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Patric Calmon é um desejo antigo do Vitória, que chegou a ter negociação avançada em julho de 2023, mas esbarrou no regulamento da CBF e não pôde inscrever o atleta para a disputa da Série B.

– Realização de Deus na minha vida vestir essa camisa. Eu acho que é a terceira vez que a gente tenta vir para cá. Nas outras duas vezes não deram certo por outros fatores. Graças a Deus agora deu certo, e posso estar vestindo essa camisa com orgulho. Falei para a minha esposa que parece que eu jogo no Vitória há anos. Estou bem familiarizado, adaptado, também por ser baiano. Mas o Vitória facilita a sequência, a grandeza do Vitória. Nas duas primeiras [vezes que tentou vir para o Vitória] a gente não conseguiu, mas não faltou vontade de ambos os lados. Mas louvo a Deus por essa oportunidade ter dado certo – comemorou.

PK foi titular no confronto de estreia pelo Vitória, contra o Jacuipense, e recebeu elogios do técnico Léo Condé. Dentre alguns pontos, o lateral se destacou pelos cruzamentos feitos.

– Uma das minhas características é o cruzamento. Nos clubes por onde passei, é uma qualidade que tenho. Não é soberba. E eu procuro aproveitar muito bem isso preenchendo a área. A gente quase não conseguiu cabecear o cruzamento [contra o Jacuipense]. Se conseguir aproveitar, tem grandes chances de fazer gols. Eu até ouvi da torcida que se eu acertasse esses cruzamentos no jogo, a gente faria gols. Eu disse que ia colocar isso em prática. E, graças a Deus, fui feliz nos cruzamentos.

Natural de Madre de Deus, na Bahia, Patric Calmon é chamado de PK desde 2017, quando passou pelo Audax Rio, do Rio de Janeiro. Ele tem passagem por outros clubes brasileiros, dentre eles Bahia, Treze-PB, Atlético-GO, Londrina e Cianorte. Em 2022, chegou ao Ypiranga-RS e foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Gaúcho.

Na última temporada, PK jogou pelo Cuiabá, equipe na qual disputou 15 partidas e construiu uma relação de amizade com o atacante Deyverson. Patric Calmon comentou a relação próxima com o atacante e que o artilheiro do Dourado estaria estaria até disposto em jogar no Leão.

– Acredito que a torcida do Vitória também queria que ele viesse para cá. A gente comentava nas redes sociais que ele poderia ser um ícone para o Ba-Vi. Imagine o Ba-Vi com ele. Irmão que Deus me deu. Temos uma amizade saudável. É um cara que eu levo e respeito a história, a pessoa. Quero levar para o resto da minha vida. Eu disse a ele que queria que ele estivesse aqui com a gente. Falta de vontade não falta da parte dele. Mas existem outras coisas que a gente não tem controle. É um cara que amo, que se pudesse teria aqui.

Patric agora se aproxima da estreia diante da torcida do Vitória. Neste sábado, o Leão volta a campo para enfrentar o Bahia de Feira, no Barradão, às 16h (horário de Brasília).

Torcida do Vitória
– Acompanho o Vitória, não é de agora. Sou baiano, sei da grandeza do clube, da torcida. O que a torcida fez na Série C e Série B. Não vai faltar apoio.

Onde sente melhor jogando
– Uma característica minha é ser bem ofensivo. Costumo dizer que a defesa do lateral é o ataque. Mas a gente precisa ter equilíbrio também, defender também. No Cuiabá aprendi muito, é um clube que propõe isso. Eu aprendi muito essa parte da defesa. Estou procurando evoluir a cada dia.

Jogo contra o Bahia de Feira
– Hoje, no futebol, não encontra mais equipe boba. Todas as equipes têm qualidades e vulnerabilidades. Acredito que a gente deve olhar para si, o ponto forte, qualidade. E, durante o jogo, ver o que o adversário tem de vulnerabilidade, aproveitar para poder fazer o que sabe de melhor.

Experiência na Série A
– O Vitória é experiente nessa série. Hoje está no lugar onde não deveria ter saído. É um campeonato diferente por causa da qualidade técnica dos jogadores, com nível alto. Qualquer vacilo aproveitam. Eu acho que a gente tem jogadores de grande qualidade. Tenho certeza que o Vitória armou um elenco para corresponder à altura. A gente conseguir fazer o que tem feito nos treinamentos. A Série A está longe ainda, mas acredito que a gente vai ter maturidade.

Desempenho contra o Jacuipense
– Fico feliz pela primeira partida. Não só em particular, individualmente falando, mas no coletivo ter perfomado aquilo que o professor Léo Condé pediu. A gente trabalhou muito durante a pré-temporada para performar bem durante essa primeira partida. Acompanhei algumas coisas ao meu respeito, mas prefiro pontuar o coletivo. Acho que a gente foi bem e conseguiu o objetivo.

Luta por posição
– Ser lateral do Vitória te exige sempre performance boa. Dentro do meu trabalho, do Esteves, do Felipe, todos vão empenhar. Vou dar o meu melhor, fazer o meu melhor. Como todo trabalho, tem briga por posição. É disputa saudável, e vai jogar quem está melhor.

Luan no Vitória
– Todo mundo sabe quem é Luan, do seu potencial, o que apresentou dentro de campo e pode apresentar. Não estamos tendo muito contato por conta da correria do primeiro jogo. Ele está treinando, se não for antes, em período oposto ao nosso. Ele dispensa comentários. Acredito que estiver na sua melhor forma fisicamente, mentalmente, vai ajudar o Vitória.

Encontro com torcida
– Existe uma [frase que diz] que Deus me livre não ser Vitória. A torcida dispensa comentário, o quanto nos empurra, motiva. Não tem o que falar. O clube merece onde estar. Estou ansioso para reencontrar. Tenho certeza que vamos dar alegria ao torcedor do Vitória.