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Nos últimos 10 dias, o Vitória entrou em campo quatro vezes e fez três viagens. No dia 8 de outubro recebeu a visita do Oeste, três dias depois enfrentou o Cuiabá, no Mato Grosso, de lá foi até Santa Catarina pegar o Criciúma, no dia 15 e nesta sexta-feira (18), encarou o Londrina, no Barradão. Após a derrota para o time paranaense, o Leão só voltará ao gramado no próximo domingo (27) para jogar contra a Ponte Preta, em Campinas, e o compromisso seguinte será também com outra semana livre, no dia 2 de novembro, um sábado, diante do Figueirense, em Salvador. O técnico Geninho ficou aliviado com esse tempo para treinar o time e recuperar jogadores no departamento médico para a reta final da Série B.

Desde que voltou ao comando do Leão, no dia 24 de setembro, o treinador disputou sete jogos sem ter tido muitas oportunidades para trabalhar o elenco. "É muito bom para nós treinadores ter uma semana cheia. Do jogo que fizemos em Criciúma para esse, nós não trabalhamos praticamente. Viajamos a quinta-feira todinha, saímos de Criciúma às 6h30 e chegamos aqui 16h. O pessoal dormiu e chegou aqui para trabalhar todo mundo cansado, porque não tinha dado aquelas 48 horas regulamentar que os fisiologistas dizem que os jogadores ainda estão com a carga do jogo. Então, ontem [quinta], fizemos um trabalho de bola parada, o departamento físico e de fisiologia trabalharam para poder soltar o pessoal. Tivemos alguns jogadores apresentando dores, no caso de Jordy e Eron que não trabalharam ontem. Jogadores que chegaram e ficaram no departamento médico, fizeram tratamento intensivo dentro da concentração. Foram liberados para o jogo, mas estavam à meia-boca. Acho que essa semana vai ser importante para recuperar esses jogadores que estavam no departamento médico, temos vários jogadores importantes lá. Espero pelo menos para o final de semana ter todos à disposição para que a gente tenha mais opção de montar o time e tempo para trabalhar dentro do campo. Do jogo do Criciúma para cá foi só teoria, conversa, só mostrando. É importante mostrar, mas tem ser da teoria para a prática. Essa semana é muito boa, acho que vamos ter duas semanas, porque jogamos domingo e depois voltamos a jogar só no outro sábado. Nesses 15 dias vamos fazer dois jogos, acho que tem que ser muito bem aproveitado. Depois temos um arranque final com jogo de terça à sexta e aquelas loucuras para terminar o campeonato", destacou.

Antes da derrota para o Londrina por 1 a 0 nesta sexta, o Vitória vinha de três bons resultados, sendo duas vitórias e um empate. Geninho atribuiu o revés ao desgaste da sequência de jogos e viagens das últimas partidas, além do acúmulo da temporada já que a Série B entrou na sua reta final.

"Tem jogador jogando desde maio. Agora no caso específico do jogo de hoje, acho que essa sequência que tivemos de viagens e jogos seguidos. Jogamos aqui, viajamos para lá, viajamos para aqui, jogamos… Jogamos na terça-feira, depois joguei sexta-feira para jogar de novo terça e jogar de novo hoje. É terça-sexta, terça-sexta com viagens no meio. Nós não fomos ali, nós fomos lá em baixo, porque não chega em Criciúma de avião. Você chega de avião em Florianópolis, pega um ônibus e roda mais um montão para lá. Você passa um dia viajando. Você tem aeroporto, translado, tudo isso reflete nos jogadores. Eles não tem descanso. Os horários de voos também não são muito bons, porque você viaja com uma companhia só e é obrigado a achar os voos dela. Então, nós poderíamos ter jogado à noite, se você tem um voo melhor poderia ter dormido até 8h, pegado um voo na hora do almoço… Mas não, nós tivemos que levantar às 6h, porque às 6h30 o voo subia. Aí você chega em São Paulo e não tem um voo logo em seguida. Às vezes o voo atrasa como atrasa em São Paulo e você fica um tempão no aeroporto. Quem já passou por aeroporto sabe que você não descansa. Aí você tem outra viagem curta. Isso tudo traz um desgaste grande. Acho que em relação a esse jogo, o cansaço se referiu mais a essa maratoninha de jogos que fizemos, mas pesa muito também o campeonato estar chegando na reta final, tanto que você vê que estão acontecendo micro lesões, não aquela lesão grave, mas um estiramento, uma entorse, uma dor aqui, uma dor ali, fazem com que você perca jogador por um ou dois jogos. Como estão sendo seguidos, se você perde o jogador por uma semana, fica fora por dois jogos", ressaltou.

O duelo com a Ponte Preta no próximo dia 27 está marcado para às 16h, no Moisés Lucarelli, pela 31ª rodada da Série B. Faltando oito jogos para o encerramento do campeonato, o Vitória segue fora da zona de rebaixamento na 16ª colocação com 33 pontos, três a mais do que o Vila Nova na 17ª. Além disso, o Leão ainda tem dois triunfos a mais do que o concorrente goiano, primeiro critério de desempate. Já o time de Campinas é o 10° com 40 pontos.