Análise: ansiedade adia, mas não preocupa acesso do Vitória, que abusa dos erros contra o Vila Nova

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A escalação do Vitória para a partida teve como novidade a presença de Giovanni Augusto. Com o camisa dez em campo, Matheusinho foi deslocado para o lado esquerdo do ataque, onde Léo Condé não contava com o lesionado Iury Castilho. Veja abaixo o onze inicial do Leão:

Giovanni Augusto foi a tentativa de Léo Condé por um “fator novo” diante do cenário mais óbvio de entrar em campo com Mateus Gonçalves ou Zé Hugo pelo lado esquerdo. Mas apesar da inventividade do treinador rubro-negro, que buscava uma escalação com dois meias, foi o Vitória o time surpreendido nos minutos iniciais.

O Vila Nova não se intimidou pela festa do Barradão e começou melhor a partida. Igor Henrique teve campo aberto para avançar e finalizar de fora da área aos dois minutos. Pouco depois, aos quatro, Caio Dantas balançou as redes após jogada iniciada pelo esquerdo da defesa rubro-negra.

A ansiedade aumentou com o gol sofrido, e o que se viu no Barradão a partir dali foi um festival de decisões erradas e passes forçados que impediram o Rubro-Negro de progredir com a bola de forma efetiva. Os comandados de Léo Condé viraram presas fáceis para a melhor defesa do campeonato.

Zeca tocava e não se movimentava para ser opção. Osvaldo perdeu duelos individuais e finalizou quando a melhor opção era o passe. Léo Gamalho parecia mais focado em reclamar da arbitragem do que jogar. Isso para citar apenas os jogadores mais experientes do time.

Na volta do intervalo, Edson Lucas entrou no lugar de Railan, em mudança que levou Zeca para o lado direito. Léo Condé também trouxe Matheusinho para a faixa central e deslocou Giovanni Augusto para atuar mais aberto pela esquerda. Veja abaixo como o Vitória começou o segundo tempo:

As ideias de Condé deram certo e fizeram do Vitória um time mais perigoso no começo do segundo tempo. Aos 15 minutos, o Rubro-Negro quase empatou quando Zeca cruzou e Matheusinho pisou na área para finalizar – Dênis Júnior fez grande defesa e salvou o Tigre.

Mas, apesar da melhora, os erros e falhas nas tomadas de decisão acompanharam o Vitória durante o segundo tempo. E aí Léo Condé passou a tentar renovar o time com substituições.

• Gegê no lugar de Matheus Trindade;
• Zé Hugo no lugar e Giovanni Augusto;
• Welder no lugar de Léo Gamalho;

Ao mudar apenas peças, sem necessariamente apostar em uma nova configuração de jogo, Léo Condé parecia buscar algum jogador em noite mais feliz para resolver a partida na individualidade. E foi de fato o individual que salvou o Vitória, mas de um jogador que já estava em campo.

Quando o relógio marcava 37 minutos do segundo tempo, Matheusinho acertou um chutaço de fora da área e empatou a partida no Barradão.

Depois do gol, Léo Condé ainda colocou gás novo com a entrada de Matheus Gonçalves no lugar de Osvaldo e viu o Vitória, empurrado pela torcida, criar algumas chances. Mas o segundo gol não veio, e o torcedor deixou o Barradão frustrado com o segundo empate seguido.

O acesso não veio no Barradão, mas ainda pode vir na 35ª rodada. O Vitória pode subir de divisão sem entrar em campo na terça-feira, desde que o Criciúma não vença o ABC no Heriberto Hulse. Vale lembrar que o Alvinegro é o lanterna da competição e já está rebaixado.

Neste caso, o mais provável então é que o Vitória volte a tentar o acesso matemático no próximo domingo, quando enfrenta o Novorizontino, no Estádio Jorge Ismael de Biasi, às 18h (horário de Brasília).

A equipe comandada por Léo Condé lidera a Série B com 66 pontos, seis a mais que o vice-líder Juventude. A distância para o quinto colocado está atualmente em nove pontos, mas pode mudar com o jogo do Criciúma.