Levantamento coloca Bahia como 15º em ranking de devedores do Brasil

Levantamento coloca Bahia como 15º em ranking de devedores do Brasil

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Uma pesquisa realizada pela "Sports Value" sobre faturamentos e dívidas dos clubes brasileiros colocou o Bahia como 15º em ranking de times devedores do país. 

O Tricolor aparece com uma dívida avaliada em R$ 225,3 milhões, na frente de clubes como Athletico-PR, América-MG, Fortaleza, Ceará e Atlético-GO. 

Rivais de Minas Gerais, Atlético-MG e Cruzeiro lideram a lista. Juntos, os clubes devem mais de dois bilhões. As dívidas foram aumentadas em 4% para o Galo e em 6% para a Raposa em comparação aos valores entre 2020 e 2021. 

Corinthians, Internacional, Botafogo, Vasco, Fluminense, São Paulo, Santos, Palmeiras, Flamengo, Grêmio, RB Bragantino e Sport completam a lista. 

Confira o ranking com os valores das dívidas: 

Atlético-MG: R$ 1,26 bilhão 
Cruzeiro: R$ 1,02 bilhão 
Corinthians: R$ 912 milhões 
Internacional: R$ 864,2 milhões 
Botafogo: R$ 862,9 milhões 
Vasco: R$ 709,8 milhões 
Fluminense: R$ 664,2 milhões 
São Paulo: R$ 642,5 milhões 
Santos: R$ 509,1 milhões 
Palmeiras: R$ 434,1 milhões 
Flamengo: R$ 428,2 milhões 
Grêmio: R$ 401,8 milhões 
RB Bragantino: R$ 274,9 milhões 
Sport: R$ 230,5 milhões 
Bahia: R$ 225,3 milhões 
Athletico-PR: R$ 191,4 milhões 
América-MG: R$ 91,7 milhões 
Fortaleza: R$ 36,2 milhões 
Ceará: R$ 31,8 milhões 
Atlético-GO: R$ 8,8 milhões

 

Fonte: https://www.galaticosonline.com/noticia/07/05/2022/105055,levantamento-coloca-bahia-como-15-em-ranking-de-devedores-do-brasil.html


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Sem registro de bens, Vitória institui comissão para fazer levantamento sobre patrimônio

registro Vitória institui comissão

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O Vitória instituiu, nesta segunda-feira, uma comissão para fazer um levantamento sobre o patrimônio do clube. Segundo resolução publicada, a medida foi tomada porque, até o momento, não foi disponibilizado o livro com informações e registros de bens.

A resolução é assinada por Fábio Mota, presidente em exercício do clube desde a semana passada. Mota, que também é presidente do Conselho Deliberativo, assumiu o comando porque Paulo Carneiro está afastado e Luiz Henrique Viana pediu licença para tratar a saúde.

1 de 2 Vitória institui comissão para levantar patrimônio — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Vitória institui comissão para levantar patrimônio — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

A comissão é formada por três pessoas e deve apurar eventuais práticas de atos "atentatórios aos interesses ou ao bom nome do Vitória, nas questões relacionadas a preservação do patrimônio do clube".

A resolução divulgada pelo Vitória não cita Paulo Carneiro. Contudo, o ge teve acesso a um áudio vazado do gestor, que comenta o assunto.

– Estão tentando pegar uma situação ridícula para criar um processo político contra mim, né? E todo dia sai de casa um bobo e um sabido. Você precisa escolher de que lado você está. Um cara com minha história, minha estatura, você acha que vai pegar equipamento do Vitória? Mais fácil dar equipamento ao Vitória que pegar, você não acha? Pegar, para quê? Com que objetivo? Por que não pensam as pessoas, não refletem? – pergunta Paulo Carneiro.

Após cumprir suspensão por 60 dias, Paulo Carneiro teve afastamento prorrogado por igual período para que possíveis irregularidades sejam apuradas. Já Fábio Mota segue como presidente em exercício por 30 dias, enquanto durar a licença de Luiz Henrique Viana.

