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• Veja quem chega e quem sai do Vitória em 2025

Seja com duplas ou trios, Carpini usou 12 formações diferentes entre os zagueiros do Vitória. A escolha passou não só pela dificuldade do jogo, mas em como o treinador pensou a saída de bola em cada partida.

Halter e Zé Marcos jogaram juntos pela oitava vez no último compromisso contra o Grêmio. A liderança nesta estatística até então era da dupla formada por Halter e Neris, com sete partidas.

Lucas Halter e Zé Marcos se consolidaram como formação ideal no momento em que o nível de dificuldade da temporada subiu: a partir do início do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana. Neris era titular ao lado de Halter, mas uma série de erros defensivos fez com que seu último jogo fosse a estreia no Brasileirão, contra o Juventude.

Enquanto Halter conquistou espaço no 11 inicial desde que chegou ao Vitória, Zé Marcos precisou de mais tempo para se firmar. Uma das vantagens que fez o ex-Juventude vencer a concorrência foi a de ser o único canhoto do elenco, o que facilita na saída de bola e nos lançamentos em diagonal.

Um fator curioso e pouco conhecido pode ajudar a explicar o entrosamento da dupla: eles atuaram juntos na base do Athletico-PR em 2016. Ao ge, Lucas Halter destacou a parceria de longa data com Zé Marcos e como ela ajuda no desempenho dentro de campo.

– A relação que tenho com o Zé Marcos é muito boa, tanto dentro quanto fora de campo, pois a gente se conhece desde os tempos de base. Então isso facilita muito no entrosamento, nas decisões dentro de campo. A gente vem sempre buscando melhorar e evoluir juntos a cada treino e a cada jogo, assim como todos os outros zagueiros. Temos grandes jogadores no elenco e quem estiver jogando vai dar o melhor pelo Vitória – garantiu o camisa 5.

As estatísticas da dupla no Brasileirão ilustram suas contribuições ao jogo mais reativo do Vitória neste início de Série A. Halter tem média de seis cortes e 2,2 bolas recuperadas por compromisso em campo, enquanto Zé Marcos tem números próximos: 5,2 cortes e 2,8 bolas recuperadas. Juntos, perderam apenas uma partida em oito disputadas.

Depois de testes e tentativas de Carpini, a dupla titular do Vitória atingiu outra marca relevante recentemente: foi a formação usada mais vezes de forma consecutiva pelo treinador. Halter e Zé Marcos atuaram juntos como titulares em todos os seis jogos entre os confrontos com o Universidad de Quito, pela Copa Sul-Americana, e com o Fluminense, pela Série A.

Jogos de Lucas Halter e Zé Marcos como titulares juntos:

1. Vitória 1 x 0 Sport – Copa do Nordeste – 19/03 ✅
2. Vitória 1 x 1 Universidad de Quito – Copa Sul-Americana – 02/04 🤝
3. Vitória 1 x 2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – 06/04 ❌
4. Defensa y Justicia 0 x 0 Vitória – Copa Sul-Americana – 10/04 🤝
5. Atlético-MG 2 x 2 Vitória – Campeonato Brasileiro – 13/04 🤝
6. Vitória 2 x 1 Fortaleza – Campeonato Brasileiro – 16/04 ✅
7. Fluminense 1 x 1 Vitória – Campeonato Brasileiro – 20/04 🤝
8. Vitória 1 x 1 Grêmio – Campeonato Brasileiro – 27/04 🤝

Além do nível mostrado dentro de campo, Halter alcançou patamar relevante em outro critério: liderança. O camisa 5 se consolidou como capitão do Vitória ao vestir a braçadeira nos últimos seis jogos. Ao todo, foi o capitão em nove compromissos durante sua passagem por Salvador, metade das vezes em que começou como titular.

– Todos sabem que o Carpini me queria aqui no Vitória em 2025, e com certeza foi um dos motivos que me fizeram vir para cá. É sempre bom poder trabalhar sabendo que tem a confiança do treinador, mas todos precisam mostrar no dia a dia que merecem isso. Fico feliz pela confiança que ele tem em mim, por me colocar como capitão do time, e isso me faz ter mais responsabilidade, o que considero positivo.

O zagueiro contratado no início desta temporada também tem anotado seus gols, já que balançou as redes duas vezes em 2025. Halter abriu os placares contra Atlético de Alagoinhas, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Baiano, e Atlético-MG, no empate pelo Campeonato Brasileiro.

O centro da linha de defesa passou por mudanças relevantes ao longo do ano. Wagner Leonardo e Camutanga, pilares da equipe nas últimas temporadas, deixaram o clube. Também já tiveram oportunidade em campo os zagueiros Edu, Kauan e Caio Vinícius (último também já saiu do Vitória).

• Lucas Halter: 18 jogos, 1620 minutos, quatro cartões amarelos e dois gols;
• Zé Marcos: 17 jogos, 1396 minutos e três cartões amarelos;
• Neris: 15 jogos, 1166 minutos, quatro cartões amarelos e um gol;
• Edu: 11 jogos, 689 minutos e nenhum cartão amarelo;
• Wagner Leonardo: seis jogos, 495 minutos e um cartão amarelo;
• Kauan: dois jogos, 158 minutos e um cartão amarelo;
• Caio Vinícius: dois jogos, 153 minutos e um cartão amarelo;
• Camutanga: dois jogos, 101 minutos e nenhum cartão amarelo.

Seja qual for a combinação defensiva escolhida por Carpini, o próximo compromisso dela é contra o Ceará, fora de casa, neste sábado. O jogo pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro está marcado para o estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, às 18h30 (de Brasília).

*Sob supervisão de Ruan Melo