. E agora o objetivo, a meta é, como treinador, também conseguir alcançar isso dentro do clube – disse.

Só que o começo de trajetória de Ramon como treinador no Vitória é dos mais duros. Com somente um treino à frente do time, ele encara o Internacional nesta quinta-feira, no segundo jogo da 3ª fase da Copa do Brasil – partida de ida terminou 1 a 0 para o Colorado.

E, para esse início, o trabalho de Ramon tem sido mais na conversa e no estudo que no treino em campo. O treinador afirma que tem uma boa impressão do elenco.

– Impressão muito boa. Vejo futebol e a equipe do Vitória, vários jogos. Acho que, em um grupo de futebol, tem que estar todo mundo preparado, vejo que está todo mundo preparado aqui. E aquele time que for a campo vai representar bem o Vitória.

O Vitória enfrenta o Inter às 21h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira, no Beira-Rio.

Veja outros trechos da entrevista de Ramon Menezes

Postura contra o Inter
– O que a gente sempre pede é jogar futebol, prazer de jogar futebol com e sem a bola. É ter atitude, espírito, são coisas fundamentais. E vejo isso nesse grupo. Pouco tempo para trabalhar, fazer muitas alterações, variações. Se você estudar o Vitória e vir de longe, é completamente diferente do dia a dia. Tenho essa oportunidade de estar no dia a dia e conhecer os atletas.

Esquema tático favorito
– Você até parte do princípio que sai a sua plataforma de início, mas há variações dentro do grupo. Quando você marca pressão, quando baixa as linhas, acaba entrando em outra plataforma. Isso tudo é entendimento, é trabalho que requer entendimento dos atletas, que vem com o tempo. Mas a gente está conversando muito. Estou estudando muito, vendo a característica dos jogadores, para que a gente possa entrar nesse jogo decisivo contra o Inter, que vale muito, com uma postura inteligente

O trabalho mais marcante de Ramon como treinador foi no Vasco, em 2020. Auxiliar da comissão técnica permanente do clube desde 2018, ele substituiu Abel Braga e ficou pouco mais de seis meses. À época, Ramon teve um início promissor, chegou a liderar o Campeonato Brasileiro e conseguiu manter o "Ramonismo em alta".

Só que o Vasco caiu de rendimento na Série A e foi eliminado na Copa do Brasil pelo Botafogo. Ramon não resistiu aos insucessos e foi demitido após 16 jogos, com 56% de aproveitamento.

Fred Gomes, setorista do Vasco, analisou a passagem do treinador.

"Foi muito bem aceito pelo grupo, que o adorava, e o bom futebol logo começou a aparecer. Meio-campista de grande técnica nos tempos de jogador, logo lançou mão de um estilo pautado na posse e no jogo apoiado. Qualificou a saída de bola e deu consistência defensiva ao transformar o lateral-esquerdo Henrique numa espécie de terceiro zagueiro.

Com um time limitado, chegou a liderar o Brasileiro, depois de vencer São Paulo, Sport e Ceará nas quatro primeiras rodadas. Fazia campanha segura na competição, lutando pelo G-4, e vinha de classificação contra o Goiás na Copa do Brasil. Sua demissão deu-se após sequência de resultados ruins – derrotas para Botafogo (0x1), Atlético-MG (1×4) e Bahia (0x3), e empate com o Bragantino (1×1).

A impressão é de que Alexandre Campello, à época em campanha pela reeleição, desistiu de Ramon, opção caseira, para investir numa aposta midiática, o português Ricardo Sá Pinto. Não teve sucesso, e o time teve queda impressionante após a mudança no comando".

Pouco mais de um mês após demissão do Vasco, Ramon foi contratado pelo CRB para disputar a Série B do Brasileiro. Só que ele ficou menos de 40 dias no clube e teve 29% de aproveitamento.

Victor Mélo, setorista do CRB, analisou a passagem do treinador.

"Ramon não foi bem no CRB. Teve também pouco tempo para desenvolver o trabalho. Chegou em 9 de novembro do ano passado e foi demitido no dia 18 de dezembro. Pesaram contra ele a sequência de sete jogos sem vencer e o fato de o time ter caído para as últimas colocações no Brasileiro.

Ramon tentou colocar sua assinatura na equipe e mexeu na estrutura montada pelo técnico Marcelo Cabo. Não deu certo. O time caiu muito de produção e, em nove partidas da Série B, venceu duas, empatou duas e perdeu cinco".

2 de 3 Ramon Menezes comandou o CRB em sete jogos — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Ramon Menezes comandou o CRB em sete jogos — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Outros trabalhos

Ramon começou a carreira como treinador em 2015. Era para ser no Anápolis, time da primeira divisão de Goiás, mas, em razão do calendário ocioso, o agora técnico foi emprestado ao ASEEV. E logo de cara foi campeão da terceira divisão do Campeonato Goiano, dando ao clube o primeiro título de sua história. Após a conquista, o profissional retornou ao Anápolis. Um dos casos curiosos da época é que ele mandou trocar colchões e roupas de cama para dar mais conforto aos jogadores.

3 de 3 Ramon Menezes treinou o Anápolis duas vezes — Foto: Reprodução / TV Anhanguera

Ramon Menezes treinou o Anápolis duas vezes — Foto: Reprodução / TV Anhanguera

Só que Ramon Menezes foi demitido após cinco jogos, com 53% de aproveitamento, momento em que o Anápolis ocupava a vice-liderança do seu grupo no Goiano. Em 2016, o técnico chegou ao Guarani de Divinópolis com a missão de tirar o time da lanterna do Campeonato Mineiro, mas não conseguiu evitar o rebaixamento para o Módulo II do Campeonato Mineiro. O profissional saiu após quatro jogos, com 58% de aproveitamento.

No Joinville, também em 2016, Ramon voltou a lutar contra o rebaixamento, desta vez para a Série C do Campeonato Brasileiro, e novamente não teve sucesso. Ele ainda retornou ao Anápolis em 2018, fez apenas quatro jogos com 25% de aproveitamento, até chegar ao Tombense. O treinador levou a equipe às quartas de final do Mineiro e fez 26 jogos, com 40% de aproveitamento até ser demitido.

Pouco tempo e muito trabalho

No Vitória, Ramon encontra um ambiente instável para trabalhar e vai ter que correr contra o tempo para alcançar resultados. Ele é o 9º treinador diferente da gestão Paulo Carneiro, iniciada em abril de 2019.

Treinadores na gestão Paulo Carneiro*

  • Tencati: 7 jogos e 23,8% de aproveitamento
  • Osmar Loss: 10 jogos e 26%
  • Carlos Amadeu: 9 jogos 48%
  • Geninho: 25 jogos e 50,6%
  • Bruno Pivetti: 19 jogos e 36,8%
  • Eduardo Barroca: 9 jogos e 29,6%
  • Mazola Júnior: 4 jogos e 25%
  • Rodrigo Chagas: 30 jogos e 51%

O primeiro desafio de Ramon está marcado já para esta quinta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio, pelo segundo jogo da 3ª fase da Copa do Brasil – Vitória foi batido na ida por 1 a 0. Até lá, o técnico vai ter apenas um treino para ajustar a equipe.

Depois, Ramon vai ter compromisso pela Série B, principal desafio do Vitória na temporada. O campeonato, no entanto, começou complicado para o Rubro-Negro, que tem um empate e uma derrota.

*Cláudio Tencati não foi contratado por Paulo Carneiro; Eduardo Barroca foi o único que pediu demissão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/com-boa-impressao-sobre-elenco-do-vitoria-ramon-celebra-retorno-representa-muito.ghtml


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