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A janela de transferências do meio do ano começou com um desafio extra para os clubes brasileiros: a pausa no Campeonato após a 12ª rodada limitou drasticamente as opções no mercado nacional. E para o executivo de futebol do Vitória, Gustavo Vieira, esse é o tipo de cenário que separa quem planeja de quem improvisa.

“Essa é uma janela atípica. Diferente de tudo que a gente viveu até aqui”, afirma Gustavo. “Tem pausa, não tem jogo, não tem treino no dia a dia. O assunto vira só transferências. E quando a bola para, a expectativa do torcedor cresce. Mas ao mesmo tempo, as dificuldades também aumentam.”

A principal barreira é a regra dos sete jogos: jogadores que atuaram sete vezes ou mais no Brasileirão não podem se transferir para outro clube da Série A. Com o campeonato já avançado antes da pausa, grande parte dos atletas disponíveis no Brasil está fora de cogitação.

“O universo de atletas nacionais que nos interessa já está praticamente esgotado. É um desafio que atinge todo mundo, mas que a gente está tentando transformar em oportunidade. Estamos olhando para onde poucos estão olhando”, explica o dirigente.

O Vitória tem apostado no mercado internacional para driblar essas limitações. E a contratação de Rúben Rodrigues — meia português com carreira construída na Europa — simboliza bem essa virada de chave.

“Buscar fora é o caminho. Mas não é qualquer fora. É olhar com inteligência, com critério. Alternativas que não são óbvias, que fogem do radar comum dos clubes brasileiros. É isso que vai fazer a diferença”, completa Gustavo.

A mensagem é clara: o Vitória quer ser protagonista mesmo diante das dificuldades. E, como o próprio executivo definiu, “quem não se adaptar, vai ficar para trás.”