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Alan Santos é o entrevistado desta sexta-feira do Segue o BAba. Aos 31 anos, Alan é autor do livro "O Grande Jogo", que traz reflexões sobre o esporte e a fé. Ele também estuda para se formar em coaching esportivo ainda neste ano, perfil importante dentro de um clube marcado para uma série de decepções no ano.

– Eu fiz cursos sobre comportamento, expressões. [O perfil estudioso] Já influenciou, sim. Muitos me pediram livro, que eu dei de presente, e estão lendo. Eles estão compartilhando coisas que têm vivido do livro. Outro que tem a prática da leitura falou que sempre pensou em escrever um livro, mas nunca iniciou e que isso o encorajou – contou.

"Tem muitos atletas que se abatem muito na parte psicológica, e eu tento conversar com o cara pela minha experiência", conta.

– Que, se ele desanimar, vai estar burlando, porque vai vir outra oportunidade. Vai dar o pretexto para o treinador falar – comenta Alan.

"95% é a parte emocional. Lógico que tem o talento. Mas a cabeça conduz todo corpo".

Desde muito cedo, Alan teve que conviver com as frustrações no futebol. Um delas, quando estava no Santos, envolveu o gigante Real Madrid. À época, o clube queria contar com o jogador, mas a transferência não se concretizou.

– Fiquei muito entusiasmado com a notícia. Eu estava em Barcelona, naquele jogo Barcelona x Santos. Recebi a notícia no hotel, que o Real Madrid estava em negociação, pelo fato de o Casemiro ter subido para o Real Madrid A. Eles estavam em busca de uma característica do Real Madrid, e eu fui indicado pelo observador que assistiu a três jogos meus no Santos. Só que todo o contexto cooperou para que eu não pudesse ir. Foi na semana de fechar a janela no Brasil. E eu conversei com o presidente, que falou que iria colocar a decisão no Conselho. E aí ele voltou da reunião dizendo que tinha pretensão grande para mim e que a proposta era de empréstimo. Então ele colocou um valor de venda absurdo. O presidente enfartou, ficou internado, o vice-presidente assumiu e caiu da arquibancada. Não tinha ninguém para assinar o contrato. E eles já tinham decidido, por eu ser um jovem promissor, que achavam que eu iria ser vendido por um pedido maior.

"Não me frustrou por isso, creio que tinha que ter acontecido. Todas as coisas que acontecem na nossa vida são necessárias para crescer. A gente aprende ou ganha".

No papo, o jogador comentou a adaptação à posição de zagueiro no Vitória, mais uma nova função em uma carreira marcada pela polivalência. Alan começou no futebol como meia e passou a "andar para trás" ao longo dos anos.

– Nem eu sei mais o que eu sou, verdade [risos]. Agora a torcida está pedindo para eu continuar de zagueiro. Meu grande prazer é estar dentro de campo. Já joguei em diversas posições. Analisando minha carreira, só não joguei de centroavante. O meu intuito é ajudar o Vitória a conquistar o objetivo no ano.

– Fabiano Soares, eu joguei contra ele no clássico Atletiba. E eu era primeiro volante. Ele conhecia um pouco da minha característica e quis me colocar de zagueiro, porque ele queria característica de time de imposição com a bola, parte técnica do colocar o time adversário lá atrás, impor com jogadas por dentro ou fora, e ele achou que eu tinha esse passe – completa.

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