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E pelo rubro-negro a gente canta, as bandeiras então se balançam é o leão que vai jogar. Só sei, que eu vim aqui para te apoiar. Vitória meu amor! Que noite, meus amigos. Acho que ninguém saiu preparado de casa para viver aquela experiência.

O grito que estava entalado na garganta veio por meio de um roteiro digno de Tarantino, Spielberg etc. O contexto todos conhecemos. Vitória com uma grande sequência sem vencer, vivendo uma crise e jogando em casa contra um Vasco fragilizado. A única alternativa era vencer, não importava como.

E quando Matheuzinho fez aquilo no meio de campo, todas as piores cenas as quais o torcedor já passou, vieram à tona. Não vou mentir, eu tive vontade de sair e olhe que sou carne de pescoço. Isso porque o pensamento é óbvio: nós não estamos vencendo times mais limitados com 11, imagine com 10. E outra, esse que foi expulso era um dos poucos que nos oferecia esperança de um algo a mais.

Pois é, minha gente, mas é aí que entra os deuses do futebol. E cá para nós, o Barradão, aparentemente, tem um contato forte com eles, viu. Zorra. Quando o estádio liga a vibe vamos carregar, tudo acontece. É incrível.

Voltamos, com um a menos, porém melhores que o adversário. O coração chega aquece. Rapaz, o que Kayser fez ali não tem como descrever. Eu só lembrei da final do bavi de 2024. A alegria, caso não tenha ultrapassado, igualou o nível. Que vibração absurda. Senti a arquibancada tremer e a voz sumir como poucas vezes.

Meu amigo cantou a pedra “o gol é agora”, o outro disse “já pensou?”. Quando vi a escorada de Mosquito, nem pensei em impedimento, a vontade de extravasar sobrepôs a qualquer racionalidade naquele instante. Sempre julguei quem joga a cerveja para cima na hora do gol, contudo não pude me conter, foi mais forte que eu. Ainda bem que não era Kayser, até porque ele estava tratando de nos entregar uma das viradas mais marcante do Barradas.

Merecíamos. Vencemos. E foi de uma forma tão gostosa que gerou um gosto especial. Essa vitória tem sabor de mudança. É aquela que resgata a união e dá força para seguir de maneira confiante. Trata-se de um fio condutor para o sucesso, claro, sempre com os pés nos chão, mas com outro olhar.

AVM.