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Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira, Condé projetou a versão ideal do Vitória para assegurar o título neste domingo, que, segundo ele, deve ter equilíbrio e competitividade.

O Vitória joga pelo empate para ser campeão baiano depois de sete temporadas. Derrota pelo placar simples leva a decisão para os pênaltis.

– Temos um placar favorável, mas é mínimo. A decisão está aberta, o adversário pode construir o resultado em casa, mas o Vitória demonstrou ser, mesmo longe de casa, uma equipe competitiva. É o que queremos no domingo, queremos ser uma equipe forte e competitiva para trazer o título para o Vitória – completou Condé.

Outro fator que chama atenção no Rubro-Negro "versão Condé" é o preparo físico. Pilares do time, atletas como Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo, Dudu, Rodrigo Andrade e Osvaldo, que já está com 36 anos, mostraram que jogar 90 minutos de uma partida não é problema.

No último Ba-Vi, as alterações foram estratégicas e colocaram um gás ainda maior na equipe para enfrentar um Bahia desacelerado. Além disso, chamou atenção a reclamação de Osvaldo ao ser substituído por Zé Hugo, aos 33 minutos do segundo tempo.

– Destacar o trabalho feito por todos no Vitória. Às vezes fica tudo muito direcionado ao treinador, mas tem toda uma comissão técnica por trás. A parte técnica, tática e física caminham lado a lado, juntamente com os demais membros da comissão técnica, os auxiliares, o preparador físico, o departamento de fisiologia e ciência… Todas as atividades que vamos aplicar são discutidas para deixar os atletas no melhor nível possível. Desde o ano passado jogamos os 90 minutos com baixo índice de lesão, principalmente lesão muscular. Espero que domingo a gente consiga suportar bem o jogo todo, mas não só no domingo, como também durante a Série A e Copa do Brasil, que vão exigir muito dos atletas – avaliou.

O Vitória vai colocar à prova as qualidades físicas e táticas no Ba-Vi decisivo do Campeonato Baiano, marcado para as 16h deste domingo (horário de Brasília).

Após mais de um ano, como está sua identificação com o clube?
– Vai passando o tempo e você vai construindo uma relação de respeito muito grande com o clube. A gente tem identificação com funcionários, direção, atletas e, principalmente, torcedores. Construímos essa relação a partir do momento que conseguimos bons resultados, construindo uma equipe competitiva e resgatando o orgulho do torcedor. Há muitos anos o Vitória não chega nas finais da competição [Baianão]. Quando a gente consegue executar um bom trabalho e ter resultados, a gente se aproxima mais do torcedor e de todas as pessoas que fazem parte do Vitória.

Qual a importância de conquistar o título depois de tanto tempo?
– Primeiro a gente tem que conquistar, né? A gente vai batalhar muito por isso. Demos um passo importante, mas tem o jogo da volta contra um adversário qualificado e empurrado pela torcida. Esperamos chegar lá preparados e fortes para, quem sabe, conquistar mais um título pelo Vitória.

Preparação pessoal para uma final como essa?
– Eu acredito que caminha em conjunto. Normalmente toda a preparação que você faz é conjunto com a comissão técnica e com os atletas. Trabalhamos durante a semana todas as situações de jogo. Eu sou um cara mais tranquilo, mas mesmo assim a gente projeta nossa postura no dia do jogo, sempre passando tranquilidade, incentivando e cobrando os atletas, para nos adaptar às possíveis situações de jogo. Você tem que tomar as decisões em um curto espaço de tempo, e isso é preparado ao longo da semana.

Quais aspectos específicos que foram trabalhados para a final?
– Eu acredito que a gente deu continuidade ao que vínhamos fazendo na temporada passada. Temos uma equipe estruturada com e sem bola. Foi o que procuramos manter, mesmo com a chegada dos novos atletas. Procuramos trabalhar e integrar todos eles ao elenco em todos os aspectos, tanto tático quanto de mobilização. Temos um grupo que dá resposta positiva no aspecto técnico e tático e também mostra um vestiário forte e unido. Todos são fatores que trazem resultados. Claro que a gente imagina uma equipe quase perfeita, mas ainda tem muito a caminhar. Mantivemos um time competitivo em relação à temporada passada e com o que temos apresentado até aqui neste ano.