2 de 2 Resolução divulgada pelo Vitória — Foto: EC Vitória / Divulgação

Resolução divulgada pelo Vitória — Foto: EC Vitória / Divulgação

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/sem-registro-de-bens-vitoria-institui-comissao-para-fazer-levantamento-sobre-patrimonio.ghtml


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Seu time usou as joias da Copa São Paulo? Levantamento mostra que chance no profissional é exceção

joias Paulo? Levantamento mostra

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Thalles Magno no Vasco. Reinier no Flamengo. Antony no São Paulo. Hoje, esses três nomes se desenham como grande esperança nos times profissionais dos seus respectivos clubes. Eles, no entanto, são exceção. Disputar uma Copa São Paulo e, no mesmo ano, entrar em campo no grupo principal do time que o revelou é um fato raro. Essa é a conclusão de um levantamento do GloboEsporte.com que retrata como cada agremiação das Séries A, B e C apostou na prata da casa em 2019, após o torneio de base mais importante do futebol masculino nacional.

Para entrar no raio-x, o jogador precisa ter sido inscrito na última Copinha e, em seguida, ter alcançado uma oportunidade no profissional do clube na mesma temporada. Ao todo, foram avaliados 46 times – porque nem todos das três primeiras divisões do Brasileiro participaram da competição e 1028 atletas. De imediato, fica claro que as oportunidades chegam para poucos. Apenas 137 jogadores entraram em campo pelo profissional em 2019, após participarem da competição de base – 13,3% do montante. Os que vingaram são muito menos.

Abaixo, você também descobrirá quais clubes usaram mais os jogadores criados em casa, entenderá quais nomes foram mais acionados no grupo principal e, por fim, quais foram as posições mais requisitadas. São números que podem servir de base para ficar atento às novas promessas que entram em campo na edição de 2020 a partir desta quinta-feira, com o indicativo de que poucos, de fato, irão brilhar no futebol.

Atletas que jogaram no time profissional do clube após a Copa São Paulo de 2019 — Foto: Arte/Thiago Lins

O clube que mais apostou

A lista de clubes que recorreram aos jogadores atuantes na Copa São Paulo, para colocar em ação nos profissionais, é encabeçada por quem sofreu uma profunda crise financeira em 2019. O Figueirense acionou nove atletas na última temporada, em um ano em que conseguiu apenas se salvar do rebaixamento para a Série C do Brasileiro, ficando em 16º (com 41 pontos). Com dívidas acumuladas, o 2019 do clube catarinense ficou marcado por W.O., em agosto, diante do Cuiabá, pela 17ª rodada da Série B, quando os jogadores se recusaram a entrar em campo por conta de salários atrasados.

De fato, recorrer aos atletas da Copinha, pelos dados de 2019, é uma decisão de clubes que não estão entre os mais ricos do país. Considerados os times com maior poder de investimento, Flamengo e Palmeiras aparecem apenas na sexta posição deste ranking, ao lado de mais oito instituições.

Ranking geral e dividido por região sobre como cada clube aproveitou atletas da Copa São Paulo de 2019 no profissional — Foto: Arte/Thiago Lins

Os atletas que mais jogaram

A lista de jogadores que atuaram na Copinha e conseguiram ter uma sequência imediata no profissional guarda nomes que, hoje, são tratados como potencial fonte de geração de renda, e referência técnica para os seus times. O jogador que encabeça essa condição foi campeão e destaque do torneio de base do ano passado. Trata-se do atacante Antony, do São Paulo. A promessa de 19 anos entrou em campo em 45 ocasiões pelo profissional e, agora, desperta interesse do futebol europeu com uma multa de 50 milhões de euros.

Coordenador da base do São Paulo, Orlando Ribeiro aponta que fazer um jovem atleta em momento de transição render é muito delicado. Por isso, o clube aposta em uma metodologia de trabalho contínua desde os primeiros meses de treinamento.

"É uma dificuldade grande. Acho que todas equipes têm essa dificuldade. Nós estamos lidando com garotos as vezes de 18, 17 anos e explicar para ele que está numa transição não é tão simples. Mas, como eles estão acostumados com isso aqui, no São Paulo, desde o sub-15, se torna mais fácil. A gente coloca isso como algo corriqueiro. Eles podem ter uma oportunidade no profissional, mas, a qualquer momento, a gente pode precisar de um atleta e eles vêm para jogar. Então, na realidade, a base fica tranquila."

