Carpini explica escolha por Jean Mota e avalia mudanças no Vitória: "Não tenho medo de arriscar"

Carpini explica escolha avalia

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Vitória 1 x 0 Bragantino | Melhores momentos | 30ª rodada | Brasileirão 2024

O Vitória bateu o Bragantino por 1 a 0, encerrou uma sequência de dois jogos sem vencer e deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Em confronto direto contra o Z-4 disputado no Barradão, Everaldo anotou o gol da partida no segundo tempo (assista acima aos melhores momentos).

Nome do jogo, Everaldo só entrou em campo durante o intervalo da partida. Na entrevista coletiva, o técnico Thiago Carpini explicou a escalação rubro-negra, que teve o retorno de Jean Mota ao time titular como principal novidade.

– A gente procura estratégias em cima de cada adversário, tentando usar o que tem de melhor. Com o Jean Mota, a ideia era controlar mais o jogo. Enfrentei o Bragantino quatro vezes neste ano, e eles fazem uma linha de cinco na frente de zaga. E eu sinto o Matheusinho mais sobrecarregado nessa criação, já que os jogadores de lado jogam mais na profundidade e não vêm muito para dentro para circular a bola. A ideia com o Jean, que era um dos meias de origem que temos no elenco, era fazer um quadrado atrás dessa segunda linha e sustentar mais o jogo para soltar mais o time. O Bragantino é um time de muita transição, eles têm muita força. Colocar o Everaldo e o Carlos Eduardo desde o início deixaria o jogo com muita trocação e pouco controle.

Além de sacar Jean Mota e Mosquito no intervalo para as entradas de Everaldo e Carlos Eduardo, Carpini fez as três mudanças restantes aos 18 minutos, com as entradas de Zé Hugo, Machado e Willian Oliveira nos lugares de Luan, Ryller e Janderson. O treinador admitiu que o Vitória não teve grande exibição, mas destacou que "não tem medo de arriscar".

– Em alguns momentos foi bom, mas na grande parte do jogo não. O que me sustenta é o treino, e o Jean vem treinando muito bem. Eu valorizo o que ele tentou produzir,. Sabemos que ele não tem ritmo e é difícil para o atleta voltar em um jogo de alta rotação como esse. Agora é contagem regressiva, e precisamos trabalhar também o aspecto emocional. Não foi uma das nossas melhores apresentações, muito pelas ausências. O Jean e o Ryller foram escolhas minhas, e ainda teve o Janderson. Três peças fazem a diferença, são mudanças consideráveis para um time entrosado.

"Não tenho medo de arriscar, tenho convicção do que faço no dia a dia. Foi assim contra o Atlético-MG. Se desse errado eu ia ouvir muito, e hoje foi a mesma coisa colocando o Jean".

Thiago Carpini em Vitória x Bragantino, no Barradão — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Com o triunfo, o Vitória foi a 32 pontos e subiu para a 16ª posição. Thiago Carpini tem a semana para preparar o time para mais um confronto direto contra o rebaixamento. No próximo sábado, o Leão encara o Fluminense, no Barradão, às 16h30 (horário de Brasília).

Veja outros trechos da entrevista coletiva

Estratégia contra o Bragantino
– No primeiro tempo procuramos sustentar o jogo para não ser um jogo de tanta trocação. Enfatizamos mais a saída de três no segundo tempo e ganhamos amplitude com Carlos Eduardo, Everaldo e Zé Hugo. A saída de três sempre obrigava os meias deles a quebrarem a linha, o que deu mais liberdade ao Matheusinho. Não foi das nossas melhores apresentações, mas vencemos uma equipe forte e que é nossa concorrente. Estou satisfeito pelo compromisso dos atletas. Não chegamos aqui na condição que queríamos estar na tabela, mas estamos bem mentalmente. Enaltecer também a torcida, que nos faz mais forte dentro de casa. Pedir também um pouco de paciência. Não dá para jogar de peito aberto na Série A, precisamos ter controle e equilíbrio.

Substituto de Wagner Leonardo
Sem dúvidas vamos sentir a ausência do Wagner, é uma referência e um jogador muito regular. Por outro lado, um dos nossos melhores jogos em casa foi contra o Vasco, e o Matheusinho não jogou. Procuro valorizar o todo, aqueles que vão ter a oportunidade de participar. Importante para o Wagner também esse descanso para voltar zerado para a reta final. Temos a opção do Andrei, do Bruno Uvini e do próprio Edu, que tem me agradado bastante e pode jogar dos dois lados. Temos uma semana para estudar isso e achar a melhor forma de enfrentar o Fluminense. A euforia de hoje já vai ficar para trás, temos que valorizar a vitória, mas com os pés no chão. Já estamos trabalhando em cima do Fluminense para dar mais um passo pela permanência. Prefiro falar do jogo a jogo, chegamos muito bem na partida porque vencemos hoje.

Tem alguma superstição?
– Acho que a fé é a base de tudo, acredito muito em Deus. Tenho minhas manias no pré-jogo também, gosto de ficar sozinho na minha sala quando eles entram para o aquecimento fazendo orações e falo com minha família também. Se fosse para dar errado, já teria dado. Viemos aqui por um propósito, não estamos aqui por acaso. Espero que a gente possa viver esse propósito.

Três substituição aos 18 minutos do segundo tempo
– Sim, para arriscar um pouco mais. Como eu falei, tudo dentro de um equilíbrio para não ficar muito exposto. A gente não pode se expor demais contra esse tipo de adversário, a Série A é muito difícil. Mas naquele momento a ideia era essa mesmo, arriscar um pouco mais dentro de um equilíbrio para vencer a partida.

