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Dando sequência a série de entrevistas, o Itapoan Esportes, programa esportivo que vai ao ar de segunda à quinta, na Rádio Itapoan FM, entrevistou, nesta segunda-feira (22), o ex-treinador do Vitória, Péricles Chamusca. O comandante relembrou seu início de carreira como técnico da equipe profissional do Leão, aos 29 anos.

“Eu tinha 29 anos quando assumir o time profissional do Vitória. Eu tive uma retaguarda muito boa, pois conseguimos trazer toda comissão técnica que estava comigo no sub20 na época. Tivemos todo apoio do clube nesse sentido e tínhamos um grupo muita qualidade. Sempre digo que fui muito privilegiado comandando a base, pois tinha jogadores de muita qualidade à disposição é isso foi muito bom para minha formação como treinador. Esse meu primeiro ano como treinador da equipe profissional foi marcante demais. Conquistamos o baiano de forma superior a campanha das outras equipes e ganhamos é só perdemos um dos seus BaVis disputados. Essa campanha nos credenciou a chegar no Brasileiro com uma certa confiança”.

Chamusca revelou que sua efetivação, assim como a do atual treinador Bruno Pivetti – que assumiu a vaga deixada por Geninho, teve o aval de Paulo Carneiro.

“Os responsáveis foram Paulo Carneiro, que era o presidente, e Nilton Mota o superintendente. A gente tinha sido campeão da taça BH em 94 com o sub-20 e isso alimentou essa chance. Como o Paulo sempre acompanhou o trabalho de base, ele reconheceu a importância do nosso trabalho em conquistar o primeiro título nacional com a base do clube e resolveu apostar. Foi muito importante ter um presidente com esse perfil. Acho que com o Bruno [Pivetti] é algo bem semelhante, ele está muito bem preparado e agora terá que ter paciência para passar as fases. 

O trenador que atualmente comanda o Al-Faisalyda, Arábia Saudita, também confidenciou detalhes de seu retorno ao clube em 1999, onde foi contratado para ser gerente de futebol. 

“Quando eu retornei para o Vitória eu tinha sido campeão com o CSA de Alagoas, em 99. Na época, Josenata tinha saído para trabalhar como gerente de futebol do Santa Cruz e Paulo Carneiro me convidou para ser o gerente de futebol e coordenador técnico do clube. Com Toninho Cerezo no comando técnico da equipe chegamos até a semifinal do Brasileiro, onde tropeçamos para o Atlético-MG. Pra mim, foi uma experiência muito boa. Passei dois anos trabalhando na parte de gestão onde pude ganhar muita experiência e conhecer o outro lado. Foi um momento muito bom! Sair em 2001, quando o Vitória se transformou em SA e fez um remanejamento no clube, e um mês depois voltei como treinador em um momento difícil que o Vitória estava passando, mas conseguimos devolver um bom trabalho”.

Pro fim, Péricles falou sobre um dos títulos mais importantes de sua carreira, o título da Copa do Brasil de de 2004, e revelou que após levantar a taça inédita, rejeitou uma proposta do Flamengo para ir comandar o São Caetano

“Sem dúvida o título de 2004 mudou o patamar da minha carreira como treinador. Eu já tinha chegado, com o Brasiliense, até a final da Copa do Brasil em 2002. Na ocasião perdemos o título para o Corinthians em um jogo cheio de polêmicas e lances duvidosos, mas o título de 2004 com o Santo André, contra o Flamengo, em pleno Maracanã lotado, mudou o patamar da minha carreira. Dali fui pra o São Caetano brigar pelo título brasileiro, com um time muito bem montado e de muita qualidade. Foi um divisor de águas, com certeza. Lembro que rejeitei uma proposta do Flamengo, porém eles viviam um momento muito confirmado administrativamente e não me atendeu nas reivindicações. Já o São Caetano me deu carta branca para eu montar minha equipe e fazer meu trabalho. Por isso escolhi a equipe paulista”.