Após Antony, a lista dos jogadores que foram mais aproveitados no profissional também move o mercado da bola. O segundo colocado é o atacante Thiago, que foi revelado pelo Náutico e comprado pelo Flamengo por cerca de R$ 6,5 milhões, para iniciar a trajetória na Gávea pelo sub-23. Em seguida, vem a dupla de atacantes do Fluminense: João Pedro, negociado com o inglês Watford, e Marcos Paulo, que também é monitorado por clubes europeus. Por fim, está o também atacante Reinaldo, do Criciúma. Este último, porém, chamou atenção do Athletico e está emprestado ao clube paranaense para 2020. (Confira no fim da matéria um ranking geral com mais jogadores)

Número de jogos dos atletas no time profissional logo após a Copa São Paulo de 2019 — Foto: Arte/Thiago Lins

Atacante é mais requisitado

O top 5 de atletas que mais atuaram nos profissionais dos seus clubes após a Copinha de 2019 não é formado apenas por atacantes à toa. A posição foi a mais requisitada pelos clubes na temporada passada ao usar a base no time principal. Foram 53. É quase o dobro da segunda opção, meias, com 28 ocorrências. A medida que se desloca para o setor defensivo, o número de aproveitados diminui. Até chegar ao único utilizado debaixo das traves, com o goleiro Alexander, do Vasco, que fez dois jogos pelo Brasileiro e um pela Copa do Brasil.

Número de jogadores usados no time profissional por posição após a Copa São Paulo de 2019 — Foto: Arte/Thiago Lins

Ranking geral de jogadores

Nesta lista, foram detalhados apenas os atletas que disputaram a Copa São Paulo 2019 e fizeram ao menos cinco partidas pelo profissional de seus clubes na última temporada. Entre os 137 que ganharam chance, 53 foram aproveitados nestas condições, enquanto os outros 84 pratas da casa disputaram no máximo quatro partidas pelo time principal em suas equipes.

Ranking geral de atletas aproveitados

Nome Clubes Posição Jogos no profissional
Antony São Paulo Atacante 45
Thiago Náutico Atacante 39
João Pedro Fluminense Atacante 37
Marcos Paulo Fluminense Atacante 35
Reinaldo Criciúma Atacante 34
Vitinho Athletico Atacante 31
Camilo Ponte Preta Meio-campo 30
Davó Guarani Atacante 30
Erick Vila Nova Atacante 27
Lucas Halter Athletico Zagueiro 25
Janderson Corinthians Atacante 21
Heitor Internacional Lateral-direito 20
Tiago Reis Vasco Atacante 20
João Diogo Figueirense Atacante 18
Luiz Henrique Coritiba Meia 17
Khellven Athletico Lateral-direito 17
Romário Simões Volta Redonda Atacante 17
Jonathan Avaí Atacante 16
Breno Goiás Lateral-direito 15
Reinier Flamengo Meia 15
Talles Magno Vasco Atacante 15
Flávio América-MG Volante 14
Mateusinho Guarani Atacante 14
Lucas Barros Botafogo Lateral-esquerdo 14
Abner Vinícius Ponte Preta Lateral-esquerdo 13
Luquinha Londrina Meia 13
Jonata Felipe Botafogo-SP Meio-campo 11
Renanzinho Guarani Atacante 11
Tailson Santos Meia 11
Jaderson Athletico Meia 10
Warley Santa Cruz Lateral-direito 10
Lucas Santos Vasco Meia 10
Rhuan Botafogo Meia 10
Léo Ceará Oeste Meia 9
Caique Bahia Atacante 9
Mauricio Cruzeiro Meia 9
Bruno Gomes Vasco Volante 8
Luquinha Criciúma Atacante 7
Christian Athletico Meia 7
Vitor Gabriel Flamengo Atacante 7
Jean Martim Figueirense Volante 6
Gabriel Sara São Paulo Meia 6
Gersinho CSA Atacante 6
Marcinho Avaí Meio-campo 6
Enzo Criciúma Meia 5
Vinicius Zanocelo Ponte Preta Meio-campo 5
Vinicius Lopes Goiás Atacante 5
Iago Goiás Zagueiro 5
Vinicius Popó Cruzeiro Atacante 5
Gabriel Da Mata Volta Redonda Zagueiro 5
Lissandro Carlotto São José Meio-campo 5
Samuel Valencio São José Meio-campo 5

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/seu-time-usou-as-joias-da-copa-sao-paulo-levantamento-mostra-que-chance-no-profissional-e-excecao.ghtml


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Levantamento inédito: quase metade dos atletas negros das Séries A, B e C sofreu racismo no futebol

