Ranking Nacional: Corinthians vira líder inédito no futebol feminino; Flamengo e nordestinos caem

Ranking Nacional Corinthians líder

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O Ranking Nacional de Clubes de Futebol Feminino 2021, divulgado pela CBF nesta semana, conta com 88 times listados e mudanças em relação ao ano passado. A principal novidade está no fato de que o Corinthians assumiu a liderança, sendo o primeiro clube de referência nacional a chegar ao topo durante os últimos nove anos.

A Ferroviária desce para segundo, enquanto Flamengo e Santos dividem o terceiro lugar. O Rubro-negro carioca caiu uma posição em relação ao ano passado, enquanto o Peixe subiu. As quedas de maior impacto, no entanto, foram nos clubes do Nordeste.

A lista começa a mostrar reflexos das regras impostas pelo Licenciamento de Clubes. Isso porque, desde 2019, o futebol feminino tem sido exigência para times que disputam a Série A do Brasileiro, a Sul-Americana e a Libertadores. A obrigatoriedade resultou na criação de equipes em clubes como Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, Fluminense e Fortaleza – que não contavam com o departamento até dois anos atrás.

1 de 2 Corinthians campeão paulista feminino — Foto: Bruno Teixeira / Ag. Corinthians

Corinthians campeão paulista feminino — Foto: Bruno Teixeira / Ag. Corinthians

Antes do Corinthians, outros três clubes ocuparam a liderança: a Ferroviária, em 2020, o São José, como hegemônico de 2014 a 2019, e o São Francisco-BA, em 2013.

O Corinthians estava na 9ª posição da lista em 2019 e chegou ao topo em dois anos, depois de enfileirar conquistas sob o comando do técnico Arthur Elias e da diretora Cris Gambaré. Ao longo deste período, o clube tornou-se vice-campeão do Brasileirão 2019, campeão da Libertadores do mesmo ano e do Brasileiro 2020.

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Líder do ranking no ano passado, a Ferroviária desce uma posição, mantendo-se no pódio com o segundo lugar. Até porque conquistou o título da Libertadores 2020. A equipe tem tradição no futebol feminino, apesar de não carregar o mesmo peso no masculino, e inclusive concorre ao prêmio de melhor departamento de 2020 – assim como o Corinthians – depois de faturar a premiação em 2019.

Ferroviária é bicampeã da Libertadores feminina

As mudanças de maior impacto aconteceram para os clubes do Nordeste. Referência histórica no futebol feminino, o Vitória-PE despencou 10 posições e está em 17º no ranking, um ano após desistir do Brasileirão Série A2, por falta de dinheiro. O único clube da região que está no Top-10 deste ano é o Vitória, da Bahia, subindo de 13º para 10º.

Ao ampliar o recorte para os 20 primeiros da lista, mais quatro times do Nordeste aparecem: São Francisco-BA (12º), Sport (15º), o próprio Vitória-PE (17º) e Tiradentes (20º). Só o Rubro-negro pernambucano manteve a posição do ano passado, enquanto todos os outros três estão em queda.

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Confira o Ranking Nacional de Clubes do Futebol Feminino 2021

O Ranking considera a participação dos clubes em competições realizadas nos últimos cinco anos, calculando os pontos com base no desempenho das equipes.

