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O técnico Léo Condé tem 45 anos, e, apesar da pouca idade, já pode ser considerado um professor de sucesso.

Com campanhas sólidas em times como o Sampaio Corrêa, Botafogo-SP e Novorizontino, Condé busca escrever um nova página no extenso livro do Esporte Clube Vitória, que lidera a Série B e está perto de alcançar o acesso e até o título da competição. Mas quais professores passaram pela vida do comandante rubro-negro?

– Eu fiquei curioso com a profissão [de treinador] após a Copa de 1994, vendo o trabalho da Seleção Brasileira, com Carlos Alberto Parreira, Zagallo. Sempre gostei muito de futebol, jogava nas categorias de base. Quando eu comecei a trabalhar efetivamente com o futebol, nas categorias de base do Tupi, do América-MG, do Atlético-MG, sempre procurei acompanhar os treinamentos das equipes principais. Então peguei um pouco de cada treinador que eu acompanhei: no América, o Carlos Alberto Silva, o Jair Pereira… No Atlético-MG, o Levir Culpi, e entre vários outros profissionais que pude acompanhar de perto, além dos que tive a oportunidade de enfrentar nas categorias de base, como o Ney Franco e o Marcelo Oliveira. Tudo isso faz a gente crescer e evoluir como profissional e treinador – relembrou Condé.

Léo Condé começou no ofício de treinador logo cedo, nas categorias de base do Tupi, América-MG e Atlético-MG, antes de ter seu primeiro sucesso profissional pela Caldense, em 2015. E foi ensinando aos jovens o ofício do futebol que o treinador compreendeu o propósito de ser professor, que ele leva até os dias de hoje.

– Acho que mais do que a questão tática e técnica, é a oportunidade que a gente tem de dividir com os jogadores, tanto os mais jovens, como o Fábio [Soares], ou os mais experientes, como o Gamalho e o Osvaldo, a questão de índole, de caráter, de formação como ser humano. Acho que nosso país hoje tem que valorizar muito os professores, principalmente os professores de base, de escola primária, é um descuido muito grande que temos no país hoje, e a gente tem que valorizar mais os profissionais dessa área e valorizar o esporte como uma ferramenta de transformação do ser humano – ressaltou.

Se Léo Condé é o destaque do Vitória fora de campo, dentro das quatro linhas o posto é de Wagner Leonardo. Apesar da pouca idade, o zagueiro de 24 anos já tem em mente quais foram os mestres do futebol que impulsionaram sua carreira até chegar ao auge com a camisa do Vitória.

– Como jogador profissional, eu tenho três professores e treinadores que foram divisores de águas na minha vida e que me deram oportunidade e confiança para jogar. O primeiro que eu queria citar foi o professor Hélio dos Anjos, que foi quando tive minha primeira sequência como zagueiro, na minha posição. Fomos campeões juntos. Tivemos um tempo curto de trabalho, mas aprendi e sou muito grato a ele. O segundo foi o professor Fernando Diniz, que hoje todo mundo conhece. Mas tive a oportunidade de trabalhar com ele, descobri um outro tipo de futebol, outra metodologia de trabalho, uma metodologia de coragem e de incentivo ao jogador – listou o zagueiro.

E não poderia faltar o próprio Condé nessa lista de referências, já que Wagner Leonardo conquistou sua maior sequência como jogador sob o comando do técnico rubro-negro. Durante as 31 rodadas desta Série B, o defensor entrou em campo em 30 delas, todas como titular. A única partida que ficou fora foi por suspensão, contra o Juventude, pela 15ª rodada.

Ser professor é uma função nobre. O dom de passar os ensinamentos para outras pessoas é imprescindível e tem o poder de transformar o mundo em que vivemos.

A prova disso está em Léo Condé e Wagner Leonardo, que mudaram suas vidas por meio dos ensinamentos do futebol até chegarem ao Vitória. Então, para aqueles que transmitem conhecimento dentro das salas de aula ou no meio esportivo, que seja um feliz Dia do Professor.