Levantamento inédito quase metade

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O mês da Consciência Negra, escolhido para a publicação de um levantamento que ouve 163 jogadores e técnicos negros sobre racismo no futebol brasileiro, é por si só representativo. Ao mesmo tempo, limita em 30 dias o debate de um tema que não deveria ser restrito a um único mês. Ou uma única data. Assim como 13 de maio, data da abolição da escravatura legal, novembro atrai os olhares para uma causa que persegue as pessoas de pele escura no Brasil: serem invisíveis e, quando notadas, tratadas de forma inferior. Mas não é o suficiente. O problema não começa nem acaba nos estádios. A comoção causada após os insultos a Taíson, na Ucrânia, e a agressão verbal proferida contra um segurança no Mineirão, no último final de semana, expõem ainda mais uma ferida aberta há séculos na humanidade e, em particular, em nossa sociedade.

O GloboEsporte.com passou seis meses ouvindo atletas e treinadores negros de 60 clubes das Séries A, B e C. E o levantamento, feito sob a condição de anonimato por parte dos entrevistados, aponta: 48,1% afirmam terem sido vítimas de racismo no futebol. A histórica falta de punição das entidades que organizam as competições é um ponto a ser destacado. Afinal, somente nesta temporada Fifa e CBF criaram protocolos minimamente rígidos relacionados a casos discriminatórios.

Só que limitar a causa dessas agressões à falta de consequência é raso. É deixar de lado a história escravista que permeia nossa cultura. Porque o brasileiro foi ensinado a ser racista.

Entendendo as raízes

Um bom exemplo disso é que, há menos de 100 anos, a Constituição Federal de 1934 – documento redigido para assegurar liberdade, justiça e bem-estar social – pregava em seu Art. 138 “estimular a educação eugênica”. O movimento da eugenia, disseminado pelo antropólogo Francisco Galton, tentou usar o conceito da seleção natural – do livro A Origem das Espécies (1859), de Charles Darwin – para afirmar que a capacidade intelectual dos indivíduos era hereditária, por influência.

O pensamento foi importado para o Brasil em 1914, através do médico Miguel Couto – um dos responsáveis pelo artigo constitucional – e liderado pelo médico Renato Kehl, que apresentava como "soluções" para o país o branqueamento, o controle da imigração, a regulação de casamentos e da esterilização. É o que diz a mestra em história Pietra Diwan no livro "Raça Pura. Uma história da eugenia no Brasil e no Mundo".

"A gente tem que entender que o racismo não é algo que se limita ao futebol. Não podemos, nem devemos achar que o estádio de futebol é um apêndice da sociedade onde tudo é permitido e que as coisas que acontecem lá não trazem problemas históricos", explica Marcelo Carvalho, pesquisador e fundador do Observatório do Racismo.

Levantamento aponta que quase metade de atletas e treinadores negros sofreram com racismo — Foto: Infografia GloboEsporte.com

"Embranquecimento" nos campos

Esporte destinado às elites, até então, o futebol não era palco para negros nas primeiras décadas do século passado. Em 1914, Carlos Alberto, que trocou o America-RJ pelo Fluminense, tinha por hábito passar pó de arroz no corpo para disfarçar a pele parda. Dez anos depois, foi a vez do Vasco da Gama sentir o peso social ao se ver obrigado a recusar o convite da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (Amea) de ingressar no Campeonato Carioca de 1924, por insistir em manter em seu elenco 12 atletas negros. Em um país que escravizou cinco milhões de indivíduos, 40% do total que foi trazido às Américas, ser negro era visto como algo inferior.

No documento que ficou conhecido como Resposta Histórica, o Vasco se negou a aceitar o corte dos atletas. Veja trecho:

“Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram para que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de Foot-Ball da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores, jovens, quasi todos brasileiros, no começo de sua carreira, e o acto publico que os pode macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta galhardia cobriram de glorias.”

Trecho da Resposta Histórica do Vasco — Foto: Reprodução site oficial do Vasco

Falta engajamento?

Nem mesmo o maior atleta do esporte, Edson Arantes do Nascimento, passou incólume. Antes de se tornar Pelé, o principal nome que encantou os gramados do mundo era chamado de Gasolina (derivado do petróleo), Alemão, Crioulo… alcunhas que tinham como intuito ironizar a cor da pele do atleta. A questão racial, deixada de lado pelo Rei do futebol, enquanto atleta, segundo consta na biografia “Pelé: estrela negra em campos verdes”, de Angélica Basthi, veio à tona quando maior o nome do desporto mundial virou Ministro Extraordinário dos Esportes, no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

Se com a bola nos pés Pelé colocou por terra qualquer ideia de inferioridade negra, afinal, que suposta supremacia não se curvou ao 10? Na posição de ministro, Edson Arantes do Nascimento direcionou os holofotes para a falta de representatividade política dos negros.