  • 1º lugar: Corinthians (10.792)
  • 2º lugar: Ferroviária (9.216)
  • 3º lugar: Santos (8.944) e Flamengo (8.944)
  • 5º lugar: Avaí/Kindermann (8.320)
  • 6º lugar: São José (8.240)
  • 7º lugar: Iranduba (7.944)
  • 8º lugar: Audax (7.704)
  • 9º lugar: Ponte Preta (6.920)
  • 10º lugar: Vitória-BA (6.744)
  • 11º lugar: Foz Cataratas-PR (6.670)
  • 12º lugar: São Francisco-BA (6.388)
  • 13º lugar: Internacional (5.796)
  • 14º lugar: Minas Brasília-DF (5.696)
  • 15º lugar: Sport (5.592)
  • 16º lugar: Grêmio (5.496)
  • 17º lugar: Vitória-PE (5.280)
  • 18º lugar: São Paulo (4.600)
  • 19º lugar: América-MG (4.200)
  • 20º lugar: Tiradentes-PI (4.192)
  • 21º lugar: Palmeiras (4.000)
  • 22º lugar: Cruzeiro (3.840)
  • 23º lugar: Rio Preto-SP (3.760)
  • 24º lugar: Pinheirense (3.700)
  • 25º lugar: Portuguesa (3.536)
  • 26º lugar: UDA-AL (3.324)
  • 27º lugar: Náutico (3.308)
  • 28º lugar: 3B Sport-AM (3.180)
  • 29º lugar: ESMAC-PA (3.060)
  • 30º lugar: Vila Nova-ES (3.008)
  • 31º lugar: Atlético-AC (2.936)
  • 32º lugar: Napoli-SC (2.804)
  • 33º lugar: Toledo-PR (2.736)
  • 34º lugar: Duque de Caxias-RJ (2.572)
  • 35º lugar: Vasco (2.516)
  • 36º lugar: Botafogo (2.512)
  • 37º lugar: Ceará (2.448)
  • 38º lugar: Chapecoense (2.396)
  • 39º lugar: Botafogo-PB (2.328)
  • 40º lugar: Fluminense (2.220)
  • 41º lugar: Oratório-AP (2.152)
  • 42º lugar: Atlético-MG, São Valério-TO, Cruzeiro-RN e Operário-MT (2.052)
  • 46º lugar: Caucaia-CE (1.948)
  • 47º lugar: CRESSPOM-DF (1.882)
  • 48º lugar: Lusaca-BA (1.768)
  • 49º lugar: São Raimundo-RR (1.696)
  • 50º lugar: Canindé-SE (1.596)
  • 51º lugar: Aliança-GO (1.508)
  • 52º lugar: Bahia (1.500)
  • 53º lugar: Real Brasília (1.400)
  • 54º lugar: Juventus-SP (1.380)
  • 55º lugar: Fortaleza (1.340)
  • 56º lugar: Athletico (1.200)
  • 57º lugar: Real Ariquemes-RO (1.180)
  • 58º lugar: Brasil de Farroupilha-RS, Juventude Timonense-MA, Atlético-GO, Goiás, Auto Esporte-PB, SERC-MS e Santos Dumont-SE (1.140)
  • 65º lugar: Taubaté-SP (1.104)
  • 66º lugar: Viana-MA (1.032)
  • 67º lugar: Adeco-SP (968)
  • 68º lugar: Porto Velho-RO (944)
  • 69º lugar: JV Lideral-MA, Santa Quitéria-MA e Moreninhas-MS (912)
  • 72º lugar: Comercial MS (884)
  • 73º lugar: Porto Clube-RO e União-RN (784)
  • 75º lugar: Sampaio Corrêa (768)
  • 76º lugar: Embu das Artes-SP (732)
  • 77º lugar: São Gonçalo-CE (696)
  • 78º lugar: Clube Jaó-GO, Gurupi-TO e Santana-AP (684)
  • 81º lugar: Mixto-MT (564)
  • 82º lugar: Tuna Luso-PA (552)
  • 83º lugar: Barcelona-RJ, Araranguá-SC, Estância Velha-RS, Ipatinga-MG, Intercap-TO e Boca Júnior-SE (100)

2 de 2 Sport com time de futebol feminino na temporada 2020 — Foto: Sport Club do Recife

Sport com time de futebol feminino na temporada 2020 — Foto: Sport Club do Recife

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/ranking-nacional-corinthians-vira-lider-inedito-no-futebol-feminino-flamengo-e-nordestinos-caem.ghtml


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Levantamento inédito: quase metade dos atletas negros das Séries A, B e C sofreu racismo no futebol

Levantamento inédito quase metade

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O mês da Consciência Negra, escolhido para a publicação de um levantamento que ouve 163 jogadores e técnicos negros sobre racismo no futebol brasileiro, é por si só representativo. Ao mesmo tempo, limita em 30 dias o debate de um tema que não deveria ser restrito a um único mês. Ou uma única data. Assim como 13 de maio, data da abolição da escravatura legal, novembro atrai os olhares para uma causa que persegue as pessoas de pele escura no Brasil: serem invisíveis e, quando notadas, tratadas de forma inferior. Mas não é o suficiente. O problema não começa nem acaba nos estádios. A comoção causada após os insultos a Taíson, na Ucrânia, e a agressão verbal proferida contra um segurança no Mineirão, no último final de semana, expõem ainda mais uma ferida aberta há séculos na humanidade e, em particular, em nossa sociedade.

