Sabatina José Guerra avalia
O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.
Sabatina com o candidato à presidência do Vitória, José Guerra
Candidato à presidência do Vitória pela chapa Frente Vitória Popular, José Guerra participou da sabatina do ge na tarde desta quarta-feira, na sede da TV Bahia. Na chapa, Zainildo Pinto é o candidato a vice-presidente.
Nesta quinta-feira, Ângelo Alves será entrevistado na sabatina do ge.
Durante cerca de 30 minutos, José Guerra respondeu a perguntas feitas por jornalistas do ge, Correio*, TV Bahia e do iBahia. A sabatina, mediada por Gustavo Castellucci, foi transmitida ao vivo no ge.
Durante a sabatina, Guerra fez críticas à atual gestão do clube e defendeu uma gestão transparente, focada no profissionalismo e com inteligência para fazer contratações. Questionado sobre como pretende superar a crise financeira por que passa o Vitória, o candidato destacou que pode gerar receita a partir do próprio clube.
– O Vitória tem uma dívida grande, mas tem um potencial de geração de receita muito grande. Sem nenhum apoio, saímos de 6 mil para 10 mil sócios. Sem apoio, sem condições no Barradão. E precisamos tratar bem o Barradão para ele tratar bem o torcedor. A torcida do Vitória é a 14ª maior do Brasil, apaixonada. Se bem tratada, se houver campanhas, a gente vai ter um aumento na fonte de receita – disse.
Gustavo Castellucci e José Guerra em sabatina do ge para eleições do Vitória — Foto: TV Bahia
Baiano de Salvador, José Guerra tem 45 anos, foi conselheiro suplente no triênio 2017-2019 e titular entre 2019-2022. Ele é bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Escola Nacional de Administração Pública.
José Guerra é servidor público desde 2006 e trabalhou nos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Direitos Humanos, Defesa, Presidência da República (Casa Civil e Secretaria Geral), Justiça e Educação. Ele também atuou na coordenação das Conferências Nacionais de Políticas Públicas, a Política Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e a reestruturação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Programação das sabatinas do Vitória no ge — Foto: Arte/TV Bahia
Confira a agenda da sabatina da Rede Bahia:
A chapa
Além de José Guerra como candidato à presidência do Conselho Gestor, a chapa Frente Vitória Popular tem Vagner Santana como concorrente ao posto de líder do Conselho Deliberativo. Valmar Sant'anna é candidato à presidência do Conselho Fiscal.
O pleito está marcado para o dia 17 deste mês, no Complexo do Barradão. Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa ter mais de 50% dos votos válidos. Caso não seja possível, será realizado o segundo turno.
Veja os trechos da sabatina com José Guerra
Candidato José Guerra responde sobre a criação da SAF no Vitória
Thiago Mastroianni | TV Bahia – A SAF está aí, é uma realidade, que promete sanar dívidas dos clubes, uma espécie de recomeço. Se eleito, o senhor será adepto desse tipo de gestão? Qual sua opinião sobre esse formato de sociedade?
– Só há discussão hoje, sobre SAF, no Esporte Clube Vitória pela atuação da Frente Vitória Popular, um grupo atuante, criado em 2019. Grupo cujos conselheiros tiveram atuação mais coerente no último período. E um grupo que, sem ter posição formada sobre a SAF, inseriu nesse estatuto, a possibilidade de termos a discussão da SAF. Uma emenda da Frente Vitória Popular garantiu a possibilidade, um regimento, para a criação da SAF. Primeiro, com o Conselho Gestor apresentando ao Conselho Fiscal; a partir do Conselho Fiscal, o Conselho Deliberativo discutindo; por fim, o sócio-torcedor, em assembleia geral, aprovando ou não a SAF.
Sobre a SAF, eu acho que é uma realidade que veio para ficar. Mas, antes de pensar se o Vitória precisar ser SAF, precisamos de uma auditoria completa no clube. Precisamos fazer diligências, auditoria financeira e dos processos do Vitória, para sabermos quais são nossos ativos, qual nosso valor, nossas dívidas e quanto nós ganharemos numa SAF. A partir dessa auditoria e da revisão completa dos processos internos do clube, poderemos, lá na frente, apresentar ou não uma proposta para a SAF. E temos diversos caminhos a tomar numa possível SAF. O Atlético-MG, por exemplo, discute um formato diferente dos anteriores, feitos por Botafogo, Cruzeiro. Que é você criar a SAF e a própria associação tomar conta da SAF, não precisar vender para o parceiro. Então é um processo que vai ser discutido lá na frente, em nossa gestão. Mas que precisa ainda de uma limpeza interna do Vitória.