"É bem mais fácil você eleger um negro para discutir o problema do negro. Se o negro quer que se tenha uma melhora na sua posição social e uma melhora do Brasil de uma maneira geral, temos de botar a gente no Congresso, para defender a nossa raça. Onde o Pelé chega, está chegando um cidadão brasileiro de cor negra. A minha bandeira é a do exemplo, da coisa séria," disse o Rei, à Rádio CBN, após reunião com a Executiva do Movimento Marcha contra o Racismo

Vinte e quatro anos depois, o panorama segue alarmante: três das 81 cadeiras do Senado são ocupadas por negros. Governadores? Nenhum.

Pelé usou a posição de ministro para pedir mais espaço para os negros na política — Foto: Marcos Arcoverde/Ag. Estado

Vítima direta de racismo, em 2005, durante o jogo entre São Paulo e Quilmes, pela Libertadores, o ex-atacante Grafite diz entender os ex-companheiros de profissão e traz, consigo, um argumento que mostra mais um fator para a falta de engajamento em torno do tema: o reducionismo das vítimas.

"No Brasil, o engajamento é pequeno. Não só dos jogadores, mas também das pessoas que trabalham na mídia. Quando aconteceu o meu caso, em 2005, ninguém mais falava sobre o que eu representava para o futebol. Eu passei a ser o Grafite do caso do racismo. Ninguém falava sobre os gols que eu fazia, o fato de eu ser convocado para defender a Seleção, de ir bem no futebol alemão."

O comentarista do Grupo Globo ressalta que esse tipo de repercussão diminuiu sua vontade de ir além na denúncia. E que pode afetar outros jogadores.

– Isso me incomodou muito, e eu realmente não gostava. Tanto que não dei prosseguimento. Precisamos falar, mas não tratar as pessoas como se elas fossem só isso. Talvez por isso muitos atletas não gostem de falar sobre o tema.

Grafite acredita que falta de engajamento é um dos problemas no combate ao racismo — Foto: Eryck Gomes

Posicionamento e representatividade

Uma das vozes mais ativas contra o racismo no futebol nacional, o técnico do Bahia, Roger Machado, acredita que a naturalização do preconceito e a falta de oportunidades para que negros ascendam além das quatro linhas, assumindo cargos de liderança, são dois fatores que contribuem para o problema. A fala do treinador é um reflexo de um país em que 12,8% dos negros chegam ao ensino superior, segundo o IBGE. Número ainda mais alarmante quando vemos que apenas 6,3% dos cargos de gerência nas grandes empresas são ocupados por pessoas de pele escura, de acordo com o instituto Ethos – que aponta indicadores de Responsabilidade Social Empresarial. Panorama que, segundo Roger Machado, também tem reflexo no futebol.

"Nós nos posicionamos mais, muito mais do que em outros momentos. Mas isso gera enfrentamento. Quando você se posiciona, dizem que você está legislando em causa própria ou que você não pode falar, porque somos todos iguais. Somos todos humanos. Todos somos humanos, mas temos oportunidades bem diferentes. Quantos têm oportunidade que eu tenho de falar e ser falado?", questiona Roger Machado.

O treinador do Bahia também levanta a importância do seu papel, como comandante negro de um clube de futebol. Para dar voz e quebrar paradigmas.

– O meu lugar é um lugar de resistência e protesto, para que outros possam se ver treinadores de futebol, em posição de comando e liderança. Liderança que se denota que o atleta de futebol só tenha virtude na arte do futebol, e não tenha capacidade intelectual. Falaram que não sei gerir grupo. Isso é um preconceito estrutural, que vem há 300 anos, sendo colocados a conta-gotas. Temos que descolonizar o Brasil. Temos que ter educação formal. O maior preconceito é estrutural. Quando você não conhece a história através do estudo, é difícil de as pessoas entenderem e se sentirem parte disso tudo.

