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O Vitória voltou a contar com a escalação de um zagueiro destro, no caso Bruno Uvini. Com isso, Willean Lepo atuou em sua posição de origem, a lateral direita, enquanto Cáceres virou opção no banco. Essas correções garantiram que o Rubro-Negro entrasse em campo com seu sistema defensivo titular.

No total, foram quatro mudanças em relação à derrota para o Botafogo, na rodada anterior. A principal ausência foi Matheusinho, desfalque por quadro viral. Com isso, o Leão teve três atacantes e foi a campo com: Lucas Arcanjo; Willean Lepo, Bruno Uvini, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Luan Santos, Willian Oliveira e Jean Mota; Everaldo, Janderson e Alerrandro.

Apesar de estar com o sistema ofensivo povoado por mais atacantes, o Vitória não teve qualidade lá na frente no primeiro tempo. O Leão tocava bem a bola na defesa e no meio-campo, mas pecava no último terço. Faltou a qualidade de Matheusinho no passe e na condução das jogadas.

Mas o principal problema foi a fase defensiva. De início, o Rubro-Negro permitiu cruzamentos perigosos. Em um deles, inclusive, a bola foi ajeitada para fora da área e finalizada antes de bater no braço de Wagner Leonardo. Rafael Klein marcou pênalti, mas o lance foi anulado após uso do VAR.

Aos 21 minutos, o volante Luan Santos sentiu dores na coxa e saiu de campo machucado para a entrada de Léo Naldi. A configuração tática não mudou, mas a substituição não funcionou, principalmente do ponto de vista defensivo. Para piorar, uma falta cobrada por Breno Lopes passou por Lepo, Alerrandro e Lucas Arcanjo antes de parar na rede [assista ao gol no vídeo abaixo].

Atrás do placar e cheio de espaços em seu lado direito de marcação, o Vitória passou boa parte do primeiro tempo mais perto de sofrer o segundo gol que de fazer o primeiro. Com isso, Everaldo mudou de lado e passou a atacar pela esquerda, enquanto Janderson mudou para a direita.

A alteração de posicionamento funcionou para melhorar a produção ofensiva, tanto que Janderson exigiu boa defesa de João Ricardo em chute da entrada da área, mas o jogo já estava mais complicado. O fato de o Vitória não repetir a boa consistência defensiva de outras partidas custou caro.

O Rubro-Negro sofreu bola na trave de Breno Lopes após Lepo permitir lançamento às suas costas. Além disso, o rebote da jogada não foi suficiente para o Vitória se posicionar da melhor maneira dentro da área, e, após cruzamento do próprio Breno, Pochettino marcou de cabeça entre Bruno Uvini e Léo Naldi [assista ao gol no vídeo abaixo].

Depois de um primeiro tempo para ser esquecido, Carpini trocou Jean Mota por Daniel Jr. em busca de uma melhora na produção ofensiva, assim como a escalação de Osvaldo no lugar de Everaldo, no lado esquerdo do ataque. Na prática, as alterações deixaram o time mais presente no último terço por mais tempo.

Mas não demorou muito para o Vitória falhar e levar outro gol de bola parada, com erros decisivos de Léo Naldi, por permitir cabeceio de Felipe Jonatan para o meio da área, e de Lucas Arcanjo, que saiu mal do gol e deixou a baliza vazia para finalização de Tinga [assista ao gol no vídeo abaixo].

O gol sofrido aos nove minutos do segundo tempo deixou tudo mais difícil para o Vitória, que contou com a entrada de Zé Hugo logo em seguida. Com o Fortaleza menos intenso por causa do placar elástico, o Rubro-Negro poderia ter chegado com maior perigo no campo de ataque, mas isso passou longe de acontecer em boa parte do segundo tempo.

Refém de jogadas individuais de Daniel Jr. e de cruzamentos para a área, o Vitória não encontrou forças para buscar uma reação que pudesse ameaçar o resultado construído pelo adversário, um cenário que se manteve até a reta final do jogo.

Mas a entrada do lateral-esquerdo PK no lugar de Lucas Esteves trouxe gás pelo lado esquerdo e gerou a principal jogada rubro-negra da etapa final, a segunda na partida. Patric Calmon explorou o fundo e fez cruzamento para Zé Hugo diminuir o prejuízo [assista ao gol no vídeo abaixo].

O gol foi um raro momento de lucidez de um Vitória que precisa melhorar a sua produção ofensiva sem deixar o sistema defensivo descoberto. O time teve três atacantes e um terceiro jogador de meio-campo com características mais ofensivas, mas ficou desequilibrado.

Algo que precisa ser corrigido o quanto antes porque a gordura para a zona de rebaixamento já não existe. O Rubro-Negro é o 16º colocado, mas tem a mesma pontuação do Corinthians (15 pontos), o primeiro clube do Z-4.