Carlos Eduardo como centroavante e Jean Mota
– O Carlos Eduardo já me falou que fez essa função, então sempre que possível nos treinamentos nós testamos para criar alternativas dentro do que temos de opções para cada jogo. O quadrado com o Jean e o Matheusinho teve alguns problemas, os dois ocuparam o mesmo espaço em alguns momentos. Talvez uma certa ansiedade em ajudar e fazer tudo o que não fez nesse início. Não foi o começo de passagem que ele queria para o Vitória. Temos que abraçar esses atletas que querem ajudar. A gente tirou quem tinha que tirar, os que estão aqui vestem a camisa e respeitam o processo e a instituição. O Jean é um cara que tem nosso carinho e nosso respaldo. A responsabilidade não é do Jean, é minha. Eu que escolhi.

Como é trabalhar com o psicológico de um jogador como o Everaldo?
– Não tem tristeza mais não, é alegria. Sem dúvida é um momento difícil pessoalmente, já que a temporada não foi da maneira que ele imaginava. Tudo é um propósito, estamos aqui para ajudá-lo. Ele sentiu um pouco após uma sequência e, por isso, seguramos. É um atleta que devemos ter cuidado, não podemos perder ninguém agora. Ele foi uma opção para iniciar o jogo de hoje, mas pelo adversário pensamos que seria melhor ele entrar no segundo tempo. A gente tem que pensar no todo, e que ele tire tudo isso que ele viveu como superação para que o fim seja melhor que o início com nossos objetivos alcançados.

Já dá para pensar em Sul-Americana?
– De jeito nenhum. Nós precisamos sonhar com a permanência e trabalhar por ela. É difícil vencer neste momento da competição, é uma reta final muito difícil, cada um brigando pelos seus objetivos. Não dá para falar de coisas maiores, temos que nos consolidar. Esses 32 pontos não nos garante permanência, muito menos a Sul-Americana. Vamos pensar em fazer uma boa semana para vencer o Fluminense.

Pontos a melhorar contra o Fluminense
– Foi fundamental a vitória de hoje para a gente chegar um pouco melhor mentalmente e acabar com a ansiedade. Principalmente no primeiro tempo nós não conseguimos encaixar nosso melhor futebol, mas fomos eficientes. Agora é procurar as melhores escolhas para o jogo de sábado e, em cima do adversário, procurar um encaixe melhor. Tivemos jogos com estilos parecidos com o que deve ser com o Fluminense, acho que contra o Vasco, por exemplo. Sempre devemos buscar o equilíbrio para não fazer as coisas de qualquer jeito. Eles estão crescendo na competição, são os atuais campeões da Libertadores e venceram o Flamengo com autoridade. Sabemos da dificuldade do jogo, mas sabemos também do nosso bom momento ao lado do torcedor.

Renovação com o Vitória
– A minha cabeça está muito voltada para o momento atual, não sei se é a melhor hora para falar disso. Tocamos nessa questão rapidamente com meu representante, mas estou muito feliz aqui, fui bem recebido. Acredito em um processo de continuidade, a gente entende bem o que é o clube, muita coisa foi modificada dentro do elenco. Os que ficaram melhoraram individualmente, por isso acredito na continuidade. Vejo de forma positiva. No momento certo vamos conversar sobre isso, não acho que estamos distantes desse momento porque não dá para deixar para cima da hora. Não tive nenhuma proposta oficial do presidente, recebi uma especulação de que há o interesse do Vitória, assim como há interesse meu. Agora temos que pensar na reta final e na nossa final, e, consequentemente, uma possível permanência minha. Acho que o acordo pode acontecer em paralelo com esse momento, mas que seja com meu representante. Não quero me envolver nisso por enquanto.

Importância da torcida
– São fundamentais. Poucas torcidas fazem a festa que a torcida do Vitória faz. A energia do Barradão é diferente. Nossa superação dentro de casa passa muito pelo apoio do torcedor. Eu peço que eles continuem nos apoiando, não é hora de vaiar e de perder ninguém. A gente vai errar e vai acertar, eu erro toda hora e tento melhorar. Os elos precisam estar fortalecidos. Espero que eles continuem nos apoiando.

Como se prepara para um momento tenso como esse?
– Eu vivo muito o que eu faço, sou apaixonado por isso. Me sinto mais realizado do que como atleta. Acho que posso conquistar muito mais nessa função em que me sinto realizado. Sou um cara muito tranquilo fora do treino e fora do jogo. No treino eu incomodo os atletas, mas é para o bem deles. Mas fora desse contexto sou tranquilo, sempre busco estar em contato com minha família, procuro desligar um pouco do futebol em alguns momentos. Temos que estar com a mente arejada e estar bem mentalmente. Isso é a base de tudo.

Sucesso do Vitória em confrontos diretos e como manter a efetividade
– Eu nem me apego muito na questão dos confrontos. Eu atribuo o sucesso nesses jogos diretos à construção do trabalho. Tivemos jogos como o do Atlético-MG e do Palmeiras, por exemplo, que não foram diretos. Então, é uma evolução gradativa, acredito no processo a médio e longo prazo porque essas melhoras ficam mais nítidas. Temos feito bons jogos não só em confrontos diretos. Quando acabou o jogo já pedi o material do Fluminense ao departamento de análise. Precisamos manter o aproveitamento no returno. Somos o 8º colocado neste recorte, tudo isso passa por um processo de evolução e entendimento da maneira que o Vitória joga hoje. Diante disso, os confrontos diretos vão acontecer e espero que a gente se mantenha bem.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2024/10/19/carpini-explica-escolha-por-jean-mota-e-avalia-mudancas-no-vitoria-nao-tenho-medo-de-arriscar.ghtml


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