Roger Machado vê racismo estrutural como base do problema — Foto: DUDU MACEDO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ídolo do Wolfsburg-ALE, Grafite traça um paralelo entre Brasil e Alemanha, país marcado pelo Nazismo, que com base no pensamento eugênico pregava a supremacia da raça ariana entre os anos de 1933 a 1945. Com a expertise de quem atuou no clube por quatro temporadas, o ex-jogador acredita que o fato de os alemães reconhecerem o passado, além de aceitar o problema como algo não setorizado, faz com que o país tenha um debate mais aberto sobre o tema.

– Na Alemanha, que é um país marcado por isso, o debate sobre o racismo é o ano todo e vai além do futebol. A gente fala do futebol, mas imagina o que acontece todos os dias com pessoas anônimas… Aqui, as pessoas falam quando acontece um caso, no dia 20 de novembro e 13 de maio, que são datas simbólicas. Não existe um trabalho mostrado na mídia a esse respeito. É algo espalhado pelo país, mas que a gente não fala e não busca uma melhora efetiva.

Marcelo Carvalho acredita que punição ajudará a reduzir os casos — Foto: Reprodução TV GLOBO

Ouvindo os jogadores

Um olhar sobre o levantamento feito pelo GloboEsporte.com deixa claro que, assim como falado pelo ex-atleta, o problema não está restrito a casos isolados. Segundo o relato dos jogadores, há casos de injúrias raciais em 14 estados, espalhados pelas cinco regiões do país.

– Entender que o futebol tem o racismo estrutural muito grande e entender que isso é algo espalhado por todo país é fundamental para que possamos minimizar as questões raciais. É o caminho que precisamos seguir. A educação é importante, mas precisamos punir e entender que, no geral, o torcedor teme a punição. O medo de ver o seu clube punido inibe – disse o pesquisador Marcelo Carvalho.

Casos de racismo estão espalhados pelas cinco regiões do nordeste — Foto: Infografia GloboEsporte.com

“Ouvir aquilo trouxe uma dor na minha alma. Até hoje fecho os olhos e escuto eles me chamando de macaco. Eu sei que queriam me desestabilizar, mas isso mexe com muita coisa. Não fiz nada para merecer isso”.

A fala anônima de um dos atletas a responder o levantamento traz uma vertente dos atos racistas dentro dos estádios, onde 63% das ofensas partem da torcida adversária. Essas ofensas fazem com que 39% dos jogadores peçam punição aos agressores. Mas outro fator chama a atenção: 27,7% dos entrevistados acreditam que campanhas educativas, que mostrem a origem do problema, podem reduzir os casos.

– Eu não posso ser julgado pela minha cor, e sim pelo que aprendi e posso fazer. O futebol, como esporte de massa, pode ajudar nisso. A rede de apoio é muito falha para negros – ressalta Grafite.

Atletas e treinadores pedem punição, mas vêm educação como alternativa — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Torcidas adversárias são os principais agressores — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Pesquisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol registrou 44 ocorrências racistas contra brasileiros só em 2018. O número, aliado a uma ameaça de punição por parte da CBF – de multa a perda de pontos, de acordo com o Art. 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – fez com que os clubes intensificassem as ações educativas

O Vasco usou o histórico de luta contra o racismo como mote para lançamento de uniforme. O Bahia, que vem ampliando o engajamento nos debates sociais, aderiu à campanha contra o racismo junto ao Grêmio. E o Santos, que teve um torcedor acusado de injúrias racistas e xenofóbicas durante a partida contra o Ceará, pela 26ª rodada do Brasileiro, fez uma ação pedindo para que racistas deixem de torcer pelo clube – responsável pelo surgimento de Pelé.

O racismo nos estádios, que reflete uma sociedade em que a população foi conduzida a silenciar negros e pardos, precisa ampliar o debate para além da culpabilidade individual e das hashtags solidárias, tão comuns nas redes sociais a cada caso. É preciso entender e aceitar que, em um país onde 12,8% dos negros, entre 18 e 24 anos, estão no ensino superior – de acordo com dados do IBGE – e em que brancos recebem salários 72,5% mais altos que negros, a responsabilidade para uma mudança de paradigma é de todos. E, diante deste cenário, nada mais pertinente que o futebol, responsável por prender a atenção de milhões de brasileiros, use seu poder popular para combater um problema que vai muito além das quatro linhas e não se limita a uma data no ano.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/levantamento-inedito-quase-metade-dos-atletas-negros-das-series-a-b-e-c-sofreu-racismo-no-futebol.ghtml


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