O GloboEsporte.com passou seis meses ouvindo atletas e treinadores negros de 60 clubes das Séries A, B e C. E o levantamento, feito sob a condição de anonimato por parte dos entrevistados, aponta: 48,1% afirmam terem sido vítimas de racismo no futebol. A histórica falta de punição das entidades que organizam as competições é um ponto a ser destacado. Afinal, somente nesta temporada Fifa e CBF criaram protocolos minimamente rígidos relacionados a casos discriminatórios.

Só que limitar a causa dessas agressões à falta de consequência é raso. É deixar de lado a história escravista que permeia nossa cultura. Porque o brasileiro foi ensinado a ser racista.

Entendendo as raízes

Um bom exemplo disso é que, há menos de 100 anos, a Constituição Federal de 1934 – documento redigido para assegurar liberdade, justiça e bem-estar social – pregava em seu Art. 138 “estimular a educação eugênica”. O movimento da eugenia, disseminado pelo antropólogo Francisco Galton, tentou usar o conceito da seleção natural – do livro A Origem das Espécies (1859), de Charles Darwin – para afirmar que a capacidade intelectual dos indivíduos era hereditária, por influência.

O pensamento foi importado para o Brasil em 1914, através do médico Miguel Couto – um dos responsáveis pelo artigo constitucional – e liderado pelo médico Renato Kehl, que apresentava como "soluções" para o país o branqueamento, o controle da imigração, a regulação de casamentos e da esterilização. É o que diz a mestra em história Pietra Diwan no livro "Raça Pura. Uma história da eugenia no Brasil e no Mundo".

"A gente tem que entender que o racismo não é algo que se limita ao futebol. Não podemos, nem devemos achar que o estádio de futebol é um apêndice da sociedade onde tudo é permitido e que as coisas que acontecem lá não trazem problemas históricos", explica Marcelo Carvalho, pesquisador e fundador do Observatório do Racismo.

Levantamento aponta que quase metade de atletas e treinadores negros sofreram com racismo — Foto: Infografia GloboEsporte.com

"Embranquecimento" nos campos

Esporte destinado às elites, até então, o futebol não era palco para negros nas primeiras décadas do século passado. Em 1914, Carlos Alberto, que trocou o America-RJ pelo Fluminense, tinha por hábito passar pó de arroz no corpo para disfarçar a pele parda. Dez anos depois, foi a vez do Vasco da Gama sentir o peso social ao se ver obrigado a recusar o convite da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (Amea) de ingressar no Campeonato Carioca de 1924, por insistir em manter em seu elenco 12 atletas negros. Em um país que escravizou cinco milhões de indivíduos, 40% do total que foi trazido às Américas, ser negro era visto como algo inferior.

No documento que ficou conhecido como Resposta Histórica, o Vasco se negou a aceitar o corte dos atletas. Veja trecho:

“Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram para que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de Foot-Ball da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores, jovens, quasi todos brasileiros, no começo de sua carreira, e o acto publico que os pode macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta galhardia cobriram de glorias.”

Trecho da Resposta Histórica do Vasco — Foto: Reprodução site oficial do Vasco

Falta engajamento?

Nem mesmo o maior atleta do esporte, Edson Arantes do Nascimento, passou incólume. Antes de se tornar Pelé, o principal nome que encantou os gramados do mundo era chamado de Gasolina (derivado do petróleo), Alemão, Crioulo… alcunhas que tinham como intuito ironizar a cor da pele do atleta. A questão racial, deixada de lado pelo Rei do futebol, enquanto atleta, segundo consta na biografia “Pelé: estrela negra em campos verdes”, de Angélica Basthi, veio à tona quando maior o nome do desporto mundial virou Ministro Extraordinário dos Esportes, no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

Se com a bola nos pés Pelé colocou por terra qualquer ideia de inferioridade negra, afinal, que suposta supremacia não se curvou ao 10? Na posição de ministro, Edson Arantes do Nascimento direcionou os holofotes para a falta de representatividade política dos negros.

