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Apesar do cenário cada vez mais adverso, o discurso que vem do vestiário é do otimismo. Ao menos por parte de Willian Oliveira, escolhido para a entrevista coletiva desta segunda-feira. O volante reconheceu a fase ruim, mas avaliou que o time não pode ser definido pelo momento atual.

"Gosto de lembrar que nós temos que saber quem somos, o momento não pode nos definir", afirmou o volante do Vitória.

– O momento, quando não é positivo, incomoda a todos. Diretoria, comissão, torcedor, todo mundo que é envolvido com o clube fica incomodado com o momento, por ele não ser positivo. (…) Nosso momento, a nossa posição não nos define. Nós sabemos da nossa qualidade e sabemos o que temos de positivo e o que temos de negativo – completou Willian Oliveira.

O Vitória assumiu a lanterna após sete partidas disputadas na competição. Restam, então, mais 31 jogos para o Rubro-Negro mudar a história nesta edição do Campeonato Brasileiro. Para Willian Oliveira, o elenco é capaz de reescrever o roteiro que não começou nada bom para o clube.

– Nós temos capacidade de sair dessa situação, entendendo as dificuldades, o que temos de positivo e negativo. Temos que ficar atentos e melhorar, trabalhar nas coisas que temos dificuldade. (…) O jogo passado contra o Cuiabá foi muito bom para nós. Eu acredito que termos somado ponto e não termos tomado gol, psicologicamente, em questão de confiança para o grupo, foi muito importante. Acho que o Thiago [Carpini] nós ajudou muito trazendo esse discurso, nos ajudando a não tomar gols, a pontuar – avaliou.

A boa notícia é que o Vitória não precisa ficar muito tempo na lanterna da Série A. Já nesta terça-feira o Rubro-Negro tem chance de deixar a última posição. Para isso, vai precisar vencer o Juventude em encontro marcado para as 19h (de Brasília), no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

– Todos os jogos nos motiva, todo jogo é difícil, de extrema dificuldade. Realmente o Juventude está vivendo um momento muito bom. Vai ser um jogo muito difícil, equipe qualificada, que sofre pouco, que marca muito forte. Vai ser difícil, assim como foi contra o Cuiabá, contra o Atlético, enfim. Temos que saber quem nós somos, temos que saber a nossa capacidade, o que podemos produzir – projetou o Willian Oliveira.

Conformismo contra o Cuiabá:
– Sobre o conformismo do resultado, eu discordo. Acho que nosso primeiro tempo (contra o Cuiabá) foi muito bom. Nós tivemos as melhores oportunidades. No meu ponto de vista, poderíamos estar hoje falando de um resultado positivo, em questão de vitória. O empate também foi positivo. Somar fora de casa é muito bom. Todos os jogos são difíceis, independente da equipe. Ontem mesmo o próprio Cuiabá fez 5 a 2 no Criciúma, uma equipe que vinha muito bem, que não sofria e acabou sofrendo do Cuiabá, que antes era o lanterna e não estava bem. Todos os times são qualificados. A gente sabia que ia encontrar um adversário muito difícil como foi o Cuiabá, e sabe que vai enfrentar um adversário muito difícil que é o Juventude, que vive um momento muito bom.

Posicionamento:
– Primeiro, é uma coisa que me incomoda muito é isso, demais. Sou um cara, já fui pior, mas me cobro muito nessa questão de bola entrelinhas, erros de passe. Tenho um analista individual, com ele estudo sobre mim, sobre meu próximo adversário. E é uma coisa que me incomodou, me incomoda muito. Até gostei nesse último jogo, conversando com o Luan, quase não tivemos bolas entrelinhas. Para o volante incomoda demais, para mim, particularmente, sou um cara que me cobro muito, me incomoda. Incomoda o torcedor, quem entende de futebol e vê que isso não pode acontecer. Mas tem algo que precisamos frisar também, estamos num campeonato de Série A, isso vai acontecer. Pode ser que aconteça o gol e não aconteça. Mas as equipes que estamos enfrentando têm qualidade para achar passe entrelinhas, assim como nós temos qualidade. Nós temos que ter esse entendimento também, que vamos fechar, marcar, trabalhar em cima disso, mas pode acontecer e vai acontecer, as equipes que nós enfrentamos são de extrema qualidade.

Posicionamento [2]:
– Jogamos com um triângulo ali no meio, ficou o Luan, o Caio pela esquerda, eu pela direita. Eu entendo o jogo como ocupação de espaço, se cada um souber ocupar o espaço livre, o espaço que tem que ocupar, igual a esse jogo contra o Cuiabá. Aconteceu muitas vezes de eu e o Matheusinho trocarmos, o Matheus vem para o meio, ocupo o espaço dele na ponta. O Lepo e o Camutanga tinham que ter duas opções, eu e o Matheus conversamos muito que temos que saber ocupar o espaço certo para dar possibilidade de passe, mais aberto, pelo meio, enfim. Dessa forma que eu penso. Não estava como ponta, estava ocupando espaço.