Titular do Vitória após lesão de Arcanjo, Dalton destaca respeito e revela ansiedade em estreia

Titular Vitória após lesão

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Contratado em maio, Dalton fez seu primeiro jogo pelo Vitória no último domingo, no triunfo por 2 a 1 sobre o São José-RS, fora de casa. Mas, se a expectativa era por uma chance pontual, o goleiro se enganou. Titular da meta rubro-negra, Lucas Arcanjo passará por uma cirurgia no ombro e não poderá mais entrar em campo nesta temporada.

Dalton, agora, terá a chance de assumir a titularidade no gol do Vitória. Escolhido para conceder entrevista nesta quarta-feira, o goleiro pregou respeito e destacou a admiração que tem pelo companheiro de clube.

"A gente jogou contra na Série B, acompanhei todo o trabalho dele [Lucas Arcanjo]. Admiro como profissional e passei a admirar como pessoa. A gente trabalha no dia a dia e cria esse vínculo", afirmou Dalton

1 de 2 Dalton, goleiro do Vitória, em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes/TV Bahia

Dalton, goleiro do Vitória, em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes/TV Bahia

O goleiro de 35 anos, que também já passou por uma cirurgia no ombro, lamentou a lesão do colega e lembrou da estrutura oferecida pelo Leão para a recuperação.

"É um período difícil. A recuperação não vai ser fácil, falo por experiência própria. Ele vai voltar muito bem", diz.

– Antes de sermos atletas profissionais, nós somos seres humanos. Então, tem que entender e saber respeitar que eu não gostaria de ter entrado nessa situação, mas são coisas que acontecem. […] Eu sinto por ele, sei o que ele vai passar, porque passei também. E ele vai voltar muito bem. A fisioterapia aqui do clube é incrível e vai dar essa condição para ele. O médico também, que vai fazer a cirurgia. Ele tem que estar tranquilo. Estava muito bem nos jogos que vinha fazendo a gente torce e acredita no melhor. É isso que desejo para ele, como falei para ele na minha chegada, que sempre vou torcer, respeitar, e vou continuar fazendo isso na minha vida. É pautada no respeito, acima de tudo – afirma.

Apesar da experiência e de uma carreira longa, Dalton ainda sente a expectativa da estreia e diz que sentiu isso no último domingo. Segundo ele, a ansiedade é um sentimento bom, porque gera concentração.

– Mesmo sendo um goleiro experiente, mesmo tendo vivido muito o futebol, a estreia gera essa ansiedade, essa expectativa. Se não gerasse essa expectativa, não tinha por que eu estar jogando futebol ainda – disse Dalton.

2 de 2 Goleiro Dalton em treino do Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Goleiro Dalton em treino do Vitória — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

E se engana quem acha que o goleiro pensa em aposentadoria. Para Dalton, enquanto houver cuidados com a parte física e um extracampo profissional, haverá motivação e condição para entrar em campo e dar o seu melhor.

– A gente entende que, no futebol, criou-se esse rótulo de que o jogador, quando atinge uma certa idade, já não serve. Mas penso que existem dois tipos: o jogador de futebol e o atleta profissional. Quando você é um atleta profissional, independente da sua idade, se você se cuida, tem um extracampo profissional, que vá te dar essa condição, você pode seguir até 40, 42 anos, como outros jogadores vêm fazendo – concluiu o goleiro.

Dalton tem um novo compromisso com a camisa do Vitória neste domingo. O Rubro-Negro recebe o Paysandu, no Barradão, em partida válida pela 15ª rodada da Série C. O jogo tem início marcado para as 16h (de Brasília).