"É bem mais fácil você eleger um negro para discutir o problema do negro. Se o negro quer que se tenha uma melhora na sua posição social e uma melhora do Brasil de uma maneira geral, temos de botar a gente no Congresso, para defender a nossa raça. Onde o Pelé chega, está chegando um cidadão brasileiro de cor negra. A minha bandeira é a do exemplo, da coisa séria," disse o Rei, à Rádio CBN, após reunião com a Executiva do Movimento Marcha contra o Racismo

Vinte e quatro anos depois, o panorama segue alarmante: três das 81 cadeiras do Senado são ocupadas por negros. Governadores? Nenhum.

Pelé usou a posição de ministro para pedir mais espaço para os negros na política — Foto: Marcos Arcoverde/Ag. Estado

Vítima direta de racismo, em 2005, durante o jogo entre São Paulo e Quilmes, pela Libertadores, o ex-atacante Grafite diz entender os ex-companheiros de profissão e traz, consigo, um argumento que mostra mais um fator para a falta de engajamento em torno do tema: o reducionismo das vítimas.

"No Brasil, o engajamento é pequeno. Não só dos jogadores, mas também das pessoas que trabalham na mídia. Quando aconteceu o meu caso, em 2005, ninguém mais falava sobre o que eu representava para o futebol. Eu passei a ser o Grafite do caso do racismo. Ninguém falava sobre os gols que eu fazia, o fato de eu ser convocado para defender a Seleção, de ir bem no futebol alemão."

O comentarista do Grupo Globo ressalta que esse tipo de repercussão diminuiu sua vontade de ir além na denúncia. E que pode afetar outros jogadores.

– Isso me incomodou muito, e eu realmente não gostava. Tanto que não dei prosseguimento. Precisamos falar, mas não tratar as pessoas como se elas fossem só isso. Talvez por isso muitos atletas não gostem de falar sobre o tema.

Grafite acredita que falta de engajamento é um dos problemas no combate ao racismo — Foto: Eryck Gomes

Posicionamento e representatividade

Uma das vozes mais ativas contra o racismo no futebol nacional, o técnico do Bahia, Roger Machado, acredita que a naturalização do preconceito e a falta de oportunidades para que negros ascendam além das quatro linhas, assumindo cargos de liderança, são dois fatores que contribuem para o problema. A fala do treinador é um reflexo de um país em que 12,8% dos negros chegam ao ensino superior, segundo o IBGE. Número ainda mais alarmante quando vemos que apenas 6,3% dos cargos de gerência nas grandes empresas são ocupados por pessoas de pele escura, de acordo com o instituto Ethos – que aponta indicadores de Responsabilidade Social Empresarial. Panorama que, segundo Roger Machado, também tem reflexo no futebol.

"Nós nos posicionamos mais, muito mais do que em outros momentos. Mas isso gera enfrentamento. Quando você se posiciona, dizem que você está legislando em causa própria ou que você não pode falar, porque somos todos iguais. Somos todos humanos. Todos somos humanos, mas temos oportunidades bem diferentes. Quantos têm oportunidade que eu tenho de falar e ser falado?", questiona Roger Machado.

O treinador do Bahia também levanta a importância do seu papel, como comandante negro de um clube de futebol. Para dar voz e quebrar paradigmas.

– O meu lugar é um lugar de resistência e protesto, para que outros possam se ver treinadores de futebol, em posição de comando e liderança. Liderança que se denota que o atleta de futebol só tenha virtude na arte do futebol, e não tenha capacidade intelectual. Falaram que não sei gerir grupo. Isso é um preconceito estrutural, que vem há 300 anos, sendo colocados a conta-gotas. Temos que descolonizar o Brasil. Temos que ter educação formal. O maior preconceito é estrutural. Quando você não conhece a história através do estudo, é difícil de as pessoas entenderem e se sentirem parte disso tudo.

