Walter revela animação por estreia e descarta comparação com Léo Ceará: “Não sou esse artilheiro”

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O atacante de 31 anos passou por uma preparação especial nos últimos dias para ganhar condicionamento físico e perder peso. A possibilidade de entrar em campo justamente em um clássico anima Walter. Apresentado na manhã desta quinta-feira, o jogador não escondeu a empolgação para atuar pela primeira vez com a camisa rubro-negra.

– Sem dúvida. É um jogo diferenciado, sempre falo. É um jogo diferente, um campeonato à parte. Eu, graças a Deus, já joguei muitos jogos assim, como Grenal, Atletiba, RePa, já estou acostumado. Sem dúvida é um jogo diferente. Um jogo que estou bem concentrado, bem focado. Se o professor optar por me levar para o jogo, estou bem concentrado, bem treinado, que é o mais importante, e estou muito bem.

Walter foi contratado para suprir a lacuna deixada por Léo Ceará, que foi artilheiro do time na última temporada, com 20 gols. Porém, o reforço rubro-negro avisa que não tem as características necessárias para ser classificado como um goleador. Na temporada 2020, em 21 jogos realizados, ele balançou as redes apenas uma vez. Assim, é melhor evitar comparações.

– Meus últimos anos… fiquei quase dois anos sem jogar. Voltei ano passado. Faz seis meses que voltei a jogar. Muito recente. Graças a Deus peguei o ritmo de jogo e de treino. Mas Léo [Ceará] é um atacante nato, um artilheiro. Eu não sou esse artilheiro, não sou esse matador. Vou ajudar da melhor forma, fazendo gol, dando passe para meus companheiros. Léo tem dois anos seguidos fazendo gol, um baita de um atacante. Espero fazer 50% do que ele fez no Vitória.

– Não sou um atacante parado, nunca fui. Sou um atacante que gosta de se mexer bastante, gosta de armar para os atacantes de beirada. O meia que joga comigo precisa entender para trazer minha posição, gosto bastante de armar jogada, não sou muito de fazer gol. Gosto de fazer gol, lógico, mas penso que, primeiramente, o time precisa vencer. Não importa quem faça o gol.

Walter já vestiu as cores do Rubro-Negro baiano, mas na época em que ainda era um adolescente que sonhava com a oportunidade de virar profissional. O atacante, que assinou contrato válido até o fim da Série B, diz que o retorno é um desejo realizado.

– Queria agradecer o carinho da torcida. Esperem muita luta, muita vontade de vencer. Eu cheguei com 15 anos no Vitória. Eu sentava na arquibancada e imaginava jogar para essa torcida. Graças a Deus chegou esse momento. Pena estar sem a torcida, mas certeza que a torcida estará m casa olhando. Será marcante para mim, depois de 16 anos, vestir a camisa do Vitória e estar no profissional. Saí de casa com minha mãe chorando, eu chorando, era muito novo para sair de casa. Falei que ia chegar no profissional. Pena que não deu, tive que sair. Mas hoje volto parecendo aquele menino. Sou muito grato ao presidente pelo esforço para me trazer. Sou muito grato mesmo a todos.

O Ba-Vi deste sábado está programado para ter início às 16h (de Brasília), no Barradão. O jogo será válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste.

Experiência
– Experiência a gente aprende. Graças a Deus já treinei bastante, vi que a qualidade dos meninos é muito boa, tem muito menino bom. Estou acostumado, vejo alguns meninos da base meia-boca. Aqui não, a qualidade de treino é muito boa. Tem jogadores que não vão para o jogo e, em alguns lugares, ficam com preguiça de treinar. Aqui é diferente. Aqui todo mundo está querendo uma chance, quando perde todo mundo fica brabo. Isso é muito importante, pois forma um time vencedor.