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Natural de Salvador, Jamerson chegou a fazer teste nas categorias de base do Vitória, mas não foi aprovado. Conhecido como "Bahia", rodou clubes do Brasil e passou quatro anos em Portugal. Só agora teve a oportunidade de defender o clube do seu coração.

– Eu fiz um pouco da base no Jacuipense, mas não cheguei a jogar profissionalmente. Na Bahia não tive muita oportunidade. E daí tive que tentar a sorte lá fora, onde comecei na base do Avaí. Depois fui para o Grêmio e rodei por alguns times pequenos. Fui para o Marília, depois fui para Portugal jogar no sub-23 do Portimonense. Depois subi para o profissional. Morei quatro anos em Portugal, onde tive experiência muito boa. Depois retornei para o Brasil, joguei no Azuriz, onde tive boa campanha em 2022. Depois, fui para o Guarani e depois para o Coritiba.

– Tive uma infância um pouco difícil. Então, o que me fez buscar a ser jogador de futebol foi dar uma vida melhor para minha família. Vi muitas coisas difíceis acontecendo em Salvador, e eu tive que me dedicar bastante para ser jogador de futebol. E sempre tive um carinho enorme pelo Vitória, via muitos jogos na TV. Sempre falava com minha mãe, minha família. Graças a Deus consegui realizar o sonho dela em estar aqui vestindo essa camisa -, completa.

No Vitória, Jamerson chega para repor a saída de Lucas Esteves, mas vai precisar disputar posição com Hugo, titular da equipe nos últimos jogos. Ao seu lado, o recém-contratado tem a vocação ofensiva, já que começou a carreira como ponta.

– Eu acho que cada jogador tem seu perfil. Estou trabalhando muito para retribuir da melhor forma a torcida, diretoria. Dentro de campo vai falar por si. Estou muito feliz em estar aqui, e espero retribuir da melhor forma. […] De posições, joguei muito de ponta na base, de pé trocado. Aí depois, na Copa São Paulo, quando eu estava no Marília, precisou de lateral-esquerdo. Daí em diante só lateral – lembra.

O novo lateral do Rubro-Negro assinou contrato até o final desta temporada e esteve no banco de reservas na última partida, contra o Ferroviário. Ele deve estrear neste domingo, em jogo contra o Jequié, como já adiantou o técnico Thiago Carpini.

Apelido de "Bahia"
– Era algo que as pessoas me chamavam muito quando jogava lá fora. Sempre tive desejo de jogar no Vitória, vim fazer teste aqui. Não fui aprovado. Joguei em posições diferentes também, mas sempre tive desejo de jogar no Vitória. Quando eu jogava fora tinha esse apelido. E mudou, não tinha como deixar esse nome no Instagram. Torcida começou a pegar no pé.

Objetivo no Vitória
– Me sinto muito honrado em vestir a camisa do Vitória. Um clube de muita história e tradição. A minha decisão de vir foi evoluir muito como jogador, ajudar o clube nos seus objetivos. Eu sei que tive números importantes de 2023, na Série B. Tenho metas pessoais, acredito muito que esse ano vai ser diferente, abençoado. Então espero retribuir da melhor forma e a expectativa de todos os torcedores e diretoria, staff.

Disputa por posição com Hugo
– Como eu disse, o Vitória tem uma história linda, torcida apaixonada. Então, a briga com Hugo vai ser sadia. Se os dois estiverem bem, vai ser bom para o Vitória. O Vitória só tem a ganhar. Estou me adaptando, e acho que vai ser muito importante os dois estarem bem, porque serão muitos jogos esse ano, e é importante isso para estar sempre ajudando o Vitória.

Estreia no domingo
– Estou trabalhando para me adaptar o mais rápido possível. Espero estar disposto e bem para poder jogar no domingo. Se ele contar comigo, espero retribuir da melhor forma. Estou bem preparado para isso.

– Para ser sincero, estou um pouco ansioso. Primeira vez jogando nesse estádio, defendendo as cores do Vitória. Com certeza tenho ansiedade, mas estou preparado para esse novo desafio, e espero estar bem domingo. Espero, não. Vou estar bem, para jogar e sair com a vitória e dar alegria para os torcedores.

Negociação e contato com Carpini
– Quando eu tive proposta do Vitória, não pensei duas vezes em estar aqui. Tive contato com a diretoria, me trataram bem, principalmente os companheiros. Estou me sentindo em casa. Foi bem tranquilo, [Carpini] me passou sistema de jogo, e agora com esses dias de treinamento me adaptar mais rápido para poder estar disponível para o jogo.

Relação com jogadores do elenco
– Eu joguei contra alguns, mas já joguei junto com Caio Vinicius na base do Paraná. Já joguei com o goleiro Gabriel no Coritiba. Jogadores excelentes. Você vê o número de Gabriel…E Caio é um irmão para mim. Já passamos muitos perrengues juntos. Me recebeu muito bem.