Confira outros trechos da entrevista de Dalton

Ritmo de jogo
– A questão de ritmo de jogo é muito controversa, porque a gente trabalha no dia a dia, a gente entende que é uma situação diferente. A atmosfera de jogo, batida de jogo. A gente encontra situações completamente diferentes do que a gente faz no treino no dia a dia. O ritmo de jogo a gente vai adquirir com a minutagem, com os jogos, com as defesas que tu faz, as intervenções. Isso que o ritmo de jogo nos traz. Essa segurança, credibilidade de tentar fazer um lance que, porventura, com menos ritmo de jogo, tu não faria. Com ritmo de jogo, fica mais natural, movimento mais simples de ser feito. Mas acredito que o trabalho nos dá essa facilidade. A gente vem trabalhando muito bem com o Ferreira, que é um excelente preparador de goleiros. Tanto em vista do que aconteceu no jogo, as intervenções, as atitudes. O que condiz ao trabalho que a gente vem fazendo no dia a dia.

Gramado sintético
– É uma superfície diferente do que a gente convive. A gente se prepara para qualquer tipo de situação. O trabalho que o Ferreira faz com a gente nos dá essa segurança. Independente de campo, superfície, foi um jogo muito bom como equipe, tirando a parte individual. Mas fico feliz pela equipe, como a equipe se portou, como soube entender a proposta de jogo, como sentiu o gramado. Isso é muito bom para nós, que continuemos sempre nessa caminhada, fazendo nosso melhor.

Equilíbrio da equipe
– Todos nós temos o nosso percentual de contribuição, desde os mais jovens, com a jovialidade, aquele sentimento de que, às vezes, sendo irresponsável, mas sendo responsável sim. E a gente, como mais experientes, passando essa tranquilidade de que eles têm que entender o jogo, o momento do jogo. A gente tem essa responsabilidade, às vezes, de sentir o momento em que precisa parar um pouco o jogo, em que a equipe adversária está num momento melhor. Ou se a gente está num momento melhor e acelerar o jogo. São situações que eles irão aprender também, com a vivência de jogo, a vivência de campo. A gente se sente bem tendo essa mescla de experiência e juventude. É um ponto positivo para nós, e a gente tem conseguido aliar muito bem. Os jogos têm dito isso, os resultados também. Futebol é resultado. A gente conseguiu esse equilíbrio. A gente vem fazendo nosso melhor, que é o mais importante para o Vitória.

Preparação durante a semana
– Não tem atalho, não tem mistério. É só fazer o nosso melhor. Seja na semana, melhorando o que a gente tem feito, nós vamos sempre fazer o melhor. Se a gente tem a melhor defesa, começa do ataque. Não é só propriamente pela defesa. É lá no ataque, que começa diminuindo os espaços, chega no meio-campo, no setor defensivo, os zagueiros. Depois, no goleiro. A julgar, o Lucas vinha fazendo um grande trabalho. É mérito dele. Não tem por que a gente tirar esse mérito. Acredito que, se fosse Yuri ou Cabral que estivesse no gol, também iria fazer seu melhor. A gente tem esse pensamento de fazer sempre nosso melhor, melhorar a cada dia, a cada treino. Para que, no jogo, a gente colha o que a gente fez na semana. Se a gente fizer o melhor, a gente vai ter o jogo perfeito, as melhores decisões. Estaremos mais próximos da vitória. Não quer dizer que ela vá acontecer, mas a nossa semana vai dizer o que vai ser o jogo.

Trabalho de João Burse
– Eu penso que todo mundo aceitou, entendeu e já vinha se comprometendo com o trabalho que vinha sendo feito. Entendemos a metodologia, continuamos fazendo o nosso melhor, e os resultados apareceram. Isso dá credibilidade ao trabalho, segurança, confiança, tanto para a comissão técnica como para nós. Que a gente continue assim. Tanto a diretoria, passando por esse lado também, a diretoria faz parte também, comissão, jogadores. E todo o staff. Que todo mundo entenda que a gente precisa sempre fazer o nosso melhor. A gente vem fazendo e que continue dessa maneira, acreditando até o fim, que é possível. Vamos seguir dessa maneira até o final.