Roger Machado vê racismo estrutural como base do problema — Foto: DUDU MACEDO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ídolo do Wolfsburg-ALE, Grafite traça um paralelo entre Brasil e Alemanha, país marcado pelo Nazismo, que com base no pensamento eugênico pregava a supremacia da raça ariana entre os anos de 1933 a 1945. Com a expertise de quem atuou no clube por quatro temporadas, o ex-jogador acredita que o fato de os alemães reconhecerem o passado, além de aceitar o problema como algo não setorizado, faz com que o país tenha um debate mais aberto sobre o tema.

– Na Alemanha, que é um país marcado por isso, o debate sobre o racismo é o ano todo e vai além do futebol. A gente fala do futebol, mas imagina o que acontece todos os dias com pessoas anônimas… Aqui, as pessoas falam quando acontece um caso, no dia 20 de novembro e 13 de maio, que são datas simbólicas. Não existe um trabalho mostrado na mídia a esse respeito. É algo espalhado pelo país, mas que a gente não fala e não busca uma melhora efetiva.

Marcelo Carvalho acredita que punição ajudará a reduzir os casos — Foto: Reprodução TV GLOBO

Ouvindo os jogadores

Um olhar sobre o levantamento feito pelo GloboEsporte.com deixa claro que, assim como falado pelo ex-atleta, o problema não está restrito a casos isolados. Segundo o relato dos jogadores, há casos de injúrias raciais em 14 estados, espalhados pelas cinco regiões do país.

– Entender que o futebol tem o racismo estrutural muito grande e entender que isso é algo espalhado por todo país é fundamental para que possamos minimizar as questões raciais. É o caminho que precisamos seguir. A educação é importante, mas precisamos punir e entender que, no geral, o torcedor teme a punição. O medo de ver o seu clube punido inibe – disse o pesquisador Marcelo Carvalho.

Casos de racismo estão espalhados pelas cinco regiões do nordeste — Foto: Infografia GloboEsporte.com

“Ouvir aquilo trouxe uma dor na minha alma. Até hoje fecho os olhos e escuto eles me chamando de macaco. Eu sei que queriam me desestabilizar, mas isso mexe com muita coisa. Não fiz nada para merecer isso”.

A fala anônima de um dos atletas a responder o levantamento traz uma vertente dos atos racistas dentro dos estádios, onde 63% das ofensas partem da torcida adversária. Essas ofensas fazem com que 39% dos jogadores peçam punição aos agressores. Mas outro fator chama a atenção: 27,7% dos entrevistados acreditam que campanhas educativas, que mostrem a origem do problema, podem reduzir os casos.

– Eu não posso ser julgado pela minha cor, e sim pelo que aprendi e posso fazer. O futebol, como esporte de massa, pode ajudar nisso. A rede de apoio é muito falha para negros – ressalta Grafite.

Atletas e treinadores pedem punição, mas vêm educação como alternativa — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Torcidas adversárias são os principais agressores — Foto: Infografia GloboEsporte.com

Pesquisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol registrou 44 ocorrências racistas contra brasileiros só em 2018. O número, aliado a uma ameaça de punição por parte da CBF – de multa a perda de pontos, de acordo com o Art. 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – fez com que os clubes intensificassem as ações educativas

O Vasco usou o histórico de luta contra o racismo como mote para lançamento de uniforme. O Bahia, que vem ampliando o engajamento nos debates sociais, aderiu à campanha contra o racismo junto ao Grêmio. E o Santos, que teve um torcedor acusado de injúrias racistas e xenofóbicas durante a partida contra o Ceará, pela 26ª rodada do Brasileiro, fez uma ação pedindo para que racistas deixem de torcer pelo clube – responsável pelo surgimento de Pelé.

