Análise: Ba-Vi #494 mostra um Vitória bem servido de treinador e de ideias, mas deixa alerta

Análise Ba-Vi mostra Vitória

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Ao vencer o Ba-Vi #494 por 3 a 2, no Barradão, o Vitória deu mais uma mostra de sua força como mandante, mas passou outros recados também muito importantes. O principal deles é de que o time está bem servido de treinador. Foram as ideias de Léo Condé que conduziram o Rubro-Negro ao importante resultado no clássico da sétima rodada do Campeonato Baiano.

Léo Condé em Juazeirense x Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Antes de mais nada, é bom lembrar o contexto no qual o Vitória foi para o Ba-Vi. Com o time sob desconfiança após resultados ruins no início desta temporada, principalmente jogando como visitante, havia até torcedor que defendesse uma escalação diferente, mais guarnecida defensivamente. Mas o que se viu foi um treinador manter a sua equipe base, com dois volantes, um meia e três jogadores na frente.

O Vitória, então, apostou em fazer pressão na saída de bola do Bahia. O plano de Léo Condé surtiu efeito logo aos cinco minutos, quando o Leão subiu as linhas de marcação, obrigou Gilberto a errar o passe e balançou as redes com três toques na bola: de Matheusinho para Alerrandro, que tocou para Osvaldo encher o pé e marcar.

Jogadores do Vitória celebram triunfo sobre o Bahia — Foto: EC Vitória / Divulgação

O coletivo rubro-negro seguiu bem, com o plano sendo executado à risca nas quatro linhas. O Vitória mostrou muita intensidade e conseguiu dificultar a vida do Bahia no meio de campo, o setor onde o Tricolor tem mais qualidade. Mas erros individuais e o cansaço custaram uma virada ao rubro-negro.

O Bahia não conseguia criar chances claras até que uma indecisão de Alerrandro virou passe errado, que terminou em contra-ataque do Tricolor diante de uma desorganizada defesa rubro-negra, principalmente depois de um bote errado de Camutanga em Cauly no meio de campo. No fim, gol de empate de Thaciano.

Willian Oliveira e Cauly no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

A equipe treinada por Léo Condé manteve a pressão alta para dificultar a criação do Bahia a partir do campo de defesa e em mais de um momento até obrigou o adversário a recorrer ao chutão. Além disso, o Vitória era perigoso nos contra-ataques, principalmente contando com noite de destaque de Matheusinho. Em um dos lances conduzidos pelo camisa 10, Osvaldo desperdiçou grande oportunidade na cara do gol.

Se o primeiro gol do Bahia teve erros individuais, no segundo, o cansaço também foi importante. Em um raro momento em que o Vitória não apertou a marcação desde o ataque, o Tricolor trabalhou a bola e articulou jogada pelo lado direito da defesa rubro-negra, de onde Juba cruzou para Everton Ribeiro marcar de cabeça, nas costas de Wagner Leonardo.

Segundo tempo

Osvaldo comemora gol pelo Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O Vitória fez uma única alteração para o segundo tempo. Iury Castilho, que não estava tecnicamente bem, ficou no vestiário e deu lugar a Mateus Gonçalves. Se a saída do camisa sete parecia óbvia, a entrada de Gonçalves quando a torcida pedia por Zé Hugo se mostrou um acerto do treinador, que viu o time melhorar em campo.

No bom primeiro tempo do Vitória, talvez tenha faltado apenas mais intensidade na fase ofensiva, algo que definitivamente existiu na segunda etapa. O Rubro-Negro acelerou o jogo e passou a criar chances de gol. O empate poderia ter saído logo no começo da segunda etapa.

A pressão rubro-negra aumentou a partir dos 26 minutos, quando Rezende foi expulso e deixou o Vitória com um jogador a mais em campo. A superioridade numérica ofereceu novas possibilidades para Condé, que sacou Dudu, colocou Zé Hugo, e mandou o Leão para o ataque de uma vez por todas.

O empate veio depois de quatro minutos, com cruzamento de Mateus Gonçalves para Osvaldo. E a virada também não demorou. Aos 38 minutos, Matheusinho cobrou escanteio, e Alerrandro desviou de cabeça. Uma assistência merecida para o camisa dez, que fez ótima partida no Barradão.

Mas não se engane: o Vitória já era bem superior ao Bahia antes de ficar com um jogador a mais.

Kanu e Matheusinho em Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira /EC Vitória

A virada trouxe justiça para o placar e mostrou que o Vitória está bem servido de treinador. Léo Condé foi bem na estratégia pré-jogo e também nas leituras durante a partida. Mas alguns erros individuais e o pouco poder ofensivo do primeiro tempo mostraram que o elenco ainda precisa ser reforçado.

Os méritos de Léo Condé contra o Bahia:

  • Pressão na saída de bola
  • Imposição física para anular o meio de campo do Bahia
  • Manutenção das ideias de jogo mesmo após derrota parcial no intervalo
  • Escolha por Mateus Gonçalves no intervalo. Até então, ele era o último da fila
  • Troca de Dudu por Zé Hugo quando ficou com um homem a mais
  • Deixou Osvaldo em campo mesmo após os gols perdidos

Contra o Bahia, no Barradão, Léo Condé conseguiu encurtar a distância entre os dois elencos, mas não é sempre que o treinador vai superar essa diferença, principalmente pensando no Campeonato Brasileiro e suas longas 38 rodadas.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2024/02/19/analise-ba-vi-494-mostra-um-vitoria-bem-servido-de-treinador-e-de-ideias-mas-deixa-alerta.ghtml


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