Apoio da torcida
– Todos os jogos são decisivos, independente de situações, de torcida. Esse é um ponto favorável para nós. Nós jogamos em casa, tendo apoio da torcida. Ela sabe o quanto é importante para nós esse 12º jogador. Quando a gente passa lá no portão 16, a gente vê o Barradão lotado, é diferente. Para os adversários também. Então, quando a gente conta com eles, a gente sabe do momento do Vitória. O Vitória é grande, é gigante. O momento que a gente enfrentando a gente entender o que torcedor quer. E estamos fazendo o nosso melhor. Que o torcedor entenda isso também. O quanto a gente precisa deles e o quanto a gente vai fazer por eles, por nós, pelo Vitória. Nestes 90, 95 minutos que teremos no domingo, vamos entregar nosso melhor, lutar até o fim. Não vai deixar de lutar nunca pelo Vitória, pelo resultado, assim como eles não deixam de nos apoiar nos 90 minutos.

Jogar no Vitória
– Eu vivo de desafios. Quando surgiu a oportunidade de vir para o Vitória, eu entendi que era um desafio gigante, muito grande. Pelo tamanho do Vitória, pela instituição, pela torcida, pelo que essa camisa representa no cenário nacional. Não vejo que seja um peso. Isso só proporciona que a gente se prepare melhor. E quanto maior a responsabilidade, mais você precisa se preparar. A gente tem se preparado muito bem para isso. A gente tem trabalhado para isso. O trabalho nos dá essa segurança. Acredito no trabalho. Não acredito que haja atalhos para a gente conseguir os objetivos. A gente tem que estar seguros disso, e estamos seguros por causa do trabalho. Que a gente continue sempre acreditando no trabalho, filosofia, seja qual for a circunstância.

Titularidade
– Nenhum momento passou pela minha cabeça de não ter sido bom. Porque eu sou senhor das minhas escolhas. Quando decidi vir, vim sabendo que iria brigar pelo meu espaço. Ninguém é contratado para ser titular. No contrato não diz que tenho que ser titular. Eu chego sabendo que tenho que respeitar os goleiros que aqui estavam, como fiz e como vou continuar fazendo. Sabia que, em algum momento, ia acontecer a oportunidade e eu tinha que estar preparado para ela. Eu trabalhei, soube esperar, respeitei o Lucas. Não tem por que fugir disso. Minha carreira profissional foi assim. Minha escolha foi certa, e vou seguir com ela até o final, até o último dia do meu contrato. Sigo feliz, contente. Graças a Deus, abriu-se essa oportunidade. Não tem por que achar que não foi certa minha escolha.

Alterações na Lei Pelé
– A gente acompanha, porque vai acarretar em alguma coisa para nós. Minha opinião é de que se ouça a nossa voz, nossa opinião. Tudo o que tem se falado é uma verdade da nossa parte. O Brasil vive um caos político, porque a gente nunca sabe onde a gente vai parar. Tem que se ouvir o lado do atleta. Não adianta analisar esse ponto de vista apenas pela minoria da classe. Tem que se ouvir de modo geral. Precisamos ser ouvidos. Que a gente entenda também o lado político, o que tem sido feito, mas não pode ficar dessa maneira. A gente precisa ter voz ativa também. Eles precisam ouvir o nosso lado, o que a gente passa, as nossas dificuldades. É um direito nosso. Não acho que seja certo tirar nosso direito. Não acho que seja plausível o que ele está pleiteando naquele cenário. Porque é muito fácil chegar lá, jogar alguma coisa a Deus dará que seja benéfico apenas para uma parte. Tem que ser benéfico para as duas partes. Que seja um consenso para que todo mundo fique bem. E que não no prejudique. Porque o mais prejudicado nisso está sendo a gente.

Recado para o torcedor
– Fica aqui o meu convite. A gente sabe da atmosfera que tem se criado. A gente já viveu isso uma vez. Gostaríamos de viver novamente, o Barradão lotado, que ele continue assim, que a torcida venha, nos apoie. Dentro de campo, vamos fazer nosso melhor. Nunca amos deixar de lutar. A gente vai se entregar ao máximo, se dedicar e fazer nosso melhor. Isso é indiscutível. O torcedor tem visto isso e vai continuar vendo sempre.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2022/07/13/titular-do-vitoria-apos-lesao-de-arcanjo-dalton-destaca-respeito-e-revela-ansiedade-em-estreia.ghtml


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