Precisa de transparência, profissionalização. Uma gestão profissional, em que você tenha, em cada área, um profissional responsável pela área. Com isso, nós sabemos qual é o real perfil da dívida do Vitória, o real ativo do Vitória, quanto vale o Complexo Benedito Dourado da Luz, os ativos dos jogadores. Com isso, teremos um real valor da SAF para avaliar se transforma ou não em SAF o Esporte Clube Vitória.
Candidato José Guerra responde sobre a gestão do futebol no Vitória
Vinícius Harfush | Correio* – Não é novidade que um dos principais problemas do clube nas últimas temporadas está no departamento de futebol, mais especificamente quando se fala em contratações. Nessa última temporada o Vitória chegou a ficar um mês sem ter alguém à frente do cargo e, quando contratou um profissional que veio de fora (Rodrigo Pastana), não segurou sua permanência quando houve um convite para trabalhar em outro clube. De que forma você planeja montar o departamento de futebol do clube? Edgard Montemor fica ou há um outro perfil de profissional já definido?
– Não trabalhamos com nomes, mas com perfil. Nós temos um perfil de profissionais que nós queremos que trabalhem no futebol do Vitória. Um profissional que trabalhe muito com inteligência, análise de desempenho e que use intensivamente a base do Vitória. Temos um problema sério no clube, que atravessa diversas gestões, que é a não utilização da análise de desempenho na contratação de jogadores, o que se reflete na contratação de 30, 40, jogadores a cada temporada. O que vai gerando um passivo trabalhista enorme e não se reflete numa melhoria em campo. A gente tem que voltar a investir na base, re-profissionalizar, trazer um profissional independente para cuidar da base. Fazer com que a base dialogue com o profissional e, com isso, tenhamos uma transição do jogador da base. Muitos jogadores estouram na base e não são usados no profissional. Precisamos fazer com que a base dialogue com o profissional. A gente precisa que os diretores de futebol profissional e de base dialoguem. Que essa transição seja bem feita. Que os times da base joguem que nem o time profissional. Com isso, teremos menos custo em contratação de jogadores. Com inteligência na contratação, análise de desempenho, de perfis, não gastaremos dinheiro em 30, 40 contratações. Faremos menos contratação para acertar. Essa falta de inteligência gera muita dívida. Hoje, temos um acordo global, em que nós pagamos cerca de R$ 200 mil por mês, ao todo, à Justiça Trabalhista, apenas com passivos trabalhistas que não sabemos se foram feitos cinco, seis, sete, oito anos atrás. Mas agora mesmo estamos criando passivo trabalhista para fazer um acordo global para passar cinco, seis anos lá na frente. A gente tem que parar essa roda. A gente tem que voltar a investir e utilizar a base. Até porque a base gera divisas. Jogadores são vendidos e trazem receitas para o clube. A gente tem que voltar a formar profissionais na base. E aí eu faço uma referência a João Burse, que é uma cria do Vitória. O Esporte Clube Vitória não gera apenas profissionais dentro do campo, mas também fora do campo. A melhor base do Brasil hoje, do Palmeiras, quase todos os profissionais responsáveis foram gerados aqui no Barradão. Temos que voltar a ser geradores de atletas e geradores de profissionais. Com isso, a gente vai gastar menos dinheiro; gastar melhor o dinheiro, usando inteligência. Vamos ter mais vendas, receitas e menos gastos. Além disso, temos que ter um gerenciamento para os nossos atletas que sobem da base para o profissional. Tivemos, nos últimos períodos, muitos atletas perdidos por falta de gerenciamento de contratos. Dois nomes: Ronaldo, goleiro, que hoje está no Atlético-GO; Léo Ceará. Dois jogadores que são crias da base, cresceram aqui e foram perdidos de graça, porque não fizemos um mínimo gerenciamento de contrato. E isso tem que mudar, usar a inteligência, com profissionalismo de gestão, para parar essa roda de só criar dívida com transação de jogadores.
Candidato José Guerra responde sobre a montagem do elenco para 2023
Rafael Teles | ge.globo/ba – O presidente eleito vai encontrar um Vitória que não pode registrar jogadores por causa de uma punição da Fifa. Vai encontrar também um grupo onde a maior parte dos jogadores está em fim de contrato. Como montar o elenco de 2023 diante dessas dificuldades? Você já tem um plano para quitar as dívidas?
