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Entre abraços e parabéns, que não foram poucos, Rodrigo Chagas chegou à sala de imprensa com a camisa molhada de suor, consequência da agitação durante o jogo de estreia no comando do Vitória. O técnico interino venceu o duelo com o amigo e “irmão” Ramon Menezes, e afastou o Rubro-Negro da zona de incomodo no Brasileirão da Série B.

Feliz, durante a entrevista pós-jogo, as primeiras palavras foram de agradecimento pela oportunidade que o clube lhe deu. “A oportunidade foi dada e a gente vai tentar mais do que nunca abraçar. A minha ideia diante dessa oportunidade é agarrar juntamente com todos os atletas, que foram muito solícitos comigo. Fico muito grato pela aceitação do grupo. Os caras me abraçaram maravilhosamente bem e entenderam aquilo que pedi e espero que a gente possa ter uma sequência boa na segunda oportunidade agora, um bom resultado nesta caminhada e, se Deus quiser, estar definitivamente como treinador do Esporte Clube Vitória”.

A vitória de virada foi importante para os planos do Leão no Brasileirão. Fez abrir oito pontos (29 contra 21) de diferença para o Náutico, primeiro time na zona do rebaixamento.

“Eu tentei aplicar aquilo que aplico com minha garotada no sub-20. Sendo mais simples possível dentro do modelo de jogo do clube e com as minhas ideias. Gosto muito de jogar para frente, não tenho medo e acho que tivemos um equilíbrio muito bom no jogo. Não iniciamos bem os 10 primeiros, depois conseguimos equilibrar a partida e tivemos as melhores oportunidades. Tentei fazer uma situação com simplicidade para que o atleta entendesse aquilo que queria. Isso foi muito bem entendido e foi transportado para dentro de campo”, falou ao analisar o desempenho da equipe.

Rodrigo reconhece que o fato de ter feito parte por um período da comissão técnica de Bruno Pivetti acabou favorecendo. “Eu tive oportunidade de trabalhar com Pivetti, se não me engano, há dois meses e meio, e isso fez com que a gente conhecesse o elenco. É um elenco de qualidade e o que nós precisamos é dar mais confiança, jogar com mais volume e intensidade, principalmente. A partir do momento que nós conseguimos colocar isso dentro do jogo, tivemos o equilíbrio e as ações na partida. Acho de fundamental importância a gente jogar com muita intensidade sempre. Espero que essa ideia que está sendo comprada, a gente possa colocar em prática no próximo contra o Paraná”.

O técnico esclareceu a substituição de Léo Ceará no segundo tempo e revelou que Maurício Ramos e Rafael Carioca não foram orientados a forçar o terceiro cartão amarelo.

“Léo, além do cansaço, eu tinha que botar um jogador de vigor físico (entrou Jordy). Não mandei eles tomarem cartão. O de Rafael acho até que foi injusto”, afirmou.

Ele antecipou que João Victor entra na vaga de Maurício Ramos e Leocovick será o substituto de Rafael Carioca. O lateral do sub-20, Pedrinho, que já vinha treinando com os profissionais, foi requisitado para compor o grupo profissional.

FOTOS: Pietro Carpi/ECV