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Em vídeo divulgado no canal oficial do Vitória na internet, Paulo Carneiro explicou a decisão pela contratação de Mazola Júniro, que assume o time que até então estava sendo treinado de forma interina por Rodrigo Chagas. O gestor se disse surpreso com a saída de Eduardo Barroca para o Botafogo e que vê como incoerentes os pedidos para a manutenção de Chagas no comando do time.

– É precisar haver coerência para fazer crítica. Estamos fazendo um campeonato irregular, onde o time passa alguns momentos situação de qualidade, capacidade e competência e logo em seguida vem maus resultados. Isso acontece desde o início do campeonato, quando ficamos invictos algumas rodadas, depois tivemos dificuldades, trocamos de treinador e não mudamos o processo, que é importante para o Vitória. Depois fomos surpreendidos na véspera de um jogo importante com a saída do último treinador, Barroca. Sem nenhum preparo, planejamento, trouxemos o que tínhamos disponível na mão, que era o nosso treinador Rodrigo, prata da casa, dirigindo o sub-20 da casa.

– Sou padrinho de casamento de Rodrigo, temos relação de amizade muito forte. Tenho muito cuidado com lançamento. Rodrigo foi pego de 'supetão'. Ganhamos duas vezes e perdemos uma. O processo não era para o Rodrigo, que é jovem treinador em fase de formação. Me parece com futuro importante pela frente. O que acho incoerente é o torcedor reclamar da pretensa inexperiência dos antigos treinadores, o que não é provado, muito pelo contrário. O Barroca voltou à Série A. O torcedor é o imediatista.

– Da mesma forma que criticava os treinadores jovens e inexperientes, paradoxalmente agora defende um jovem menos experiente e menos preparado. É incoerente você ouvir de um lado críticas pela preparação de um projeto diferente. E do outro lado, quando um acidente de percurso coloca o nosso Rodrigo à frente do time, quer que ele continue no cargo. Ou o torcedor acha que identidade ganha jogo? Nem ganha, nem perde, é bom para a marca do clube. Coisa que o Vitória não fazia há anos e agora está fazendo, cheio de jogadores da base jogando no time profissional – continua o presidente.

Paulista de Campinas, Mazola Júnior treinou equipes como Sport, Bragantino, CRB, Ponte Preta e Ituano, além de times do Japão e de Portugal. O último trabalho do treinador foi no Remo, onde permaneceu por dez partidas, com retrospecto de três triunfos, quatro empates e três derrotas.

Segundo Paulo Carneiro, a escolha por Mazola Júnior se dá pelo calendário apertado do final da temporada, quando seria mais interessante para o clube ter um treinador experiente.

– É claro que a campanha não nos agrada e nos preocupa. É por isso agora, que o calendário não dá folga para treinamento, decidimos ter um treinador mais experiente que, ao lado de Rodrigo, vai comandar a equipe nesses próximos jogos – disse.

– É preciso lembrar que o treinador atual é de formação muito boa, jogador e treinador no exterior. Essa história de Remo é um preconceito de você torcedor, porque o Remo está na terceira divisão. E daí? O Felipão está na segunda [divisão]. Qual o problema? Em Belém, o Remo é igual ao Vitória aqui. Quando ele saiu do Remo, ele estava em todas as rodadas entre os quatro classificados. Essa história de que não ganhava é mentira. Teve percentual importante. Dirigiu Ponte Preta, subiu Sport. Tem dez anos de Série B, conhece o campeonato. Espero que ele e Rodrigo possam levar o Vitória a uma classificação melhor que a que tivemos até então. Temos um time bom, todo mundo acha que temos. Mas temos falhado na hora que precisamos decidir. E eu sou o responsável para tomar as decisões nas vitórias e derrotas.