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Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, Caio Vinícius relembrou os momentos mais difíceis após a descoberta e celebrou a volta por cima com a camisa vermelha e preta.

– Como você mesmo disse, tive um longo período inativo, muitas pessoas comentaram que talvez seriam lesões musculares, mas, quando voltei para o Fluminense, no início de 2023, ao refazer os exames de pré-temporada, foi constatado que eu estava tendo uma arritmia no coração. E para o bem e para a continuidade de minha carreira, os médicos acharam melhor que eu ficasse um período inativo, acompanhado de perto pelos médicos do Fluminense e, graças a Deus, deu tudo certo. Foi da forma como esperávamos e hoje estou 100%, me sinto muito bem, e só tenho a agradecer, desde já, ao doutor Fabrício Braga, que me acompanhou lá, o doutor Douglas, do Fluminense, que deram todo o suporte ao clube também, fico muito grato e feliz. Emoção muito grande eu senti naquele jogo por ter feito o gol – apontou o jogador.

O ponto alto da temporada do volante até aqui aconteceu no último sábado. Titular contra o ABC na vaga de Dudu, que não foi relacionado por confusão em um camarote do carnaval de Salvador, Caio Vinícius aproveitou bem a oportunidade e marcou o segundo gol do Rubro-Negro na vitória por 3 a 1. Porém, essa boa atuação não deve deixar o jogador acomodado.

– Então, tenho buscado da melhor maneira possível aproveitar essas oportunidades que venho tendo, até porque venho de um período muito longo sem jogar. Então, a cada momento que entro em campo, que treino aqui, eu tento me aperfeiçoar em questão física, técnica, tática, ver as necessidades que o treinador quer que eu melhore, e tem me ajudado bastante. Tenho gostado da evolução que venho tendo, até porque, pelo período que fiquei inativo, no primeiro jogo que fiz de 90 minutos, me senti muito bem, e no último jogo também, me senti muito bem, e acredito que, com o tempo, vou melhorar bastante na questão física e aprimorar questões técnica, tática, para ajudar meus companheiros a levar o clube ao topo, é o que o clube merece.

Caio disputou seis jogos do Vitória nesta temporada, dois deles como titular (Jequié e ABC). Aos poucos, o volante conquista seu espaço no elenco. Para isso, apresenta as suas características de jogo.

– Sou um cara bem eclético, acho que sou aquele volante "box-to-box", que é dito hoje no futebol, que defende bem, mas que também tem uma chegada muito forte no ataque. Dito isso, tanto é que meu gol foi dessa forma, construção de jogo nossa no ínício. Quando chegou a bola na lateral eu já estava infiltrando para a área para ajudar no ataque. É uma das características que tenho desde as categorias de base. Venho aprimorando isso e aproveitando isso muito bem. E é claro que dentro das questões do jogo, o que o professor pedir, vou estar à disposição para dar o meu melhor e ajudar o clube.

Diante de uma possível ausência de Dudu, Caio Vinícius deve receber nova oportunidade no time titular às 21h30 desta quarta-feira (horário de Brasília), contra o Juazeirense, no Adauto Moraes, pela terceira rodada da Copa do Nordeste.

Adaptação ao Vitória
– Acredito que não só eu, mas todos que chegaram no clube se sentiram muito abraçados, parecendo que já estivéssemos aqui há anos. O clube nos abraçou de maneira surreal, e isso foi muito bom para a minha adaptação. E eu venho aproveitando todas as oportunidades que o professor Léo Condé tem me dado, sempre me orienta, ele e o auxiliar dele, Renatinho, em questões que preciso melhorar. Estou buscando isso da melhor maneira possível para me aperfeiçoar e dar continuidade para ajudar o Vitória ao longo do ano.

Disputa pela titularidade no meio-campo
– Disputa sadia, ajuda o clube ter jogadores de alto nível sempre buscando seu espaço, um respeitando o outro, e é claro que a decisão final fica por conta do treinador. Todos se gostam, conversam, não tem vaidade. Quem tiver melhor ou quem tiver jogando vai dar o seu melhor, e nós vamos estar apoiando cada um ao outro a dar o seu melhor e conseguir ajudar o clube, que é o mais importante dentro disso.

Trabalho com Fernando Diniz em comparação ao trabalho com Condé
– Do Diniz é um trabalho que vem a longo prazo, quase terceiro ano. Então, a implementação que ele aplica, você consegue ter um norte melhor, ele exige muita concentração. Acredito que com o Condé não é diferente, nos cobra bastante nos treinamentos para que nós não venhamos a errar coisas simples, fazer o nosso melhor nos concentrar. Metodologia tática talvez diferente, mas os conceitos de pessoas talvez seja o mesmo, nos motiva da mesma forma, assim com o Diniz. E é isso que nos faz crescer e nos dá motivação para querer correr, fazer o nosso melhor. Ter um treinador que nos dá confiança e direciona o caminho para melhorar questões técnicas e táticas e aprimorar isso. Agradeço muito ao professor Léo Condé pela confiança, por acreditar em mim mesmo com esse longo tempo que fiquei parado e ter me dado essa confiança, e pretendo ajudá-lo e aprender ainda mais com ele.

Adaptação no Vitória
– Questão mais foi de ritmo, até porque você perde isso. Fica meio desnorteado quando entra para atuar, mas eles me deram todo apoio, suporte que precisava, e sempre tentei fazer o meu melhor para aprimorar isso, e graças a Deus estou tendo uma evolução muito boa, muito grande, e fico muito contente pela ajuda que venho tendo de todos da comissão técnica do clube e fico muito grato por estar tendo uma evolução muito grande e conseguir apresentar o meu futebol, que é o mais importante.

Caio Vinicius torcedor para o Caio Vinicius jogador
– Pergunta bastante inusitada, mas acredito que falaria para mim mesmo para continuar, perseverar naquilo que acredito, confio. Sou um cara bem tranquilo, família, então busco estar perto das pessoas que amo, buscar força em Deus, que é o mais importante, e fico muito contente por tudo que passei e hoje estar vivenciando isso novamente, muito gratificante para mim. Só tenho a agradecer a Deus e agradeço muito. Acho que o Caio Vinícius de um ano atrás, hoje, é um Caio Vinicius totalmente diferente, centrado, mais focado nos seus objetivos e mais família. Eu parabenizaria ele por tudo que ele vivenciou e vivencia hoje.