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Comandante do BEPE, o Tenente-Coronel Elbert Vinhático foi o convidado da edição 14 do Podcast BN na Bola, na noite desta segunda-feira (29). Elbert falou sobre um dos temas mais discutidos nos últimos tempos: a volta da torcida mista nos clássicos Ba-Vi. 

"Por incrível que pareça, nós nunca fomos contra. Só que, naquele momento [entre 2017/2018], estávamos com um clima muito ruim entre as duas principais torcidas [Bamor e Imbatíveis]. E aí, o que aconteceu foi o seguinte: Tivemos um Ba-Vi em 2017, intitulado o Ba-Vi da paz, e nesse jogo teve até uma torcida mista (presença da torcida dos dois clubes no mesmo setor). Só que o jogo já começou conturbado, tivemos confronto na região do Dique do Tororó… Após o jogo houve disparo de arma de fogo na região do Vasco da Gama e uma pessoa veio a óbito", disse.

"A partir daí iniciamos o processo de torcida única, e aí tivemos poucos problemas. Alguns confrontos aqui e ali, mas nada muito grave. Em fevereiro 2018, tivemos a volta da torcida mista em um Ba-Vi no Barradão. Voltou sem muito planejamento, com pressão de X e Y, e foi catastrófico. Houveram muitos confrontos na parte de fora do estádio. Foram confrontos tanto do lado de fora, quanto de dentro. Durante a partida, problema dentro do campo. Vinícius faz o gol e vai comemorar na frente dos Imbatíveis, e aí comçou o problema", continuou Elbert.

O Coronel também falou sobre o espelho que os atletas são para os torcedores, e o quão importante é que os jogadores percebam isso.

"O que acontece no campo, reverbera nas arquibancadas. O jogador precisa entender que são formadores de opinião. Após o gol, o estádio todo entrou em confronto. Arremessaram objetos no campo. Quando terminou o jogo, houveram mais problemas, muitos confrontos nos entornos… E, a partir daí voltou a recomendação para o público único, feita pelo Ministério Público", disse.

"Esse ano tivemos o início de conversa para o retorno da torcida mista. Precisamos ter cuidado com essa volta, fazer o planejamento ideal para não acontecer de novo o que aconteceu em 2018. É necessário também que haja punição para a galera que se mete nessas confusões", disse Elbert.

"Precisamos trabalhar nas punições para que os agressores pensem bem antes de cometer qualquer ato ilícito em uma partida de futebol. Talvez tirando dos infratores o seu lazer preferido, que é assistir o seu clube jogar", finalizou o Comandante.