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O Vitória encerra o turno com 21 pontos, a 10 de distância do 4º colocado, o Juventude – e a 19 da líder Chapecoense. O mais preocupante é a distância para o Z-4, que é de apenas dois pontos.

Preocupa ainda mais saber que Figueirense e Náutico, 17º e 18º colocados, respectivamente, têm um jogo a menos que o Leão. E que o Cruzeiro de Felipão, 16º, vem em ascensão.

Ainda que o clube apresente problemas financeiros, agravados pela pandemia do coronavírus, a expectativa era de uma caminhada segura rumo ao acesso à Primeira Divisão, por isso o presidente do Vitória, Paulo Carneiro, investiu em muitas contratações.

O volante Fernando Neto e o atacante Alisson Farias fizeram boa Série B na temporada passada e chegaram elogiados. Rafael Carioca foi contratado junto ao Bragantino, atual campeão da Segunda Divisão. O experiente zagueiro Wallace chegou para ser uma liderança. Marcelinho, para ser o cérebro da equipe.

A realidade, entretanto, é uma campanha frustrante, com uma sequência de resultados negativos que deixou o G-4 mais distante e o Z-4, mais perto.

O melhor momento do Rubro-Negro na Série B aconteceu logo no início da competição, quando a equipe largou com vitória e se manteve invicta até a 6ª rodada.

Só que, mesmo neste momento, o aproveitamento não era dos melhores, afinal o Vitória empatou quatro das seis partidas, somando, assim, dez pontos de 18 possíveis. Mas era o suficiente para se manter colado no G-4, a apenas dois pontos de distância do Ferroviário, que era o vice-líder da Série B ao fim da 6ª rodada.

A pior sequência é o momento atual. Com o empate diante do Brasil de Pelotas, o Leão chegou a oito jogos sem vencer na competição, com quatro derrotas e quatro empates.

Para o Vitória, a sequência de jogos entre as rodadas 11 e 15 era fundamental, afinal a equipe, até então invicta em casa, faria quatro de cinco jogos no Barradão.

Embora tenha sofrido em parte do jogo, a série começou bem, com vitória sobre o Oeste. Em seguida, tudo desandou. O Leão perdeu dentro dos seus domínios para CSA, América-MG e Avaí – entre esses jogos, um empate com o Ferroviário fora de casa.

A sequência foi determinante para a queda de Bruno Pivetti. Ele caiu após o revés sofrido diante do América-MG. A equipe, de fato, já não rendia nas mãos do treinador. Mas o início da passagem dele foi promissor. O Vitória, aos poucos, desenvolvia uma identidade de jogo.

Mas o trabalho não evoluiu.

O grande destaque do Vitória nesta Série B atende pelo nome de Ronaldo. O atleta superou a instabilidade que o acompanhava, corrigiu os erros e se mostrou um goleiro seguro, mesmo na fase em que a equipe caiu de produção.

Não foram poucos os momentos em que se falou: “Se não fosse por Ronaldo, seria pior”.

O mesmo não se pode dizer de João Victor e Guilherme Rend. São dois atletas que começaram muito bem a Série B, mas caíram de produção juntamente com a equipe, portanto não podem ser colocados na mesma prateleira onde está Ronaldo.

Marcelinho é o jogador de quem se espera criatividade; aquele passe que desmonta o sistema defensivo adversário para encontrar o companheiro na cara do gol; aquela finalização precisa para tirar a equipe do sufoco. Nada disso apareceu. O meia esteve em campo em 17 partidas nesta Série B, sendo 14 como titular, e balançou as redes apenas uma vez.

Ele foi um dos principais alvos dos torcedores que fizeram um protesto no aeroporto, em 23 de outubro. Depois disso, foi para o banco de reservas.

Outro que decepcionou foi Junior Viçosa. Ele entrou em campo oito vezes nesta Série B, sendo apenas duas como titular, e não marcou gols. Na verdade, o centroavante não balançou as redes uma vez sequer na temporada, em 19 jogos.

Outros atletas não entregaram o que deles se esperava, mas não estão nessa lista por causa de um “porém”. Alisson Farias e Maurício Ramos foram mal quando acionados, porém jogaram pouco. Thiago Carleto foi um grande problema para o sistema defensivo do Vitória, porém continua sendo o principal responsável pelas jogadas ofensivas da equipe.