Análise: frio até demais, Bahia usa velhas armas para superar um Vitória valente e destemperado

Análise demais Bahia velhas

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O Bahia venceu o Ba-Vi #495, mas não deixou a melhor das impressões na Arena Fonte Nova. Mandante com torcida única, o Tricolor terminou a partida com um jogador a mais, ingredientes que poderiam ter rendido uma atuação mais empolgante na reta final do clássico. Do outro lado, o derrotado Vitória fica em situação complicada na tabela, mas sai de campo sem grandes danos no que diz respeito aos noventa minutos.

O Bahia tem um time reconhecidamente mais técnico que o do Vitória. Para equilibrar as ações ao medir forças com o rival, o Rubro-Negro tenta ser superior em outras áreas do jogo, como a parte física e tática. E conseguiu no início do Ba-Vi disputado na Fonte Nova.

Durante boa parte do primeiro tempo o Bahia esteve encaixado na marcação rubro-negra e pouco conseguiu construir na Fonte Nova. Sem Iury Castilho, lesionado, Léo Condé começou a partida com Léo Naldi para povoar e controlar os espaços no meio de campo. O trio de volantes ainda teve ajuda de Matheusinho, que não deu descanso para Caio Alexandre.

Kanu comemora gol no Ba-Vi — Foto: Tiago Caldas / EC Bahia

O plano de jogo do Vitória ficou mais fácil de ser cumprido porque já aos oito minutos o Leão estava na frente do placar. Rezende errou uma interceptação e deixou a bola viva para Osvaldo acionar Alerrandro. O camisa nove encontrou os zagueiros correndo para trás e teve tempo e espaço para acertar um chutaço de fora da área que morreu no ângulo de Marcos Felipe.

Com dificuldade para jogar na faixa central do campo, o Bahia apostou em jogadas pelos lados com Everton Ribeiro (na direita) e Jean Lucas (na esquerda). Demorou, mas a ideia funcionou e abriu caminho para o empate, que veio justamente em um cruzamento de Everton Ribeiro e finalização de Jean Lucas, que apareceu livre de marcação dentro da área.

Importante pontuar também que a jogada do gol do Bahia começou com passe de Kanu para quebrar linhas de marcação. A construção a partir dos zagueiros também foi um plano de jogo explorado pelo Tricolor desde o início. É algo que funcionou no Ba-Vi e que já decidiu outras partidas nesta temporada.

A virada do Bahia também passou por Kanu, desta vez em momento de oportunismo do zagueiro, que aproveitou uma bola viva dentro da área após cobrança de escanteio para colocar o Tricolor na frente do placar ainda no primeiro tempo.

Segundo tempo

Everton Ribeiro em Bahia x Vitória — Foto: Jhony Pinho/AGIF

Uma partida de futebol é dividida em dois tempo de 45 minutos, mas dá para dizer que a segunda parte do clássico teve apenas 20. Foram 20 minutos em que o Bahia tentou controlar o jogo, e o Vitória apostou em jogadas pelo lado esquerdo do ataque para buscar o empate. E justamente para reforçar aquele setor, Léo Condé mandou Mateus Gonçalves a campo.

Mas a participação do atacante no clássico durou apenas dois minutos. Ele foi expulso por agredir Caio Alexandre com o jogo parado e colocou um ponto final nos planos de Léo Condé para a partida.

Até ali o Bahia vencia mesmo sem uma grande atuação, mas o que deixou a pior impressão no lado tricolor do clássico foi a postura do time após ficar com um jogador a mais. Os comandados de Rogério Ceni se limitaram a controlar a partida e abriram mão de buscar um placar mais elástico e mais confortável. O resultado? Partida viva até os minutos finais.

A superioridade numérica ajudou na missão, e o Bahia confirmou o resultado positivo sem muitos sustos no segundo tempo. Do lado do Vitória, ficou a frustração pela expulsão infantil quando o time parecia ter gás para tentar um resultado melhor. Com um menos, o Leão não conseguiu criar chances claras.

O Vitória tem mais três Ba-Vi nos próximos 30 dias para se reabilitar. O Bahia, mesmo vencedor na última quarta-feira, tem o desafio de melhorar o rendimento nos próximos clássicos. Mas, antes, as duas equipes têm compromissos pela Copa do Nordeste. Neste sábado, o Vitória pega o Fortaleza, no Castelão, às 20h30 (horário de Brasília). Um dia depois, o Bahia recebe o Maranhão, na Arena Fonte Nova, às 16h.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/copa-do-nordeste/noticia/2024/03/21/analise-frio-ate-demais-bahia-usa-velhas-armas-para-superar-um-vitoria-valente-e-destemperado.ghtml


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