– A gente tem que falar sobre a situação financeira do Vitória. A gente não pode dizer que a situação é catastrófica, senão vamos correr atrás de um salvador da pátria. A situação é delicada, mas pode ser facilmente equacionada. Boa parte das dívidas são trabalhistas, tributárias e previdenciárias. São três dívidas que estão renegociadas. Nós temos um acordo global para as dívidas trabalhistas; temos o Perse [Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos], que aderimos depois de sair do Profut, para as dívidas tributárias e previdenciárias. Inclusive, há a possibilidade de reabertura de um Refis [Programa de Recuperação Fiscal]. A dívida a gente consegue gerenciar. Com auditoria e transparência, a gente tem contato já com empresas que trabalham com gerenciamento de esportes, muitas vinculadas a grandes bancos, que podem garantir aporte financeiro que esteja contingenciado para, num possível Transferban [punição da Fifa que impede de contratar] para a gente ter esse empréstimo. Mas isso só vai ser feito se tivermos transparência. Ninguém coloca dinheiro no Vitória porque é bonzinho, gosta do Vitória. Bota, porque sabe a situação financeira e vai poder investir e ter sua vantagem investindo no Vitória.
Sobre o time, uso intensivo da base. A punição da Fifa, podemos passar com apoio financeiro de parceiros. E trabalhar prospecção de atletas jovens, com departamento de inteligência. Trazer jogadores jovens e baratos, que, lá na frente, viravam ídolos e, depois, receita para o Vitória. A gente tem toda uma fórmula de, com inteligência, ser mais barato e fugir desse risco que corremos com o Transferban de Walter Bou e os que vêm por aí, que não sabemos quando, de Jordy Caicedo. Trabalhando com inteligência e usando a base, a gente consegue colocar um time competitivo. Não apenas na Série C. Espero que não aconteça, que a gente suba para a Série B. E na Série B. Vale lembrar que o orçamento do Vitória é, hoje, na faixa de R$ 25 milhões, R$ 30 milhões. Um orçamento compatível com a Série B, por exemplo. Se for utilizado com inteligência, a gente tem condições de disputar uma Série B sem sufoco. Qual o custo do erro? Do amadorismo? Temos hoje o maior orçamento da Série C. Classificamos na “bacia das almas” e estamos brigando agora por combinação de resultados para subir para a Série B, sendo o maior orçamento. Isso é falta de gestão.
Candidato José Guerra responde sobre as propostas para gerir o Vitória
Paulo Cézar Gomes | iBahia – O senhor é um personagem jovem e novo no cenário do Vitória. Recentemente, o torcedor apostou em perfil semelhante, ao votar em Ivã de Almeida e Ricardo David. Mas os projetos fracassaram no futebol. O que você pode dizer à torcida de que a sua gestão é diferente das outras duas propostas, que se apresentavam como novas e fracassaram no futebol?
– A gente tem que fazer um retorno histórico e lembrar que tanto Ivã de Almeida quanto Ricardo David não eram novos na história do clube. Ivã de Almeida trabalhou muito na base do Vitória, na década anterior, antes de virar presidente. Ricardo David era, inclusive, diretor de marketing de Carlos Falcão e de Raimundo Viana. Eram pessoas que eram já acostumadas ao mundo do futebol. Concordo que fracassaram. Ao mesmo tempo, tivemos experiência agora, na Série C, fruto da aposta na experiência de quem conhecia futebol. O Vitória fracassou de um lado e de outro.
Tem uma linha que perpassa por todos os fracassos, que é a falta de profissionalismo na gestão. As pessoas saírem de suas competências e se meterem onde não devem. Presidente de clube, quando contrata diretor de futebol, vai dizer a ele: “A gente tem a diretriz de utilizar a base, de utilizar jogadores baratos, inteligência; seu orçamento é esse, tenho essa meta e vou estar acompanhando seu trabalho”. Não vou ficar indicando jogador, dizendo quem escalar. Não vou sair do meu quadrado. Gestão profissional é cada um no seu quadrado. Cada um trabalhando na sua competência. Como presidente do Esporte Clube Vitória, eu cobrando as metas e resultados que foram pactuados com minha equipe, seja no marketing, infraestrutura, futebol feminino, masculino, esportes amadores… O meu trabalho é cobrar resultados a partir das condições de trabalho que coloco para eles.