O racismo nos estádios, que reflete uma sociedade em que a população foi conduzida a silenciar negros e pardos, precisa ampliar o debate para além da culpabilidade individual e das hashtags solidárias, tão comuns nas redes sociais a cada caso. É preciso entender e aceitar que, em um país onde 12,8% dos negros, entre 18 e 24 anos, estão no ensino superior – de acordo com dados do IBGE – e em que brancos recebem salários 72,5% mais altos que negros, a responsabilidade para uma mudança de paradigma é de todos. E, diante deste cenário, nada mais pertinente que o futebol, responsável por prender a atenção de milhões de brasileiros, use seu poder popular para combater um problema que vai muito além das quatro linhas e não se limita a uma data no ano.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pe/futebol/noticia/levantamento-inedito-quase-metade-dos-atletas-negros-das-series-a-b-e-c-sofreu-racismo-no-futebol.ghtml


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Copa do Nordeste vai ter um campeão inédito em 2019; veja a lista de quem já levantou a taça

Nordeste campeão inédito 2019;

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A final inédita da edição deste ano da Copa do Nordeste vai gerar uma taça também inédita para a sala de troféus de Botafogo-PB ou Fortaleza. Após os 90 minutos do duelo desta quarta-feira entre Belo e Leão do Pici, pelo jogo de volta da decisão da competição, um dos times conseguirá a sua primeira glória nordestina.

Muito por conta desse ineditismo, a decisão deste ano vem gerando muita expectativa nos torcedores. Mais de 40 mil tricolores lotaram a Arena Castelão no jogo de ida, quando o Fortaleza venceu o Botafogo-PB por 1 a 0.

Agora é a vez de os torcedores botafoguenses fazerem um belo espetáculo no Estádio Almeidão, logo mais. A expectativa é de que cerca de 20 mil torcedores estejam presentes na partida, em João Pessoa.

Botafogo-PB e Fortaleza já se enfrentaram duas vezes na competição, com uma vitória para cada lado — Foto: Paulo Cavalcanti / Botafogo-PB

O time cearense joga pelo empate para ficar com a taça. Já o Alvinegro da Estrela Vermelha precisa ganhar a partida por dois gols de diferença para ser campeão de forma direta. Se vencer por uma margem de apenas um gol, a decisão vai para os pênaltis.

VITÓRIA: O MAIOR CAMPEÃO

Em se tratando de Copa do Nordeste, o Leão baiano é quem manda na região. O Vitória é o único tetracampeão da competição regional mais importante do país. O Rubro-Negro foi campeão em 1997, 1999, 2003 e 2010. Na edição deste ano, caiu nas quartas de final para um dos finalistas do torneio, o Fortaleza, em jogo único que perdeu por 4 a 0.

Maior campeão do Nordeste, Leão não foi bem na edição deste ano — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

DOIS TRICAMPEÕES

Os campeões brasileiros Sport e Bahia vêm logo atrás do Vitória em número de títulos da Copa do Nordeste. O Leão da Ilha foi, inclusive, o primeiro campeão da história do torneio, em 1994. O Rubro-Negro pernambucano ainda levou a taça em 2000 e 2014. Neste ano, o Sport não disputou o campeonato.

Último título do Sport na competição foi em 2014 — Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press

Já o primeiro título do Bahia veio apenas no novo milênio. Em 2001, o Tricolor de Aço conquistou a sua primeira taça da competição. Já no ano seguinte, se sagrou bicampeão. O terceiro título veio em 2017. Na edição de 2019, o time baiano caiu ainda na fase de grupos.

Uma curiosidade interessante é que nenhum time é bicampeão nordestino. Após Bahia e Sport, todos os clubes que foram campeões só conquistaram o troféu uma vez. Casos de Ceará, Sampaio Corrêa, Campinense, América-RN e Santa Cruz.

Em 2017, o Bahia se sagrou tricampeão do torneio — Foto: Agência Estado

CONFIRA TODOS OS CAMPEÕES:

1994 – Sport

1997 – Vitória

1998 – América-RN

1999 – Vitória

2000 – Sport

2001 – Bahia

2002 – Bahia

2003 – Vitória

2010 – Vitória

2013 – Campinense

2014 – Sport

2015 – Ceará

2016 – Santa Cruz

2017 – Bahia

2018 – Sampaio Corrêa

Fonte: https://globoesporte.globo.com/pb/futebol/copa-do-nordeste/noticia/copa-do-nordeste-vai-ter-um-campeao-inedito-em-2019-veja-a-lista-de-quem-ja-levantou-a-taca.ghtml


Nordeste campeão inédito 2019;


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