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Em entrevista concedida antes da partida, o treinador rubro-negro celebrou a possibilidade de jogar diante do torcedor do Vitória, que ele conhece de jogar contra.

– Meu sentimento é de felicidade, alegria. A gente vem passando para o nosso jogador a importância de ter o torcedor ao nosso lado. Então a gente encara com alegria, como muito importante. E, assim, eu vim jogar muitas vezes aqui no Barradão contra o Vitória. E todas as vezes em que eu vim jogar aqui, a torcida apoiou o tempo inteiro, incentivou os jogadores o tempo inteiro. Então a gente sabe da força do nosso torcedor. A gente quer jogar junto com o nosso torcedor, com certeza – afirmou.

Por causa do decreto do governo baiano, só é permitido o acesso de torcedores imunizados com as duas doses da vacina, ou com a dose única. Dentro do estádio, é obrigatório o uso de máscara. Apenas 30% da capacidade do Barradão estará disponível para o jogo.

– Todas as vezes em que eu vim jogar aqui contra o Vitória, com outros clubes, a torcida apoiou, jogou junto com o Vitória o tempo inteiro, gritando, incentivando. Uma torcida bonita, batucada, coisa linda. A gente espera que o torcedor continue fazendo a parte dele. Depois de um ano e sete meses, você tem a oportunidade de jogar do lado dessa torcida maravilhosa, eu estou feliz. O que peço é que o torcedor nos apoie, ajude a enfrentar mais esse jogo importante. A gente respeita muito o Itabaiana. Independentemente de qualquer situação. Então é importante o nosso torcedor jogar junto com a gente, porque vai ser um jogo difícil, importante. A gente espera contar com o apoio de todos – disse.

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Apesar do reencontro com a torcida, o jogo contra o Itabaiana é reflexo da fase terrível vivida pelo clube, que sequer conseguiu vaga para entrar direto na fase de grupos do Nordestão.

Questionado sobre o assunto, Wagner Lopes preferiu não criticar o calendário, que colocou o Vitória em jogos decisivos por duas competições diferentes, afinal a equipe ainda briga contra o rebaixamento para a Série C.

– Não adianta reclamar de calendário, de ter que disputar uma pré-classificação, porque é a forma como a gente chegou até aqui. Nós somos os responsáveis por estarmos nessa situação, por não termos conseguido a classificação antecipada. Então os erros que aconteceram no passado, estamos colhendo o fruto agora. Então é corrigir a rota, fazer o nosso melhor, buscar a classificação, mesmo com todo respeito ao Itabaiana, a gente fazer o melhor. E, nos próximos anos, fazer um time mais competitivo, um time melhor no Campeonato Baiano, para poder se classificar para a Copa do Nordeste antecipadamente – disse.

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O jogo contra o Itabaiana está marcado para 21h30 (horário de Brasília) e é um confronto único. Quem vencer, avança para mais uma fase da Pré-Copa do Nordeste, antes de confirmar a classificação para a fase de grupos. Quem perder, estará fora da competição, que será disputada em 2022.

Time não marca gols; pretende mudar o ataque?
– A gente vem dando oportunidades… Vínhamos testando vários jogadores ali. As oportunidades não estavam nem sendo criadas. Depois, a gente começou a construir melhor, a definir melhor no último terço, a chutar mais a gol. Então a bola não está entrando, mas por outras questões. Acredito que ficar mexendo toda hora não é o caminho. A gente está treinando cada vez mais e melhor no último passe, a finalização, atacar com mais gente pisando na área. Não adianta… As soluções que a gente está buscando, as melhores respostas que tivemos, foram com jogadores que entraram no último jogo. A gente tem muita fé que a bola comece a entrar, que as coisas comecem a fluir normalmente. Para que a gente consiga fazer mais gols.

Como está o clima, após a vitória fora de casa?
– Clima de otimismo, de trabalho, de companheirismo. A gente vem preparando, nos últimos cinco dias, especificamente para a Copa do Nordeste. É um campeonato importantíssimo para nós. Nós vamos encontrar um adversário duro, que a gente estudou bastante, que a gente conhece. A gente sabe que teve muitas mudanças da Série D para cá. Mas o nosso clima na preparação para esse jogo, nosso ambiente de trabalho, é muito positivo.

O que sabe do Itabaiana?
– Eu sei tudo. Assisti aos últimos jogos da Série D, contra o América, assisti contra o Bahia de Feira. Posso te dizer que a gente estudou muito, sabe a forma como o time jogou esses jogos. Desde o Léo Elivelton, que jogou ali improvisado, Ramon, Michel, Paulinho lateral-esquerdo, Felipe Recife volante, Jacobina, Tércio, que é o construtor, maioria das bolas passa pelos pés dele. Pedro Henrique a gente conhece, o Cleyton, Paulinho também. Hoje em dia, da mesma maneira que tenho certeza que eles estudaram o nosso time, a gente estudou o deles. Então nós temos o Gabriel Elói, que é nosso analista de desempenho, ele busca todas as informações, a gente senta estuda, tira impressões, opiniões. Sandro ajuda, Flávio ajuda, Ricardo ajuda. Todo mundo buscando informações. Eu gosto muito de uma frase de A arte da guerra, que primeiro você conhece suas deficiências, depois você tem que conhecer seu adversário. Isso é muito importante.

O que representou vitória sobre o Sampaio
– Nada mais me empolga no futebol com relação a você dormir na vaia ou dormir no aplauso. A gente sabe a importância que é ganhar três pontos fora de casa, uma coisa dificílima, mas a gente está sempre com os pés no chão, sempre buscando equilíbrio, sempre buscando motivar os jogadores da melhor maneira possível.

Mudar de foco é bom?
– Todos os jogos a gente encara de uma única maneira, que é como sendo o jogo mais importante de nossa vida. O jogo de terça-feira, contra o Itabaiana, é o mais importante da vida do Vitória. A gente encara dessa maneira. Jogar bem, no limite, buscar o melhor. Não adianta ficar falando de calendário, ficar criticando. O calendário é esse, vamos superar.