Sobre o futebol, a solução é a utilização intensiva da base, com investimento na base. Tanto na formação de jogadores como de profissionais. Diálogo da base com o futebol profissional. E um diretor de futebol profissional, um técnico, que saiba utilizar jogadores da base, jovens, porque essa é a solução tanto no futebol quanto financeira no Esporte Clube Vitória. Tivemos soluções de um lado e de outra, que não deram certo. Na minha opinião, porque não foram profissionais. Profissionalismo continua sem acontecer na gestão. Por isso, a Frente Vitória Popular, que é nova… Mas tem gente aqui, como Zainildo [Pinto], meu vice-presidente, do Movimento Sou Mais Vitória, mais de 10 anos lutando por democracia, profissionalismo. Muita gente que vem de outros movimentos por democracia e gestão profissional no Vitória. É uma luta que continua acontecendo e que vai continuar enquanto a gestão profissional não chegar ao clube.
Candidato José Guerra responde sobre a pressão interna para ter uma gestão longeva
Ruan Melo | ge.globo – Nos últimos sete anos, o Vitória teve seis presidentes diferentes. É claro que as saídas precoces aconteceram em sua maioria por insucessos no futebol. Mas também houve muita pressão política interna que pressionou a gestão. Queria saber como pretende lidar com os diferentes grupos políticos dentro do Vitória para ter uma gestão longeva.
– É um problema da crise de falsa democracia do Vitória. O Vitória não é um clube transparente. As pessoas não sabem o que acontece no Vitória. O Vitória vive de notinhas plantadas por grupo A, B ou C, de vazamentos seletivos. Isso é o que acontece quando o clube não tem uma relação transparente, democrática, profissional e republicana com sócios, conselheiros, conselheiros fiscais, imprensa, que é tão importante na vida do clube. Precisam que passem as informações, sem ser notinha aqui, vazamento… Tivemos vazamento de folha de pagamento na gestão de Ivã de Almeida! O presidente do Conselho Fiscal vazou. Com profissionalismo e transparência, a gente consegue diminuir essa fogueira de vaidades, essa luta de facão no escuro que é o bastidor do clube. E ter uma relação republicana, democrática, com todos os grupos do Esporte Clube Vitória. O formato, hoje, do estatuto permite que vários grupos participem do Conselho Deliberativo, da vida do Vitória, do Conselho Fiscal. A gente vai ter que ter uma relação republicana com eles, mostrando o que está acontecendo, as metas, como estamos no nosso planejamento. Tentando diminuir espaço para puxadas de tapetes e punhaladas pelas costas, que, infelizmente, o Vitória se tornou nos últimos anos.
A reforma do estatuto sempre tem que ser feita. Finalmente, depois de um processo de muito tempo, chegamos a um estatuto que acompanha, trouxe o Vitória para o século XXI, com comissões, com a necessidade de o candidato a presidente apresentar um plano de gestão, que não acontecia antes; discutir como vai ser a governança, o futebol, o esporte amador, o patrimônio. A gente avançou muito neste estatuto, mas é um trabalho que sempre vai ter que ser avançado. E a Frente Vitória Popular como caudatária de vários movimentos de reforma do estatuto de democratização e como, talvez, a grande partícipe do processo de reforma do estatuto, tem tudo para, no Conselho Deliberativo, com nosso candidato a presidente e o candidato a vice, e no Conselho Fiscal, garantir essa evolução estatutária e institucional sem muitos contratempos.
Considerações finais do candidato José Guerra, da chapa Frente Vitória Popular
Considerações finais
– Temos um fim de semana muito importante para o clube dentro e fora de campo. No sábado, com o sócio-torcedor elegendo sua nova presidência, Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo. É muito importante a sua participação para que a gente construa, faça um novo Vitória. No domingo, enchendo a casa, vencendo o Figueirense e encaminhando a classificação para a Série B e o nosso retorno à Série A, de onde não deveríamos ter saído. Temos um plano, um grupo, um projeto e a nossa história mostrando que temos tudo para fazer, no Vitória, uma gestão democrática, transparente, profissional, popular e vencedora. Então, no dia 17, se você está cansado dessa gestão de tapar buraco hoje para cavar amanhã, vem para a Frente!
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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2022/09/14/sabatina-do-ge-jose-guerra-avalia-divida-do-vitoria-e-destaca-potencial-de-receita-muito-grande.ghtml
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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.