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O início ruim no Campeonato Brasileiro fez o Vitória se movimentar no mercado de transferências. E o time foi bastante ativo mesmo sem a presença de um diretor de futebol, já que Ítalo Rodrigues pediu demissão no fim de julho. Desde então, Manoel Tanajura Neto, o Manequinha, tem assumido a função no clube.

A primeira atitude do Vitória na segunda janela de transferências foi pedir o retorno de quatro jogadores da base que estavam emprestados ao Itabuna. O zagueiro Roque Júnior, o meio-campista José Breno, e os atacantes Lawan e Luís Miguel deixaram o Itabuna e foram promovidos ao elenco principal do Leão. Além deles, sete jogadores foram contratados.

Reforços do Vitória na segunda janela:

• Ricardo Ryller: primeiro reforço contratado da janela, o volante ganhou status de titular no time de Thiago Carpini;
• Neris: chegou para ocupar o lugar do zagueiro destro que tanto fez falta ao Vitória. Foi titular desde que desembarcou na Toca do Leão;
• Machado: seja titular ou saindo do banco, o meio-campista é presença certa no time Carpini;
• Edu: mais um zagueiro destro. Ganhou alguns minutos saindo do banco de reservas, mas foi "barrado" por Caio Vinícius improvisado como zagueiro quando Neris esteve suspenso;
• Carlos Eduardo: atacante ganhou minutos saindo do banco até receber a primeira chance como titular contra o Vasco no último fim de semana;
• Gustavo Mosquito: atacante estreou na segundo tempo contra o Vasco e deve ter novas chances nos próximos jogos.

A lista de reforços poderia ter mais nomes, como o atacante Léo Jabá, que frequenta a Toca do Leão desde o início de agosto. O jogador já desembarcou em meio a recuperação de uma lesão, mas não conseguiu avançar no processo e só deve voltar a jogar em 2025. Por isso, sequer foi registrado pelo Vitória no BID (entenda aqui a situação).

Em entrevista coletiva após a derrota para o Vasco, o técnico Thiago Carpini falou sobre o trabalho do Vitória no mercado de transferências e explicou que mais reforços não foram contratados porque o clube teve responsabilidade financeira e preferiu não gastar mais do que o projetado pelo orçamento.

"Não aconteceram contratações porque faltam opções e sobra responsabilidade com a instituição", afirmou Carpini.

– A gente teve situações, posso citar aqui um atacante do Nacional, que custaria um absurdo e nós tivemos dúvidas. Para mim seria muito fácil fazer a contratação. Mas a conta é do Vitória. A gente está pagando por isso. Falta um pouco de responsabilidade nos processos. Eu prezo sempre em pensar na instituição. Essa janela de meio de ano, quando é de correção, fica muito mais cara. Na dúvida, nenhum jogador encheu os olhos. E para contratar sem subir o nível não adianta. A conta fica para o clube. Vocês viram a dificuldade que foi para trazer o Mosquito, o Machado, o Neris, que estão nos ajudando. Os agentes sabem que os clubes precisam muito, e aí é preciso pagar mais caro – completou o treinador.

Na reformulação do elenco do Vitória, o movimento de saída foi ainda mais intenso que o de chegada. Oito jogadores deixaram a Toca do Leão desde a abertura da segunda janela de transferências. Outros três já tinham se despedido do clube ainda com a janela fechada: o zagueiro Crístian Zapata, os atacantes Mateus Gonçalves e Luiz Adriano.

Veja abaixo a lista de quem deixou o Vitória:

• Felipe Vieira: lateral foi emprestado à Chapecoense;
• Rodrigo Andrade: meio-campista fora dos planos, foi defender Mirassol;
• Dudu: após problemas disciplinares, o meio-campista foi emprestado ao Mirassol;
• Eryc Castillo: o atacante trocou o Vitória pelo Coritiba;
• Léo Gamalho: atacante liberado para defender o Mirassol;
• Reynaldo: zagueiro foi envolvido na troca com Edu e agora defende o Goiás;
• Daniel Jr.: meia foi emprestado até o fim do ano para o América-MG;
• Iury Castilho: atacante assinou com o Mirassol.

Ao todo, o Vitória fechou a temporada com 30 contratações realizadas e, aproximadamente, R$ 15 milhões gastos. Janderson foi a compra mais cara do clube, que desembolsou R$ 5 milhões para tirar o atacante do Botafogo.

Reforços do Vitória em 2024

• Goleiros: Muriel, Alexandre Fintelman e Maycon Cleiton*;
• Laterais: Willean Lepo, Raul Cáceres, Lucas Esteves e Patric Calmon;
• Zagueiros: Reynaldo*, Bruno Uvini, Cristián Zapata*, Neris, Edu;
• Meio-campistas: Willian Oliveira, Caio Vinícius; Léo Naldi, Luan Santos, Ricardo Ryller, Machado, Luan*, Daniel Jr.*, Pablo e Jean Mota;
• Atacantes: Eryc Castillo*, Everaldo, Janderson, Caio Dantas*, Alerrandro, Luiz Adriano*, Carlos Eduardo e Gustavo Mosquito.

*Já deixaram o clube

Após muitas chegadas e partidas, o elenco do Vitória não deve sofrer novas mudanças até o fim da temporada. É com esse grupo que Thiago Carpini vai entrar evitar o rebaixamento do Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro. O treinador tem um período sem jogos graças a Data Fifa e tem compromisso apenas no dia 14 deste mês, quando o Leão visita o Atlético-GO.

– Eu estou muito contente com o que eu tenho, com o ambiente que construímos no Vitória. Só não estamos mais felizes porque alguns erros básicos estão incomodando um pouco. É difícil falar de permanência, mas vamos trabalhar com o que temos. Estou feliz com os atletas. Pode ser que falte alguma coisa, mas vamos seguir trabalhando e entregar para o torcedor disposição e competitividade. O próximo jogo é o mais importante e precisamos repetir um bom jogo, buscar o equilíbrio, saber sofrer quando o adversário for melhor na partida, porque isso é o natural – resumiu Carpini.

Depois da derrota para o Vasco, o Vitória caiu para a 18º posição e tem cinco pontos a menos que o Fluminense, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Importante destacar que os cariocas têm um jogo a menos em relação ao Rubro-Negro (clique aqui para simular a reta final do Brasileirão).