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Na entrevista coletiva após a partida, Condé explicou que não houve queda de ritmo do Vitória por causa do placar favorável, conquistado logo aos sete minutos. De acordo com o treinador, o que aconteceu foi um desgaste físico natural em inícios de temporada.

– A gente esperava um jogo difícil. A gente enfrentou um bom adversário, bem treinado. Nesse início de competição, a gente vai ter dificuldade, foram apenas 12 ou 13 dias de preparação. Fomos jogar no interior e isso dificulta um pouco. Isso de uma certa forma atrapalha um pouco. A gente teve dentro do jogo algumas alternâncias. Tivemos um início muito bom, fizemos o gol e a ideia era manter um ritmo forte até a parada técnica. Mas a equipe sentiu um pouco o desgaste – iniciou Condé.

– A questão do tempo, a qualidade do adversário e o nosso tempo de preparação com certeza influenciaram. No intervalo, fizemos correções, pressionamos mais eles. Criamos algumas boas situações, eles tiveram mais posse, mas as melhores chances foram do Vitória. A gente mudou para dar uma oxigenada no time, e isso mexe na estrutura, querendo ou não, e os que ficaram sentem o cansaço. Em alguns momentos até verticalizamos mais o jogo quando poderíamos ter pisado na bola, mas o importante é que vencemos o jogo – complementou.

O treinador ainda ressaltou que o Vitória vai melhorar na parte coletiva com o passar dos jogos e reforços terão chance de estreia. O importante, de acordo com o comandante, é evitar lesões.

– A gente sempre busca a evolução, mas ela nem sempre vai ser linear. Às vezes vem o desgaste pelo número de jogos em um intervalo curto. Em termos de conjunto, acreditamos que vamos melhorar, vamos lançar alguns atletas aos poucos, mas vamos ponderando isso e nos preparando. A preocupação maior é com lesões neste momento de início de temporada, que é muito complicado. Os adversários têm quase dois meses treinando e isso faz diferença. Não estamos jogando o ideal, temos que melhorar, mas estou bem satisfeito dentro das nossas possibilidades.

A terceira e próxima rodada do estadual já será nesta quarta-feira, quando o Vitória visita o Barcelona, em Ilhéus, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Mário Pessoa. Será o terceiro jogo rubro-negro em sete dias, o que pode abrir brecha para mudanças no time titular. Condé, no entanto, é cauteloso.

– Nesse momento a gente precisa ir lançando esses jogadores aos poucos, mas nosso objetivo é vencer. Vim aqui para ganhar, por isso estamos usando a base do ano passado. Não só por que eles chegaram que eles já vão entrar nos jogos. Vamos buscar ter cuidado nessa condução do elenco e sempre observar o desempenho nos treinamentos. O Dudu sentiu um pouco a panturrilha hoje, o Willian Oliveira sentiu no jogo passado… Então uma hora a oportunidade pode aparecer para esses atletas.

Desempenhos de Osvaldo e Matheusinho
– Osvaldo é um jogador experiente, mas a idade não atrapalha em nada o desempenho dele. É um cara muito profissional e está conseguindo prolongar a carreira dele. Vai nos ajudar muito ainda. O Matheusinho vai ser uma das grandes revelações do futebol brasileiro. É um jogador muito leve e agudo, sempre buscando o gol adversário. Infelizmente ele está levando muita pancada, e foi até motivo de reclamação da minha parte. Mas mesmo assim ele conseguiu criar boas oportunidade de gol.

Vai aproveitar melhor Eryc Castillo e Zapata?
– Não tem uma receita exata do melhor momento para aproveitar o jogador. Vamos acompanhar no dia dia. Está sendo tudo muito rápido para eles. O Eryc é um jogador muito forte, puxa o time para o ataque e vamos tentar extrair o melhor dele. O Zapata já trouxemos hoje para sentir o clima e ir se adaptando. Temos que ter muito cuidado, principalmente em lançar um zagueiro. O João Victor estava aqui hoje. Se algo acontecesse, ele seria o substituto.

Rede de apoio psicológico
– Vai muito além do futebol. Principalmente após a pandemia, as pessoas parecem estar menos pacientes, intolerantes e as pessoas querendo as coisas muito rápido, e isso se reflete no futebol. Então, qualquer atuação ruim as vaias vêm, e a repercussão nas redes sociais não para. Então, precisamos ter esse controle e equilíbrio mental. Cabe a nós, também da comissão técnica, e da parte psicológica do clube, lidar com isso e deixar os jogadores na melhor situação possível.